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triste faltar o protagonista de fool night... mas o Kusunoki de "I sold my life for ten thousand yen per year", último do INFO do minuto 2:20 é maravilhoso. A obra é uma abordagem seinen, mas bem slife of life. Spoiler da obra: A história é sobre ele ser alguém perdido na vida, sem muito propósito mas com arrependimentos sobre problemas que ele não foi atrás de consertar. Ele tenta resolve-los ou ter informações sobre, mas descobre ter tudo ido pelo pior caminho, ou apenas não preenchido o vazio que tinha. Ele desiste de tudo, mas ao desistir começa a se importar com uma certa pessoa, então percebe que nos momentos que passa com ela todo o passado não importa, e se encontra como pessoa. É muito bem escrito.
Aceito não gostar de Naruto, mas o Yuji não é um protagonista good de longe, mas aí implica em eu achar JJK bom em uma parte e nenhum merito é os personagens com excessão do Aoi Todo. Não esperava muito de uma lista com o protagonista de Holyland lá em Mid.
@@FaustEduLol. Mas é complicado, o cara não entendeu nem o Jonathan Joestar que é um personagem simples, dizer que ele é vazio e se considerar fã de JoJo é totalmente nonsense.
@@JonathanDamasceno eu vi saint Seiya a muito tempo, só lembro do Seiya gritando praticamente. Mas sobre Jojo, eu concordo sobre o Jonathan, ele como personagem não tem nada dms sabe? Ele só tem aquele estereótipo dele e só isso man, pode ter aquele simbolismo de caim e Abel, mas como personagem acho bem fraco
@@FaustEdu Você precisa rever então (ou não - se não tiver vontade rsrs). Mas sabe algo interessante? O Seiya do mangá é quase o oposto da versão do anime nesse sentido. Sobre o Jonathan, ele não é um esteriótipo porque não funciona como figura para simbolizar uma classe de pessoa, na verdade, ele é uma figura de idealismo objetivista, eu acho ele extremamente subestimado pelos metidos a acadêmicos de narrativa (como o Igoy - que tá longe disso), da mesma forma como o Superman e Capitão América também são desvalorizados hoje em dia. O Jonathan é o próprio arquétipo do tropo de ofélis, o cavalheiro afável, o Paladino leal e bondoso. Existe uma dualidade dele com Dio que só é exibida por outros dois personagens: Pucci e Weather. No MBTIs ele seria um ESFJ porque é amigável, confiável e consciencioso, mas acima de tudo, procuram sempre ser úteis. Isso é visto por maus olhos por pessoas que não entenderam o propósito do personagem na trama, que estranhamente desejavam que o personagem tivesse características mais nebulosas e moralmente fragilizadas, sendo que isso obviamente é um erro do ponto de vista explícito de que a trama de Phantom Blood é sobre o confronto entre o maximum do bem (Jonathan) e mal (Dio), ele não é um personagem para você se identificar no sentido de que traz um vislumbre ou face da persona do que você já foi ou é - mas do que deveria e trabalha para ser - uma pessoa gentil. Ele é a figura para se inspirar e usar de modelo, pois sua nuance é ser o oposto de Dio (que Zeppelin diz ser o próprio mal - enquanto Jonathan é aquele que ele mais admira e vê bondade). Para entender isso você deve saber do contexto histórico do Japão nos anos 80, e como a Filosofia Nipônica conceitua o que é a figura do "Herói" como ideia universalizada, isso é importante para mostrar que o Jonathan muito pelo contrário de ser genérico ou vazio, é, na verdade, uma peça de normas culturais idealizada num personagem, isso feito propositalmente como uma nuance, e o seu charme ou unicidade é o fato de ser a junção dos valores heróicos ocidental e oriental, talvez o primeiro personagem de maná com essa característica. Pois bem, a definição tradicional de herói em sua forma mais simples é alguém disposto a arriscar a vida para ajudar outra pessoa sem esperar nada em troca. Em anime/mangá, especialmente no gênero shounen onde JoJo se enquadrava inicialmente, havia um fascínio pelo heroísmo semelhante ao interesse americano em quadrinhos e filmes de super-heróis. Os heróis americanos e japoneses vêm de diversas origens e personalidades. No Japão, muitos heróis expressam o desejo de ajudar os outros e lutar pelo bem maior. Segundo o psicólogo Philip Zimbardo, esse desejo decorre de "uma combinação de uma profunda crença no budismo e nos rituais religiosos xintoístas e no que chamamos de cultura coletivista, onde os outros estão pelo menos no mesmo nível de nós mesmos, se não mais importantes" (Szalavitz, 2011). [History.com Editors, 2009, October 28. Samurai and Bushido. History.com. Retrieved October.] A cultura japonesa promove uma cultura coletivista, onde toda a sociedade procura ajudar o grupo e não o indivíduo. Isto é bastante diferente da cultura individualista presente nos EUA. Isso não quer dizer que ajudar os outros não seja um ato valorizado nas culturas individualistas, mas o fato de o Japão ser uma cultura coletivista impacta definitivamente os desígnios dos heróis no mangá e no anime, já que o altruísmo e a preocupação com o bem maior são traços comuns. Junto com o altruísmo, a bravura é uma característica comumente citada do herói tradicional, independentemente da cultura. Existe um estudo realizado analisando os pontos fortes do caráter, onde descobriu-se que "os pontos fortes listados em coragem são mais relevantes para a compreensão do comportamento heróico", e dois desses pontos fortes, bravura e integridade, "merecem atenção especial" (Jayawickreme e DiStefano, 2011, pág. 169.). A bravura tornou-se um tema comum na mídia japonesa, especificamente no mangá, devido aos impactos da Segunda Guerra Mundial e da subsequente ocupação dos Estados Unidos. No final da década de 1950, as histórias sobre a guerra começaram a concentrar-se em “aspectos positivos”, como “heroísmo e bravura contra probabilidades intransponíveis e circunstâncias muitas vezes impossíveis” (Drummond-Mathew, 2014, pp. 66.). Enquanto os heróis ocidentais são frequentemente baseados em cavaleiros medievais e em seu código de cavalaria. Os heróis japoneses se inspiram nos samurais e em seu código de honra - bushido. Como grande parte da cultura japonesa, o bushido é influenciado pelas crenças budistas e confucionistas, mas uma característica central que prevaleceu ao longo dos anos é o "espírito guerreiro", que inclui "uma ênfase nas habilidades militares e no destemor diante de um inimigo".. Esse “destemido” é a bravura que transcende as culturas para ser uma característica essencial de um herói, e isso é demonstrado no Jonathan. Um forte senso de justiça também é uma parte central do bushido, conhecido como retidão. É conhecido como o "preceito mais convincente do código do samurai" e significa que um verdadeiro guerreiro samurai possui "o poder de decidir sobre um certo curso de conduta de acordo com a razão, sem vacilar; morrer quando for certo. morrer, atacar quando atacar é certo" (Nitobe, 2004.). O samurai acreditava em fazer o que era certo e se comportar com razão. Adicionalmente o Araki é notavelmente influenciado pela cultura pop dos Estados Unidos e da Europa (todo mundo sabe). Muitos não leram, mas em seu livro "Manga in Theory and Practice", o Hirohiko Araki detalha suas práticas e crenças sobre como escrever mangá. Ele escreve que acredita que seus heróis devem estar "do lado da justiça o que é 'justiça', fiéis aos amigos e corajosos. "Essas três qualidades são para mim as mais belas manifestações do espírito humano” (2017, pp. 56). O verdadeiro herói é, por definição, altruísta, pois “eles podem ser elogiados por alguns, mas agem não para ganho pessoal e arriscar a morte na desolação e na solidão" (2017, pp. 57). Araki prossegue dizendo que "personagens que não podem lutar sem a ajuda de outra pessoa não podem ser considerados heróis" (2017, pp. 57). Por isso Jonathan enfrenta Dio sozinho no final. Jonathan se esforça para ser um “verdadeiro cavalheiro”, o que define como alguém que precisa “ser corajoso o suficiente para entrar em uma luta que sabe que perderá” (Kobayashi & Okuno, 2012). Jonathan exemplifica essa característica de bravura quando salta para defender Erina de ser intimidada por dois meninos muito maiores que ele. Ele sabe que não tem forças para combatê-los, mas defende Erina independentemente disso, mostrando sua bravura e altruísmo. O desejo de Jonathan de ser um “verdadeiro cavalheiro” poderia ser uma homenagem aos cavaleiros medievais e seu código de cavalaria, mas também poderia ser resultado da influência confucionista. No Japão, “o samurai foi equiparado ao ‘cavalheiro perfeito’ confucionista e foi ensinado que sua função essencial era exemplificar a virtude para as classes mais baixas” (Pletcher, 2016). No caso de JoJo, Jonathan seria considerado de classe superior devido à riqueza e status de sua família. O desejo de Jonathan de ser um cavalheiro virtuoso e verdadeiro, embora seja de classe superior e opte por se concentrar neste caminho em vez de se tornar mais poderoso é semelhante a como se esperava que os samurais exemplificassem a virtude para classes mais baixas. Ao discutir o design de personagens,O próprio Araki descreve Jonathan como “um homem de justiça num sentido muito tradicional” (2017, pp. 73.). Jonathan mostra seus traços heróicos e desejo de justiça, ele não esconde isso. Ele não prejudicará os outros, a menos que tenha uma razão válida para fazê-lo, acreditando que isso seja injusto, e para ele, o justo e injusto é como qualquer um de nós enxerga essas ideias, então, realmente, não entendo como pode ter gente que sinta raiva do personagem. O Jonathan enfrenta seus inimigos sozinho diversas vezes ao longo da Parte 1, mesmo contando com a ajuda de dois amigos, Speedwagon e Zeppeli ao longo da série. Ele é capaz de se defender sozinho, mesmo contra seu inimigo mais poderoso - Dio (como eu já mencionei). Dio quer controlar a realidade, enquanto Jonathan a confronta.
O Araki até acrescentou um padrão semântico de falas para representar a dualidade do Jonathan com o Dio através da Análise do Discurso, que estuda estruturas mais abstratas que sentenças (e como os enunciados se relacionam entre si). Quando Jonathan descreve uma situação, ele geralmente descreve uma possibilidade específica ligada a uma possibilidade vaga. Ele pode pesar todas as variáveis complexas da situação que afetam a escolha ou fato binário mais importante (lutar ou não lutar, considerar alguém um amigo ou não.). Possibilidades específicas estão frequentemente associadas a um único conflito/tensão, muitas vezes são binárias. Possibilidades vagas estão frequentemente associadas a múltiplos fatores e lidam com espectros e graus de coisas. "Eu... eu não posso tocar nele. Se eu perder agora, passarei o resto da vida encolhido sob a sombra de Dio. Mas o mais importante é que tenho que lutar... tenho que defender a honra de Erina!" «Ganhar/perder» - é uma possibilidade específica porque descreve um conflito único muito forte: ou ganhamos ou perdemos tudo para sempre. «Eu tenho que escapar do controle de Dio e defender a honra de Erina» - é uma vaga possibilidade porque Jonathan não é realmente OBRIGADO a lutar contra Dio por qualquer condição externa. É a coisa certa a fazer. "Apesar da conversa que acabamos de ter, não sinto nenhuma simpatia entre nós dois... Por quê? Ele é tão carismático, tão afável... Aqueles acontecimentos de sete anos atrás ainda me causam dúvidas e confusão!" «Eu (NÃO) sinto que ele é meu amigo» - é uma possibilidade específica porque se concentra num conflito/tensão entre o comportamento amigável de Dio e os sentimentos de Jonathan. Jonathan sabe que considerar Dio um amigo seria normal e Jonathan fica surpreso que isso não aconteça de verdade. «Dio é carismático, tão afável, dá conversas saudáveis e não se comporta mal há 7 anos» - esta é uma vaga descrição das qualidades e histórico de Dio a partir de um espectro de todas as qualidades e históricos possíveis. Esta é uma vaga possibilidade. Já o Dio descreve uma situação, muitas vezes descreve uma possibilidade específica e descreve a dependência chave que molda a situação. "Mas fui eu, Dio! Você pensou que seu primeiro beijo seria JoJo, mas fui eu, Dio! ... O motivo não importa... só o fato dela ter me beijado! Agora o relacionamento dela com Jojo terminará..." «Beijar JoJo/beijar Dio» - são 2 opções muito contrastantes no contexto da mensagem e do plano de Dio: uma é normal e a outra estraga um relacionamento. Esta é uma possibilidade específica. «A progressão da relação depende de quem dá o primeiro beijo (e só disso)» - esta é a Dependência chave no centro da situação, enfatiza a Dependência Dio. "Amizade?! (...) Em breve me formarei... e então não precisarei mais do apoio de Lord Joestar. Passei os últimos sete anos fabricando um relacionamento com Jojo, tudo para este momento... Meu plano é me tornar o único herdeiro da fortuna Joestar! E finalmente tenho idade para reivindicar legitimamente essa fortuna e usá-la como achar melhor!" «Estou finalmente maior de idade/em breve me formando» - isso destaca um momento específico do evento, Dio esperou especificamente por esse evento e Dio precisa que esse evento aconteça para objetivos específicos - então esta é uma possibilidade específica. «O meu futuro depende do apoio de Lord Joestar» ou «o meu futuro depende do apoio» - esta é a Dependência que define as circunstâncias de Dio. Quando Jonathan percebe algo sobre novos eventos (reage), ele frequentemente fala sobre possibilidades vagas. "Eu não os ataquei por sua causa! Eu quero ser um verdadeiro cavalheiro! Você era uma Donzela em Perigo, um verdadeiro cavalheiro precisa ser corajoso o suficiente para entrar em uma luta que sabe que perderá. (Mas um dia... serei forte o suficiente para vencer...)" «Eu os ataquei por... ou eu os ataquei porque...» - esta é uma vaga possibilidade porque ele não dá nenhuma razão específica que o "obrigou" a agir, a razão que ele dá é o seu estilo de vida/atitude. "Tenho uma causa pela qual vale a pena perder alguns dedos! Defenderei meu pai... defenderei minha família... Tenho mais coisas em jogo nesta luta do que você!" «Não tenho medo de perder alguns dedos» - esta é uma possibilidade vaga porque Jonathan não dá nenhuma razão específica de ausência de medo e no geral não discute as expectativas de ninguém, Jonathan apenas descreve a sua atitude "vaga" na sua missão - seus valores, talvez. Quando Dio percebe algo sobre novos eventos (reage), ele se concentra em possibilidades específicas conectadas a Possibilidades constantes. "Vou derrubá-lo de uma vez por todas e farei isso de forma justa e honesta! Garantirei que minha superioridade sobre Jojo fique gravada em todo o seu ser!" «Para (não) derrubá-lo» e «para (não) garantir a superioridade» - esses resultados são muito específicos porque são muito urgentes, são possibilidades específicas. «Ser justo e honesto e estar inteiramente gravado» - no contexto da mensagem, essas são propriedades binárias das coisas: as coisas têm ou não têm essas propriedades, sem intermediários. Algo justo e quadrado ou não - e algo está totalmente gravado ou não. E Dio está muito interessado nessas propriedades binárias - ele não precisa de um grau de resultado, ele precisa do máximo, do controle absoluto sobre Jonathan e da vitória mais clara e absoluta para sempre. Essas propriedades binárias são possibilidades constantes. "Maldita seja! Como eu poderia deixar uma mera mulher me abalar daquele jeito..." «Para (não) deixá-la me abalar» - essas são 2 opções muito contrastantes ( «deixar» ou «não deixar» ) porque uma é "nobre" e a outra é vergonhosa para Dio. Essas opções são pólos opostos para Dio. Um contraste tão forte significa que estamos falando de uma possibilidade específica. «Ser uma mera mulher» - algo me faz pensar que o rabo do Dio está tão magoado porque pensa que perdeu para alguém fundamentalmente inferior. Ele não está zangado com as circunstâncias vagas ou específicas do “chocalho”, ele está zangado com a própria essência do “chocalho” (Erina). Então ele fala sobre possibilidade constante. "Escute, JoJo, posso ser seu convidado, mas não vou tirar nenhuma palavra de você. Gosto de ser o primeiro, sou o número um! Ninguém me olha com desprezo!" «ser o primeiro» - é isso que Dio quer, sem diplomas e para sempre. É mais uma possibilidade constante. Diferença entre possibilidades constantes e específicas A Não sei nadar - nunca aprendi B Não sei nadar com você, mas posso andar de bicicleta Em A, negamos uma propriedade "binária" específica de uma pessoa que ela tem ou não tem - aí «não sei nadar» é uma possibilidade constante. Em B negamos uma oportunidade que está disponível ou não - aí «não sei nadar» é uma opção Possibilidade específica. Dio no geral fala mais sobre os aspectos preto e branco do mundo, sobre conceitos absolutos. É aí que Dio quer encontrar poder. Mas Jonathan não precisa de poder vindo de coisas absolutas, motivos “temporários” para brigar (amigos, família, amor.) lhe bastam - o que é destacado logo no primeiro episódio. Perceba então que Jonathan e Dio (da parte 1) são intrínsecamente conectados para a construção da narrativa, eles só funcionam totalmente se estiveram numa mesma trama simbólica.
Sempre pulam coisa pra caramba quando essas tier lists vão pro youtube kkkk
triste faltar o protagonista de fool night...
mas o Kusunoki de "I sold my life for ten thousand yen per year", último do INFO do minuto 2:20 é maravilhoso. A obra é uma abordagem seinen, mas bem slife of life. Spoiler da obra: A história é sobre ele ser alguém perdido na vida, sem muito propósito mas com arrependimentos sobre problemas que ele não foi atrás de consertar. Ele tenta resolve-los ou ter informações sobre, mas descobre ter tudo ido pelo pior caminho, ou apenas não preenchido o vazio que tinha. Ele desiste de tudo, mas ao desistir começa a se importar com uma certa pessoa, então percebe que nos momentos que passa com ela todo o passado não importa, e se encontra como pessoa. É muito bem escrito.
Está faltando uma parte hein
Igoy transcendeu é pulou uma parte
Ta faltando uma parte? Eu queria ver ele falando do Iruma, mas pularam
Não tá faltando uma parte não?
Essa seria a terceira.
Char Aznable merece uma posição muito mais alta lol, parece que não leram as LNs de Gundam.
cara os capitulos mais recentes de d.gray-man foram TAO bons amei muuuito ler inteirinho, uma pena so ter capitulo a cada 3 meses
naruto e um excelente personagem ig0y
Aceito não gostar de Naruto, mas o Yuji não é um protagonista good de longe, mas aí implica em eu achar JJK bom em uma parte e nenhum merito é os personagens com excessão do Aoi Todo.
Não esperava muito de uma lista com o protagonista de Holyland lá em Mid.
igoy secretamente adora higurashi tenho ctz
O quanto esses caras subestimam o Goku não tá escrito kek.
o quanto subestimam os protagonistas de Battle Shounen no geral.
pulou uma parte kkkkkkk
Cadê a protagonista de Shuumatsu...?
Ué pulou uma parte não?
Vamo la
AAAAAAAAAIIIIIINNNNNN
pô mas aí pesou a mão com o Naruto kk
calvo
Seiya em ruim... Com certeza não leu Saint Seiya.
Ele n entendeu o violão do Seiya
@@FaustEduLol. Mas é complicado, o cara não entendeu nem o Jonathan Joestar que é um personagem simples, dizer que ele é vazio e se considerar fã de JoJo é totalmente nonsense.
@@JonathanDamasceno eu vi saint Seiya a muito tempo, só lembro do Seiya gritando praticamente. Mas sobre Jojo, eu concordo sobre o Jonathan, ele como personagem não tem nada dms sabe? Ele só tem aquele estereótipo dele e só isso man, pode ter aquele simbolismo de caim e Abel, mas como personagem acho bem fraco
@@FaustEdu Você precisa rever então (ou não - se não tiver vontade rsrs). Mas sabe algo interessante? O Seiya do mangá é quase o oposto da versão do anime nesse sentido.
Sobre o Jonathan, ele não é um esteriótipo porque não funciona como figura para simbolizar uma classe de pessoa, na verdade, ele é uma figura de idealismo objetivista, eu acho ele extremamente subestimado pelos metidos a acadêmicos de narrativa (como o Igoy - que tá longe disso), da mesma forma como o Superman e Capitão América também são desvalorizados hoje em dia. O Jonathan é o próprio arquétipo do tropo de ofélis, o cavalheiro afável, o Paladino leal e bondoso. Existe uma dualidade dele com Dio que só é exibida por outros dois personagens: Pucci e Weather. No MBTIs ele seria um ESFJ porque é amigável, confiável e consciencioso, mas acima de tudo, procuram sempre ser úteis.
Isso é visto por maus olhos por pessoas que não entenderam o propósito do personagem na trama, que estranhamente desejavam que o personagem tivesse características mais nebulosas e moralmente fragilizadas, sendo que isso obviamente é um erro do ponto de vista explícito de que a trama de Phantom Blood é sobre o confronto entre o maximum do bem (Jonathan) e mal (Dio), ele não é um personagem para você se identificar no sentido de que traz um vislumbre ou face da persona do que você já foi ou é - mas do que deveria e trabalha para ser - uma pessoa gentil. Ele é a figura para se inspirar e usar de modelo, pois sua nuance é ser o oposto de Dio (que Zeppelin diz ser o próprio mal - enquanto Jonathan é aquele que ele mais admira e vê bondade).
Para entender isso você deve saber do contexto histórico do Japão nos anos 80, e como a Filosofia Nipônica conceitua o que é a figura do "Herói" como ideia universalizada, isso é importante para mostrar que o Jonathan muito pelo contrário de ser genérico ou vazio, é, na verdade, uma peça de normas culturais idealizada num personagem, isso feito propositalmente como uma nuance, e o seu charme ou unicidade é o fato de ser a junção dos valores heróicos ocidental e oriental, talvez o primeiro personagem de maná com essa característica. Pois bem, a definição tradicional de herói em sua forma mais simples é alguém disposto a arriscar a vida para ajudar outra pessoa sem esperar nada em troca. Em anime/mangá, especialmente no gênero shounen onde JoJo se enquadrava inicialmente, havia um fascínio pelo heroísmo semelhante ao interesse americano em quadrinhos e filmes de super-heróis. Os heróis americanos e japoneses vêm de diversas origens e personalidades. No Japão, muitos heróis expressam o desejo de ajudar os outros e lutar pelo bem maior. Segundo o psicólogo Philip Zimbardo, esse desejo decorre de "uma combinação de uma profunda crença no budismo e nos rituais religiosos xintoístas e no que chamamos de cultura coletivista, onde os outros estão pelo menos no mesmo nível de nós mesmos, se não mais importantes" (Szalavitz, 2011).
[History.com Editors, 2009, October 28. Samurai and Bushido. History.com. Retrieved October.]
A cultura japonesa promove uma cultura coletivista, onde toda a sociedade procura ajudar o grupo e não o indivíduo. Isto é bastante diferente da cultura individualista presente nos EUA.
Isso não quer dizer que ajudar os outros não seja um ato valorizado nas culturas individualistas, mas o fato de o Japão ser uma cultura coletivista impacta definitivamente os desígnios dos heróis no mangá e no anime, já que o altruísmo e a preocupação com o bem maior são traços comuns. Junto com o altruísmo, a bravura é uma característica comumente citada do herói tradicional, independentemente da cultura. Existe um estudo realizado analisando os pontos fortes do caráter, onde descobriu-se que "os pontos fortes listados em coragem são mais relevantes para a compreensão do comportamento heróico", e dois desses pontos fortes, bravura e integridade, "merecem atenção especial" (Jayawickreme e DiStefano, 2011, pág. 169.). A bravura tornou-se um tema comum na mídia japonesa, especificamente no mangá, devido aos impactos da Segunda Guerra Mundial e da subsequente ocupação dos Estados Unidos. No final da década de 1950, as histórias sobre a guerra começaram a concentrar-se em “aspectos positivos”, como “heroísmo e bravura contra probabilidades intransponíveis e circunstâncias muitas vezes impossíveis” (Drummond-Mathew, 2014, pp. 66.).
Enquanto os heróis ocidentais são frequentemente baseados em cavaleiros medievais e em seu código de cavalaria. Os heróis japoneses se inspiram nos samurais e em seu código de honra - bushido. Como grande parte da cultura japonesa, o bushido é influenciado pelas crenças budistas e confucionistas, mas uma característica central que prevaleceu ao longo dos anos é o "espírito guerreiro", que inclui "uma ênfase nas habilidades militares e no destemor diante de um inimigo".. Esse “destemido” é a bravura que transcende as culturas para ser uma característica essencial de um herói, e isso é demonstrado no Jonathan. Um forte senso de justiça também é uma parte central do bushido, conhecido como retidão. É conhecido como o "preceito mais convincente do código do samurai" e significa que um verdadeiro guerreiro samurai possui "o poder de decidir sobre um certo curso de conduta de acordo com a razão, sem vacilar; morrer quando for certo. morrer, atacar quando atacar é certo" (Nitobe, 2004.). O samurai acreditava em fazer o que era certo e se comportar com razão. Adicionalmente o Araki é notavelmente influenciado pela cultura pop dos Estados Unidos e da Europa (todo mundo sabe). Muitos não leram, mas em seu livro "Manga in Theory and Practice", o Hirohiko Araki detalha suas práticas e crenças sobre como escrever mangá. Ele escreve que acredita que seus heróis devem estar "do lado da justiça o que é 'justiça', fiéis aos amigos e corajosos. "Essas três qualidades são para mim as mais belas manifestações do espírito humano” (2017, pp. 56). O verdadeiro herói é, por definição, altruísta, pois “eles podem ser elogiados por alguns, mas agem não para ganho pessoal e arriscar a morte na desolação e na solidão" (2017, pp. 57). Araki prossegue dizendo que "personagens que não podem lutar sem a ajuda de outra pessoa não podem ser considerados heróis" (2017, pp. 57).
Por isso Jonathan enfrenta Dio sozinho no final. Jonathan se esforça para ser um “verdadeiro cavalheiro”, o que define como alguém que precisa “ser corajoso o suficiente para entrar em uma luta que sabe que perderá” (Kobayashi & Okuno, 2012). Jonathan exemplifica essa característica de bravura quando salta para defender Erina de ser intimidada por dois meninos muito maiores que ele. Ele sabe que não tem forças para combatê-los, mas defende Erina independentemente disso, mostrando sua bravura e altruísmo.
O desejo de Jonathan de ser um “verdadeiro cavalheiro” poderia ser uma homenagem aos cavaleiros medievais e seu código de cavalaria, mas também poderia ser resultado da influência confucionista. No Japão, “o samurai foi equiparado ao ‘cavalheiro perfeito’ confucionista e foi ensinado que sua função essencial era exemplificar a virtude para as classes mais baixas” (Pletcher, 2016). No caso de JoJo, Jonathan seria considerado de classe superior devido à riqueza e status de sua família. O desejo de Jonathan de ser um cavalheiro virtuoso e verdadeiro, embora seja de classe superior e opte por se concentrar neste caminho em vez de se tornar mais poderoso é semelhante a como se esperava que os samurais exemplificassem a virtude para classes mais baixas. Ao discutir o design de personagens,O próprio Araki descreve Jonathan como “um homem de justiça num sentido muito tradicional” (2017, pp. 73.).
Jonathan mostra seus traços heróicos e desejo de justiça, ele não esconde isso. Ele não prejudicará os outros, a menos que tenha uma razão válida para fazê-lo, acreditando que isso seja injusto, e para ele, o justo e injusto é como qualquer um de nós enxerga essas ideias, então, realmente, não entendo como pode ter gente que sinta raiva do personagem. O Jonathan enfrenta seus inimigos sozinho diversas vezes ao longo da Parte 1, mesmo contando com a ajuda de dois amigos, Speedwagon e Zeppeli ao longo da série. Ele é capaz de se defender sozinho, mesmo contra seu inimigo mais poderoso - Dio (como eu já mencionei).
Dio quer controlar a realidade, enquanto Jonathan a confronta.
O Araki até acrescentou um padrão semântico de falas para representar a dualidade do Jonathan com o Dio através da Análise do Discurso, que estuda estruturas mais abstratas que sentenças (e como os enunciados se relacionam entre si).
Quando Jonathan descreve uma situação, ele geralmente descreve uma possibilidade específica ligada a uma possibilidade vaga. Ele pode pesar todas as variáveis complexas da situação que afetam a escolha ou fato binário mais importante (lutar ou não lutar, considerar alguém um amigo ou não.). Possibilidades específicas estão frequentemente associadas a um único conflito/tensão, muitas vezes são binárias. Possibilidades vagas estão frequentemente associadas a múltiplos fatores e lidam com espectros e graus de coisas.
"Eu... eu não posso tocar nele. Se eu perder agora, passarei o resto da vida encolhido sob a sombra de Dio. Mas o mais importante é que tenho que lutar... tenho que defender a honra de Erina!"
«Ganhar/perder» - é uma possibilidade específica porque descreve um conflito único muito forte: ou ganhamos ou perdemos tudo para sempre.
«Eu tenho que escapar do controle de Dio e defender a honra de Erina» - é uma vaga possibilidade porque Jonathan não é realmente OBRIGADO a lutar contra Dio por qualquer condição externa. É a coisa certa a fazer.
"Apesar da conversa que acabamos de ter, não sinto nenhuma simpatia entre nós dois... Por quê? Ele é tão carismático, tão afável... Aqueles acontecimentos de sete anos atrás ainda me causam dúvidas e confusão!"
«Eu (NÃO) sinto que ele é meu amigo» - é uma possibilidade específica porque se concentra num conflito/tensão entre o comportamento amigável de Dio e os sentimentos de Jonathan. Jonathan sabe que considerar Dio um amigo seria normal e Jonathan fica surpreso que isso não aconteça de verdade.
«Dio é carismático, tão afável, dá conversas saudáveis e não se comporta mal há 7 anos» - esta é uma vaga descrição das qualidades e histórico de Dio a partir de um espectro de todas as qualidades e históricos possíveis. Esta é uma vaga possibilidade.
Já o Dio descreve uma situação, muitas vezes descreve uma possibilidade específica e descreve a dependência chave que molda a situação.
"Mas fui eu, Dio!
Você pensou que seu primeiro beijo seria JoJo, mas fui eu, Dio! ... O motivo não importa... só o fato dela ter me beijado! Agora o relacionamento dela com Jojo terminará..."
«Beijar JoJo/beijar Dio» - são 2 opções muito contrastantes no contexto da mensagem e do plano de Dio: uma é normal e a outra estraga um relacionamento. Esta é uma possibilidade específica.
«A progressão da relação depende de quem dá o primeiro beijo (e só disso)» - esta é a Dependência chave no centro da situação, enfatiza a Dependência Dio.
"Amizade?! (...) Em breve me formarei... e então não precisarei mais do apoio de Lord Joestar. Passei os últimos sete anos fabricando um relacionamento com Jojo, tudo para este momento... Meu plano é me tornar o único herdeiro da fortuna Joestar! E finalmente tenho idade para reivindicar legitimamente essa fortuna e usá-la como achar melhor!"
«Estou finalmente maior de idade/em breve me formando» - isso destaca um momento específico do evento, Dio esperou especificamente por esse evento e Dio precisa que esse evento aconteça para objetivos específicos - então esta é uma possibilidade específica.
«O meu futuro depende do apoio de Lord Joestar» ou «o meu futuro depende do apoio» - esta é a Dependência que define as circunstâncias de Dio.
Quando Jonathan percebe algo sobre novos eventos (reage), ele frequentemente fala sobre possibilidades vagas.
"Eu não os ataquei por sua causa! Eu quero ser um verdadeiro cavalheiro! Você era uma Donzela em Perigo, um verdadeiro cavalheiro precisa ser corajoso o suficiente para entrar em uma luta que sabe que perderá. (Mas um dia... serei forte o suficiente para vencer...)"
«Eu os ataquei por... ou eu os ataquei porque...» - esta é uma vaga possibilidade porque ele não dá nenhuma razão específica que o "obrigou" a agir, a razão que ele dá é o seu estilo de vida/atitude.
"Tenho uma causa pela qual vale a pena perder alguns dedos! Defenderei meu pai... defenderei minha família... Tenho mais coisas em jogo nesta luta do que você!"
«Não tenho medo de perder alguns dedos» - esta é uma possibilidade vaga porque Jonathan não dá nenhuma razão específica de ausência de medo e no geral não discute as expectativas de ninguém, Jonathan apenas descreve a sua atitude "vaga" na sua missão - seus valores, talvez.
Quando Dio percebe algo sobre novos eventos (reage), ele se concentra em possibilidades específicas conectadas a Possibilidades constantes.
"Vou derrubá-lo de uma vez por todas e farei isso de forma justa e honesta! Garantirei que minha superioridade sobre Jojo fique gravada em todo o seu ser!"
«Para (não) derrubá-lo» e «para (não) garantir a superioridade» - esses resultados são muito específicos porque são muito urgentes, são possibilidades específicas.
«Ser justo e honesto e estar inteiramente gravado» - no contexto da mensagem, essas são propriedades binárias das coisas: as coisas têm ou não têm essas propriedades, sem intermediários. Algo justo e quadrado ou não - e algo está totalmente gravado ou não. E Dio está muito interessado nessas propriedades binárias - ele não precisa de um grau de resultado, ele precisa do máximo, do controle absoluto sobre Jonathan e da vitória mais clara e absoluta para sempre. Essas propriedades binárias são possibilidades constantes.
"Maldita seja! Como eu poderia deixar uma mera mulher me abalar daquele jeito..."
«Para (não) deixá-la me abalar» - essas são 2 opções muito contrastantes ( «deixar» ou «não deixar» ) porque uma é "nobre" e a outra é vergonhosa para Dio. Essas opções são pólos opostos para Dio. Um contraste tão forte significa que estamos falando de uma possibilidade específica.
«Ser uma mera mulher» - algo me faz pensar que o rabo do Dio está tão magoado porque pensa que perdeu para alguém fundamentalmente inferior. Ele não está zangado com as circunstâncias vagas ou específicas do “chocalho”, ele está zangado com a própria essência do “chocalho” (Erina). Então ele fala sobre possibilidade constante.
"Escute, JoJo, posso ser seu convidado, mas não vou tirar nenhuma palavra de você. Gosto de ser o primeiro, sou o número um! Ninguém me olha com desprezo!"
«ser o primeiro» - é isso que Dio quer, sem diplomas e para sempre. É mais uma possibilidade constante.
Diferença entre possibilidades constantes e específicas
A Não sei nadar - nunca aprendi
B Não sei nadar com você, mas posso andar de bicicleta
Em A, negamos uma propriedade "binária" específica de uma pessoa que ela tem ou não tem - aí «não sei nadar» é uma possibilidade constante.
Em B negamos uma oportunidade que está disponível ou não - aí «não sei nadar» é uma opção Possibilidade específica.
Dio no geral fala mais sobre os aspectos preto e branco do mundo, sobre conceitos absolutos. É aí que Dio quer encontrar poder. Mas Jonathan não precisa de poder vindo de coisas absolutas, motivos “temporários” para brigar (amigos, família, amor.) lhe bastam - o que é destacado logo no primeiro episódio.
Perceba então que Jonathan e Dio (da parte 1) são intrínsecamente conectados para a construção da narrativa, eles só funcionam totalmente se estiveram numa mesma trama simbólica.