Introdução ao Livro de Macabeus II Por que estudar esse livro? O Segundo livro dos Macabeus não é a continuação do primeiro. É, em parte, paralelo a ele, iniciando a narração dos acontecimentos um pouco antes, no fim do reinado de Seleuco IV, predecessor de Antíoco Epífanes, mas acompanhando-os apenas até a derrota de Nicanor, antes da morte de Judas Macabeu. Isto não representa mais do que quinze anos e corresponde somente ao conteúdo dos caps. 1-7 do primeiro livro. Na realidade, seu objetivo é agradar e edificar narrando a guerra de libertação comandada por Judas Macabeu, sustentada por aparições celestiais e vencida graças à intervenção divina. A própria perseguição era efeito da misericórdia de Deus, que corrigia seu povo antes que a medida do pecado ficasse repleta. Ele escreve para os judeus de Alexandria, e sua intenção é despertar neles o sentimento de comunhão com seus irmãos da Palestina. Quer interessá-los especialmente pela sorte do Templo, centro da vida religiosa segundo a Lei, objeto do ódio dos gentios. Esta preocupação transparece no plano do livro: depois do episódio de Heliodoro, que sublinha a santidade inviolável do santuário, a primeira parte termina com a morte do perseguidor, Antíoco Epífanes, que manchou o Templo, e com a instituição da festa da Dedicação; a segunda parte encerra-se também com a morte de um perseguidor, Nicanor, que fizera ameaças contra o Templo, e com a instituição de festa comemorativa. As duas cartas colocadas no começo do livro visam ao mesmo objetivo: são convites dirigidos pelos judeus de Jerusalém a seus irmãos do Egito para celebrar com eles a festa da purificação do Templo, a Dedicação. Já que o último acontecimento é a morte de Nicanor, a obra de Jasão de Cirene teria sido composta pouco depois de 160 a.C. Se tiver sido o próprio compendiador que colocou no início as duas cartas dos caps. 1-2 para acompanharem a remessa de seu resumo - mas esta hipótese é discutida - a data deste seria fornecida pela indicação de 1,10a, que corresponde ao ano 124 a.C. O valor histórico do livro não deve ser subestimado. O livro é importante pelas afirmações que contém sobre a ressurreição dos mortos, as sanções de além-túmulo, a prece pelos defuntos, o mérito dos mártires e a intercessão dos santos. Estes ensinamentos, referentes a pontos que os outros escritos do Antigo Testamento deixavam incertos, justificam a autoridade que a Igreja lhe reconheceu. O sistema cronológico adotado por cada um dos dois livros é mais bem conhecido depois da descoberta duma tabuinha cuneiforme que é um fragmento de cronologia dos reis selêucidas, a qual possibilitou fixar a data da morte de Antíoco Epifanes.
Introdução ao Livro de Macabeus II
Por que estudar esse livro?
O Segundo livro dos Macabeus não é a continuação do primeiro. É, em parte, paralelo a ele, iniciando a narração dos acontecimentos um pouco antes, no fim do reinado de Seleuco IV, predecessor de Antíoco Epífanes, mas acompanhando-os apenas até a derrota de Nicanor, antes da morte de Judas Macabeu. Isto não representa mais do que quinze anos e corresponde somente ao conteúdo dos caps. 1-7 do primeiro livro.
Na realidade, seu objetivo é agradar e edificar narrando a guerra de libertação comandada por Judas Macabeu, sustentada por aparições celestiais e vencida graças à intervenção divina. A própria perseguição era efeito da misericórdia de Deus, que corrigia seu povo antes que a medida do pecado ficasse repleta. Ele escreve para os judeus de Alexandria, e sua intenção é despertar neles o sentimento de comunhão com seus irmãos da Palestina. Quer interessá-los especialmente pela sorte do Templo, centro da vida religiosa segundo a Lei, objeto do ódio dos gentios. Esta preocupação transparece no plano do livro: depois do episódio de Heliodoro, que sublinha a santidade inviolável do santuário, a primeira parte termina com a morte do perseguidor, Antíoco Epífanes, que manchou o Templo, e com a instituição da festa da Dedicação; a segunda parte encerra-se também com a morte de um perseguidor, Nicanor, que fizera ameaças contra o Templo, e com a instituição de festa comemorativa. As duas cartas colocadas no começo do livro visam ao mesmo objetivo: são convites dirigidos pelos judeus de Jerusalém a seus irmãos do Egito para celebrar com eles a festa da purificação do Templo, a Dedicação.
Já que o último acontecimento é a morte de Nicanor, a obra de Jasão de Cirene teria sido composta pouco depois de 160 a.C. Se tiver sido o próprio compendiador que colocou no início as duas cartas dos caps. 1-2 para acompanharem a remessa de seu resumo - mas esta hipótese é discutida - a data deste seria fornecida pela indicação de 1,10a, que corresponde ao ano 124 a.C. O valor histórico do livro não deve ser subestimado.
O livro é importante pelas afirmações que contém sobre a ressurreição dos mortos, as sanções de além-túmulo, a prece pelos defuntos, o mérito dos mártires e a intercessão dos santos. Estes ensinamentos, referentes a pontos que os outros escritos do Antigo Testamento deixavam incertos, justificam a autoridade que a Igreja lhe reconheceu.
O sistema cronológico adotado por cada um dos dois livros é mais bem conhecido depois da descoberta duma tabuinha cuneiforme que é um fragmento de cronologia dos reis selêucidas, a qual possibilitou fixar a data da morte de Antíoco Epifanes.
Gratidao.
🙏 Amém
Nunca vi esse livro na bíblia!
Olá @betobenedito2423 tudo bem, dependendo da Bíblia alguns livros não faz parte da Bíblia
Bíblia católica
este livro foi removido das biblias incompletas