Descobri seu canal a pouco tempo, tenho 64 anos sou prof. de música, em minha certidão de nascimento sou branco, minha mãe é branca , meu pai era mestiço (indígena), eu me sinto desconfortável no lugar de apenas branco e, infelizmente em nossa sociedade é extremamente complicado buscar burocratimente, nossa ancestralidade e possíveis opções de identidade e creio que ainda mais quando se fala em universo indígena. Seu vídeo de hoje foi muito forte e lindo, vejo que vc está num caminho muito bom, vc tem base, argumento, determinação e coragem, espero que continue assim, certamente ajudará muita gente em suas próprias descobertas. Gratidão e boa noite. ❤
Você é um doce de pessoa, e gosto muito de ouvir suas vivências, me lembrei que tinha uma amiga no ensino médio, e ela era filha de mãe preta e pai branco, ela me dizia que a chamavam de nega fuba por causa da cor da pele dela, eu disse a ela que a cor dela era parda, porque minha mãe é parda e ela é da cor da minha mãe que também é fruto de miscigenação, e ela ficou mais em paz com aquilo, vi que ela realmente ficava chateada por sentir que não pertencia a lugar nenhum.
Sou sulista, gaúcha, filha de pai branco e mãe parda negra. Fui criada em maior contato com a família da minha mãe, minha avó negra retinta e família de negros e pardos negros. Apesar do meu fenótipo bem mais claro, assim como você eu me sentia parte deles. Já mais velha e entendendo a questão toda das pessoas negras, percebi que não fazia parte e nessa confusão passei a me identificar como branca, inclusive não me declarava parda nas entrevistas por medo de estar sendo desrespeitosa ou fora de lugar (olha só que absurdo kkk) Me identifiquei como branca por muito tempo, mas sempre senti que não era isso, que faltava uma parte. E aí veio tu e teu canal 🙏 Hoje sei meu lugar! Obrigada ❤❤❤
Essas pessoas negras que, "excluem" pessoas pardas ou mestiças quando as mesmas se identificam como negras estão cometendo um grande erro, porque mesmo uma pessoa negra sofrendo mais racismo do que uma pessoa parda ou mestiça não significa que seu sofrimento seja maior, até pq cada um sabe oq passou e oq passa...te entendo muito bem Beatriz porque sou filho de um homem branco loiro de olhos azuis com uma mulher negra retinta, e já fui excluído várias vezes quando eu estava buscando conforto e acolhimento em meus momentos de confusão, buscando minha identidade. Claro, pessoas negras tem sim que lutar pelo seu lugar, mas também tem que deixar as pessoas pardas e mestiças se identificar como pardas e mestiças. não tenho tanto traços negros assim, me pareço muito mais com meu pai...mas nunca irei negar a metade da minha mãe, pq ela é uma mulher muito forte. Não são todas mas eu sinto uma superioridade na fala de algumas pessoas negras quando elas se referem aos pardos e mestiços, oq é triste...não devemos nos separar e sim formar uma união maior excelente trabalho Beatriz, seus vídeos me fazem sentir acolhido.
Boa noite bia, queria te agradecer por compartilhar mais um pedacinho da sua história conosco, dizer que nada que você tem feito é em vão, dizer que ninguém que acompanhe a bia está só nesse processo de se orgulhar da sua identidade e que infelizmente discussoes como essas são pouco fomentadas na nossa sociedade ainda que num século tão consiente. Quero dizer também que me emocionei assistindo e suas palavras ficaram no fundo do meu coração e não só me reconfortaram mas também me firezam refletir sobre as situações que eu como pessoa parda (miscigenada de pai preto e mãe branca) já passei e me magoaram muito, obrigada por sedear esse espaço tão nescessario e acolhedor para pessoas como eu. Como vc disse no video sempre estive nesse limbo, na duvida, nunca me identifiquei com as meninas brancas da minha idade, sempre questionando minha identidade, sempre com medo de ter orgulho das minhas raizes e caracteristicas, me sentindo diferente, já na infância sendo alvo de muitas piadas, apelidos, exclusões e preconceito por causa dos meus fenotipos (mais em especifico nariz e cabelo, na epoca ainda não eram acessiveis produtos para cuidar do meu tipo de cabelo e consequentemente eu sendo uma pessoa pobre da comunidade nao tinha recurso pra cuidar) estive sempre na lista das mais feias da sala, "a macaquinha", a "cafe com leite", a "cabelo duro", "cabelo de bombril" entre outras coisas que falavam de mim e pra mim. Na adolescencia as coisas não melhoraram muito, comecei a trabalhar mt cedo pra ajudar meu pai e eu tinha uma chapinha e um sonho kkkk me aproximar o maximo do padrao de mulher branca que colocaram na minha cabeça que era preciso seguir pra parar de ser excluida, padrão esse que nao ficou só dentro dos muros da escola e que com muito custo deixei pra tras. Pra conseguir emprego, pra passar em entrevistas sempre ia maquiada tentando me aproximar o maximo da menina de cabelo liso com traços finos e delicados. Recentemente depois de já empregada e livre desses padr fui alvo de comentarios como "gabi voce nao acha que cabelo preso ou mais arrumadinho (liso) é melhor pra sua apresentação pros clientes? Passa um ar de mais séria, menos bagunçada" enfm só estou compartilhando parte da minha vivência com você aqui bia pra te mostrar o quao nescessária você tem sido na minha vida e na de muita gente que achou um espaço seguro e de identificação. De uns anos pra ca que afirmo meu lugar na misigenação fui alvo denovo só que dessa vez questionando minha parditude, algo que demorei tanto pra entender e me orgulhar, minha identidade. KKK chega a ser ironico né,entretando, queria dizer que conheçer seu trabalho nas redes sociais e sua pesquisa me fez olhar com outros olhos e me deu força pra algo sempre achei que estava lutando sozinha pra afirmar. Por favor peço para você nunca parar de estimular essas reflexoes,pesquisar e compartilhar do seu trabalho conosco, te desejo muitas bençãos e sucesso e muita força do sagrado na sua caminhada! E eu sinto muito que você tenha passado por isso justo numa experiencia que te agregaria mas conexão ainda com suas raizes, espero que tenha outra oportunidade e que hoje em dia lide melhor com a situação Obrigada mais uma vez, sempre juntas!
Moça, seu relato me emocionou muito, e é exatamente o mesmo sentimento que eu tenho, a mesma experiência. É complicado.... Tanta coisa pra falar Que dia vc vai marcar a roda de conversa? 😅😅😅😅
Um abraço gigante! Você é uma maravilhosa ❤❤❤ eu sou uma mulher branca (embora mestiça e me negue a deixar de enaltecer minha ancestralidade) mas acompanhei meu ex marido passar por situações como a que você descreveu ifinitas vezes! Ele é filho de um homem branco e uma mulher negra retinta. Ele se considerava negro, de tanto passar por situações constrangedoras e tristes ele hoje diz que é pardo. Mas como ele se envolve em movimento e coletivos, com frequência passa por constrangimentos de todos os lados. Ver essa convalidação ja dói. Nem posso imaginar como vcs se sentem. 💔
Me identifiquei pela primeira vez quando vi seu vídeo sobre pessoas pardas, minha família é toda parda e nunca nos identificamos como negro, inclusive tive uma discussão com uma colega professora sobre minha opção, onde sempre me declaro pardo.
Bia, só queria fazer um apontamento. Os pardos devem se aproximar do movimento indígena tbm, pois sempre destacamos a miscigenação entre brancos e negros, mas não a de indígenas. Existem discussões muito pertinentes levantadas pelo Daniel Munduruku e pelo Ailton Krenak desse não lugar dos descendentes de indígenas, que buscam essa parte da ancestralidade. Aí tem muitas nuances, né? Da experiência fora da aldeia, da migração para centros urbanos, etc.
O ser humano é chamado de racional mas é mas irracional que os animais, criam um monte de complicações por causa de alguns pequenos detalhes o que a cor da pele afnal? é só melanina e mais nada independentemente da cor o ton a etnia nacionalidade, tem que haver união e respeito da parte de todos os indivíduos não é normal que as pessoas se separem em grupos ou que tenham que ser aceitos por um e rejeitados pelo outro por simplesmente não terem a mesma cor, somos todos iguais até os animais et ETs merecem respeito, eu gosto do teu trabalho é realmente importante trazer a questão das pessoas abraçarem a sua racialidade múltipla, porque para combater o racismo não preciso ser negro nem criar novos tipos de preconceitos contra outras pessoas.
Lindo, esse seu vídeo. Hoje vc traduziu em uma experiência o sentimento que me acompanhou a vida inteira e que (em comentário a outra postagem.sua no Instagram eu chamei de limbo) de me sentir sempre apartada em qualquer espaço. Estou adorando ter encontrado seu canal e suas redes, tem me ajudado a compreender melhor essa identidade e me sentir acolhida. Forte abraço.
Muito bom Batriz, ver os teus vídeos está me ajudando a me entender enquanto homem pardo, tú és um marco nas redes para eu, siga firme com teu trabalho e boa sorte. 👏👏👏👏👏👏👏👏
Qdo eu era criança, estudava em escola pública, porém a maioria ali eram de pessoas brancas, q hj falaríamos q eram pessoas da classe C, lembrando q nasci nos anos 80. Enfim, td dia eu apanhava por ser a pessoa mais próxima da negritude q tinha. A menina me batia e falava q preto tinha q apanhar msm. Meu cabelo sempre era motivo de riso, ainda mais pq ele era crespo e armado, não existia nem cremes antigamente para nosso cabelo. As pessoas pegavam no meu cabelo e dizia “credo, q cabelo “… enfim. Me sinto mto mal qdo diminuem minhas experiências de racismo e dores e como foi difícil me amar num ambiente q não me aceitava. E a negritude na minha família nunca foi um tabu, pq tanto os retintos como os “pardos” sempre diziam “somos uma família negra”. A cada dia q passa, vejo q temos q considerar de fato os pardos, os mestiços sendo o q são e pronto, o q não faz com que estes não tenham sofrido momentos de preconceito e racismo
Quando meus irmãos crescerem primeira coisa que vou fazer vai ser apresentar seu canal e sua pesquisa a eles rs! Pra que se identifiquem e entemdam melhor seu lugar! Você vai longee mulher!!!
Conheci a pouco seu trabalho, e digo, muito plausível! Me encontrei aqui porque nunca foi possível encaixar entre os brancos, nem tão pouco aos negros... Sempre estive no meio. Aprendi a me definir como negra, mas pesquisando um pouco mais, achei injusto negar quem sou de verdade. Obrigada pelo trabalho, e gostaria muito mais de estar no movimento. Você tornou-se a minha voz!
Beatriz , sou Quilombola e quero que você se sinta abraçada. Acredito que o que estragou a sua experiência nessa comunidade, o que te impediu de se sentir parte, não é por você ser quem é, mas sim o comentário dessa moça que você disse ser sua amiga. Infelizmente isso afetou a sua experiência. Te aconselho a fazer essa visita novamente, sem companias tóxicas e você verá que irá se sentir bem recebida. Só não fique com isso na cabeça de que você não é parte. A propósito, quilombolas não são, fenotipcamente, homogêneos. Tem pessoas mais claras e mais escuras. Alguns, às vezes, até chegam a serem considerados brancos. Varia de comunidade pra comunidade e de sujeitos pra sujeitos dentro de cada comunidade. Sobre essa sua " amiga", ela viu o que fez, como você se sentiu? Você chegou a falar sobre isso com ela? Ela deve ter alguns problemas mau resolvidos e te atacou por isso. Talvez algum complexo. Nós pessoas retintas temos históricos de complexos por sermos aqueles mais distantes dos padrões eurocenticos de beleza e tal. Então, aqueles que não tem isso bem resolvido podem resolver atacar a menina mais proxima do padrão. Não que eu consiere que isso justifique. É uma estupidez da parte dela. Uma infantilidade. Existe certas diferenças regionais, como você viu. Eu tenho um amigo nascido no Rio de Janeiro, que, em termos de fenótipo, se assemelha a você na côr de pele e no cabelo. E quando ele morava no Rio, as pessoas tratavam ele como branco, mas quando ele foi morar no Paraná, ele começou a sofrer ataques racistas na escola, era chamado de macaco e coisa e tal, pois no Paraná ele e você são considerados negros. Uma amiga minha, que também mora no Paraná, em Curitiba , mas é da Bahia, é considerada negra, mas quando ela e as irmãs estao em Salvador, na casa da avó, são consideradas brancas. Claro que não estou dizendo que você deve se considerar isso ou aquilo, só estou comentando as diferenças regionais. Embora eu te veja como uma pessoa negra (e nem toda pessoa negra vai te ver como menos do que elas), eu respeito a sua auto identificação e tento me por no seu lugar e sei que não seria correto alguém dizer que você precisa ignorar parte do que você é. Você não precisa ter de escolher uma coisa em detrimento de outra. Tudo é parte do que você é. Mas sinta se abraçada Beatriz.
Correto, é que infelizmente boa % das pessoas negras ligadas aos movimentos Afro (são muitos ) importa dos EUA este conceito originalmente racista devido a antiga imposição da teoria racial da gota de sangue fato que graças a Deus não foi imposta nas leis do Estado brasileiro, aqui mestiços sempre foram mestiços, tri raciais ou bi raciais, o antigo mulato que atualmente se diz pardo ,infelizmente a politização deste importante assunto brasileiro ((já que 42%da população é mestiça) tentam direcionar para a polêmica como essa revelada neste vídeo, Abraços e obrigada por se predispor a esclarecer seu ponto de vista
Obrigada pela generosidade ❤ Com certeza pretendo voltar no quilombo da Machadinha e em outros! Acabei não conversando com a pessoa, pois nos distanciamos… de qualquer forma, agradeço muito pela sua reflexão e pela empatia 🙏🏽♥️
Minha pele é super clarinha, talvez um tom a menos do que da Beatriz. Assim como o @joserobertobarbosa3589 disse, quilombolas não são fenotipicamente homogêneos. Sou lida como negra pela minha melhor amiga Haitiana, a Francesca. No grupo de capoeira também me chamam de nega e respeitam minha identidade. Sou lida como negra por racistas que me apelidam e me julgam também. Esse "não lugar" ignora que a formação da identidade negra perpassa antes de tudo, pela experiencia mestiça. Negros retintos não são a maioria, tão pouco são os únicos negros. Sinto que posso contribuir para a luta antirracista com a minha identidade, me reconectando acima de tudo com a minha ancestralidade Africana. É sobre manter os saberes da oralidade, lembrando que NEGRO é um termo guarda-chuva que precisa constantemente ser ampliado para ganharmos força na busca pela equidade e democracia. Quem arranca o pertencimento de pessoas misigenadas mais claras, independente do estado, país que ou localidade que se encontra, está praticando certa forma de apagamento histórico, coisa que nós negros juntos lutamos contra todos os dias para manter vivo os saberes ancestrais, que podem nos nortear para a luta contra o capitalismo, racismo e pensamento colonial. Sinto muito que tenha passado por isso, pra mim você é uma pretinha linda e eu iria adorar ser sua amiga na escola, fazer tranças, ouvir racionais e me aquilombar com você ksksksks boa sorte ❤❤❤
@@rafaelasoares5301 meu anjo, a maior referencia quilombola hoje é o Nego Bispo, dá uma lida nele e busca por fontes que retratam a realidade desde a raiz. 💕
Oii Beatriz, tudo bem? Eu sou a Layne, prazer. Venho aqui te agradecer por ter explicado de forma tão clara a questão da parditude. Eu sou uma garota preta, que durante toda a vida viu pessoas pardas (que passam pelo fenômeno da ambiguidade) como negras. Isso aconteceu pela forte influência estadunidense que consumia (filmes, séries). Concordo completamente com o que você disse, hoje evolui bastante em relação a essa questão, porque tenho amigas pardas tbm. A única coisa que não concordo, é pessoas que invalidam a parte cultural de pardos, desmerecendo o racismo que vocês sofrem ou já sofreram em relação a esses dois grupos étnicos. Vocês devem ser amados e acolhidos por esses grupos, não excluídos. Portanto, obrigada 💫.
Quando era pequena, meu avô me chamava de "morena jambo". Um dos esteriótipos na época para pessoas morenas (pardas, acredito eu). Hoje, sou nomeada "branca" porém, não admito ser "branca" pois sei quem sou. E outra: eu mesma me comparei com uma moça que tive contato com do sul do Brasil e...nada haver comigo. Eu vi nitidamente que realmente eu não seria considerada como branca por lá, como sou, onde resido. Isso me deu um choque, mesmo sabendo que não sou branca. Me considero mestiça pois, sempre via brancos e negros e nunca me identificava com eles. Brancos de verdade, no caso, os de lábios finos, brancos que ficam vermelhos ao sol, nariz pontudo, enfim. Porém, como não possui essa opção no IBGE, sou parda, que também aceito a nomenclatura...
Vendo seus vídeos, quando você diferencia pessoas "mestiças" de pessoas "negras" me passa uma impressão de que não existem pessoas mestiças de pele retinta.. será que poderia gravar um vídeo falando mais o que pensa sobre essa questão? Gratidão!
Classificar as pessoas em grupos raciais vai ser sempre complicado. No caso de pessoas sem um fenotipo evidente de mestiçagem vai ser sempre difícil que ela seja percebida como mestiça. Uma pessoa mestiça com fenótipo europeu dificilmente vai ser percebida como mestiça também.
Acho tão óbvio que a população brasileira é mestiça, com tons de peles diversos, isto "grita" todos os dias nas ruas, nasci e resido em Salvador, Bahia, onde essa diversidade ocorre dentro de uma mesma família, com filhos/as do mesmo pai e mãe, que não precisa de estudos, nem teorias com palavras "mirabolantes" que já escutei de ativistas do Movimento Negro, tão complicadas que não tenho nem capacidade de repeti-las, apenas pra fazer desta receita maravilhosa, temperada de tanta mistura, uma receita "única", de um lado só, já escutei muitos discursos, mas sempre tive convicção de que aquele discurso não poderia ser verdade, simplesmente porque a mestiçagem salta aos olhos em nossa terra, mas por ser de tonalidade de pele branca, muitas vezes me calei, por medo da hostilidade e de ser apontada como racista por não comungar com essas teorias, fico satisfeita em ver que a verdade está começando a apontar no horizonte, através de movimentos e pessoas como você! Obrigada por ter coragem de enfrentar os arrogantes, derrubar esta farsa! Parabéns e principalmente, força, resignação!!
Pq n procura ver os autores que ela cita, aposto que é uma pessoa ou branca que acha que entende algo e fica militando sendo que n vivi nada na pele ja foi confundido com branco por alguns? Ou já afirmado negro por outros? Aposto que n Nunca vi titulo de livro com comentário mais racista e infeliz, pensa só se fosse ao contrario Da uma olhada nos conteúdos dela, ela conta a história do Brasil, e explica de como esse tema colorisma, de que pardo é cor de papel veio dos Estados unidos, pois o processo de miscigenação nos Estados unidos demorou muito pra acontecer e que lá realmente dava para separar, pois Brancos n se misturavam de forma alguma com negros, no Brasil temos uma história diferente, desde a chegada dos portugueses que já tinham um processo de miscigenação com indigenas mesmo sendo de uma forma triste e infeliz. Este conceito que vcs tanto pregam, n dá para ser aplicado aqui no nosso Brasil, isso e me anular e anular muitos Brasileiros, que por mais que tentem se adequar a só um desses dois movimentos sempre será excluído e desprezado, n tem como enfiamos o Brasil em uma bolha só. Nosso Brasil é imenso; sou folha de um pai negro, mãe branca, minha características confundem já fui taxada de branca, me falaram que eu era negra, e no final das contas mesmo se me considerar negra, e algum dia quiser fazer tranças no meu cabelo e sair na rua, serei apedrejada por ser uma pessoa n negra fazendo apropriação cultural, e que tranças é só coisa de negro. Mas como eu n posso fazer tranças, nem sou reconhecida por branca e nem por negra, pois n posso pertencer nem fazer parte daquele movimento, sirvo apenas pra servir de número, oq sou então, sou um Ete, pq pardo pra vcs são etes a humanidade as pessoas só se resumem a pretos e Brancos. Então sim eu me declaro um ete vim do planeta partitude pra causar caos na terra.
Eles usavam a teoria e o sistema de hipodescendência, então se vc era descendente de não branco e branco vc seria tratado enquanto a sua parte não branca, por exemplo: se vc é filho(a) de pais preto e branco vc seria preto, se por exemplo também vc for filho(a) de pais indígena e branco vc seria indígena. É como se sua parte branca fosse anulada, isso pra manter o status de pureza branca.
Super entendo o que você coloca. Mas já coloco ressalvas e questões da forma como se refere a questões quilombolas. De toda forma acho que as pessoas que estavam ao seu lado, suas "amigas" também não tinham letramento para conversar com você. É muito triste quando pessoas negras não entendem a questão profunda do que é o conceito de pardo e que esta nomenclatura é colonial. Muito difícil e dolorido para estas pessoa filhas de relacionamentos interétnicos. Penso a mesma coisa, que sua amiga na binariedade somente conseguia ver o mundo em "branco" e "preto". Mas na questão quilombola, a discussão é muito mais profunda, te convido a estudar como dentro destes territórios a discussão pelo marcador social da pele é diferente. E me incomoda que apenas estejamos baseando as discussões na cor da pela e nos traços. Acho que as/os mestiças/os precisam entender, que há algo além disto, sobre ancestralidade, pertencimento e identidade.
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Descobri seu canal a pouco tempo, tenho 64 anos sou prof. de música, em minha certidão de nascimento sou branco, minha mãe é branca , meu pai era mestiço (indígena), eu me sinto desconfortável no lugar de apenas branco e, infelizmente em nossa sociedade é extremamente complicado buscar burocratimente, nossa ancestralidade e possíveis opções de identidade e creio que ainda mais quando se fala em universo indígena.
Seu vídeo de hoje foi muito forte e lindo, vejo que vc está num caminho muito bom, vc tem base, argumento, determinação e coragem, espero que continue assim, certamente ajudará muita gente em suas próprias descobertas.
Gratidão e boa noite. ❤
Não desanime moça linda, você é muito necessária pra nossa luta ❤
❤❤❤❤
Você é um doce de pessoa, e gosto muito de ouvir suas vivências, me lembrei que tinha uma amiga no ensino médio, e ela era filha de mãe preta e pai branco, ela me dizia que a chamavam de nega fuba por causa da cor da pele dela, eu disse a ela que a cor dela era parda, porque minha mãe é parda e ela é da cor da minha mãe que também é fruto de miscigenação, e ela ficou mais em paz com aquilo, vi que ela realmente ficava chateada por sentir que não pertencia a lugar nenhum.
Sou sulista, gaúcha, filha de pai branco e mãe parda negra. Fui criada em maior contato com a família da minha mãe, minha avó negra retinta e família de negros e pardos negros. Apesar do meu fenótipo bem mais claro, assim como você eu me sentia parte deles. Já mais velha e entendendo a questão toda das pessoas negras, percebi que não fazia parte e nessa confusão passei a me identificar como branca, inclusive não me declarava parda nas entrevistas por medo de estar sendo desrespeitosa ou fora de lugar (olha só que absurdo kkk) Me identifiquei como branca por muito tempo, mas sempre senti que não era isso, que faltava uma parte. E aí veio tu e teu canal 🙏 Hoje sei meu lugar! Obrigada ❤❤❤
Muito emocionante seu relato!
Essas pessoas negras que, "excluem" pessoas pardas ou mestiças quando as mesmas se identificam como negras estão cometendo um grande erro, porque mesmo uma pessoa negra sofrendo mais racismo do que uma pessoa parda ou mestiça não significa que seu sofrimento seja maior, até pq cada um sabe oq passou e oq passa...te entendo muito bem Beatriz porque sou filho de um homem branco loiro de olhos azuis com uma mulher negra retinta, e já fui excluído várias vezes quando eu estava buscando conforto e acolhimento em meus momentos de confusão, buscando minha identidade.
Claro, pessoas negras tem sim que lutar pelo seu lugar, mas também tem que deixar as pessoas pardas e mestiças se identificar como pardas e mestiças. não tenho tanto traços negros assim, me pareço muito mais com meu pai...mas nunca irei negar a metade da minha mãe, pq ela é uma mulher muito forte. Não são todas mas eu sinto uma superioridade na fala de algumas pessoas negras quando elas se referem aos pardos e mestiços, oq é triste...não devemos nos separar e sim formar uma união maior
excelente trabalho Beatriz, seus vídeos me fazem sentir acolhido.
Vc é fenotipicamente branco? É uma dúvida, já q vc falou q puxou "o lado" do seu pai.
@@lucaswl007 sim, mas meu tom de pele é um pouco mais escuro que o dele
Você é necessária, seu canal é necessário para esse debate. Só temos a agradecer por esse começo. ❤
Boa noite bia, queria te agradecer por compartilhar mais um pedacinho da sua história conosco, dizer que nada que você tem feito é em vão, dizer que ninguém que acompanhe a bia está só nesse processo de se orgulhar da sua identidade e que infelizmente discussoes como essas são pouco fomentadas na nossa sociedade ainda que num século tão consiente. Quero dizer também que me emocionei assistindo e suas palavras ficaram no fundo do meu coração e não só me reconfortaram mas também me firezam refletir sobre as situações que eu como pessoa parda (miscigenada de pai preto e mãe branca) já passei e me magoaram muito, obrigada por sedear esse espaço tão nescessario e acolhedor para pessoas como eu.
Como vc disse no video sempre estive nesse limbo, na duvida, nunca me identifiquei com as meninas brancas da minha idade, sempre questionando minha identidade, sempre com medo de ter orgulho das minhas raizes e caracteristicas, me sentindo diferente, já na infância sendo alvo de muitas piadas, apelidos, exclusões e preconceito por causa dos meus fenotipos (mais em especifico nariz e cabelo, na epoca ainda não eram acessiveis produtos para cuidar do meu tipo de cabelo e consequentemente eu sendo uma pessoa pobre da comunidade nao tinha recurso pra cuidar) estive sempre na lista das mais feias da sala, "a macaquinha", a "cafe com leite", a "cabelo duro", "cabelo de bombril" entre outras coisas que falavam de mim e pra mim. Na adolescencia as coisas não melhoraram muito, comecei a trabalhar mt cedo pra ajudar meu pai e eu tinha uma chapinha e um sonho kkkk me aproximar o maximo do padrao de mulher branca que colocaram na minha cabeça que era preciso seguir pra parar de ser excluida, padrão esse que nao ficou só dentro dos muros da escola e que com muito custo deixei pra tras. Pra conseguir emprego, pra passar em entrevistas sempre ia maquiada tentando me aproximar o maximo da menina de cabelo liso com traços finos e delicados. Recentemente depois de já empregada e livre desses padr fui alvo de comentarios como "gabi voce nao acha que cabelo preso ou mais arrumadinho (liso) é melhor pra sua apresentação pros clientes? Passa um ar de mais séria, menos bagunçada" enfm só estou compartilhando parte da minha vivência com você aqui bia pra te mostrar o quao nescessária você tem sido na minha vida e na de muita gente que achou um espaço seguro e de identificação.
De uns anos pra ca que afirmo meu lugar na misigenação fui alvo denovo só que dessa vez questionando minha parditude, algo que demorei tanto pra entender e me orgulhar, minha identidade. KKK chega a ser ironico né,entretando, queria dizer que conheçer seu trabalho nas redes sociais e sua pesquisa me fez olhar com outros olhos e me deu força pra algo sempre achei que estava lutando sozinha pra afirmar. Por favor peço para você nunca parar de estimular essas reflexoes,pesquisar e compartilhar do seu trabalho conosco, te desejo muitas bençãos e sucesso e muita força do sagrado na sua caminhada!
E eu sinto muito que você tenha passado por isso justo numa experiencia que te agregaria mas conexão ainda com suas raizes, espero que tenha outra oportunidade e que hoje em dia lide melhor com a situação
Obrigada mais uma vez, sempre juntas!
O comentário mais lindo que eu li no ano! Muito obrigada por essa partilha, meu amor. Sempre! SEMPRE juntas 🤜🏽🤛🏽
Moça, seu relato me emocionou muito, e é exatamente o mesmo sentimento que eu tenho, a mesma experiência.
É complicado.... Tanta coisa pra falar
Que dia vc vai marcar a roda de conversa? 😅😅😅😅
Um abraço gigante! Você é uma maravilhosa ❤❤❤ eu sou uma mulher branca (embora mestiça e me negue a deixar de enaltecer minha ancestralidade) mas acompanhei meu ex marido passar por situações como a que você descreveu ifinitas vezes! Ele é filho de um homem branco e uma mulher negra retinta. Ele se considerava negro, de tanto passar por situações constrangedoras e tristes ele hoje diz que é pardo. Mas como ele se envolve em movimento e coletivos, com frequência passa por constrangimentos de todos os lados. Ver essa convalidação ja dói. Nem posso imaginar como vcs se sentem. 💔
Me identifiquei pela primeira vez quando vi seu vídeo sobre pessoas pardas, minha família é toda parda e nunca nos identificamos como negro, inclusive tive uma discussão com uma colega
professora sobre minha opção, onde sempre me declaro pardo.
Bia, só queria fazer um apontamento. Os pardos devem se aproximar do movimento indígena tbm, pois sempre destacamos a miscigenação entre brancos e negros, mas não a de indígenas.
Existem discussões muito pertinentes levantadas pelo Daniel Munduruku e pelo Ailton Krenak desse não lugar dos descendentes de indígenas, que buscam essa parte da ancestralidade. Aí tem muitas nuances, né? Da experiência fora da aldeia, da migração para centros urbanos, etc.
Sim, eu sempre falo disso! Obrigada por acrescentar ♥️♥️♥️
O ser humano é chamado de racional mas é mas irracional que os animais, criam um monte de complicações por causa de alguns pequenos detalhes o que a cor da pele afnal? é só melanina e mais nada independentemente da cor o ton a etnia nacionalidade, tem que haver união e respeito da parte de todos os indivíduos não é normal que as pessoas se separem em grupos ou que tenham que ser aceitos por um e rejeitados pelo outro por simplesmente não terem a mesma cor, somos todos iguais até os animais et ETs merecem respeito, eu gosto do teu trabalho é realmente importante trazer a questão das pessoas abraçarem a sua racialidade múltipla, porque para combater o racismo não preciso ser negro nem criar novos tipos de preconceitos contra outras pessoas.
Força, Beatriz!
Lindo, esse seu vídeo. Hoje vc traduziu em uma experiência o sentimento que me acompanhou a vida inteira e que (em comentário a outra postagem.sua no Instagram eu chamei de limbo) de me sentir sempre apartada em qualquer espaço. Estou adorando ter encontrado seu canal e suas redes, tem me ajudado a compreender melhor essa identidade e me sentir acolhida. Forte abraço.
Muito bom Batriz, ver os teus vídeos está me ajudando a me entender enquanto homem pardo, tú és um marco nas redes para eu, siga firme com teu trabalho e boa sorte. 👏👏👏👏👏👏👏👏
Muito tocante...você faz a diferença!
Que honra!
Teu canal é extremamente necessário ❤
Qdo eu era criança, estudava em escola pública, porém a maioria ali eram de pessoas brancas, q hj falaríamos q eram pessoas da classe C, lembrando q nasci nos anos 80. Enfim, td dia eu apanhava por ser a pessoa mais próxima da negritude q tinha. A menina me batia e falava q preto tinha q apanhar msm. Meu cabelo sempre era motivo de riso, ainda mais pq ele era crespo e armado, não existia nem cremes antigamente para nosso cabelo. As pessoas pegavam no meu cabelo e dizia “credo, q cabelo “… enfim. Me sinto mto mal qdo diminuem minhas experiências de racismo e dores e como foi difícil me amar num ambiente q não me aceitava. E a negritude na minha família nunca foi um tabu, pq tanto os retintos como os “pardos” sempre diziam “somos uma família negra”. A cada dia q passa, vejo q temos q considerar de fato os pardos, os mestiços sendo o q são e pronto, o q não faz com que estes não tenham sofrido momentos de preconceito e racismo
Sinto muito minha querida por tudo que viveu 😔😔😔 que bom que sua família é unida!! Estamos juntas nessa 🤜🏽🤛🏽♥️
Quando meus irmãos crescerem primeira coisa que vou fazer vai ser apresentar seu canal e sua pesquisa a eles rs! Pra que se identifiquem e entemdam melhor seu lugar! Você vai longee mulher!!!
comentário mais lindo do mundo
18:46 “não é um ‘não-lugar’, é um ‘SIM-LUGAR’” …exatamente ❤
Conheci a pouco seu trabalho, e digo, muito plausível! Me encontrei aqui porque nunca foi possível encaixar entre os brancos, nem tão pouco aos negros... Sempre estive no meio. Aprendi a me definir como negra, mas pesquisando um pouco mais, achei injusto negar quem sou de verdade. Obrigada pelo trabalho, e gostaria muito mais de estar no movimento. Você tornou-se a minha voz!
Beatriz , sou Quilombola e quero que você se sinta abraçada. Acredito que o que estragou a sua experiência nessa comunidade, o que te impediu de se sentir parte, não é por você ser quem é, mas sim o comentário dessa moça que você disse ser sua amiga. Infelizmente isso afetou a sua experiência. Te aconselho a fazer essa visita novamente, sem companias tóxicas e você verá que irá se sentir bem recebida. Só não fique com isso na cabeça de que você não é parte. A propósito, quilombolas não são, fenotipcamente, homogêneos. Tem pessoas mais claras e mais escuras. Alguns, às vezes, até chegam a serem considerados brancos. Varia de comunidade pra comunidade e de sujeitos pra sujeitos dentro de cada comunidade. Sobre essa sua " amiga", ela viu o que fez, como você se sentiu? Você chegou a falar sobre isso com ela? Ela deve ter alguns problemas mau resolvidos e te atacou por isso. Talvez algum complexo. Nós pessoas retintas temos históricos de complexos por sermos aqueles mais distantes dos padrões eurocenticos de beleza e tal. Então, aqueles que não tem isso bem resolvido podem resolver atacar a menina mais proxima do padrão. Não que eu consiere que isso justifique. É uma estupidez da parte dela. Uma infantilidade. Existe certas diferenças regionais, como você viu. Eu tenho um amigo nascido no Rio de Janeiro, que, em termos de fenótipo, se assemelha a você na côr de pele e no cabelo. E quando ele morava no Rio, as pessoas tratavam ele como branco, mas quando ele foi morar no Paraná, ele começou a sofrer ataques racistas na escola, era chamado de macaco e coisa e tal, pois no Paraná ele e você são considerados negros. Uma amiga minha, que também mora no Paraná, em Curitiba , mas é da Bahia, é considerada negra, mas quando ela e as irmãs estao em Salvador, na casa da avó, são consideradas brancas. Claro que não estou dizendo que você deve se considerar isso ou aquilo, só estou comentando as diferenças regionais. Embora eu te veja como uma pessoa negra (e nem toda pessoa negra vai te ver como menos do que elas), eu respeito a sua auto identificação e tento me por no seu lugar e sei que não seria correto alguém dizer que você precisa ignorar parte do que você é. Você não precisa ter de escolher uma coisa em detrimento de outra. Tudo é parte do que você é. Mas sinta se abraçada Beatriz.
Correto, é que infelizmente boa % das pessoas negras ligadas aos movimentos Afro (são muitos ) importa dos EUA este conceito originalmente racista devido a antiga imposição da teoria racial da gota de sangue fato que graças a Deus não foi imposta nas leis do Estado brasileiro, aqui mestiços sempre foram mestiços, tri raciais ou bi raciais, o antigo mulato que atualmente se diz pardo ,infelizmente a politização deste importante assunto brasileiro ((já que 42%da população é mestiça) tentam direcionar para a polêmica como essa revelada neste vídeo, Abraços e obrigada por se predispor a esclarecer seu ponto de vista
Obrigada pela generosidade ❤ Com certeza pretendo voltar no quilombo da Machadinha e em outros! Acabei não conversando com a pessoa, pois nos distanciamos… de qualquer forma, agradeço muito pela sua reflexão e pela empatia 🙏🏽♥️
Minha pele é super clarinha, talvez um tom a menos do que da Beatriz. Assim como o @joserobertobarbosa3589 disse, quilombolas não são fenotipicamente homogêneos. Sou lida como negra pela minha melhor amiga Haitiana, a Francesca. No grupo de capoeira também me chamam de nega e respeitam minha identidade. Sou lida como negra por racistas que me apelidam e me julgam também.
Esse "não lugar" ignora que a formação da identidade negra perpassa antes de tudo, pela experiencia mestiça. Negros retintos não são a maioria, tão pouco são os únicos negros. Sinto que posso contribuir para a luta antirracista com a minha identidade, me reconectando acima de tudo com a minha ancestralidade Africana. É sobre manter os saberes da oralidade, lembrando que NEGRO é um termo guarda-chuva que precisa constantemente ser ampliado para ganharmos força na busca pela equidade e democracia. Quem arranca o pertencimento de pessoas misigenadas mais claras, independente do estado, país que ou localidade que se encontra, está praticando certa forma de apagamento histórico, coisa que nós negros juntos lutamos contra todos os dias para manter vivo os saberes ancestrais, que podem nos nortear para a luta contra o capitalismo, racismo e pensamento colonial. Sinto muito que tenha passado por isso, pra mim você é uma pretinha linda e eu iria adorar ser sua amiga na escola, fazer tranças, ouvir racionais e me aquilombar com você ksksksks boa sorte ❤❤❤
@@rafaelasoares5301 meu anjo, a maior referencia quilombola hoje é o Nego Bispo, dá uma lida nele e busca por fontes que retratam a realidade desde a raiz. 💕
Oii Beatriz, tudo bem? Eu sou a Layne, prazer. Venho aqui te agradecer por ter explicado de forma tão clara a questão da parditude. Eu sou uma garota preta, que durante toda a vida viu pessoas pardas (que passam pelo fenômeno da ambiguidade) como negras. Isso aconteceu pela forte influência estadunidense que consumia (filmes, séries). Concordo completamente com o que você disse, hoje evolui bastante em relação a essa questão, porque tenho amigas pardas tbm. A única coisa que não concordo, é pessoas que invalidam a parte cultural de pardos, desmerecendo o racismo que vocês sofrem ou já sofreram em relação a esses dois grupos étnicos. Vocês devem ser amados e acolhidos por esses grupos, não excluídos. Portanto, obrigada 💫.
Fala muito sensata e adequada!
Quando era pequena, meu avô me chamava de "morena jambo". Um dos esteriótipos na época para pessoas morenas (pardas, acredito eu). Hoje, sou nomeada "branca" porém, não admito ser "branca" pois sei quem sou. E outra: eu mesma me comparei com uma moça que tive contato com do sul do Brasil e...nada haver comigo. Eu vi nitidamente que realmente eu não seria considerada como branca por lá, como sou, onde resido. Isso me deu um choque, mesmo sabendo que não sou branca. Me considero mestiça pois, sempre via brancos e negros e nunca me identificava com eles. Brancos de verdade, no caso, os de lábios finos, brancos que ficam vermelhos ao sol, nariz pontudo, enfim. Porém, como não possui essa opção no IBGE, sou parda, que também aceito a nomenclatura...
Ói o cabelin crescendo
Nós Somos! ✊🏼 Vamos assumir o nosso lugar
Parabéns pelo debate.
Vendo seus vídeos, quando você diferencia pessoas "mestiças" de pessoas "negras" me passa uma impressão de que não existem pessoas mestiças de pele retinta.. será que poderia gravar um vídeo falando mais o que pensa sobre essa questão? Gratidão!
Quando falo mestiços estou falando das pessoas pardas 😊
@@parditude Mas então seria um erro, ou as pessoas de pele retinta não são mestiças?
Classificar as pessoas em grupos raciais vai ser sempre complicado. No caso de pessoas sem um fenotipo evidente de mestiçagem vai ser sempre difícil que ela seja percebida como mestiça. Uma pessoa mestiça com fenótipo europeu dificilmente vai ser percebida como mestiça também.
Nossa te entendo perfeitamente.
Sinto muito! Vc lida melhor com isso atualmente?
Acho tão óbvio que a população brasileira é mestiça, com tons de peles diversos, isto "grita" todos os dias nas ruas, nasci e resido em Salvador, Bahia, onde essa diversidade ocorre dentro de uma mesma família, com filhos/as do mesmo pai e mãe, que não precisa de estudos, nem teorias com palavras "mirabolantes" que já escutei de ativistas do Movimento Negro, tão complicadas que não tenho nem capacidade de repeti-las, apenas pra fazer desta receita maravilhosa, temperada de tanta mistura, uma receita "única", de um lado só, já escutei muitos discursos, mas sempre tive convicção de que aquele discurso não poderia ser verdade, simplesmente porque a mestiçagem salta aos olhos em nossa terra, mas por ser de tonalidade de pele branca, muitas vezes me calei, por medo da hostilidade e de ser apontada como racista por não comungar com essas teorias, fico satisfeita em ver que a verdade está começando a apontar no horizonte, através de movimentos e pessoas como você! Obrigada por ter coragem de enfrentar os arrogantes, derrubar esta farsa! Parabéns e principalmente, força, resignação!!
"Deus criou os brancos e negros mas o diabo inventou os mestiços" - Mark Twain em "As aventuras de Tom Sawyer"
😢😢😢
Pq n procura ver os autores que ela cita, aposto que é uma pessoa ou branca que acha que entende algo e fica militando sendo que n vivi nada na pele ja foi confundido com branco por alguns? Ou já afirmado negro por outros? Aposto que n
Nunca vi titulo de livro com comentário mais racista e infeliz, pensa só se fosse ao contrario
Da uma olhada nos conteúdos dela, ela conta a história do Brasil, e explica de como esse tema colorisma, de que pardo é cor de papel veio dos Estados unidos, pois o processo de miscigenação nos Estados unidos demorou muito pra acontecer e que lá realmente dava para separar, pois Brancos n se misturavam de forma alguma com negros, no Brasil temos uma história diferente, desde a chegada dos portugueses que já tinham um processo de miscigenação com indigenas mesmo sendo de uma forma triste e infeliz. Este conceito que vcs tanto pregam, n dá para ser aplicado aqui no nosso Brasil, isso e me anular e anular muitos Brasileiros, que por mais que tentem se adequar a só um desses dois movimentos sempre será excluído e desprezado, n tem como enfiamos o Brasil em uma bolha só. Nosso Brasil é imenso; sou folha de um pai negro, mãe branca, minha características confundem já fui taxada de branca, me falaram que eu era negra, e no final das contas mesmo se me considerar negra, e algum dia quiser fazer tranças no meu cabelo e sair na rua, serei apedrejada por ser uma pessoa n negra fazendo apropriação cultural, e que tranças é só coisa de negro.
Mas como eu n posso fazer tranças, nem sou reconhecida por branca e nem por negra, pois n posso pertencer nem fazer parte daquele movimento, sirvo apenas pra servir de número, oq sou então, sou um Ete, pq pardo pra vcs são etes a humanidade as pessoas só se resumem a pretos e Brancos. Então sim eu me declaro um ete vim do planeta partitude pra causar caos na terra.
@@AnaRachelAlvesDaSilva vou esperar virar filme
Como era tratada uma pessoa parda na época da segregação racial nos Eua ? Tinha lugares separados para essas pessoas?
Eles usavam a teoria e o sistema de hipodescendência, então se vc era descendente de não branco e branco vc seria tratado enquanto a sua parte não branca, por exemplo: se vc é filho(a) de pais preto e branco vc seria preto, se por exemplo também vc for filho(a) de pais indígena e branco vc seria indígena. É como se sua parte branca fosse anulada, isso pra manter o status de pureza branca.
@@lucaswl007
Então é verdadeiro afirmar que o Movimento Negro faz a mesma coisa?!
@@patlf1971 não, apesar deles usarem a mesma teoria de um racista o objetivo não é manter uma pureza branca.
@@lucaswl007
Obrigada por responder, mas me gerou outra dúvida...
Os fins justificam os meios, para adotarem o mesmo método racista?
@@patlf1971 o q era (não sei se ainda é) adotado seria fazerem parte de um mesmo grupo pelo sistema racista ter empurrado.
Linda
Super entendo o que você coloca. Mas já coloco ressalvas e questões da forma como se refere a questões quilombolas. De toda forma acho que as pessoas que estavam ao seu lado, suas "amigas" também não tinham letramento para conversar com você. É muito triste quando pessoas negras não entendem a questão profunda do que é o conceito de pardo e que esta nomenclatura é colonial. Muito difícil e dolorido para estas pessoa filhas de relacionamentos interétnicos. Penso a mesma coisa, que sua amiga na binariedade somente conseguia ver o mundo em "branco" e "preto". Mas na questão quilombola, a discussão é muito mais profunda, te convido a estudar como dentro destes territórios a discussão pelo marcador social da pele é diferente. E me incomoda que apenas estejamos baseando as discussões na cor da pela e nos traços. Acho que as/os mestiças/os precisam entender, que há algo além disto, sobre ancestralidade, pertencimento e identidade.
Pessoas pardas são negras. A população negra são as pessoas pardas e pretas. Porque vc se refere como uma parda que não faz parte da população negra?
Tem outros vídeos que explico isso, você encontra aqui no canal, procure por “pardos NÃO são negros!” E irá encontrar ❤️