A casa do vovô | Podcast Rádio Novelo Apresenta
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- เผยแพร่เมื่อ 21 พ.ค. 2024
- Um alerta: este episódio contém descrições de violência e uma menção ao suicídio.
Quando criança, a Luara passava muito tempo na casa dos avós paternos. Parecia que ela conhecia cada cantinho daquele sobrado e cada detalhe da rotina dos donos da casa. Até que, quando ela tinha quinze anos, o avô dela morreu. Foi no meio daquele funeral lotado, cheio de gente desconhecida e de carros de polícia, que a Luara começou a se perguntar se ela realmente sabia quem tinha sido aquele senhor com quem ela assistia TV e dividia a mesa do almoço.
A partir dali, ela começou a descobrir um outro homem, um outro nome, e uma coleção de histórias que fazem parte de um capítulo sombrio da história do Brasil. A Luara se viu com uma espécie de herança indesejada nas mãos e, desde então, ela tem tentado entender o que fazer com tudo isso. Por Bia Guimarães.
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(A história "A casa do vovô" foi produzida em parceria com o Brazil LAB do Instituto de Estudos Internacionais e Regionais da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos - que é uma iniciativa acadêmica que considera o Brasil um nexo planetário vital. Conheça mais em brazillab.princeton.edu)
Lindo Luara. Você é linda e tua busca é digna e linda. Sinta-se abraçada. Sinta-se acolhida na tua dor. Sinta-se do lado verdadeiro da história. Obrigado por nos lembrar desse passado horroroso do nosso país.
Que história difícil de ser revelada. Muito corajosa a Luara, em todos os sentidos. Não é todos os dias que somos fortes o suficiente para abrir a caixa de fotos e permitimos que os acontecimentos indesejados se derramem e revelem de onde viemos. Parabéns à todos envolvidos nessa produção.
A Luara é uma mulher corajosa! Revirar uma questão familiar tão tenebrosa não é fácil! Mas acredito que isso a ajudará a ficar em paz. Que a vida a recompense com suavidade e alegrias!
Luara também é vítima da ditadura. Deveria escrever um livro: A Casa da Vovó. Impressionante o paradoxo entre ser referência à vida familiar e ao ambiente institucional das maiores atrocidades.
Fui impactado por essa história. Sou apenas mais um dos que perderam os pais em vida após a pandemia. Não, eles não morreram, mas se distanciaram desde então apoiando o fascista que virou presidente do Brasil na época. Na ideia deles, a época da ditadura era muito boa porque viviam na bolha que mostrava apenas um lado dos fatos: o lado que interessava ao regime. Hoje continuam na bolha do antigo governo, por mais que ambos os filhos divirjam dos conceitos deles, e por consequência separe cada vez mais nossa convivência.
Mesmo depois da partida, os torturadores continuam torturadores e torturando suas vítimas e suas próprias famílias..
Duas situações que não conseguimos mudar: o passado e a finitude. Os valores de vida da Luara são bem diferentes do seu avô. É disso que ela deve se orgulhar. Dores e alegrias fazem parte da vida de todos.
Frei Beto é um dos seres humanos mais iluminados que pisou nessa terra, se pudesse dar um conselho para Luara diria para procurá-lo e conversar de alma aberta com ele, ela nem imagina como pode ajudá-la no entendimento disso tudo.
Sim, Frei Betto é um sobrevivente da ditadura, ele tem muito para contar, sua memória é impressionante.
Um comunista
@@dandaradanubio dos bons, valente e íntegro, ao contrário de miliciano covarde e frouxo, que tem fetiche por tortura, mas não tem coragem de matar uma barata, precisa de capachos serviçais para fazer o trabalho.A maior sorte de vcs é que comunista no Brasil são de boas.
PUDIM que privou tanta gente de liberdade, deve ter quebrado tantas pernas, acabou ficando anos sem liberdade fechado em casa com uma perna só e não podendo comer açúcar….
Perfeita a sua analogia!
Que episódio difícil de assistir. Se me coloco no lugar da Luara, me sinto mal. E quantas outras histórias dessas ficaram escondidas na história. Parabéns pela força e pela coragem ❤
Documentarios como este devera ser mais divulgado. Essa época aida e muito igorada.
Esse podcast deveria ser exibido nas escolas, nas associações de bairro, nas igrejas, nas organizações da sociedade cível. É uma parte da história, revelada de forma leve e profunda. Parabéns a Luara pela coragem, parabéns a Rádio Novelo.
Cada semana sou pega de surpresa por uma história quem nem sabia, mas facilmente fisga minha atenção.
Em minha família, sou “assombrada” por uma história inversa…de como um tio foi preso, e a companheira dele foi torturada…e uma frase que sempre me trouxe crítica…”cantar o hino nacional não tem o mesmo significado que tinha, antes da ditadura”.
Não sei de quem era a frase, eu era bem pequena e as histórias resgatavas da época se perdem na memória.
Enfim…hj estou retornando a essas memórias…🙏🏼🙏🏼🙏🏼
Luara! Meus Deus! Nem consigo imaginar sua dor. Parabéns, Rádio Novelo pelas histórias de vida fascinantes que contam. Inspirou-me a escrever sobre meu pai que, graças a Deus, estava do lado certo da história.
Nossa, que história impressionante! Me coloco no lugar da Luara e me pergunto, E agora? Como vou viver daqui pra frente? Principalmente porque sou de esquerda desde que me entendo por gente, e como tal, abomino a ditadura e a tortura.
Vi uma palestra no TH-cam chamada A ciência do mal da professora Anete Guimarães que foi a melhor explicação que tive para entender como uma mesma pessoa pode agir tão diferente em ambientes diferentes.
Ela começa perguntando se qualquer um de nós poderia ser assistente do mengele.
Vi técnicas de desumanização do outro inclusive nas campanhas eleitorais mais recentes
Fui assistir e também recomendo...
Que coisa essa história. Chocante, triste. É possível sentir o drama da Luara. Força pra ela. Parabéns à equipe.
Ao ouvir o podcast, pensei, o B.O. é sempre nosso e como a Luara, seguimos, tentando catar os cacos. Muito obrigada à Luara, por dividir uma história tão marcante e importante e para todos da Rádio Novelo, excelente trabalho, como sempre!
Parabéns, rádio Novelo! Parabéns Luara, pelo ato corajoso de mexer na ferida! ❤
Que história chocante e triste😢 fico aqui imaginando como teria sido difícil pra Luara aceitar e conviver com pessoas do seu sangue, tão próximas e tão diferentes!!!
Eu acho que o apelido Pudim se deve ao fato de ele gostar deste doce, afinal ele teve diabetes que acabou por amputar-lhe a perna...
Emocionante, corajoso e doloroso. Obrigada Luara por partilhar sua história conosco.
Luara, imagino sua dor ao descobrir tudo isso. Sinto-me triste tb ao ver muitas, muitas pessoas pedindo a volta da ditadura....é obrigação de todas as pessoas conscientes de não deixar uma história dessas (os horrores da ditadura, da tortura) ficar escondida , apagada.....parabéns Luara por essa coragem e consciência!
Luara, chorei.... não sei se foi com você ou por você. Fico emocionada por sua coragem e determinação, eu acho que enlouqueceria se soubesse alguma coisa que quebrasse as minhas recordações de infância com os meus avós, e não se culpe de nada, nem da convivência tóxica de pessoas que amamos....parabéns Rádio Novelo, mais uma história incrível. Força Luara, você é muito corajosa e especial. ❤❤
Incrível! Obrigada, Luara, por compartilhar sua história conosco! Parabéns, Radio Novelo, pelo belíssimo trabalho
Luara, tua coragem ao falar já é a coragem de fechar um ciclo.
Poucos têm a coragem de declarar abertamente que o avô fez parte da história nefasta da ditadura do Brasil.
Desejo que tu sigas o teu caminho em paz 🥰
Que história difícil, mas necessária de ser contada. Parabéns pela coragem de compartilhar
Que história! Luara demonstrou o outro lado, por assim dizer, "normal" e pacato que, talvez, tenham tido outros torturadores na ditadura militar: esposa, filhos e netos, ou seja, uma família como qqer outra em contraste com a truculência, o cinismo e a barbárie no exércício da profissão. Parabéns a todos pela excelente matéria!
Muito sensível toda a história, a forma como foi abordada. Parabéns.
Como esposa de um estudante que foi vítima desses monstros, torturado pela operação bandeirantes, a triste história desse período também se misturou de forma muito cruel na vida de nossa família.
Parabéns pela matéria, Bia!
Obrigada por seu compartilhamento, Luana! Sua dor é comovente, sua coragem descortina apenas alguns detalhes dos horrores da nossa triste história. Muito obrigada! 💔💔
Sobre essas tristes descobertas, até lembrei de um ótimo filme ,
"Muito mais que um crime"
(Music Box),
Com a atriz Jessica Lange. Recomendo.
Q pedrada esse episódio
Parabéns pela coragem, Luara. Parabéns Radio Novelo Apresenta e obrigada por compartilhar conosco. Senti uma dor profunda. Um abraço apertado e um beijo no seu coração, Luara💐
Sempre ótimo episódios! 🤗🥰🩷
Muito emocionante!
Caraca! Um dos melhores episódio e que me fez alguns valores que tenho/tinha.
Relato corajoso e muito tocante!
Sempre uma matéria interessante!! O cuidado jornalístico aqui se mistura com história. É o que tem de bem feito nessa área, democracia sem jornalismo honesto independente não existe.
Pudim foi um monstro, como tantos outros.
Tempos tristes, para os 2 lados😢
Luara, se puder não abandone sua avó, ela pode ser um poço de sofrimento pelo marido q teve e a neta q perdeu.
Quando o relato histórico é o da sua família, haja dor! Sinto imenso que tenha sido assim.
Entendo que o mais difícil não foi descobrir as práticas do avô, e sim em saber que a família ainda hoje exalta e até apoia essa prática. Fiquei curioso em saber da prima dela, se defende os mesmos valores.
Pudim amargo!
Meu Deus tudo é assustador e cruel de mias!
Caramba !
Luara, é impossível que os covardes respondam. Eles tem vergonha. Também tenho memórias e dúvidas que nunca foram e nunca serão esclarecidas. Tive familiares perseguidos, histórias não contadas.
Meus sentimentos por você
A maior tristeza que dá é que uma boa parcela da população apoia e cultua torturadores. E saíram das catacumbas pra continuar a nos assombrar.
Quem será que foram os pais do seu avô? De onde vem tudo isso? Qual ferida que o seu avô carregava antes de se tornar delegado? Foi na formação que veio tudo ou antes?
Porem a Luara fala pouco, estava mais interessada em ouvi_la, saber onde ' ela' chegou com tudo isto
bom dia
Eu tb tenho muita dificuldade de conviver com alguém que relativiza a ditadura, o conservadorismo e essa hipocrisia toda.
Por que a repórter não foi ouvir os pais da personagem?
Eles não querem falar do assunto. Se não ouviu, ouça de novo com atenção
Me incomoda o silêncio da avó sobre a vida íntima com o avô. Imagino se ela, como uma pessoa tão vulnerável como os presos pela ditadura, não foi alvo da personalidade violenta do marido. E, como uma mulher de gerações passadas, mesmo assim permaneceu ao seu lado. Muito triste.
O governo reabriu a Comissão da Verdade