"Pixador é tão demonizado quanto um urubu", diz Cripta Djan, pixador

O pixador Cripta Djan e o diretor Claudio Borrelli contam como foi o processo de criação do filme Urubus, que estreou dia 1º de junho nos cinemas, e foi premiado na 45ª Mostra de Cinema de São Paulo.
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[@F1av1o]

Não tem como serem bem vistos pela sociedade. Picham soturnamente, contra a vontade dos proprietários e degradam os ambientes por onde passam. Minha casa tem um muro de pedra. Um dia apareceu pichado. Lavamos mas nunca saiu. A propriedade é um direito meu. Tenho direito de querer minha casa do meu jeito. Os pichadores têm uma visão anárquica? Ok, mas desse jeito nunca vão dialogar com ninguém. Falam só para eles próprios. E por uma mera vaidade juvenil. Disputam quem consegue a pichação mais difícil. Que vida besta meu deus. É um monte de marmanjo brincando de ser adolescente. E ainda arriscam a vida, tem jovenzinhos que despencam lá do alto. Não vou nem falar da beleza ou feiura das pichações (acho horrível), afinal isso é subjetivo. São urubus porque disputam a carniça dos prédios abandonados. Acho que deviam tentar uma postura mais adulta e menos agressiva pra conversar com todo o resto da população.