Fica bem a atual moda de, publicamente, considerar-se privilegiado, só para tentar conquistar alguma moral. À parte isso, ser pluralista - não é mais do que um relativizar moderado/sem radicalizar - sempre.
O entrevistador Miguel Nabinho tem muito mérito na imaginação desta rubrica de entrevistas, na escolha dos convidados, etc... Eu nunca fui apreciador da Maria Castello Branco nem concordo com quase nada do que ela diz e defende, mas depois desta entrevista até já tenho outra opinião, por exemplo. Mas respeitosamente parece-me que às vezes, nestas entrevistas MN traz para cima da mesa algumas ideias suas (que o pode fazer, é legitimo porque o espaço é seu) mal exploradas primeiro. Notou-se em entrevistas passadas sobre o assunto do racismo, quando mandou para um sítio pessoas que perderam património seu na transição da ditadura para a democracia e nesta entrevista a propósito de Mário Soares. Quando MN e MCB nesta entrevista tocam no assunto Mário Soares, MN começa por "endeusar" Mário Soares dizendo que "a direita não sabe o que lhe deve" e dá os seus amigos e a publicação no Insta como exemplo disso e depois dá a entender que apesar de lhe falarem do lado negativo do socialista que ele "nem quer pensar muito sobre o assunto". Lá está explora mal o que se calhar quer dar a entender e depois não "gosta" de ir ver o contraditório dessa ideia. O país deve muito a Mário Soares sim, deu um grande exemplo de resiliência no combate ao Estado Novo sim, foi um dos grandes obreiros do 25 de novembro sem dúvida! Mas o combate à ditadura, a implementação da democracia e o desenvolvimento da mesma não se deveu exclusivamente a ele! Aliás meter o mérito todo numa pessoa e endeusá-la como "a figura do regime" é mais antidemocrático que outra coisa. Mário Soares foi a figura que desbloqueou algumas situações de divisão, como por exemplo o 25 de novembro, mas isso também aconteceu por causa das circunstancias, a direita era minoritária no país e não era autossuficiente para consolidar uma democracia liberal, um PS moderado era fundamental para tal e foi, caso contrário tinha havido guerra civil, mas Soares sozinho apenas com os militares moderados também não o teria conseguido, o PPD tinha figuras como Sá Carneiro que sempre foram pluralistas e corajosas e o CDS Freitas do Amaral e Amaro da Costa que não revanchistas e ajudaram à pacificação. Tratar Soares como "figura única" ou o "Deus ex machina" senão isto tinha corrido tudo ao contrário, parece-me exagerado. Convém também recordar que Mário Soares também cometeu muitos erros, pecados e teve uma postura arrogante que também não fez nada de bem à sua imagem e não foram próprias de alguém que apenas tinha como propósito a democracia e nenhum tipo de poder ou influencia. Em 77 quando a sua governação era completamente errônea e a direita estava a subir nas intenções de voto, Soares ter dito que estavam reunidas as condições para um regresso ao fascismo, muito infeliz no mínimo. Em 2013 ou 2014 ter dito numa conversa com Clara Ferreira Alves que era "preciso acabar com a direita", não é algo democrático. Entre 1991 e 1996, ter dado indultos a terroristas das FP25 que mataram e assaltaram merecendo estar atrás das grades, muito pouco ligado a um estado democrático saudável, já para não falar de quando interferiu numa amnistia política ao grupo e em especial a Otelo semanas antes de terminar o seu mandato substituindo-se ao Estado de Direito e à justiça, nada feliz. O livro de Rui Mateus "Memórias de um PS desconhecido" que aponta o dedo a Soares e outros membros do PS, estranhamente o livro e o seu autor terem sido "apagados" do espaço mediático, deixa espaço a controvérsias. Entre 1991 e 1995 ter sido força de bloqueio e impulsionador de revoltas contra um governo maioritário e democraticamente eleito, também não é muito saudável numa democracia. Depois de tudo isto e só dando alguns exemplos, é normal pelo menos alguma direita não se rever (bem ou mal) em Mário Soares. É legitimo, a liberdade e democracia não nos foi dada apenas por uma pessoa :) Cumprimentos, continuação de bom trabalho e aguardando próxima entrevista!
A palavra "Liberdade" antes, era um atributo dos desfavorecidos da história, para alcançar uma igualdade universal. A Maria, colunista do Expresso, é tão jovem, tão "atrevida", tão conservadora, tão equidistante e tão "simples". A Maria, é o exemplo, da apropriação da palavra "Liberdade", por aqueles que estão a perder privilégios (os Trump, Meloni, Chega...). Dizia o bilionário Warren Buffet: "Sim, há luta de classes, estamos a ganhar". Aceitar o "darwinismo" para explicar a renúncia a pedir Liberdade, dos que nada tem, faz-me pensar que estamos a entrar numa era de "pulsão de morte", como dizia Jacques Lacan. PE- Com a Maria, não se cumpre esse principio, "se es jovem, e não es de esquerda, não tens coração, e quando chegas a velha, se não es de direita, não tens cabeça". Suspeito, que o "maduro" Miguel Nabinho, está maravilhado (cumpre uma fantasia) de ter uma jovem e conservadora de 25 anos no "set" da sua galeria.
A Maria Castelo Branco diz que existem graus de liberdade para agirmos de acordo com as nossas vontades dentro de determinadas circunstâncias. Esses graus de liberdade, no entanto, são determinados por uma série de variáveis: por exemplo, e talvez crucialmente, pelas nossas capacidades. Ora, as nossas capacidades, incluindo a perserverança e a dedicação, são determinadas por uma mistura entre os fatores genéticos, que obviamente não controlamos, e os fatores ambientais, entre os quais os mais importantes, por causa da temporalidade dos processos de formação de um cérebro, exercem a sua influência nos primeiros anos de vida. Ora, como é óbvio, também não controlamos estes últimos. Não vou, além disso, falar da questão espinhosa do livre-arbítrio; sobre isso, recomendaria que vissem o trabalho de cientistas como Sapolsky, que defende que tal conceito não faz qualquer sentido no enquadramento das análises de tipo neurológico, biológico, físico, etc, sendo simplesmente uma ilusão da nossa subjetividade. É por tudo isto que a meritocracia, movimento moralizante e castigador, é uma ideia especialmente nojenta, e é por ser própria das crianças a sensação de tateabilidade de um campo infinito de possibilidades futuras que a direita (e em especial a direita liberal ou libertária) é o campo político da infantilidade. Sem querer atacar a convidada diretamente, que é uma pessoa inteligente e bem formada (acho eu), as pessoas que não foram bafejadas pelos sopros da fortuna têm para si de forma mais imediata a verdade destas proposições; por outro lado, quem vai na crista da onda (neste caso, a da obesidade opinativa do nosso comentariado nacional) terá de esperar por uma queda para poder finalmente tornar-se um adulto.
Liberdade e Free Will são coisas diversas e no que toca a este último está quase tudo pré-programado embora a evolução do homo sapiens/sapiens tenha já ferramentas de racionalidade suficientes para "domar" os ímpetos biológicos ( sendo que haja boa gente, como Hameroff que defenda o free will biológico). A malfadada meritocracia sendo projectada parcimoniosamente no inconsciente colectivo ainda é o que se pode fazer para contrariar o marasmo do ser humano a partir do momento em que estão confortáveis e o que não falta é gente que se contenta com pouco. Nada a ver com o discurso esquerda/direita mas antes com a natureza humana. Afinal de contas esse binómio já está de todo ultrapassado em países que estão em estágios diferentes de decadência civilizacional deste ocidente condenado ( de Spengler a Onfray o que não faltam são narrativas do Titanic Europeu)
@@ZehManelCigano Dou- me por convidado. A palavra "Liberdade" antes, era um atributo dos desfavorecidos da história, para alcançar uma igualdade universal. A Maria, colunista do Expresso, é tão jovem, tão "atrevida", tão conservadora, tão equidistante e tão "simples". A Maria, é o exemplo, da apropriação da palavra "Liberdade", por aqueles que estão a perder privilégios (os Trump, Meloni, Chega...). Dizia o bilionário Warren Buffet: "Sim, há luta de classes, estamos a ganhar". Aceitar o "darwinismo" para explicar a renúncia a pedir Liberdade, dos que nada tem, faz-me pensar que estamos a entrar numa era de "pulsão de morte", como dizia Jacques Lacan. PE- Com a Maria, não se cumpre esse principio, "se es jovem, e não es de esquerda, não tens coração, e quando chegas a velha, se não es de direita, não tens cabeça". Suspeito, que o "maduro" Miguel Nabinho, está maravilhado (cumpre uma fantasia) de ter uma jovem e conservadora de 25 anos no "set" da sua galeria.
Maria, sei que é fácil escrever por aqui, mas se fosses primeira - ministra os setores mais importantes é a educação e o aspecto cultural? Saúde e habitação são os mais importantes, e tenho uma profunda tristeza que haja greves nos hospitais. Gostei da tua opinião sobre a propina zero, e na questão da equidade. Em relação ao feminismo, esse movimento ja não tem como a posição da mulher na sociedade como prioridade, mas sim sobre a questão lgbt. Na questão de Mário Soares, é irônico o que dizem, pois ele foi o maior ladrão que passou pelos altos cargos da republica portuguesa, e a maneira como o ideolizam dá-me um sentimento de repúdio. Gostei daquela parte da caneta, mas fazer um reparo que as moléculas são constituídas por atomos, atomos são constituídos por protões, neutroes e eletroes, em que protões e neutroes são quarks, isto é, é uma cadeia infinita. Gostei dos quadros, e por favor deixa de fumar iquos ou blue!
começa com crítca irrelevante,, comenta bacorada sobre feminismo, e cai no lugar comum da informacao de ouvido que mario soares é o culpado do costume. depois volta com a mania das criticas mansplaining ainda por cima diz que a constituicao dos atomos é resultado de uma cadea infinita. o que é só ridiculo. e no fim volta à carga com mais um paternalismo cheio de soberba. o seu texto nem devia ter nascido.
1:12:44 - As pessoas estão perdidas e há vazios, ou existe uma reacção contra a mudança, a mudança que causa um sentimento de vazio nas forças políticas mais conservadoras entre as conservadoras, que por sua vez dividem e condicionam a massa humana (que desprovida de senso crítico é presa fácil)? Parece-me que as forças mais inflexíveis acabam por vergar, de forma mais ou menos abrupta (comunismo, fascismo) ou ao longo de grandes períodos de tempo. Estas últimas adaptam-se e/ou são adaptadas, visto haver uma profunda relação simbiótica entre elas e a sociedade, se forem bons instrumentos de poder. Exemplo: religião organizada. E mesmo 2000 anos é, na verdade, um período muito curto, se enquadrado na evolução da espécie sapiens sapiens. Ou seja, mesmo para a religião organizada nada está garantido. É arrastada pela mudança ou acaba. Olhando para a história da espécie humana, a transformação das sociedades parece-me inexorável e as tentativas de travar a mudança acabam sempre em tragédia. E falo em mudanças rumo a uma maior liberdade, maior consciência, maior responsabilidade individual e colectiva. Travar a mudança é como ter uma panela de pressão ao lume sem a válvula de pressão. Vai rebentar aquela panela, enquanto outras continuam ao lume.
Fica bem a atual moda de, publicamente, considerar-se privilegiado, só para tentar conquistar alguma moral. À parte isso, ser pluralista - não é mais do que um relativizar moderado/sem radicalizar - sempre.
Oh sim consciência de classe é manipulação
incrível ❤
O entrevistador Miguel Nabinho tem muito mérito na imaginação desta rubrica de entrevistas, na escolha dos convidados, etc... Eu nunca fui apreciador da Maria Castello Branco nem concordo com quase nada do que ela diz e defende, mas depois desta entrevista até já tenho outra opinião, por exemplo. Mas respeitosamente parece-me que às vezes, nestas entrevistas MN traz para cima da mesa algumas ideias suas (que o pode fazer, é legitimo porque o espaço é seu) mal exploradas primeiro. Notou-se em entrevistas passadas sobre o assunto do racismo, quando mandou para um sítio pessoas que perderam património seu na transição da ditadura para a democracia e nesta entrevista a propósito de Mário Soares. Quando MN e MCB nesta entrevista tocam no assunto Mário Soares, MN começa por "endeusar" Mário Soares dizendo que "a direita não sabe o que lhe deve" e dá os seus amigos e a publicação no Insta como exemplo disso e depois dá a entender que apesar de lhe falarem do lado negativo do socialista que ele "nem quer pensar muito sobre o assunto". Lá está explora mal o que se calhar quer dar a entender e depois não "gosta" de ir ver o contraditório dessa ideia.
O país deve muito a Mário Soares sim, deu um grande exemplo de resiliência no combate ao Estado Novo sim, foi um dos grandes obreiros do 25 de novembro sem dúvida! Mas o combate à ditadura, a implementação da democracia e o desenvolvimento da mesma não se deveu exclusivamente a ele! Aliás meter o mérito todo numa pessoa e endeusá-la como "a figura do regime" é mais antidemocrático que outra coisa. Mário Soares foi a figura que desbloqueou algumas situações de divisão, como por exemplo o 25 de novembro, mas isso também aconteceu por causa das circunstancias, a direita era minoritária no país e não era autossuficiente para consolidar uma democracia liberal, um PS moderado era fundamental para tal e foi, caso contrário tinha havido guerra civil, mas Soares sozinho apenas com os militares moderados também não o teria conseguido, o PPD tinha figuras como Sá Carneiro que sempre foram pluralistas e corajosas e o CDS Freitas do Amaral e Amaro da Costa que não revanchistas e ajudaram à pacificação. Tratar Soares como "figura única" ou o "Deus ex machina" senão isto tinha corrido tudo ao contrário, parece-me exagerado. Convém também recordar que Mário Soares também cometeu muitos erros, pecados e teve uma postura arrogante que também não fez nada de bem à sua imagem e não foram próprias de alguém que apenas tinha como propósito a democracia e nenhum tipo de poder ou influencia. Em 77 quando a sua governação era completamente errônea e a direita estava a subir nas intenções de voto, Soares ter dito que estavam reunidas as condições para um regresso ao fascismo, muito infeliz no mínimo. Em 2013 ou 2014 ter dito numa conversa com Clara Ferreira Alves que era "preciso acabar com a direita", não é algo democrático. Entre 1991 e 1996, ter dado indultos a terroristas das FP25 que mataram e assaltaram merecendo estar atrás das grades, muito pouco ligado a um estado democrático saudável, já para não falar de quando interferiu numa amnistia política ao grupo e em especial a Otelo semanas antes de terminar o seu mandato substituindo-se ao Estado de Direito e à justiça, nada feliz. O livro de Rui Mateus "Memórias de um PS desconhecido" que aponta o dedo a Soares e outros membros do PS, estranhamente o livro e o seu autor terem sido "apagados" do espaço mediático, deixa espaço a controvérsias. Entre 1991 e 1995 ter sido força de bloqueio e impulsionador de revoltas contra um governo maioritário e democraticamente eleito, também não é muito saudável numa democracia. Depois de tudo isto e só dando alguns exemplos, é normal pelo menos alguma direita não se rever (bem ou mal) em Mário Soares. É legitimo, a liberdade e democracia não nos foi dada apenas por uma pessoa :)
Cumprimentos, continuação de bom trabalho e aguardando próxima entrevista!
Obrigado e um abraço Miguel Nabinho
Mais um excelente conteúdo. Parabéns aos 2
A palavra "Liberdade" antes, era um atributo dos desfavorecidos da história, para alcançar uma igualdade universal. A Maria, colunista do Expresso, é tão jovem, tão "atrevida", tão conservadora, tão equidistante e tão "simples". A Maria, é o exemplo, da apropriação da palavra "Liberdade", por aqueles que estão a perder privilégios (os Trump, Meloni, Chega...). Dizia o bilionário Warren Buffet: "Sim, há luta de classes, estamos a ganhar". Aceitar o "darwinismo" para explicar a renúncia a pedir Liberdade, dos que nada tem, faz-me pensar que estamos a entrar numa era de "pulsão de morte", como dizia Jacques Lacan.
PE- Com a Maria, não se cumpre esse principio, "se es jovem, e não es de esquerda, não tens coração, e quando chegas a velha, se não es de direita, não tens cabeça". Suspeito, que o "maduro" Miguel Nabinho, está maravilhado (cumpre uma fantasia) de ter uma jovem e conservadora de 25 anos no "set" da sua galeria.
Incrível, 1 hora e meia cheia de nada...
achei o mesmo
Mesmo... A pergunta que coloco é... Fazias?
A Maria Castelo Branco diz que existem graus de liberdade para agirmos de acordo com as nossas vontades dentro de determinadas circunstâncias. Esses graus de liberdade, no entanto, são determinados por uma série de variáveis: por exemplo, e talvez crucialmente, pelas nossas capacidades. Ora, as nossas capacidades, incluindo a perserverança e a dedicação, são determinadas por uma mistura entre os fatores genéticos, que obviamente não controlamos, e os fatores ambientais, entre os quais os mais importantes, por causa da temporalidade dos processos de formação de um cérebro, exercem a sua influência nos primeiros anos de vida. Ora, como é óbvio, também não controlamos estes últimos. Não vou, além disso, falar da questão espinhosa do livre-arbítrio; sobre isso, recomendaria que vissem o trabalho de cientistas como Sapolsky, que defende que tal conceito não faz qualquer sentido no enquadramento das análises de tipo neurológico, biológico, físico, etc, sendo simplesmente uma ilusão da nossa subjetividade. É por tudo isto que a meritocracia, movimento moralizante e castigador, é uma ideia especialmente nojenta, e é por ser própria das crianças a sensação de tateabilidade de um campo infinito de possibilidades futuras que a direita (e em especial a direita liberal ou libertária) é o campo político da infantilidade. Sem querer atacar a convidada diretamente, que é uma pessoa inteligente e bem formada (acho eu), as pessoas que não foram bafejadas pelos sopros da fortuna têm para si de forma mais imediata a verdade destas proposições; por outro lado, quem vai na crista da onda (neste caso, a da obesidade opinativa do nosso comentariado nacional) terá de esperar por uma queda para poder finalmente tornar-se um adulto.
Liberdade e Free Will são coisas diversas e no que toca a este último está quase tudo pré-programado embora a evolução do homo sapiens/sapiens tenha já ferramentas de racionalidade suficientes para "domar" os ímpetos biológicos ( sendo que haja boa gente, como Hameroff que defenda o free will biológico).
A malfadada meritocracia sendo projectada parcimoniosamente no inconsciente colectivo ainda é o que se pode fazer para contrariar o marasmo do ser humano a partir do momento em que estão confortáveis e o que não falta é gente que se contenta com pouco.
Nada a ver com o discurso esquerda/direita mas antes com a natureza humana. Afinal de contas esse binómio já está de todo ultrapassado em países que estão em estágios diferentes de decadência civilizacional deste ocidente condenado ( de Spengler a Onfray o que não faltam são narrativas do Titanic Europeu)
Se a meritocracia é nojenta, convido-o a apresentar uma melhor alternativa para a maneira como a sociedade se deve organizar
@@ZehManelCigano Dou- me por convidado. A palavra "Liberdade" antes, era um atributo dos desfavorecidos da história, para alcançar uma igualdade universal. A Maria, colunista do Expresso, é tão jovem, tão "atrevida", tão conservadora, tão equidistante e tão "simples". A Maria, é o exemplo, da apropriação da palavra "Liberdade", por aqueles que estão a perder privilégios (os Trump, Meloni, Chega...). Dizia o bilionário Warren Buffet: "Sim, há luta de classes, estamos a ganhar". Aceitar o "darwinismo" para explicar a renúncia a pedir Liberdade, dos que nada tem, faz-me pensar que estamos a entrar numa era de "pulsão de morte", como dizia Jacques Lacan.
PE- Com a Maria, não se cumpre esse principio, "se es jovem, e não es de esquerda, não tens coração, e quando chegas a velha, se não es de direita, não tens cabeça". Suspeito, que o "maduro" Miguel Nabinho, está maravilhado (cumpre uma fantasia) de ter uma jovem e conservadora de 25 anos no "set" da sua galeria.
Maria, sei que é fácil escrever por aqui, mas se fosses primeira - ministra os setores mais importantes é a educação e o aspecto cultural?
Saúde e habitação são os mais importantes, e tenho uma profunda tristeza que haja greves nos hospitais.
Gostei da tua opinião sobre a propina zero, e na questão da equidade.
Em relação ao feminismo, esse movimento ja não tem como a posição da mulher na sociedade como prioridade, mas sim sobre a questão lgbt.
Na questão de Mário Soares, é irônico o que dizem, pois ele foi o maior ladrão que passou pelos altos cargos da republica portuguesa, e a maneira como o ideolizam dá-me um sentimento de repúdio.
Gostei daquela parte da caneta, mas fazer um reparo que as moléculas são constituídas por atomos, atomos são constituídos por protões, neutroes e eletroes, em que protões e neutroes são quarks, isto é, é uma cadeia infinita.
Gostei dos quadros, e por favor deixa de fumar iquos ou blue!
começa com crítca irrelevante,, comenta bacorada sobre feminismo, e cai no lugar comum da informacao de ouvido que mario soares é o culpado do costume. depois volta com a mania das criticas mansplaining ainda por cima diz que a constituicao dos atomos é resultado de uma cadea infinita. o que é só ridiculo. e no fim volta à carga com mais um paternalismo cheio de soberba. o seu texto nem devia ter nascido.
@@afonsiful compreendo.
Resto de bom ano
Blasé....
mais um cromo com a mania.
1:12:44 - As pessoas estão perdidas e há vazios, ou existe uma reacção contra a mudança, a mudança que causa um sentimento de vazio nas forças políticas mais conservadoras entre as conservadoras, que por sua vez dividem e condicionam a massa humana (que desprovida de senso crítico é presa fácil)?
Parece-me que as forças mais inflexíveis acabam por vergar, de forma mais ou menos abrupta (comunismo, fascismo) ou ao longo de grandes períodos de tempo. Estas últimas adaptam-se e/ou são adaptadas, visto haver uma profunda relação simbiótica entre elas e a sociedade, se forem bons instrumentos de poder. Exemplo: religião organizada. E mesmo 2000 anos é, na verdade, um período muito curto, se enquadrado na evolução da espécie sapiens sapiens. Ou seja, mesmo para a religião organizada nada está garantido. É arrastada pela mudança ou acaba.
Olhando para a história da espécie humana, a transformação das sociedades parece-me inexorável e as tentativas de travar a mudança acabam sempre em tragédia. E falo em mudanças rumo a uma maior liberdade, maior consciência, maior responsabilidade individual e colectiva.
Travar a mudança é como ter uma panela de pressão ao lume sem a válvula de pressão. Vai rebentar aquela panela, enquanto outras continuam ao lume.