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Eu não li nos quadrinhos a Milena mas vi ela no seriado da Globoplay. O seriado no geral é divertido mas o tom abaixa quando foca nela. Nesse caso não é tanto por ela não ter defeitos ou problemas mas, na minha opinião, pelo medo da trama de dar nome ao racismo como problema. Na trama é posto que a Milena é filha de uma médica veterinária e que sofre discriminação dos colegas porque "a mãe dela cuida de bichos" ... sim ... praticamente a única personagem negra da trama que tem nome e dá texto sofre discriminação e o motivo não é a raça dela mas porque a mãe tem um carro em forma de cachorro ... claro, claro ...
Eu achei uma pena não terem batido o pé nesse problema porque a atriz é boa, a série tem um tom um pouco mais adulto que a maioria das produções da turma da Monica mas ... com esse script você acaba transformando a Milena num ponto fraco da trama e super expondo ela já que a personagem tá até no meio do quinteto no material de divulgação da série. Fica a sensação que ela foi colocada lá as pressas ou sem muita preocupação só pra colocar uma pessoa negra lá.
Por isso eu amo Todo Mundo Odeia o Chris. Tem um episódio em que entra outro garoto negro na escola e o Chris fica animado porque vai ter um amigo igual a ele , com os mesmos gostos e acaba deixando o Greg de lado. No fim o novo amigo faz coisa errada e bota a culpa nele. Quem ajuda o Chris no final é o velho amigo.
Eu estudei em um colégio militar na infância/adolescência e, véi, foi algo que me trouxe feridas emocionais que me assombram até hj aos meus 25 anos. Sofri racismo por diversas vezes de outros negros. Sempre tive um tom de pele mais escuro, e há negros que por ter um tom mais claro já se sentem branco e te discriminam. Tantas vezes eu chorei quando cheguei em casa, pq as meninas negras da escola diziam que tinham nojo de mim, que ficaria cmg se eu fosse mais claro. De 10 que me discriminavam, 8 eram negros e 2 brancos. Todas as minhas exs namoradas são brancas, acho que não tenho nenhum amigo negro. Nao falo isso cm orgulho, nem me achando nem nada do tipo, simplesmente fui "rejeitado" por outros negros minha vida toda. Pra mim o preto é o pior dos racistas...
Por isso eu gosto de Sex Education. Botaram um personagem cadeirante que não é bonzinho o suficiente pra gente pensar que toda pessoa com deficiência é santa, e não é malvado o suficiente pra reforçar o preconceito. É apenas uma pessoa normal, que faz merda mas tbm faz a coisa certa, e acho isso excelente em se tratando de uma série. Obs: tbm tenho uma deficiência, mas não sou cadeirante
Algo me incomodava bastante nas tirinhas deles (embora goste de acompanhar), mas não conseguia flagrar muito bem onde estava o desconforto. Acho que a análise foi bem certeira, a obra dá a sensação de que todas personagens negras são "fadas sensatas, nunca erraram". Obrigado pelo conteúdo foda!!
@@portaldiogoalvino , ele não falou que é estranha a união e o altruísmo dentro da perifeira, pelo contrário, disse até ser comum (se embasando corretamente em ESTUDOS ANTROPOLÓGICOS), diferente das camadas mais altas, onde o individualismo, isolamento e solidão se mostram mais fortes, devido ao falso senso de autossuficiência. A crítica dele, pelo que eu entendi, quando fala sobre generalização, é: "mas eaí, não existem negacionistas, reacionários, ou bolsonaristas nas comunidades periféricas?? Só existe gente perfeitinha?? Ninguém na periferia faz discurso armamentista/punitivista??", sendo que ESTUDOS ANTROPOLÓGICOS RECENTES já mostraram como essas pautas problemáticas da extrema direita se impregnaram nas camadas mais pobres, vide as alianças que igrejas evangélicas fizeram, por exemplo. É quase como se o ativismo nas tirinhas do Leandro Assis só abarcassem as "minorias" identitárias que são "boas, dóceis e sempre corretas". Algo como: "eu luto pelo antirracismo, pois vejo como esse pessoal é gente boa". Acontece que a luta antirracial TAMBÉM DEVE ser pelo negro armamentista (por mais que o discurso armamentista deva ser combatido), ou pela negra antivacina (por mais que a questão antivacina não deva ser tolerada), por exemplo. Precisa se atentar mais ao conteúdo sendo dito no vídeo, hein.
@@thiagot7488o que mais conheço são nordestinos, p0bres e de direita-bolsonaristas, graças ao discurso moralizante das igrejas evangélicas. Elesnnem sabem o que é direita, mas aquele discursinho moralizante bolsonarista pegou eles em cheio. Essa HQ perdeu uma oportunidade de ouro de explorar isso
Isso é bem real, eu sou uma pessoa trans e direto vejo outras pessoas trans sendo passadas pra trás por adivinha(?)... outras pessoas trans, porque galera acha que se todas nós sofremos com preconceito todas somos seres de luz. Ai quando eu digo que não é porque alguém é minoria que é legal, caem de porrada em mim.
Há uma famosa frase de Nietzsche que consegue servir de exemplo, embora escrita num outro contexto: "Somos muito injustos com Deus. Nem sequer lhe permitimos pecar".
As pessoas de fora tendem a enxergar grupos minoritários como "Monolitos" onde "todos são iguais, todos pensam igual, todos se entendem o tempo todo" ... Tipo, só de racionalizar um pouco em cima dessa ideia de "miroria perfeita e sem falhas" a gente já nota que tá tratando os seus indivíduos não como indivíduos mas como um tipo de produto industrial que seguem todos um mesmo molde. É desumano pra caramba.
incrivel a semelhança que eu tenho com o sasuke de naruto, além de sermos literalmente iguais... temos o mesmo mindset, ambos somos extremamente frios e estrategistas em nossa forma de pensar e agir... bizarro '-' ele me representa muito, somos dois ninjas nesse mundo.
@@Misterchris2003 Racismo é um sistema de opressões que se expressa de múltiplas formas ao longo da História. Racismo não é preconceito. Racismo não se limita a uma questão individual, ou uma questão de caráter moral. Racismo é uma estrutura de poder institucionalizado pelo o Estado que nega cidadania, direitos sociais, civis e políticos a grupos raciais não brancos. Portanto, racismo não limita-se apenas ao ato discriminatório. Se você acha que racismo manifesta se apenas pela via da ofensa verbal sem considerar processos históricos, políticos e socioeconômicos, você está redondamente errado. O racismo é apenas legitimado em uma estrutura social baseada em um contexto histórico de opressão, submissão e exploração de um grupo racial sobre o outro. É preciso ter relações hierárquicas de poder e dominação. O Racismo não é um problema dos negros ou indígenas. O Racismo é um problema criado e justificado pelos colonizadores brancos europeus cristãos que foram responsável pela colonização, escravidão dos povos africanos e genocídio dos povos indígenas no início do séc XVI. Leia e estude sobre História, Ciências Sociais e Antropologia para não falar asneiras.
Espero que esse vídeo não lhe traga haters. Tentei discutir esse tema - em um ambiente com acadêmicos, diga-se de passagem - e fui chamado de tudo, até mesmo "assassino de Marielle". Aparentemente, um número significativo de pessoas da ala progressista acredita que esse "racismo do bem" ou "romantização" como costumo chamar é uma forma de compensação de séculos de exploração da população negra. É uma discussão extremamente rasa, chega a ser caricata.
Hoje em dia é uma perda de tempo, ir para a academia "discutir" as coisas, porque tudo é muito enviesado e determinado por esse pensamento progressista.
Eu moro no nordeste e cresci cercada por mais pessoas negras do que brancas, então não presenciei esse maniqueísmo de que alguém era bom ou ruim por ser negro ou branco, comecei a notar isso com o surgimento das redes sociais. Obs: Não estou negando que em outros lugares haja outras realidades, apenas relatei a minha experiência.
@@gabrielrocha5673 discordo muito, mesmo a convivência também é um fator para a existência da discriminação e da intolerância. O racismo mais forte que presenciei em minha vida não venho de pessoas de bairros elitistas mas sim de pessoas de bairros periféricos.
@Maite94Alves também não presenciei maniqueísmos e binarismos onde eu moro no MA. Mas por outro discriminações é intolerâncias a grupos racializados são muito comuns por aqui onde eu moro.
Eu acho q no Brasil, o problema tá mais relacionado nas diferenças de classes sociais do que raciais. Isso não se aplica apenas no Brasil, mas a toda a América Latina. No Brasil e na maioria dos países latino-americanos, as diferenças de classes sociais são gritantes. Minha mãe é branca, é pobre e trabalha há anos como faxineira, e ela já presenciou esse tipo de preconceito de classe por uma de suas patroas. Nos EUA, por exemplo, a segregação racial foi mais intensa do q no Brasil. Um pouco do exemplo disso é a série "Todo Mundo Odeia o Chris", q mostrava não só como a segregação q os brancos fazia com os pretos ainda era fortissima nos EUA, mesmo nos anos 70 e 80 em q brancos e pretos REALMENTE n se misturavam por lá, diferente do Brasil. Como tbm a série não teve tanto sucesso nos EUA pq era considerada de nicho, voltada para a comunidade afro-americana de lá, enquanto no Brasil ela fez um put4 sucesso. Pq a série era muito relacionável pra QUALQUER brasileiro, como falando e fzndo piadas de coisinhas cotidianas de uma família pobre, q tem q ter cuidado na rua, pegar busão lotado pra ir à escola, lidar com irmãos, etc etc Deve ser por isso q novelas e filmes latinos (principalmente dos hispânicos latinos) gostam tanto de abordar o preconceito de classes sociais pois sabe q o público se identifica mais com essas histórias. Isso não significa q o racismo não exista no Brasil, é claro q existe, assim como em toda a América Latina e no mundo, e DEVE ser combatido. No entanto, a maneira como alguns brasileiros abordam esse tema, especialmente na internet hj em dia, parece irreal Como esse quadrinho q retrata quase todos os brancos como 100% maus e todos os negros como 100% bons. Romantizar QUALQUER grupo é MTO equivocado. No Brasil, essa abordagem não funciona tão bem e acho q não consegue convencer nem qm é negro. Sou do interior de SP, parda, pobre, estudei em escola publica ruim e pegando busão a minha vida TODA. Sempre vivi em bairros pobres onde era predominante brancos e pardos/negros, na minha familia tbm tem mtos negros e brancos e NUNCA senti q alguém agisse de forma diferente por causa da cor da pele, então eu tbm nunca tive essa visão de ser bom ou ruim por ser branco ou negro, apenas em AGIR e ter costumes diferentes (e to falando sobre personalidade e não sobre ser bom ou ruim) por diferenças culturais, como por exemplo, os nordestinos são mais diferentes dos sudestinos (independentemente da cor da pele), são menos timidos q os sudestinos e conversam mais. Falo isso porque minha cidade tem MTOS nordestinos e porque minha família inteira é do nordeste. Apenas eu e minha mãe nascemos em SP. A família da minha mãe é da Bahia e são mto brancos, enquanto a família do meu pai é sergipana e são negros. O humor e o jeito de alguns familiares das duas partes são semelhantes, enquanto os sudestinos, mais especificamente os paulistas, são bem mais tímidos (obviamente, sei que não são TODOS os nordestinos e sudestinos q são iguais e mto menos falo como se fosse algo ruim). Apesar disso, o quadrinho parece ser legal e deu pra entender o tema q eles queria abordar, mas como o cara falou acabou caindo nessa armadilha.
Quem acompanha a roteirista no Instagram não se surpreenderia com a falta de complexidade do núcleo da Ju. Edit: sua crítica é muito boa, muito bem embasada. Eu acompanhei a série toda no Instagram, porque sou seguidora da Triscila (com críticas ao conteúdo dela em certos pontos) e não tinha observado essa problemática na HQ. Ela, sem perceber, caiu no mesmo vale que ela já criticou em algum momento, os personagens negros de novelas, por exemplo, que quando não são os bandidos do enredo, são os bonzinhos sem complexidade que em nada se assemelham com seres humanos.
Isso me lembrou quando a minha mãe trabalhou na casa de uma família que era rica, mas faliu depois que o pai da família morreu. Eles tiveram que se mudar pra uma casa de classe média em um bairro classe média. A filha se suicidou aos 30 anos por depressão, pois infelizmente ela tinha sido abusada e não sabia quem era o pai da filha dela (se era do abusador ou do namorado, mas mesmo assim ela teve o bebê). O filho mais velho da família não sabia fazer nada, não trabalhava e ainda morava com a mãe. Minha mãe tinha que ajudá-lo a lavar o carro e montar prateleiras e um guarda-roupa quando fazia faxina lá, porque ele não sabia (apesar disso, ele parecia ser legal). A mãe dele, que é viúva, era muito rude com a minha mãe e gritava com ela na frente dos outros. Além disso, pagava MUITO pouco, e quando minha mãe perguntou se ela poderia aumentar um pouquinho mais o pagamento que era muito baixo, a mulher ficou assustada e achou ruim, falando que o pagamento tava bom. Minha mãe também ajudava a cuidar do bebê da filha que se suicidou, mas ela fazia isso porque tinha pena do bebê, tanto que era minha mãe que se oferecia pra ajudar. Minha mãe só aceitou continuar lá porque a gente tava MUITO apertada, e ela permaneceu lá até encontrar algo melhor.
Que respiro de inteligência, questionamentos aprofundados e tons de cinza, no mar de respostas fáceis e raciocínios em preto e branco da internet e das militâncias. No começo, assistir esse canal me provocava a vontade de ler quadrinhos tão somente, e hoje cada vídeo me provoca, ainda, a vontade de estudar filosofia de forma mais aprofundada. Obrigada.
Concordo plenamente com esse título e com essa afirmação, até pq pessoas que fazem partes de grupos minoritários ainda são pessoas e nós humanos somos falhos por natureza, mas isso n justifica preconceitos e opressão sistêmica em qualquer âmbito, digo isso enquanto pessoa trans e autista
verdade sofia...eu odeio que me reduzam a só alguém autista, como se eu fosse obrigado a ser o tempo todo um "ser político" 100% do tempo...por isso eu as vezes torço o nariz pra esses discursos tipo "tudo é político o tempo todo"....😂😂
Sou estudante de ciências sociais e posso dizer que fico muito feliz em ver pessoas como você que fazem vídeos sobre assuntos diversos mas com foco na produção da cultura pop, que é algo tão capilar, utilizando autores e autoras da antropologia, por exemplo, com domínio do conhecimento. E isso é ainda mais positivo quando criticando o trabalho de, aparentemente, aliados em nossa disputa de ideias. Parabéns!
também sou estudante de ciências sociais e sim, é realmente isso que a gente precisa, a popularização do debate sobre esses temas tão importantes mas que, como são sempre as elites, nesse caso a Ju, é quem domina as ideias e tá sempre certa, nunca é bem visto , quando o é.
@@gruposwpp8409 sou de sociais tmb. Se você ta perguntando quais possiveis profissões, como a base do curso são as ciências humanas de antropologia, política e sociologia, os trabalhos giram em torno do ensino e pesquisa dessas matérias. Então professor, acadêmico, analista, consultor, pesquisador, teórico, cientista de dados, etc
Alexandre meu rapaz, estou construindo meu TCC utilizando essa temática de negro como objeto mercantil, sou estudante de Letras e ajudou demais esses autores que citou, obrigado demais ❤ . Ah sou pobre negro, nordestino de periferia.
Em outubro de 2022 comecei a trabalhar na portaria de um edifício residencial, não tive treinamento e não conhecia ninguém no prédio e qdo tinha dúvida sobre alguém perguntava se a pessoa era moradora. Muitos respondiam e foram muito cordiais, outros me aceitaram com o tempo, mas em novembro uma moça em específico, preta, não aceitou minha pergunta e ficou revoltada comigo a ponto de fazer uma reclamação de mim, disse que foi desrespeitada. Hoje, quase um ano depois, eu SEMPRE comprimento quando a vejo e ela ainda passa por mim, olhando para cima, não me comprimenta e ainda faz questão de fazer festa para outro porteiro que estiver ao meu lado. Sou branca e me sinto mal com esta situação. Respeito ela, por suas "dores", mas e eu? Não estou sendo desrespeitada?
Sempre sou educada e respeitadora com ela, aprendi e sou assim, tanto que o marido dela me comprimenta só quando está sozinho, mas com ela NUNCA.@@laahls251994
A figura do "bom selvagem" cabe muito na parte sobre lugar de fala da ultima live. Por exemplo, eu discordo (No campo intelectual) que MUITA coisa que o Jones Manoel fala e tenho muita birra com ele. Mas não é alguém quem utiliza desse discurso pra se defender de críticas. Agora, tem muita gente passando pano pra youtuber por causa disso.
@@JhonataPactioaté a ideia que as pessoas tem da pessoa indígena como "pouco expressiva" ou passiva tem raiz nesse pensamento e construções em representação de mídia. Quando você conhece indígenas de verdade eles basicamente são tão expressivos quanto qualquer pessoa e passam longe de ser aquelas figuras meio travadas que se desenhou. A real é que o povo de fora das populações indígenas foi começar a se interessar de verdade em ir atrás e conhecer há relativamente pouco tempo. Tanto a primeira quanto a terceira geração romântica colocaram o indígena no foco mas foram escritas por pessoas que nunca chegaram sequer perto da realidade dessas populações. O movimento modernista melhorou um pouco a coisa trazendo autores que viviam uma realidade um pouco menos distante dos povos retratados mas ainda assim que não tinham autores dessas realidades. Acho que se a gente for estabelecer um marco de uma tentativa de transformação dessa imagem a gente vai ver coisas mais interessantes aparecendo só no século XXI (e que infelizmente ainda carecem de maior visibilidade).
Curti demais Confinada e Os Santos, acompanhei o "periódico" no Instagram e, honestamente, baita análise!!! Não me fez desgostar nenhum pouco das histórias, na real me fez enxergar camadas mais profundas dentro da trama, o que me fez gostar MAIS!!! Obrigado Linck, foi uma belíssima abordagem da obra e espero que desencadeie um debate incrível, mas temo que uma galera não vai entender/gostar da tua crítica e tentar falsear um ataque de você pra obra, espero que não role, mas a internet tá triste nos últimos anos...
Até o final da minha faculdade eu era em grande parte, progressista/esquerdista, mas ao sair de lá, vi que vivia em uma bolha, e percebi que classe social, gênero ou cor de pele não define caráter, e foi libertador, pois percebo agora que as lutas sociais e das minorias foi sequestrada por politicos, influencers e outros lideres de coletivos com interesses escusos e perderam o foco, a discussão hoje está rasa e maniqueista, o que é muito triste.
@@powerzoldyck5670 Uma frase que eu vi o Humberto Matos falando que achei extremamente interessante foi algo como a dicotomia é entre capital e trabalho e não entre direita e esquerda. Não sei se tem autor original, mas achei uma síntese interessante de como essas relações são às vezes má interpretadas por conta de lentes ideológicas.
@@viniciussouza4599 Sério, já vi várias pessoas de esquerda odiando/minimizando "homem branco cis hétero" apenas por existir praticamente, como se fossem a escória da escória😂
Gente, ouvindo o vidro eu não senti como se fosse uma história com vilão e herói. Na verdade, ouvindo me fez pensar "caramba essa Ju tbm consegue ser uma v**ca hein?" Me parece uma história com duas protagonistas, e que uma é a antagonista da outra Honestamente eu concordo com sua leitura Eu tbm fico com preguiça quando fazer histórias onde pessoas de cor são todas boas, e brancos são todos ruins. Ou que lgbts são todos bons e heteros todos ruins Eu entendo pq fazem histórias assim, mas eu sinto que isso não agrega na conversa, só faz as diferenças e as brigas entre os grupos piores
acho que a questão é que mesmo quando a Ju é "malandra", isso ainda é colocado de forma pra gente simpatizar com ela e ver como moralmente correto ou pelo menos justificável. Tipo "isso aí, tem mesmo que expor a patroa escrota na internet"
Rapaz acho que o grande problema não é acirrar as diferenças e conflitos entre brancos e negros porque, pra esse tópico, a obra é irrelevante - quem já é racista vai continuar sendo e pessoas negras que após experiências extremas não confiam em brancos não vão mudar. A parte perigosa pra mim é criar a ilusão que há um monolito em torno de pessoas de um grupo minoritário que SEMPRE vão agir corretamente, SEMPRE serão compreensivos e corretos e SEMPRE vão te fornecer uma rede de apoio. Imagine que você é uma pessoa recém descoberta LGBT e entra numa pilha de "foda-se os héteros cis normativos eu só vou colar com a minha galera porque lá ninguém vai me sacanear e sempre vai me proteger" para depois descobrir que ... bom, pessoas LGBT são pessoas ... complexas e diferentes ... essa perfeição social não existe, vai ter gente de caráter bom e mal caráter. Vai ter gente que reproduz homofobia e militante da diversidade. E vai ter gente aparentemente bacana e que um dia pode lhe dar uma tremenda rasteira por algum motivo banal bem como gente que "não apoiou então é uma pessoa escrota" mas na hora que você precisar te dá alguma forma de suporte. Imagine se essa lógica de "minorias perfeitas" se aplicasse no mundo onde um dos caras mais ricos e escrotos do mundo é uma pessoa autista - Elon Musk. Como pessoa autista eu mesmo não tenho a menor sombra de dúvida de apontar que ele não é bom exemplo para nenhum ser humano muito menos uma pessoa com autismo. E, obviamente, dos bilhões e bilhões que ele tem absoluta certeza que um total de 0 centavos foi investido de qualquer maneira para melhorar a vida ou ajudar a comunidade autista em qualquer lugar do mundo ... e justamente de uma pessoa que tem tanto dinheiro que se todo dia queimar uma montanha ainda morre antes de conseguir queimar tudo...
Eu sempre via esses tipos de "representatividade" de uma maneira tóxica e de certa forma superficial É como se personagens que fazem parte de uma certa minoria fossem bons por natureza e nunca fizeram nada de errado a sua vida inteira só porquê são de uma (Ou mais) minorias Isso de certa forma torna esses personagens menos humanizados, já que no fim das contas, acertar e errar é humano
Fiz pesquisa acadêmica sobre isso, a gente chamava de racismo cordial, rola muito em matérias de datas comemorativas, tipo Dia da Consciência Negra e add de turismo
Como você disse no vídeo tratar as pessoas negras como uma espécie de entidade com pensamento coletivo é o ponto problemático do quadrinho. Há muitas mulheres negras pobres nas igrejas evangélicas, que são extremamente reacionárias. E que poderiam aparecer na HQ para fazer um contraponto. Espero que tenha mais vídeos de quadrinhos que são publicados primeiramente em redes sociais. Muita gente hoje tem contato com os quadrinhos através dessa mídia.
@alisson009 Pra essa turma, se a pessoa for de minoria e não se enquadrar na cartilha de comportamento aceitável deles, vira o suficiente pra não ser "negro o suficiente". Piada!
E sempre que algum negro ignora o que eles pensam que é "pensar negro", eles falam a coisa mais racista possivel, "capitão do mato", "negro da casa" e outros. E NINGUEM FALA NADA, a quantidade de branco de esquerda que eu ja vi fazendo isso é gritante e eles ganham passe livre pra ser racista.
@@col.billkilgore4341 Nananina não. A questão principal é: Quer dar uma de ¨legalzona¨ e não se ¨enquadrar na cartilha¨, mas tambem não quer voltar a viver igual 500 anos atrás quando a ¨cartilha¨ não existia. É muito facil ficar bancando de ¨facistinha engraçadão¨, quando já está com os direitos garantidos e não está tendo que carregar 500kg de cana nas costas. É isso =)
@@productivecontent-gt7zh o problema é ser antiliberdade, e raciocínio lógico para seguir o coletivo, e principalmente preconceituoso e desrespeitoso, pois conheço este esteriotipo de senhorinha evangélica negra que você destruiu, e que resolvam tomar a vacina, que a mídia colocou como solução, tomando por livre e espontânea vontade.
ปีที่แล้ว +76
Os Santos tem um desdobramento melhor dos personagens negros. Na vdd, Os Santos veio antes, deu um hiato durante a pandemia q saiu Confinada e voltou. E voltou com os personagens negros mais perversos, entre aspas. Deu uma camada mais interessante e a família foi melhor explorada.
Em os Santos é onde os ricos são roubado? Eu particularmente odeio esse enredo onde coloca os negros como ladrões e justificando que os brancos tb ganharam esse dinheiro de forma suja.
Sim. Por exemplo, a mãe das irmãs que são empregadas da família dos Santos, tem o sentimento de gratidão em relação a eles e perpassa isso as filhas, oq é ilógico e tolice.
Essa análise pode ser usada para todo o cinema mundial hoje. Estamos vivendo uma síndrome de personagens rasos. Ninguém se preocupa mais em dar o mínimo de profundidade pra uma história, ou uma personagem.
Exatamente, a Disney atual vende seus filmes esperando que as pessoas fiquem encantadas pelas pautas socias extremamente forçadas e esqueçam do quanto os personagens e a história são mal desenvolvidos, enquanto na China ela remove o rosto de qualquer personagem negro dos cartais, no fim o que vale sempre vai ser o dinheiro
Uma professora minha que é trans foi chamada de elitista porque só porque gosta de ler autores brancos, europeus, héteros, cis etc ao invés de autores negros, trans, pobres, feministas, etc. Até parece que alguém lê um livro clássico partindo da etnia ou do gênero do autor. O importante são as ideias deles que são muito mais que o corpo.
As vezes eu sinto essa pressão para ler mais de mulheres negras e latinas. Mas eu amo literatura vitoriana. Amo Jane Austen, Charles Dickens. Eu não quero mais um livro cabeçudo e complexo falando quanto a vida tá ruim. Eu quero ler para fugir disso tudo kkkk
Adoro as análises desse canal! De fato, a falta de nuance de personagens negros, mesmo com traços positivos, é um racismo velado por tirar a humanidade (logo as falhas) destes personagens. Vocês são foda!
Meu Deus, que quadrinho bom cara. Digo isso porque tenho uma mãe que trabalha para uma pessoa que quase igual a essa Fran, não sabe limpar sua casa e joga tudo pra cima de minha mãe, ainda paga pouco achando ser muito. Esse quadrinho brasileiro é realmente original e atual.
Cara, assisti hoje mais cedo “Faça a coisa certa” do Spike Lee e fiquei impressionado como ele consegue discutir racismo sem apelar pra qualquer tipo de maniqueísmo. Achei irônico sair esse vídeo no mesmo dia!
@@eltonrochanunes1786 fala mano. Quis dizer em relação a como o Spike Lee constrói os personagens. Todos eles, mas principalmente negros. Não são todos santos bastiões da moral, mas tem camadas. Falhas e virtudes.
Meu canal favorito do TH-cam fazendo a mesma crítica que eu faço já há algum tempo. É quase como se o quadrinho dissesse "olha como esse pessoal é bacana, perfeitos. Pessoas tão boas não merecem sofrer racismo, né?". A conversa vai pro ambito moral, pior, pra uma moral centrada nas virtudes de cada indivíduo. Racismo não é questao de merecimento. A racialização negra é pra um público que, em parte, vê na questão racial uma chance de autoexpiação pública; o desconforto de uma classe média progressista, e que projeta no seu oposto, o negro, a sua própria autoidealização. Os pretos são só afeto, termura, calor, acolhimento e compreensão. Os brancos, à exceção dos de esquerda (kkkk), não têm sequer empatia entre si, ou, quando têm, é demonstrada de forma embrutecida. Nesses momentos, beira o patético de tão maniqueísta.
Bingo! Eu via esses quadrinhos e me sentia incomodada. Mas ficava pensando "será de sou racista por estar achando algo de errado nesse quadrinho?". Passou muito tempo, mas veio esse vídeo e me fez cair a ficha rs
Algo q aprendi desde pequeno: n importa se a pessoa é pobre, rica, negra, branca, mulher, homem, imigrante, veterano de guerra, refugiada de guerra etc, mal caráter vem de todo lugar, pois n tem nacionalidade, genero ou classe social.
Certa vez comentei com uma moça negra que trabalhava comigo, que tinha oferta de bananas em uma fruteira próxima e estavam muito bonitas. Nós duas tinhamos filhos pequenos, e achei que estava dando uma super dica... Ela me olhou com ódio e disse que se quisesse podia me processar. Eu não entendi nada no primeiro momento. Só depois caiu a ficha que é por associação de banana com macaco... Sem noção. A gente sempre conversava... ela deveria saber diferenciar uma atitude racista de uma conversa inofensiva, de uma mãe para outra.
Ela agiu assim provavelmente por causa dos anos e anos de descriminação, é como se a pessoa tivesse criado uma sentido de alerta. Eu, por exemplo, sou negro e fui num restaurante chique num horário não comercial ( o pessoal ainda estava se preparando para abrir) para falar com uma pessoa, ao entrar escutei o gerente ou dono falando que era pra fechar a porta e que mandou num sei quem fechar a porta e não fecharam. Esse ocorrido pode ser explicado no sentido de que o horário não era adequado para "vir clientes" ou que (foi o de fato deu a entender) é que o dono não queria um negro e pobre no estabelecimento dele, pois é um local para ricos que na sua intensa maioria são brancos. A gente sempre tem que está ligado nesse tipo de coisa, pois infelizmente a sociedade, em sua maioria, não tem boas intenções como a sua.
O Corra foi a primeira experiência que eu tive de ver o tal "Racismo Positivo" que o Linck falou e eu fiquei muito confuso quando vi tipo "Eles são racistas nos elogiando...karai" Você trazer esse vídeo é muito legal pra retornar a essa reflexão, parabéns!!
Ser "bonzinho" sendo minoria só garante que quando um babaca pisa no teu calo você não vá ter chance de revidar. Eu sou contra vim exigir de alguém que além de ser pobre tem que ser humilde, querem me ver abaixar a cabeça quando eu sou humilhado, para que se tenham pena e digam que somos pobres coitados, então é claro que a gente também pode ser mau ainda mais quando a gente dá o troco no final.
Por isso que aprecio muito mais uma pessoa negra descendo o sarrafo num racista na rua do que uma notinha de repúdio "exigindo" justiça. A ala progressista colocou na cabeça as minorias que elas tem que reagir às injustiças com pacifismo pra que elas continuem sendo vistas como vítimas coitadas indefesas porque sabem que se esses grupos socialmente oprimidos se unirem e se revoltarem, vai dar m3rda como por exemplo deu em várias revoluções na história. E eu vou aplaudir quando isso acontecer.
@@semcanal868 tanto que o amor venceu que em menos de 2 semanas uma líder quilombola foi assassinada, 2 lideres indigenas foram queimados vivos, crianças indigenas foram violentadas por garimpeiros e uma criança negra foi morta "por engano" pela PRF aqui no Rio e a ala progressista está bem pacifista não fazendo nada, porque o que vale é o amor e o diálogo 😍
Revendo depois de 1 ano e francamente ein veinho, envelheceu como vinho, uma obra de arte, relembrei dos dilemas, contradições na pandemia... o tempo realmente é um ser com muitas faces
Cansei de assistir animações em streams onde tem o esteriotipo da "menina negra que gosta de ciências" e são personagens tão rasos pq são personagens perfeitos demais
Acredito que a Fabíola de Eu Nunca (personagem negra e lésbica que faz parte do clube de robótica da escola) tenha quebrado esse estereótipo de perfeição e por isso seja tão interessante quanto a Devi e a Eleanor, que também são personagens não brancas com dilemas reais da adolescência.
Esse tema me faz refletir mt. Tb sou escritora e tenho um romance de suspense sobrenatural onde o policial é negro, otimo pai e esposo, mas aceita propina.. As pessoas sao pessoas. Uh.
Colocacao perfeita. Eu sinto que pegar uma minoria e reduzir dessa maneira é capitalizar uma luta, isso me lembra muito as falsas feministas do bbb, cheias de erros, mas se escondendo atrss de uma pauta
Eu vejo a Fran como um retrato até bem realista das pessoas brancas de classe alta, que muitas vezes não vão ter atitudes expressamente preconceituosas, continuam se beneficiando dos seus privilégios e desumanizando seus subordinados (babás, empregadas, etc.). A questão da perfeição das personagens negras da obra tbm me lembram de como mulheres negras são muitas vezes cobradas para serem "fortes" e não demonstrarem fraqueza ou frustração, o que as acaba desumanizando.
Conheci este quadrinho através da versão impressa, que ganhei de presente. Minha impressão foi estar lendo uma novela mexicana racial. Em novelas mexicanas os bonzinhos são bonitos e os malvados feios (me lembro de uma malvada que tinha até um tapa olho, kkk). Neste quadrinho todos os brancos ricos são o extremo da escrotice, enquanto todos os negros são super conscientes e solidários. É extremamente caricato. Ao acabar de ler minha primeira impressão foi a de que existem formas menos racistas de falar sobre racismo.
Eu concordo inteiramente, me parece que os autores querem buscar um "tipo ideal", sei lá, é como se fosse a aspiração de como esses personagens devem ser, e não como eles são de fato. As vezes, inclusive, os diálogos me soavam artificiais, parecendo que todos eram militantes de movimento estudantil na universidade.
Professor, recomendo o livro "O Avesso da Pele", de Jefferson Tenório. A história se passa em Santa Catarina e, além de criticar o "Racismo Positivo", tem uma parte que a mãe do protagonista discute com o pai pq acha que o racismo surge quando se fala nele e diz frases super impactantes como "o movimento negro nunca me fez nada", "o movimento negro acha que homens e mulheres negras são iguais"...
Eu concordo, chega um ponto em que todas as personagens negras parecem a mesma pessoa e chega a ser sem graça como TODAS são extremamente "do bem" e pensam todas da mesma maneira. Além disso as situações difíceis ao final se resolvem tão facilmente que chega a parecer um conto de fadas. No entanto a obra tem inúmeros pontos fortes, as críticas são bastante certeiras e o enredo é viciante. Aliás, mesmo as situações se desenrolando como se fossem fáceis de resolver, dá uma grande satisfação de ver as personagens do bem triunfando contra os patrões abomináveis. Confinada e Os Santos estão entre meus quadrinhos favoritos da internet.
baita leitura. Os aspectos que tu traz pra discussão são bastante densos. Acho que não é todo mundo que tem fluência pra discuti-los sem cair na beligerância vazia da militância rasa. Sobretudo porque existe uma parcela extremamente vocal dessa militância que se recusa a entender que a humanidade de cada um, suas idiossincrasias e, principalmente, suas hipocrisias, independem da cor de pele. Espero um dia tomar um chopp contigo em Floripa
Título desse vídeo não poderia ser mais verdadeiro. Quando eu era mais novo achava que todos os gays eram gente boa e respeitadores naturais de mulheres, lindo engano.
uma vez eu li (não lembro o autor)que quando uma pessoa sai da favela e faz sucesso, muitas vezes ele branda "a favela venceu", ela tá errada, que por mais que ele fazendo sucesso acaba ajudando uma parte da comunidade sim, mas a favela ainda continua no mesmo lugar sofrendo as violências diárias isso me pegou muito
Lendo os comentários eu entendi diversos pontos, mas acho que o mais importante é que nós temos um movimento cultural hoje, que tem a necessidade de quebrar diversos estereótipos e problemáticas que a história do mundo colocou. Se nós negros e outras pessoas tentamos construir personagens negros que são menos vilanescos, é mais uma questão de trazer para o público uma visão diferente do que foi pintado por séculos e séculos. Não atoa, até outro dia, ser negro, lgbtqia+, era algo como pecado ou visto com maus olhos. Então tentar trazer uma releitura disso é importante. Claro que não podemos trazer personagens sem voz e sem contradições, mas é importante trazer para essa analise que é diferente você ter um personagem branco que é mal, de um personagem que é minoria. Justamente pelo fato de que a história pintou os heróis, seja nos quadrinhos, nas guerras, na colonização em si, como as pessoas brancas, e isso existe no imaginário até os dias de hoje dependendo do país e cultura. Então é importante trazermos contradições e profundidade para os personagens, mas é importante colocar nessa crítica que existe todo um movimento de tentar "provar" que as minorias não são ruins. Não atoa, se pegar os comentários desse mesmo vídeo, pessoas taxando a militância como algo ruim, sendo que nada mais é do que o grito de quem nunca teve voz em outros momentos da história.
Pessoas negras sempre foram pintadas e vistas em mídias diversas como encarnação do mal. Acredito que houve no quadrinho , segundo a crítica um exagero em se mostrar os personagens negros tão certinhos. Gente que não presta encontramos em vários lugares e em várias cores. Talvez tenha sido uma certa vontade do autor em ser um "salvador branco", mostrando essa coisa de bem x mal. Mas gosto muito do quadrinho e desejo sucesso.
@@RNvideoseditsTu veio aqui, leu todo o texto que o cara tinha feito... Pra chegar nessa conclusão de bos%a? Pqp.. Comunidade nerd é uma desgraça mesmo..
Uma coisa que me incomoda demais é a vitimização da pessoa negra pelo branco. Volta e meia vejo pessoas brancas "protegendo", "defendendo" pessoas negras como se elas não conseguissem fazer isso sozinhas, como se elas fossem incompetentes na reinvindicação dos seus direitos, uma coisa bem Princesa Isabel moderninha progressista.
A verdade é que as pessoas nem sabem mais oque estão defendendo ou acusando, estão seguindo o efeito manada de "influencer" que ficam defendendo ideias que as vezes nem sequer encaixam em toda a sociedade pra compensar a falta de conteúdo
Acho que na verdade hoje em dia ninguém sabe como se comportar. Todo comportamento é problematizado por alguém, e a grande questão é que se você se cala também é errado. Ninguém nunca vai estar certo hoje em dia. Acho que super entendi a abordagem que o cara quis usar nas tirinhas... que nada tem a ver como o comportamento dos personagens pretos em si, mas si de uma família bolsonarista. Eles queriam escrachar essa hipocrisia mesmo. Se eles pesaram a mão na bondade dos personagens pretos, gente, paciência... quadrinhos sempre foram feitos dessa forma! Bem VS mal. E é isso.
Talvez pq se uma pessoa negra falar eles não deem mínima, mas se uma pessoa branca falar eles escutem, pq a gente sabe mt bem como funciona, nem todo r4c1sta vai ouvir a pessoa negra
Tbm odeio isso, o típico branquelo de classe média que gosta de pagar de protetor de minorias, como se eles tivessem alguma dívida histórica pelo que seus antepassados fizeram. Coisa patética, tipo aquela ceninha do fiuk no BBB.
Assistir esse vídeo fez me lembrar de alguns posts no Instagram, na qual uma página aleatória posta uma foto comum de uma mulher negra, de pele bem escura mesmo, super elogiando ela. O detalhe é, às vezes a mulher realmente é bonita, mas foi criado um post apenas pra elogiar ela, como se ela fosse a mulher mais bonita do planeta, e nos comentários um monte de gente super elogiando junto. E aí eu sempre me perguntava: "se essa mulher não fosse negra, ela teria um post só pra elogiar a beleza dela?". É o tipo de coisa que você fica com medo de comentar com outras pessoas pra não ser mal interpretado, mas a impressão que dá é tipo "olha só como eu admiro pessoas negras, tá vendo? Não tenho nada contra eles".
Eu gostei muito desse quadrinho, acompanhava a cada episódio durante a pandemia, eu gostava dos temas, mas achei que ficou um tanto quanto repetitivo, até pq trabalhando na lógica de Instagram naturalmente quem escreveu era submetido ao escrutínio público de seus leitores, fazendo com que cada outro episódio reforçasse o viés da massa que o lia(progressistas), adicionar mais camadas aos protagonistas claramente tirariam essa pureza e seriam rotulados de teoria da ferradura. Isso é visível até hoje indo aos comentários desse quadrinho.
Uma comparacão esdrúxula: Lembro muito da novela Cobras & Lagartos onde o protagonista interpretado por Daniel de Oliveira (um bonito e bom moço) foi completamente ofuscado pelo personagem de moral questionável Foguinho de Lázaro Ramos.
Muito bem feita essa reflexão, acompanho o leandro assis desde quando as séries começaram e participei do financiamento delas, o universo que ele criou é riquíssimo e as críticas sobre a obra só acrescentam. Um adendo, na verdade "os santos" se passsa antes de "confinada" e foi lancada antes também, mas a produção parou por conta da pandemia, quando o Leandro e a triscila se viram na obrigação de abordar o assunto em uma história separada, depois que " confinada acabou eles retomaram "os santos", inclusive a série ja acabou e a versão impressa esta pra sair
Eu gosto como os siticom negros americano acabam brincando com isso. O Calton era negro mais se achava branco, tanto que tem um episódio muito bom em que ele e o Will são presos e ele não consegue entender porque eles foram preso equanto o will que era "mais malando" entende. Ou como a menina mais velha é uma patricinha clássica. Todos os personagens da obra são negros tem os seus dilemas da negritude expresso neles mas ao mesmo tempo eles tem defeitos.
Essa frase define nosso país hoje em dia, não quer dizer que só porque vc faz parte de uma minoria que vc e uma pessoa boa,seres humanos são falhos e mals, independente da sua classe social,raça ou ideologia,vc pode ser sim uma pessoa mal ou uma pessoa boa,isso depende de caráter não desses outros atributos que eu citei.
Acho q mais, não existe pessoas puramente más (há excessões) e não existe ninguém puramente bom ( sem excessões). Todo mundo é bom e ruim ao mesmo tempo
Concordo com a crítica... eu li Confinadas enquanto vinha sendo postado, como muita gente, e achei bom... mas, de fato, essa questão maniqueísta é muito presente e empobrece a narrativa...
Descobri o seu canal recentemente e estou me identificando muito com as pautas que você traz. Há alguns meses eu estava envolvido em uma comunidade de esquerda que se formou em volta de uma streamer, onde toda comunicação era feita com um tom de gentileza, emoji de coração, todos os pronomes respeitados etc. As lives eram sinalizadas como ambiente seguro para pessoas LGBTQIA+. Eu era bem querido dentro da comunidade, até que um dia uma mulher disse que não estava se sentindo segura comigo no ambiente (e isso foi devido a questões psicológicas dela de se sentir perseguida, porque eu nunca me dirigi a ela de maneira invasiva e desrespeitosa). Resultado: Fui banido da tal comunidade sem direito a me defender, fui acusado de coisas horríveis e colocado dentro do estereótipo do "macho escroto estupr4dor potencial" sendo que sempre tive o cuidado de não desrespeitar ninguém. E assim eu, que tenho depressão e TAG ainda lido com o trauma que isso me causou, e fiquei com repulsa desse tipo de comunidade de esquerda autofágica que se forma na internet. Não são aliados, são apenas pessoas com o ego infladíssimo que só querem se sentir superiores diminuindo os outros.
O Zikek uma vez falou sobre isso numa palestra que fez. Um dos maiores traços dos "liberais" americanos (que, por lá, é visto como gente mais à esquerda) é a impossibilidade de ver o negro como um ser humano em pé de igualdade. Até a luta antirracista deles é carregada de esteriotipação e sentimento "white savior". Nada os comove mais do que reconhecer que as sociedades negras nos EUA e no mundo sofreram enormes opressões durante a história. Só que isso não os leva a tratar essa população como uma população comum - normal - que sofreu violências históricas e que, no fim das contas, é tão humana quanto qualquer outra. Eles reconhecem essa opressão para então passarem para a vitimização do negro no intuito de se sentirem melhores sobre si mesmos por terem "aprendido algo", por "estarem melhorando", por serem "tão sensíveis às dores alheias". Aí o negro não pode ser mau, não pode ter sua individualidade, porque sempre será visto dentro de uma pobre bolha sociológica. Aqui no Brasil, observada as devidas diferenças, acontece a mesma coisa: a gente sai da tutelagem do senhor de escravo para a tutelagem do progressista esclarecido.
Se parar para pensar, apesar desses progressistas "cheirosos" quererem o fim dos preconceitos, ainda sim desumanizam "pro bem" as minorias, tomando-as como "vítimas perfeitas". Conforme Steven Pinker, se a pessoa faltar com a autoconsciência e com uma análise rigorosa, é fácil enxergar vitimados como santos e agressores como criminosos malévolos, não-provocados e puramente sádicos. "Não há um documento cultural que não seja também um documento sobre a barbárie", Walter Benjamin. Não há cultura que não perpetue sofrimento, em alguma medida, e não há povo sem histórico sombrio. Questão é esta: deve-se combater o preconceito, mas não se deve desumanizar "pro bem" os vitimados. Nesse sentido, os progressistas ainda tomam os europeus como os "mais humanos", pois apontam seus erros e seus passados malignos, porém eles também são influenciados por esses mesmo europeus e têm ideias europeias. O homem branco se mantem o mais homem de todas as cores, uma vez que todas suas ambivalências históricas são reconhecidas e todos seus feitos são analisados pormenores. Enquanto isso, os progressistas se recusam a abraçar a multidimensionalidade cultural dos outros povos, tomando como unidimensionais almas vitimadas. Como sou um apaixonado por história e por filosofia, cuspo nessa ignorância. Resta àqueles que nutrem um apreço epistemológico, entender humanamente a história, rigorosamente analisando minúcias e cuidadosamente criando teses.
Pior que isso é complicado mesmo esse topico. Recentemente no meu canal fiz uma review da novela Vai na Fé que sofre do mesmo ponto: o vilão rouba demais a cena numa historia que se propõe ser muito do bem. E aí seus protagonistas ficam meio qualquer coisa do bem
Fiz um comentário analizando essa novela tbm. Ela veio pra provar q é importante mocinhos negros mas são os papéis mais chatos e sem camadas. Mas gostava muito da katelicia, q era a piriguete desbocada meio alpinista social. E numa novela tbm recente, salve-se quem puder, tinha uma vilã negra, personagem da Juliana Alves. Ela só queria "roubar" o mocinho da mocinha e tb reclamavam do pq a negra ter q correr atrás de homem e sempre perder pra branca. Além da representação da negra predadora de sexual. Meu deus, era só novela das 7 e são todas exatamente assim, porém a falta de costume de terem atores negros faz parecer q o problema é maior dq realmente é. É o desgaste do gênero, no auge das novelas infelizmente ñ tivemos tantos personagens negros, mas não é exatamente um problema dos personagens, atores e autores.
Mto sóbria a tua análise. Primeiro contato com o canal, pela Thumb eu já vim com a mão cheia de pedras pra tacar, mas fui jogando todas no chão ao longo do vídeo. Como pessoa preta que grita por quebra de estereótipos eu achei bem produtiva a tua análise que ressalta que somos mais que apenas A ou B. Somos plurais, indivíduos com diferentes interpretações de mundo que ainda que por várias vezes nos identifiquemos com determinadas questões podemos tirar conclusões diferentes sobre qual seria o melhor caminho a se pegar para resolve-las. Vou pro próximo vídeo indicado.
Essa série de quadrinhos é muito boa. Gosto bastante. Mas, não podemos esquecer que ao se realizar uma obra que "represente a realidade", precisa se ter elementos concretos e que realmente se condizem ao mundo real. Em determinadas obras, a representatividade está ali só por estar, para mostrar que "olha nós temos uma minoria aqui". E esquecem de tratar essas pessoas como pessoas, parece que elas não tem personalidade própria, características individuais. É como se a minoria que aquela pessoa está, a definisse por um TODO.
Um momento que fez parar de seguir esse quadrinho foi justamente por dois problemas comentados no video: Primeiro ele estava sendo moldado para um público de esquerda-instagram, o que corroborava com o problema dois: Muitas das crueldades feitas pelos ricos começaram a ser cartunescas, exageradas e as vezes gratuítas, feitas exclusivamente para apetecer esse desejo de "torture porn" do público. Traduzindo, cada narrativa tinha que fechar em um post, limitando as mensagens que a Ju tivesse que ser a boazinha em todas micronarrativas possíveis sempre dando a intenção de que ela é um arauto de bondade e evitando que algo dela fosse compartilhado fora de contexto e mostrasse ela com mais complexidades.
Isso é muito parecido com capacitismo. Tenho transtorno do espectro autista, e autistas são sempre vistos como "seres de luz, inocentes, especiais, excepcionais". Não quero ser vista como diferente
É aquela história: a vida é complexa, e nós reproduzimos comportamentos e ideias que nem mesmo nos damos conta. Essa constatação deixa essa obra ainda mais rica. Isso mostra que e a luta contra o racismos está ganhando tanta força, que a industria já está mechendo seus pauzinhos pra distorce-la. Isso é um bom sinal, de que ta incomodando ao menos um pouco, mas é importante ter muita noção do que está acontecendo e caminhar com cautela, pelo próprio bem da luta.
Excelente vídeo. Uma discussão que ainda vai demorar a ser aceita, especialmente no contexto atual de Instagram, mas que precisa ser colocada. Infelizmente, é como grande parte dos usuários aqui colocou: as pessoas simplesmente confundem racismo positivo com progresso, quando é mais uma face da tradicional hipocrisia que erigiu este país. Também quero elogiar a conclusão: as pessoas oprimidas, no final, acabam usando dos mesmos meios que perpetuam o regime exploratório: Instagram, Globo... É oprimir a própria classe com as ferramentas do dominador.
Eu gosto muito desse quadrinho, mas senti também que exageraram em colocar pobres como bons e ricos como ruins. Faltou complexar melhor os personagens "injustiçados".
No meio LGBT acontece algo parecido, uma romantização do sofrimento. É legal ver gay chorando, sendo expulso de casa, se odiando, e no meio disso tudo acabam sendo personagens rasos, que só sofrem, só merecem a pena do telespectador. Como diriam os sábios, eu quero ver gay trambiqueira porra!!!!
Eu acompanhei essa insta-hq do início ao fim durante a pandemia, e depois acompanhei Os Santos, que foca nos primo pobre da Fran. Confesso que vez ou outra me irritava com o núcleo negro de Confinada pois me passavam a ideia que todos eram de esquerda e engajados em causas sociais, o que na vida real isso não é assim. Agora em momento algum eu simpatizava com a Fran, ela representa o verdadeiro suco dos riquinhos white do Brasil, um monte de gente emproada, que vive na casa da Barbie, achando que estão ali apenas para serem servidos.
Eu gosto q o alexandre NUNCA cai no engodo de cair numa análise moral das coisas, especialmente no moralismo ressentido do qual infelizmente boa parte da nossa esquerda gosta
Essa é a primeira vez que termino um video de HQ seu sem a mínima vontade de ler a obra em questão ...deve ter os seus momentos ...mas é você trabalha os temas como ninguém e pra mim a lição foi dada, e nem preciso ler a HQ pra me deparar com o contexto ele está aew internet a fora dela mais sútil(as vezes Ñ) ...sempre esteve ...
Isso da Senhorita Morello do Todo Mundo Odeia o Chris sempre exaltando o protagonista, me lembra da historia de Extraordinário, história essa, onde conta a vida de um garoto que nasceu com má formação facial, sofrendo preconceito a respeito, tanto de pessoas o tratarem mal, quanto o tratarem exageradamente bem por pena. No final da historia porém, tanto no livro quanto na adaptação feita em filme, o desfecho de Extraordinário trouxe EXATAMENTE o que a própria obra criticava. Termina com o garoto sendo extremamente exaltado pela escola sem nenhum motivo aparente, mostrando que sentem apenas pena dele. Então, a propria obra escrita com intenção de nos trazer uma maior humanização sobre pessoas nascidas com deficiencias e má formações, acaba desumanizando o seu personagem de certa forma As historias feitas para se representar minorias ainda precisam evoluir MUITO pea conseguirem fazer oque querem
Sabe que muita gente vai fazer questão de não entender ou deturpar o que você falou né? Por isso, meus parabéns pela coragem de fazer o que não deveria precisar de coragem...deu pra entender? É confuso, mas é isso. O tema também é confuso e muito difícil de ser trabalhado, principalmente hoje. Enfim, adorei.
Amigo, tem anos que eu crítico essa produção por essa fetichização das dores do povo negro como mera ferramenta de narrativa maniqueístas. agora vc vai ter que lidar com o povo revoltado. Boa sorte!
UAU! Que resenha maravilhosa, não conhecia o quadrinho, mas fiquei bem intrigada com a história. Essa questão do racismo positivo já me pegou num momento em que eu estava produzindo um curta metrage para a faculdade, no roteiro, a personagem negra, que vinha do século XIX não se vingaria dos brancos que estavam fazendo merda no presente, sendo que minha maior vontade era ver ela quebrando tudo! A roteirista não era uma pessoa negra, ela comentou que não queria transformar a personagem em alguém raivosa pra não reforçar esse estereótipo que temos na sociedade. Mas eu achei que caiu um pouco no racismo positivo, porque a personagem era tão boazinha que acabava não tendo graça, assim como no quadrinho. Isso me incomoda bastante em algumas obras produzidas por uma parcela dos produtores independentes que abordam esses temas. Existem pessoas negras boas e más e essa ideia de que todo mundo na periferia vive nessa sintonia progressista da esquerda não existe de fato. Há sim, muitos contextos que aproximam essas pessoas, porém não há uma unicidade quando o assunto são questões políticas ou ideológicas.
Esse tipo de obra é tão delicado de ser produzida.O autor não quis entrar nesse vespeiro de ter dado defeitos ao pessoal negro da obra, porque pode ter tido inspiração na família,vizinhos,e só havia pessoas gentis. E a mídia,jornais,vilanizam tanto os negros com associações com o crime,que esse tipo de hq foi meio que um oásis nesse sentido.
Tive um relacionamento com uma pessoa indígena que levantava muita pauta, mas era um ser humano podre e narcisista. Fiquei com receio até de falar sobre isso.
14:00 e não seria "fake", pois a mãe poderia ser, por exemplo, evangélica. há mtos evangélicos pobres e bolsonaristas, daria pra encaixar isso na história, mesmo.
Perfeito!! Tema ainda delicado e de difícil entrada para mentes não preparadas. A negação e o questionamento equivocado vem de bala, quando se tenta desenvolver o senso crítico sobre o assunto. Trazer Achille Mbembe é um bom caminho para iniciar essa reflexão.
O título sensacionalista me deixou bolada, pensei que ia dar mole😅 Excelente análise, as questões aprontadas por vc foram os principais problemas da Helena interpretada pela Taís Araújo. Vencer a dualidade Pai João x negro revoltado é nosso maior desafio qdo pensamos a representação negra no Brasil.
Linck, que esse vídeo vá longe!!! 👏👏👏👏👏👏 Parabéns pelo trabalho, discussão, roteiro, TUDO. ps: achei incrível a ideia desse quadrinho, fiquei a fim de ler, que surto! Kkkk o final então
Já viu a série "entrelinhas pontilhadas" e "esse mundo não vai me derrubar" Ambas as histórias são boas e faz o público questionar muita coisa. Principalmente a segunda que é um tema mais cotidiano
O trabalho que escolhi para o TCC foi exatamente sobre a maneira como as políticas públicas e as leis têm agido mais de forma midiatica do que efetiva no combate ao racismo
Análise brilhante. Acompanhei toda série, de longe pra mim a melhor insta-série já feita. Acredito que sua crítica pode ser compreendida integralmente dentro da contradição da Esquerda liberal, que luta pela igualdade e, ao mesmo tempo, ama o Capitalismo. A Esquerda liberal sempre vai empacar nessa contradição - perdendo profundidade - ao militar pela minoria excluindo o pano de fundo do problema, que é a luta de classes. No final, o elenco negro ocupa os papéis de privilégio branco e isso é tido como final feliz. Ou seja, o problema não é a existência dos privilégios, mas sim quem desfruta deles. Vamos proporcionar privilégios a quem os merece e chamar isso de Justiça social, preservando toda a estrutura que reproduz as assimetrias de classe. Dentro dessa premissa é impossível fugir do maniqueísmo, afinal, se a mãe da Ju fosse bolsonarista, ela não mereceria terminar como uma empresária de sucesso.
é perceptivel essa "superhumanidade" das minorias na cultura pop recente, com personagens que não tem nenhum defeito e são incriveis sem nenhuma logica
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Isso de racismo positivo me lembra um pouco a Milena da Turma da Mônica, que também é tão perfeitinha que acaba sendo uma personagem muito fraca.
q alias é um problema pq TODOS os personagens tem um defeito, um problema e algo de ruim , literalmente nao tenha um q nao tenha isso
Porra, parando pra pensar é bem isso, porém ela não é a única mas entendo que seu comentário é na questão dó vídeo.
Eu não li nos quadrinhos a Milena mas vi ela no seriado da Globoplay. O seriado no geral é divertido mas o tom abaixa quando foca nela. Nesse caso não é tanto por ela não ter defeitos ou problemas mas, na minha opinião, pelo medo da trama de dar nome ao racismo como problema.
Na trama é posto que a Milena é filha de uma médica veterinária e que sofre discriminação dos colegas porque "a mãe dela cuida de bichos" ... sim ... praticamente a única personagem negra da trama que tem nome e dá texto sofre discriminação e o motivo não é a raça dela mas porque a mãe tem um carro em forma de cachorro ... claro, claro ...
Eu achei uma pena não terem batido o pé nesse problema porque a atriz é boa, a série tem um tom um pouco mais adulto que a maioria das produções da turma da Monica mas ... com esse script você acaba transformando a Milena num ponto fraco da trama e super expondo ela já que a personagem tá até no meio do quinteto no material de divulgação da série. Fica a sensação que ela foi colocada lá as pressas ou sem muita preocupação só pra colocar uma pessoa negra lá.
@@taionalmeida5337 nos quadrinhos ela não tem defeitos como os outros protagonistas têm, assim fica difícil a gente gostar dela como personagem.
Por isso eu amo Todo Mundo Odeia o Chris. Tem um episódio em que entra outro garoto negro na escola e o Chris fica animado porque vai ter um amigo igual a ele , com os mesmos gostos e acaba deixando o Greg de lado. No fim o novo amigo faz coisa errada e bota a culpa nele. Quem ajuda o Chris no final é o velho amigo.
- *O ''Idioma Português'' mandou Lembranças.* x Lixo de Internet x
Eu estudei em um colégio militar na infância/adolescência e, véi, foi algo que me trouxe feridas emocionais que me assombram até hj aos meus 25 anos. Sofri racismo por diversas vezes de outros negros. Sempre tive um tom de pele mais escuro, e há negros que por ter um tom mais claro já se sentem branco e te discriminam. Tantas vezes eu chorei quando cheguei em casa, pq as meninas negras da escola diziam que tinham nojo de mim, que ficaria cmg se eu fosse mais claro. De 10 que me discriminavam, 8 eram negros e 2 brancos. Todas as minhas exs namoradas são brancas, acho que não tenho nenhum amigo negro. Nao falo isso cm orgulho, nem me achando nem nada do tipo, simplesmente fui "rejeitado" por outros negros minha vida toda. Pra mim o preto é o pior dos racistas...
@@alguem8239 Nossa, que triste. Espero que você hoje esteja bem. 😔
Por isso eu gosto de Sex Education. Botaram um personagem cadeirante que não é bonzinho o suficiente pra gente pensar que toda pessoa com deficiência é santa, e não é malvado o suficiente pra reforçar o preconceito. É apenas uma pessoa normal, que faz merda mas tbm faz a coisa certa, e acho isso excelente em se tratando de uma série.
Obs: tbm tenho uma deficiência, mas não sou cadeirante
@@alguem8239 caramba
Algo me incomodava bastante nas tirinhas deles (embora goste de acompanhar), mas não conseguia flagrar muito bem onde estava o desconforto. Acho que a análise foi bem certeira, a obra dá a sensação de que todas personagens negras são "fadas sensatas, nunca erraram". Obrigado pelo conteúdo foda!!
@@portaldiogoalvino , ele não falou que é estranha a união e o altruísmo dentro da perifeira, pelo contrário, disse até ser comum (se embasando corretamente em ESTUDOS ANTROPOLÓGICOS), diferente das camadas mais altas, onde o individualismo, isolamento e solidão se mostram mais fortes, devido ao falso senso de autossuficiência.
A crítica dele, pelo que eu entendi, quando fala sobre generalização, é: "mas eaí, não existem negacionistas, reacionários, ou bolsonaristas nas comunidades periféricas?? Só existe gente perfeitinha?? Ninguém na periferia faz discurso armamentista/punitivista??", sendo que ESTUDOS ANTROPOLÓGICOS RECENTES já mostraram como essas pautas problemáticas da extrema direita se impregnaram nas camadas mais pobres, vide as alianças que igrejas evangélicas fizeram, por exemplo.
É quase como se o ativismo nas tirinhas do Leandro Assis só abarcassem as "minorias" identitárias que são "boas, dóceis e sempre corretas". Algo como: "eu luto pelo antirracismo, pois vejo como esse pessoal é gente boa". Acontece que a luta antirracial TAMBÉM DEVE ser pelo negro armamentista (por mais que o discurso armamentista deva ser combatido), ou pela negra antivacina (por mais que a questão antivacina não deva ser tolerada), por exemplo.
Precisa se atentar mais ao conteúdo sendo dito no vídeo, hein.
@@thiagot7488 jantou 😂
@@thiagot7488o que mais conheço são nordestinos, p0bres e de direita-bolsonaristas, graças ao discurso moralizante das igrejas evangélicas. Elesnnem sabem o que é direita, mas aquele discursinho moralizante bolsonarista pegou eles em cheio. Essa HQ perdeu uma oportunidade de ouro de explorar isso
@@thiagot7488iihhh olha um sabichão querendo dar aulinha pros outros, precisa se atentar em não ser assim meu rapaz.....
@@willberrodrigues1937 Nem sei o que a outra pessoa falou, mas se ela apagou os comentário, já vi que tu venceu kkk
Isso é bem real, eu sou uma pessoa trans e direto vejo outras pessoas trans sendo passadas pra trás por adivinha(?)... outras pessoas trans, porque galera acha que se todas nós sofremos com preconceito todas somos seres de luz. Ai quando eu digo que não é porque alguém é minoria que é legal, caem de porrada em mim.
Há uma famosa frase de Nietzsche que consegue servir de exemplo, embora escrita num outro contexto: "Somos muito injustos com Deus. Nem sequer lhe permitimos pecar".
Só ver a Leandrinha Du Art, o quão podre aquela pessoa consegue ser.
Agora só falta vocês descobrirem que não é por que alguém é pre conceituoso que é mau/ruim, uma hora vocês chegam lá.
As pessoas de fora tendem a enxergar grupos minoritários como "Monolitos" onde "todos são iguais, todos pensam igual, todos se entendem o tempo todo" ...
Tipo, só de racionalizar um pouco em cima dessa ideia de "miroria perfeita e sem falhas" a gente já nota que tá tratando os seus indivíduos não como indivíduos mas como um tipo de produto industrial que seguem todos um mesmo molde. É desumano pra caramba.
@@pablogames6690aí ce falou merda kkkkkk da tempo de apagar
15:18 Eu sou negro e quando criança eu só conseguia pensar: É incrível como eu e o Sasuke somos literalmente idênticos.
Kkkkk não é do teu tempo, mas meu sonho era ser o Jason de Power Ranger.
Os japoneses se acham parecidos com o Naruto
incrivel a semelhança que eu tenho com o sasuke de naruto, além de sermos literalmente iguais... temos o mesmo mindset, ambos somos extremamente frios e estrategistas em nossa forma de pensar e agir... bizarro '-' ele me representa muito, somos dois ninjas nesse mundo.
@@greenflower_real4723 era tipo isso mesmo kkkkkkkk
Eu fazia a msm coisa o Goku na infância, pedi até pra minha mãe deixar eu pintar o cabelo de loiro pra virar um super Sayajin kskllslslslslsksksksks
"Você ser parte de uma minoria não garante que seja uma pessoa legal". Ótima frase! Deveria ser dita para muitas pessoas que eu infelizmente conheço.
"Nem todo branco é racista, mas todo racista é sempre branco."
@@jacksonrj14qualquer tipo de pessoa pode ser racista
@@Misterchris2003
Racismo é um sistema de opressões que se expressa de múltiplas formas ao longo da História. Racismo não é preconceito. Racismo não se limita a uma questão individual, ou uma questão de caráter moral. Racismo é uma estrutura de poder institucionalizado pelo o Estado que nega cidadania, direitos sociais, civis e políticos a grupos raciais não brancos. Portanto, racismo não limita-se apenas ao ato discriminatório. Se você acha que racismo manifesta se apenas pela via da ofensa verbal sem considerar processos históricos, políticos e socioeconômicos, você está redondamente errado. O racismo é apenas legitimado em uma estrutura social baseada em um contexto histórico de opressão, submissão e exploração de um grupo racial sobre o outro. É preciso ter relações hierárquicas de poder e dominação. O Racismo não é um problema dos negros ou indígenas. O Racismo é um problema criado e justificado pelos colonizadores brancos europeus cristãos que foram responsável pela colonização, escravidão dos povos africanos e genocídio dos povos indígenas no início do séc XVI. Leia e estude sobre História, Ciências Sociais e Antropologia para não falar asneiras.
@@jacksonrj14cara, a sua frase se auto refuta.
@@jacksonrj14Essa frase se contradiz kkkkkkkkkkk
Espero que esse vídeo não lhe traga haters. Tentei discutir esse tema - em um ambiente com acadêmicos, diga-se de passagem - e fui chamado de tudo, até mesmo "assassino de Marielle". Aparentemente, um número significativo de pessoas da ala progressista acredita que esse "racismo do bem" ou "romantização" como costumo chamar é uma forma de compensação de séculos de exploração da população negra. É uma discussão extremamente rasa, chega a ser caricata.
Está muito difícil problematizar coisas na academia, o viés moralista está acabando com as discussões
esses otarios querem ver sangue rolar msm , odio aos brancos ta em alta horripilante
Hoje em dia é uma perda de tempo, ir para a academia "discutir" as coisas, porque tudo é muito enviesado e determinado por esse pensamento progressista.
já fui chamado de facista quando tentei argumentar que viver em favela não é bom e que a romantização que fazem sobre isso está errada
Tá, se não pode criticar, e não pode romantizar, falar bem...O q pode então?
Eu moro no nordeste e cresci cercada por mais pessoas negras do que brancas, então não presenciei esse maniqueísmo de que alguém era bom ou ruim por ser negro ou branco, comecei a notar isso com o surgimento das redes sociais.
Obs: Não estou negando que em outros lugares haja outras realidades, apenas relatei a minha experiência.
Seu comentário é bom. Só romantiza ou discrimina grupo social, quem não convive com ele.
@@gabrielrocha5673 discordo muito, mesmo a convivência também é um fator para a existência da discriminação e da intolerância. O racismo mais forte que presenciei em minha vida não venho de pessoas de bairros elitistas mas sim de pessoas de bairros periféricos.
@Maite94Alves também não presenciei maniqueísmos e binarismos onde eu moro no MA. Mas por outro discriminações é intolerâncias a grupos racializados são muito comuns por aqui onde eu moro.
É mais coisa de redes sociais mesmo. Fora dela, estamos todos juntos.
Eu acho q no Brasil, o problema tá mais relacionado nas diferenças de classes sociais do que raciais. Isso não se aplica apenas no Brasil, mas a toda a América Latina. No Brasil e na maioria dos países latino-americanos, as diferenças de classes sociais são gritantes.
Minha mãe é branca, é pobre e trabalha há anos como faxineira, e ela já presenciou esse tipo de preconceito de classe por uma de suas patroas.
Nos EUA, por exemplo, a segregação racial foi mais intensa do q no Brasil. Um pouco do exemplo disso é a série "Todo Mundo Odeia o Chris", q mostrava não só como a segregação q os brancos fazia com os pretos ainda era fortissima nos EUA, mesmo nos anos 70 e 80 em q brancos e pretos REALMENTE n se misturavam por lá, diferente do Brasil.
Como tbm a série não teve tanto sucesso nos EUA pq era considerada de nicho, voltada para a comunidade afro-americana de lá, enquanto no Brasil ela fez um put4 sucesso. Pq a série era muito relacionável pra QUALQUER brasileiro, como falando e fzndo piadas de coisinhas cotidianas de uma família pobre, q tem q ter cuidado na rua, pegar busão lotado pra ir à escola, lidar com irmãos, etc etc
Deve ser por isso q novelas e filmes latinos (principalmente dos hispânicos latinos) gostam tanto de abordar o preconceito de classes sociais pois sabe q o público se identifica mais com essas histórias. Isso não significa q o racismo não exista no Brasil, é claro q existe, assim como em toda a América Latina e no mundo, e DEVE ser combatido.
No entanto, a maneira como alguns brasileiros abordam esse tema, especialmente na internet hj em dia, parece irreal
Como esse quadrinho q retrata quase todos os brancos como 100% maus e todos os negros como 100% bons. Romantizar QUALQUER grupo é MTO equivocado. No Brasil, essa abordagem não funciona tão bem e acho q não consegue convencer nem qm é negro.
Sou do interior de SP, parda, pobre, estudei em escola publica ruim e pegando busão a minha vida TODA. Sempre vivi em bairros pobres onde era predominante brancos e pardos/negros, na minha familia tbm tem mtos negros e brancos e NUNCA senti q alguém agisse de forma diferente por causa da cor da pele, então eu tbm nunca tive essa visão de ser bom ou ruim por ser branco ou negro, apenas em AGIR e ter costumes diferentes (e to falando sobre personalidade e não sobre ser bom ou ruim) por diferenças culturais, como por exemplo, os nordestinos são mais diferentes dos sudestinos (independentemente da cor da pele), são menos timidos q os sudestinos e conversam mais. Falo isso porque minha cidade tem MTOS nordestinos e porque minha família inteira é do nordeste. Apenas eu e minha mãe nascemos em SP. A família da minha mãe é da Bahia e são mto brancos, enquanto a família do meu pai é sergipana e são negros. O humor e o jeito de alguns familiares das duas partes são semelhantes, enquanto os sudestinos, mais especificamente os paulistas, são bem mais tímidos (obviamente, sei que não são TODOS os nordestinos e sudestinos q são iguais e mto menos falo como se fosse algo ruim).
Apesar disso, o quadrinho parece ser legal e deu pra entender o tema q eles queria abordar, mas como o cara falou acabou caindo nessa armadilha.
Quem acompanha a roteirista no Instagram não se surpreenderia com a falta de complexidade do núcleo da Ju.
Edit: sua crítica é muito boa, muito bem embasada. Eu acompanhei a série toda no Instagram, porque sou seguidora da Triscila (com críticas ao conteúdo dela em certos pontos) e não tinha observado essa problemática na HQ. Ela, sem perceber, caiu no mesmo vale que ela já criticou em algum momento, os personagens negros de novelas, por exemplo, que quando não são os bandidos do enredo, são os bonzinhos sem complexidade que em nada se assemelham com seres humanos.
Isso me lembrou quando a minha mãe trabalhou na casa de uma família que era rica, mas faliu depois que o pai da família morreu. Eles tiveram que se mudar pra uma casa de classe média em um bairro classe média. A filha se suicidou aos 30 anos por depressão, pois infelizmente ela tinha sido abusada e não sabia quem era o pai da filha dela (se era do abusador ou do namorado, mas mesmo assim ela teve o bebê).
O filho mais velho da família não sabia fazer nada, não trabalhava e ainda morava com a mãe. Minha mãe tinha que ajudá-lo a lavar o carro e montar prateleiras e um guarda-roupa quando fazia faxina lá, porque ele não sabia (apesar disso, ele parecia ser legal). A mãe dele, que é viúva, era muito rude com a minha mãe e gritava com ela na frente dos outros. Além disso, pagava MUITO pouco, e quando minha mãe perguntou se ela poderia aumentar um pouquinho mais o pagamento que era muito baixo, a mulher ficou assustada e achou ruim, falando que o pagamento tava bom.
Minha mãe também ajudava a cuidar do bebê da filha que se suicidou, mas ela fazia isso porque tinha pena do bebê, tanto que era minha mãe que se oferecia pra ajudar.
Minha mãe só aceitou continuar lá porque a gente tava MUITO apertada, e ela permaneceu lá até encontrar algo melhor.
Espero que tudo tenha dado certo, Omni-Man
@@joatanpereira4272 é foda kkkkk
@@joatanpereira4272 kkkkkkkkkkk aí cê me quebra
Que respiro de inteligência, questionamentos aprofundados e tons de cinza, no mar de respostas fáceis e raciocínios em preto e branco da internet e das militâncias. No começo, assistir esse canal me provocava a vontade de ler quadrinhos tão somente, e hoje cada vídeo me provoca, ainda, a vontade de estudar filosofia de forma mais aprofundada. Obrigada.
O Linck explorou o estranhissimo mundo do bom-mocismo poser, do cheirosismo woke e da POSITIVIDADE TÓXICA.
@@otartaro1 Dá pra colocar tudo o que você disse numa caixinha chamada "esquerda good vibes", rsrs!
"woke" hahahahaha @@otartaro1
Concordo plenamente com esse título e com essa afirmação, até pq pessoas que fazem partes de grupos minoritários ainda são pessoas e nós humanos somos falhos por natureza, mas isso n justifica preconceitos e opressão sistêmica em qualquer âmbito, digo isso enquanto pessoa trans e autista
@@matheus-xx3yqtu espremeu os conceitos igual economista de revista espreme os dados kkkk
@@matheus-xx3yqmeu deus que papo bosta
verdade sofia...eu odeio que me reduzam a só alguém autista, como se eu fosse obrigado a ser o tempo todo um "ser político" 100% do tempo...por isso eu as vezes torço o nariz pra esses discursos tipo "tudo é político o tempo todo"....😂😂
Sou estudante de ciências sociais e posso dizer que fico muito feliz em ver pessoas como você que fazem vídeos sobre assuntos diversos mas com foco na produção da cultura pop, que é algo tão capilar, utilizando autores e autoras da antropologia, por exemplo, com domínio do conhecimento. E isso é ainda mais positivo quando criticando o trabalho de, aparentemente, aliados em nossa disputa de ideias.
Parabéns!
também sou estudante de ciências sociais e sim, é realmente isso que a gente precisa, a popularização do debate sobre esses temas tão importantes mas que, como são sempre as elites, nesse caso a Ju, é quem domina as ideias e tá sempre certa, nunca é bem visto , quando o é.
@@raannyso que faz com esse curso?
@@gruposwpp8409 sou de sociais tmb. Se você ta perguntando quais possiveis profissões, como a base do curso são as ciências humanas de antropologia, política e sociologia, os trabalhos giram em torno do ensino e pesquisa dessas matérias. Então professor, acadêmico, analista, consultor, pesquisador, teórico, cientista de dados, etc
Alexandre meu rapaz, estou construindo meu TCC utilizando essa temática de negro como objeto mercantil, sou estudante de Letras e ajudou demais esses autores que citou, obrigado demais ❤ . Ah sou pobre negro, nordestino de periferia.
Que dê tudo certo no seu TCC, espero um dia chegar a tal nível de progresso acadêmico!
Boa sorte irmão
@@dr.acaicomtapioca3842 Agradeço irmão, espero que consiga também e de tudo certo.
@@Fmiura_ Obrigado irmão.
Boa sorte, manito!!
Em outubro de 2022 comecei a trabalhar na portaria de um edifício residencial, não tive treinamento e não conhecia ninguém no prédio e qdo tinha dúvida sobre alguém perguntava se a pessoa era moradora. Muitos respondiam e foram muito cordiais, outros me aceitaram com o tempo, mas em novembro uma moça em específico, preta, não aceitou minha pergunta e ficou revoltada comigo a ponto de fazer uma reclamação de mim, disse que foi desrespeitada. Hoje, quase um ano depois, eu SEMPRE comprimento quando a vejo e ela ainda passa por mim, olhando para cima, não me comprimenta e ainda faz questão de fazer festa para outro porteiro que estiver ao meu lado. Sou branca e me sinto mal com esta situação. Respeito ela, por suas "dores", mas e eu? Não estou sendo desrespeitada?
Se a educação não e libertadora o sonho do oprimido e se tornar opressor....
Talvez vc possa conversar com ela pra resolver isso
Ela nem olha na minha cara! Quando olha é com soberba...@@jockastaabbade8417
Sempre sou educada e respeitadora com ela, aprendi e sou assim, tanto que o marido dela me comprimenta só quando está sozinho, mas com ela NUNCA.@@laahls251994
Você está sendo sim muito desrespeitada e oque essa moça faz com você é nojento e errado, mas você não está sofrendo racismo reverso
Essa história maniqueísta me lembra aquela ideia do "bom selvagem" do romantismo. Os índios são puros e o homem branco mau corrompe tudo.
Serve bem!
A figura do "bom selvagem" cabe muito na parte sobre lugar de fala da ultima live.
Por exemplo, eu discordo (No campo intelectual) que MUITA coisa que o Jones Manoel fala e tenho muita birra com ele. Mas não é alguém quem utiliza desse discurso pra se defender de críticas.
Agora, tem muita gente passando pano pra youtuber por causa disso.
Isso também persiste em como o "índio" é ainda representado em filmes, séries e novelas.
@@JhonataPactioaté a ideia que as pessoas tem da pessoa indígena como "pouco expressiva" ou passiva tem raiz nesse pensamento e construções em representação de mídia.
Quando você conhece indígenas de verdade eles basicamente são tão expressivos quanto qualquer pessoa e passam longe de ser aquelas figuras meio travadas que se desenhou.
A real é que o povo de fora das populações indígenas foi começar a se interessar de verdade em ir atrás e conhecer há relativamente pouco tempo. Tanto a primeira quanto a terceira geração romântica colocaram o indígena no foco mas foram escritas por pessoas que nunca chegaram sequer perto da realidade dessas populações.
O movimento modernista melhorou um pouco a coisa trazendo autores que viviam uma realidade um pouco menos distante dos povos retratados mas ainda assim que não tinham autores dessas realidades.
Acho que se a gente for estabelecer um marco de uma tentativa de transformação dessa imagem a gente vai ver coisas mais interessantes aparecendo só no século XXI (e que infelizmente ainda carecem de maior visibilidade).
@@taionalmeida5337Me lembrou o Quadrinho Ajuricaba que o Linck já comentou. Os personagens são complexos
Curti demais Confinada e Os Santos, acompanhei o "periódico" no Instagram e, honestamente, baita análise!!! Não me fez desgostar nenhum pouco das histórias, na real me fez enxergar camadas mais profundas dentro da trama, o que me fez gostar MAIS!!! Obrigado Linck, foi uma belíssima abordagem da obra e espero que desencadeie um debate incrível, mas temo que uma galera não vai entender/gostar da tua crítica e tentar falsear um ataque de você pra obra, espero que não role, mas a internet tá triste nos últimos anos...
Até o final da minha faculdade eu era em grande parte, progressista/esquerdista, mas ao sair de lá, vi que vivia em uma bolha, e percebi que classe social, gênero ou cor de pele não define caráter, e foi libertador, pois percebo agora que as lutas sociais e das minorias foi sequestrada por politicos, influencers e outros lideres de coletivos com interesses escusos e perderam o foco, a discussão hoje está rasa e maniqueista, o que é muito triste.
Continue raciocinando mais um pouco que Jajá você deixa de enxergar o mundo de maneira dual entre direita e esquerda como o pessoal acha que é.
@@powerzoldyck5670exatamente. Dividir para conquistar. A velha tática usada a séculos segue dando certo como nunca.
@@powerzoldyck5670 Uma frase que eu vi o Humberto Matos falando que achei extremamente interessante foi algo como a dicotomia é entre capital e trabalho e não entre direita e esquerda. Não sei se tem autor original, mas achei uma síntese interessante de como essas relações são às vezes má interpretadas por conta de lentes ideológicas.
Ninguém nunca disse que gênero, cor ou etnia define caráter, se você pensava isso e acha que a esquerda pensa isso você está errado
@@viniciussouza4599 Sério, já vi várias pessoas de esquerda odiando/minimizando "homem branco cis hétero" apenas por existir praticamente, como se fossem a escória da escória😂
Gente, ouvindo o vidro eu não senti como se fosse uma história com vilão e herói.
Na verdade, ouvindo me fez pensar "caramba essa Ju tbm consegue ser uma v**ca hein?"
Me parece uma história com duas protagonistas, e que uma é a antagonista da outra
Honestamente eu concordo com sua leitura
Eu tbm fico com preguiça quando fazer histórias onde pessoas de cor são todas boas, e brancos são todos ruins. Ou que lgbts são todos bons e heteros todos ruins
Eu entendo pq fazem histórias assim, mas eu sinto que isso não agrega na conversa, só faz as diferenças e as brigas entre os grupos piores
acho que a questão é que mesmo quando a Ju é "malandra", isso ainda é colocado de forma pra gente simpatizar com ela e ver como moralmente correto ou pelo menos justificável. Tipo "isso aí, tem mesmo que expor a patroa escrota na internet"
Rapaz acho que o grande problema não é acirrar as diferenças e conflitos entre brancos e negros porque, pra esse tópico, a obra é irrelevante - quem já é racista vai continuar sendo e pessoas negras que após experiências extremas não confiam em brancos não vão mudar.
A parte perigosa pra mim é criar a ilusão que há um monolito em torno de pessoas de um grupo minoritário que SEMPRE vão agir corretamente, SEMPRE serão compreensivos e corretos e SEMPRE vão te fornecer uma rede de apoio.
Imagine que você é uma pessoa recém descoberta LGBT e entra numa pilha de "foda-se os héteros cis normativos eu só vou colar com a minha galera porque lá ninguém vai me sacanear e sempre vai me proteger" para depois descobrir que ... bom, pessoas LGBT são pessoas ... complexas e diferentes ... essa perfeição social não existe, vai ter gente de caráter bom e mal caráter. Vai ter gente que reproduz homofobia e militante da diversidade. E vai ter gente aparentemente bacana e que um dia pode lhe dar uma tremenda rasteira por algum motivo banal bem como gente que "não apoiou então é uma pessoa escrota" mas na hora que você precisar te dá alguma forma de suporte.
Imagine se essa lógica de "minorias perfeitas" se aplicasse no mundo onde um dos caras mais ricos e escrotos do mundo é uma pessoa autista - Elon Musk. Como pessoa autista eu mesmo não tenho a menor sombra de dúvida de apontar que ele não é bom exemplo para nenhum ser humano muito menos uma pessoa com autismo. E, obviamente, dos bilhões e bilhões que ele tem absoluta certeza que um total de 0 centavos foi investido de qualquer maneira para melhorar a vida ou ajudar a comunidade autista em qualquer lugar do mundo ... e justamente de uma pessoa que tem tanto dinheiro que se todo dia queimar uma montanha ainda morre antes de conseguir queimar tudo...
Eu sempre via esses tipos de "representatividade" de uma maneira tóxica e de certa forma superficial
É como se personagens que fazem parte de uma certa minoria fossem bons por natureza e nunca fizeram nada de errado a sua vida inteira só porquê são de uma (Ou mais) minorias
Isso de certa forma torna esses personagens menos humanizados, já que no fim das contas, acertar e errar é humano
"pessoas de cor" me pegou de um jeito...
@@taionalmeida5337 falou TUDO 👏👏👏
Fiz pesquisa acadêmica sobre isso, a gente chamava de racismo cordial, rola muito em matérias de datas comemorativas, tipo Dia da Consciência Negra e add de turismo
Rola mesmo ?
Como você disse no vídeo tratar as pessoas negras como uma espécie de entidade com pensamento coletivo é o ponto problemático do quadrinho. Há muitas mulheres negras pobres nas igrejas evangélicas, que são extremamente reacionárias. E que poderiam aparecer na HQ para fazer um contraponto. Espero que tenha mais vídeos de quadrinhos que são publicados primeiramente em redes sociais. Muita gente hoje tem contato com os quadrinhos através dessa mídia.
@alisson009 me responda se são ruins.
@alisson009 Pra essa turma, se a pessoa for de minoria e não se enquadrar na cartilha de comportamento aceitável deles, vira o suficiente pra não ser "negro o suficiente". Piada!
E sempre que algum negro ignora o que eles pensam que é "pensar negro", eles falam a coisa mais racista possivel, "capitão do mato", "negro da casa" e outros. E NINGUEM FALA NADA, a quantidade de branco de esquerda que eu ja vi fazendo isso é gritante e eles ganham passe livre pra ser racista.
@@col.billkilgore4341 Nananina não. A questão principal é: Quer dar uma de ¨legalzona¨ e não se ¨enquadrar na cartilha¨, mas tambem não quer voltar a viver igual 500 anos atrás quando a ¨cartilha¨ não existia.
É muito facil ficar bancando de ¨facistinha engraçadão¨, quando já está com os direitos garantidos e não está tendo que carregar 500kg de cana nas costas.
É isso =)
@@productivecontent-gt7zh o problema é ser antiliberdade, e raciocínio lógico para seguir o coletivo, e principalmente preconceituoso e desrespeitoso, pois conheço este esteriotipo de senhorinha evangélica negra que você destruiu, e que resolvam tomar a vacina, que a mídia colocou como solução, tomando por livre e espontânea vontade.
Os Santos tem um desdobramento melhor dos personagens negros. Na vdd, Os Santos veio antes, deu um hiato durante a pandemia q saiu Confinada e voltou. E voltou com os personagens negros mais perversos, entre aspas. Deu uma camada mais interessante e a família foi melhor explorada.
Nossa, com certeza, Os Santos é muito melhor desenvolvida
Em os Santos é onde os ricos são roubado?
Eu particularmente odeio esse enredo onde coloca os negros como ladrões e justificando que os brancos tb ganharam esse dinheiro de forma suja.
Sim. Por exemplo, a mãe das irmãs que são empregadas da família dos Santos, tem o sentimento de gratidão em relação a eles e perpassa isso as filhas, oq é ilógico e tolice.
Essa análise pode ser usada para todo o cinema mundial hoje. Estamos vivendo uma síndrome de personagens rasos. Ninguém se preocupa mais em dar o mínimo de profundidade pra uma história, ou uma personagem.
Exatamente, a Disney atual vende seus filmes esperando que as pessoas fiquem encantadas pelas pautas socias extremamente forçadas e esqueçam do quanto os personagens e a história são mal desenvolvidos, enquanto na China ela remove o rosto de qualquer personagem negro dos cartais, no fim o que vale sempre vai ser o dinheiro
Uma professora minha que é trans foi chamada de elitista porque só porque gosta de ler autores brancos, europeus, héteros, cis etc ao invés de autores negros, trans, pobres, feministas, etc. Até parece que alguém lê um livro clássico partindo da etnia ou do gênero do autor. O importante são as ideias deles que são muito mais que o corpo.
As vezes eu sinto essa pressão para ler mais de mulheres negras e latinas. Mas eu amo literatura vitoriana. Amo Jane Austen, Charles Dickens. Eu não quero mais um livro cabeçudo e complexo falando quanto a vida tá ruim. Eu quero ler para fugir disso tudo kkkk
@@PragaEnzo a clássica válvula de escape não é ? Kkkkk
Adoro as análises desse canal! De fato, a falta de nuance de personagens negros, mesmo com traços positivos, é um racismo velado por tirar a humanidade (logo as falhas) destes personagens. Vocês são foda!
Meu Deus, que quadrinho bom cara. Digo isso porque tenho uma mãe que trabalha para uma pessoa que quase igual a essa Fran, não sabe limpar sua casa e joga tudo pra cima de minha mãe, ainda paga pouco achando ser muito. Esse quadrinho brasileiro é realmente original e atual.
Cara, assisti hoje mais cedo “Faça a coisa certa” do Spike Lee e fiquei impressionado como ele consegue discutir racismo sem apelar pra qualquer tipo de maniqueísmo. Achei irônico sair esse vídeo no mesmo dia!
Desculpe perguntar porque você acha que em Faca a Coisa certa não a Maniqueismo.
@@eltonrochanunes1786 fala mano. Quis dizer em relação a como o Spike Lee constrói os personagens. Todos eles, mas principalmente negros. Não são todos santos bastiões da moral, mas tem camadas. Falhas e virtudes.
@@brunomarsicano1731 Com certeza é isso mesmo.
Spike Lee era foda mesmo quando os personagens centrais de um filme dele eram brancos. Jamais estereotipava.
Eu já listei esse filme dezenas de vezes para assistir; mas nunca vi.
Vou começar a assistir hoje mesmo.
Meu canal favorito do TH-cam fazendo a mesma crítica que eu faço já há algum tempo. É quase como se o quadrinho dissesse "olha como esse pessoal é bacana, perfeitos. Pessoas tão boas não merecem sofrer racismo, né?". A conversa vai pro ambito moral, pior, pra uma moral centrada nas virtudes de cada indivíduo. Racismo não é questao de merecimento. A racialização negra é pra um público que, em parte, vê na questão racial uma chance de autoexpiação pública; o desconforto de uma classe média progressista, e que projeta no seu oposto, o negro, a sua própria autoidealização. Os pretos são só afeto, termura, calor, acolhimento e compreensão. Os brancos, à exceção dos de esquerda (kkkk), não têm sequer empatia entre si, ou, quando têm, é demonstrada de forma embrutecida. Nesses momentos, beira o patético de tão maniqueísta.
Sendo que branco de esquerda consegue ser um arr0mbado gratiluz, esquerdomacho, sommelier de radicalidade
@@gabrielrocha5673oq é esquerdomacho?
Que comentário agregador!
Comentario perfeito
Bingo! Eu via esses quadrinhos e me sentia incomodada. Mas ficava pensando "será de sou racista por estar achando algo de errado nesse quadrinho?". Passou muito tempo, mas veio esse vídeo e me fez cair a ficha rs
Algo q aprendi desde pequeno: n importa se a pessoa é pobre, rica, negra, branca, mulher, homem, imigrante, veterano de guerra, refugiada de guerra etc, mal caráter vem de todo lugar, pois n tem nacionalidade, genero ou classe social.
Certa vez comentei com uma moça negra que trabalhava comigo, que tinha oferta de bananas em uma fruteira próxima e estavam muito bonitas. Nós duas tinhamos filhos pequenos, e achei que estava dando uma super dica... Ela me olhou com ódio e disse que se quisesse podia me processar. Eu não entendi nada no primeiro momento. Só depois caiu a ficha que é por associação de banana com macaco... Sem noção. A gente sempre conversava... ela deveria saber diferenciar uma atitude racista de uma conversa inofensiva, de uma mãe para outra.
São todos surt4d0s kkkkkk
Ela agiu assim provavelmente por causa dos anos e anos de descriminação, é como se a pessoa tivesse criado uma sentido de alerta. Eu, por exemplo, sou negro e fui num restaurante chique num horário não comercial ( o pessoal ainda estava se preparando para abrir) para falar com uma pessoa, ao entrar escutei o gerente ou dono falando que era pra fechar a porta e que mandou num sei quem fechar a porta e não fecharam. Esse ocorrido pode ser explicado no sentido de que o horário não era adequado para "vir clientes" ou que (foi o de fato deu a entender) é que o dono não queria um negro e pobre no estabelecimento dele, pois é um local para ricos que na sua intensa maioria são brancos. A gente sempre tem que está ligado nesse tipo de coisa, pois infelizmente a sociedade, em sua maioria, não tem boas intenções como a sua.
O Corra foi a primeira experiência que eu tive de ver o tal "Racismo Positivo" que o Linck falou e eu fiquei muito confuso quando vi tipo "Eles são racistas nos elogiando...karai"
Você trazer esse vídeo é muito legal pra retornar a essa reflexão, parabéns!!
Eu vou ser grata se eu nunca mais tiver que ver mensagem de gratidão.
Ser "bonzinho" sendo minoria só garante que quando um babaca pisa no teu calo você não vá ter chance de revidar.
Eu sou contra vim exigir de alguém que além de ser pobre tem que ser humilde, querem me ver abaixar a cabeça quando eu sou humilhado, para que se tenham pena e digam que somos pobres coitados, então é claro que a gente também pode ser mau ainda mais quando a gente dá o troco no final.
É o retrato do "que horas ela volta".
achei que só eu pensava assim
Por isso que aprecio muito mais uma pessoa negra descendo o sarrafo num racista na rua do que uma notinha de repúdio "exigindo" justiça. A ala progressista colocou na cabeça as minorias que elas tem que reagir às injustiças com pacifismo pra que elas continuem sendo vistas como vítimas coitadas indefesas porque sabem que se esses grupos socialmente oprimidos se unirem e se revoltarem, vai dar m3rda como por exemplo deu em várias revoluções na história. E eu vou aplaudir quando isso acontecer.
isso de "o amor venceu" é realmente abaixar a cabeça @@thiagoandrade3570
@@semcanal868 tanto que o amor venceu que em menos de 2 semanas uma líder quilombola foi assassinada, 2 lideres indigenas foram queimados vivos, crianças indigenas foram violentadas por garimpeiros e uma criança negra foi morta "por engano" pela PRF aqui no Rio e a ala progressista está bem pacifista não fazendo nada, porque o que vale é o amor e o diálogo 😍
Revendo depois de 1 ano e francamente ein veinho, envelheceu como vinho, uma obra de arte, relembrei dos dilemas, contradições na pandemia... o tempo realmente é um ser com muitas faces
Cansei de assistir animações em streams onde tem o esteriotipo da "menina negra que gosta de ciências" e são personagens tão rasos pq são personagens perfeitos demais
Acredito que a Fabíola de Eu Nunca (personagem negra e lésbica que faz parte do clube de robótica da escola) tenha quebrado esse estereótipo de perfeição e por isso seja tão interessante quanto a Devi e a Eleanor, que também são personagens não brancas com dilemas reais da adolescência.
Esse tema me faz refletir mt. Tb sou escritora e tenho um romance de suspense sobrenatural onde o policial é negro, otimo pai e esposo, mas aceita propina.. As pessoas sao pessoas. Uh.
Tá rebelde ela ui
Vixi, vão te chamar de racista por estar associando pessoas negras como crime e corrupção.
Colocacao perfeita. Eu sinto que pegar uma minoria e reduzir dessa maneira é capitalizar uma luta, isso me lembra muito as falsas feministas do bbb, cheias de erros, mas se escondendo atrss de uma pauta
A feminista que brigava por macho kkk
@@sabrinapereira9680Karol Conká 😂
Eu vejo a Fran como um retrato até bem realista das pessoas brancas de classe alta, que muitas vezes não vão ter atitudes expressamente preconceituosas, continuam se beneficiando dos seus privilégios e desumanizando seus subordinados (babás, empregadas, etc.). A questão da perfeição das personagens negras da obra tbm me lembram de como mulheres negras são muitas vezes cobradas para serem "fortes" e não demonstrarem fraqueza ou frustração, o que as acaba desumanizando.
* mas continuam
Conheci este quadrinho através da versão impressa, que ganhei de presente. Minha impressão foi estar lendo uma novela mexicana racial. Em novelas mexicanas os bonzinhos são bonitos e os malvados feios (me lembro de uma malvada que tinha até um tapa olho, kkk). Neste quadrinho todos os brancos ricos são o extremo da escrotice, enquanto todos os negros são super conscientes e solidários. É extremamente caricato. Ao acabar de ler minha primeira impressão foi a de que existem formas menos racistas de falar sobre racismo.
Eu concordo inteiramente, me parece que os autores querem buscar um "tipo ideal", sei lá, é como se fosse a aspiração de como esses personagens devem ser, e não como eles são de fato. As vezes, inclusive, os diálogos me soavam artificiais, parecendo que todos eram militantes de movimento estudantil na universidade.
Professor, recomendo o livro "O Avesso da Pele", de Jefferson Tenório. A história se passa em Santa Catarina e, além de criticar o "Racismo Positivo", tem uma parte que a mãe do protagonista discute com o pai pq acha que o racismo surge quando se fala nele e diz frases super impactantes como "o movimento negro nunca me fez nada", "o movimento negro acha que homens e mulheres negras são iguais"...
NOSSA SIM o feminismo é um exemplo tmb quase não incluem mulheres negras nele tanto que própria criadora do feminismo era racista se não me engano
Eu concordo, chega um ponto em que todas as personagens negras parecem a mesma pessoa e chega a ser sem graça como TODAS são extremamente "do bem" e pensam todas da mesma maneira. Além disso as situações difíceis ao final se resolvem tão facilmente que chega a parecer um conto de fadas. No entanto a obra tem inúmeros pontos fortes, as críticas são bastante certeiras e o enredo é viciante. Aliás, mesmo as situações se desenrolando como se fossem fáceis de resolver, dá uma grande satisfação de ver as personagens do bem triunfando contra os patrões abomináveis. Confinada e Os Santos estão entre meus quadrinhos favoritos da internet.
baita leitura. Os aspectos que tu traz pra discussão são bastante densos. Acho que não é todo mundo que tem fluência pra discuti-los sem cair na beligerância vazia da militância rasa. Sobretudo porque existe uma parcela extremamente vocal dessa militância que se recusa a entender que a humanidade de cada um, suas idiossincrasias e, principalmente, suas hipocrisias, independem da cor de pele.
Espero um dia tomar um chopp contigo em Floripa
Eu fico pensando se vc acorda, toma um café e pensa "o dia começou tranquilo e suave, como eu vou corrigir isso?"
kkk
😂😂😂😂😂😂
kkkk
Hahaha
Kkkk
Daqui a alguns anos esse quadrinho vai virar uma novela.
Título desse vídeo não poderia ser mais verdadeiro. Quando eu era mais novo achava que todos os gays eram gente boa e respeitadores naturais de mulheres, lindo engano.
Todo mundo devia entrar no grinder para quebrar esse kkkkk
kkk vdd, muitos relatos deles agir como qualquer homem@@gabrielrocha5673
O lion da central é uma prova perfeita disso rsrsrs
Tem cada gay chato que benza Deus (tô falando por experiência própria viu? Lsfsks)
@@gabrielrocha5673 sou bissexual e vou te dizer uma coisa, o grindr quase me fez virar hétero
Maaaanooooo é ISSO, não importa se é negro, branco, amarelo, roxo, azul, TEM GENTE ESCROTA EM TODO LUGAR
uma vez eu li (não lembro o autor)que quando uma pessoa sai da favela e faz sucesso, muitas vezes ele branda "a favela venceu", ela tá errada, que por mais que ele fazendo sucesso acaba ajudando uma parte da comunidade sim, mas a favela ainda continua no mesmo lugar sofrendo as violências diárias
isso me pegou muito
Lendo os comentários eu entendi diversos pontos, mas acho que o mais importante é que nós temos um movimento cultural hoje, que tem a necessidade de quebrar diversos estereótipos e problemáticas que a história do mundo colocou. Se nós negros e outras pessoas tentamos construir personagens negros que são menos vilanescos, é mais uma questão de trazer para o público uma visão diferente do que foi pintado por séculos e séculos. Não atoa, até outro dia, ser negro, lgbtqia+, era algo como pecado ou visto com maus olhos. Então tentar trazer uma releitura disso é importante.
Claro que não podemos trazer personagens sem voz e sem contradições, mas é importante trazer para essa analise que é diferente você ter um personagem branco que é mal, de um personagem que é minoria. Justamente pelo fato de que a história pintou os heróis, seja nos quadrinhos, nas guerras, na colonização em si, como as pessoas brancas, e isso existe no imaginário até os dias de hoje dependendo do país e cultura.
Então é importante trazermos contradições e profundidade para os personagens, mas é importante colocar nessa crítica que existe todo um movimento de tentar "provar" que as minorias não são ruins.
Não atoa, se pegar os comentários desse mesmo vídeo, pessoas taxando a militância como algo ruim, sendo que nada mais é do que o grito de quem nunca teve voz em outros momentos da história.
exato
ou seja, se for preciso forçar a barra em prol da militância que assim seja deu pra entender.
Pessoas negras sempre foram pintadas e vistas em mídias diversas como encarnação do mal. Acredito que houve no quadrinho , segundo a crítica um exagero em se mostrar os personagens negros tão certinhos. Gente que não presta encontramos em vários lugares e em várias cores. Talvez tenha sido uma certa vontade do autor em ser um "salvador branco", mostrando essa coisa de bem x mal. Mas gosto muito do quadrinho e desejo sucesso.
@@RNvideoseditsTu veio aqui, leu todo o texto que o cara tinha feito... Pra chegar nessa conclusão de bos%a?
Pqp.. Comunidade nerd é uma desgraça mesmo..
@@whatilogpo1931como diria rBiana: "Não que eu seje nerd. Tenho horror a esse negócio de nerd"
É incrível ver alguém ter coragem de falar a verdade dessa forma
Uma coisa que me incomoda demais é a vitimização da pessoa negra pelo branco. Volta e meia vejo pessoas brancas "protegendo", "defendendo" pessoas negras como se elas não conseguissem fazer isso sozinhas, como se elas fossem incompetentes na reinvindicação dos seus direitos, uma coisa bem Princesa Isabel moderninha progressista.
A verdade é que as pessoas nem sabem mais oque estão defendendo ou acusando, estão seguindo o efeito manada de "influencer" que ficam defendendo ideias que as vezes nem sequer encaixam em toda a sociedade pra compensar a falta de conteúdo
Acho que na verdade hoje em dia ninguém sabe como se comportar. Todo comportamento é problematizado por alguém, e a grande questão é que se você se cala também é errado. Ninguém nunca vai estar certo hoje em dia. Acho que super entendi a abordagem que o cara quis usar nas tirinhas... que nada tem a ver como o comportamento dos personagens pretos em si, mas si de uma família bolsonarista. Eles queriam escrachar essa hipocrisia mesmo. Se eles pesaram a mão na bondade dos personagens pretos, gente, paciência... quadrinhos sempre foram feitos dessa forma! Bem VS mal. E é isso.
Talvez pq se uma pessoa negra falar eles não deem mínima, mas se uma pessoa branca falar eles escutem, pq a gente sabe mt bem como funciona, nem todo r4c1sta vai ouvir a pessoa negra
E homem feminista? kkkkk surreal!
Tbm odeio isso, o típico branquelo de classe média que gosta de pagar de protetor de minorias, como se eles tivessem alguma dívida histórica pelo que seus antepassados fizeram. Coisa patética, tipo aquela ceninha do fiuk no BBB.
Assistir esse vídeo fez me lembrar de alguns posts no Instagram, na qual uma página aleatória posta uma foto comum de uma mulher negra, de pele bem escura mesmo, super elogiando ela. O detalhe é, às vezes a mulher realmente é bonita, mas foi criado um post apenas pra elogiar ela, como se ela fosse a mulher mais bonita do planeta, e nos comentários um monte de gente super elogiando junto. E aí eu sempre me perguntava: "se essa mulher não fosse negra, ela teria um post só pra elogiar a beleza dela?". É o tipo de coisa que você fica com medo de comentar com outras pessoas pra não ser mal interpretado, mas a impressão que dá é tipo "olha só como eu admiro pessoas negras, tá vendo? Não tenho nada contra eles".
Eu gostei muito desse quadrinho, acompanhava a cada episódio durante a pandemia, eu gostava dos temas, mas achei que ficou um tanto quanto repetitivo, até pq trabalhando na lógica de Instagram naturalmente quem escreveu era submetido ao escrutínio público de seus leitores, fazendo com que cada outro episódio reforçasse o viés da massa que o lia(progressistas), adicionar mais camadas aos protagonistas claramente tirariam essa pureza e seriam rotulados de teoria da ferradura. Isso é visível até hoje indo aos comentários desse quadrinho.
Uma comparacão esdrúxula: Lembro muito da novela Cobras & Lagartos onde o protagonista interpretado por Daniel de Oliveira (um bonito e bom moço) foi completamente ofuscado pelo personagem de moral questionável Foguinho de Lázaro Ramos.
Foguinho é best boy das novelas kkk
Amava o Foguinho!! Mas hoje um personagem desse negro seria impensável!
Muito bem feita essa reflexão, acompanho o leandro assis desde quando as séries começaram e participei do financiamento delas, o universo que ele criou é riquíssimo e as críticas sobre a obra só acrescentam.
Um adendo, na verdade "os santos" se passsa antes de "confinada" e foi lancada antes também, mas a produção parou por conta da pandemia, quando o Leandro e a triscila se viram na obrigação de abordar o assunto em uma história separada, depois que " confinada acabou eles retomaram "os santos", inclusive a série ja acabou e a versão impressa esta pra sair
Aaaah aquele pedalaço no vespeiro que o Alê dá-lhe com qualidade \m/
Segure meu jóinha, parsa!
Eu sou amigo da Triscila e entusiasta de "Confinada". Verei o vídeo de boa vontade e depois voltarei aqui hehe
Fiquei até curioso com sua opnião agora
você está numa posição mt especial kkkk pode mandar aquele debate do bom aqui ;)
ward...
E aí kkkk
curiosíssimo pra ler suas impressões do video
Eu gosto como os siticom negros americano acabam brincando com isso.
O Calton era negro mais se achava branco, tanto que tem um episódio muito bom em que ele e o Will são presos e ele não consegue entender porque eles foram preso equanto o will que era "mais malando" entende. Ou como a menina mais velha é uma patricinha clássica. Todos os personagens da obra são negros tem os seus dilemas da negritude expresso neles mas ao mesmo tempo eles tem defeitos.
Essa frase define nosso país hoje em dia, não quer dizer que só porque vc faz parte de uma minoria que vc e uma pessoa boa,seres humanos são falhos e mals, independente da sua classe social,raça ou ideologia,vc pode ser sim uma pessoa mal ou uma pessoa boa,isso depende de caráter não desses outros atributos que eu citei.
Acho q mais, não existe pessoas puramente más (há excessões) e não existe ninguém puramente bom ( sem excessões).
Todo mundo é bom e ruim ao mesmo tempo
Concordo com a crítica... eu li Confinadas enquanto vinha sendo postado, como muita gente, e achei bom... mas, de fato, essa questão maniqueísta é muito presente e empobrece a narrativa...
Descobri o seu canal recentemente e estou me identificando muito com as pautas que você traz. Há alguns meses eu estava envolvido em uma comunidade de esquerda que se formou em volta de uma streamer, onde toda comunicação era feita com um tom de gentileza, emoji de coração, todos os pronomes respeitados etc. As lives eram sinalizadas como ambiente seguro para pessoas LGBTQIA+. Eu era bem querido dentro da comunidade, até que um dia uma mulher disse que não estava se sentindo segura comigo no ambiente (e isso foi devido a questões psicológicas dela de se sentir perseguida, porque eu nunca me dirigi a ela de maneira invasiva e desrespeitosa). Resultado: Fui banido da tal comunidade sem direito a me defender, fui acusado de coisas horríveis e colocado dentro do estereótipo do "macho escroto estupr4dor potencial" sendo que sempre tive o cuidado de não desrespeitar ninguém.
E assim eu, que tenho depressão e TAG ainda lido com o trauma que isso me causou, e fiquei com repulsa desse tipo de comunidade de esquerda autofágica que se forma na internet. Não são aliados, são apenas pessoas com o ego infladíssimo que só querem se sentir superiores diminuindo os outros.
O Zikek uma vez falou sobre isso numa palestra que fez. Um dos maiores traços dos "liberais" americanos (que, por lá, é visto como gente mais à esquerda) é a impossibilidade de ver o negro como um ser humano em pé de igualdade. Até a luta antirracista deles é carregada de esteriotipação e sentimento "white savior". Nada os comove mais do que reconhecer que as sociedades negras nos EUA e no mundo sofreram enormes opressões durante a história. Só que isso não os leva a tratar essa população como uma população comum - normal - que sofreu violências históricas e que, no fim das contas, é tão humana quanto qualquer outra. Eles reconhecem essa opressão para então passarem para a vitimização do negro no intuito de se sentirem melhores sobre si mesmos por terem "aprendido algo", por "estarem melhorando", por serem "tão sensíveis às dores alheias". Aí o negro não pode ser mau, não pode ter sua individualidade, porque sempre será visto dentro de uma pobre bolha sociológica. Aqui no Brasil, observada as devidas diferenças, acontece a mesma coisa: a gente sai da tutelagem do senhor de escravo para a tutelagem do progressista esclarecido.
Se parar para pensar, apesar desses progressistas "cheirosos" quererem o fim dos preconceitos, ainda sim desumanizam "pro bem" as minorias, tomando-as como "vítimas perfeitas".
Conforme Steven Pinker, se a pessoa faltar com a autoconsciência e com uma análise rigorosa, é fácil enxergar vitimados como santos e agressores como criminosos malévolos, não-provocados e puramente sádicos. "Não há um documento cultural que não seja também um documento sobre a barbárie", Walter Benjamin. Não há cultura que não perpetue sofrimento, em alguma medida, e não há povo sem histórico sombrio.
Questão é esta: deve-se combater o preconceito, mas não se deve desumanizar "pro bem" os vitimados. Nesse sentido, os progressistas ainda tomam os europeus como os "mais humanos", pois apontam seus erros e seus passados malignos, porém eles também são influenciados por esses mesmo europeus e têm ideias europeias. O homem branco se mantem o mais homem de todas as cores, uma vez que todas suas ambivalências históricas são reconhecidas e todos seus feitos são analisados pormenores. Enquanto isso, os progressistas se recusam a abraçar a multidimensionalidade cultural dos outros povos, tomando como unidimensionais almas vitimadas.
Como sou um apaixonado por história e por filosofia, cuspo nessa ignorância. Resta àqueles que nutrem um apreço epistemológico, entender humanamente a história, rigorosamente analisando minúcias e cuidadosamente criando teses.
Desdobramentos artísticos do _modo DCE_ de enxergar o mundo.
Me lembra muito do livro a "critica da vitima" que é uma paulada.
Pior que isso é complicado mesmo esse topico. Recentemente no meu canal fiz uma review da novela Vai na Fé que sofre do mesmo ponto: o vilão rouba demais a cena numa historia que se propõe ser muito do bem. E aí seus protagonistas ficam meio qualquer coisa do bem
Fiz um comentário analizando essa novela tbm. Ela veio pra provar q é importante mocinhos negros mas são os papéis mais chatos e sem camadas. Mas gostava muito da katelicia, q era a piriguete desbocada meio alpinista social.
E numa novela tbm recente, salve-se quem puder, tinha uma vilã negra, personagem da Juliana Alves. Ela só queria "roubar" o mocinho da mocinha e tb reclamavam do pq a negra ter q correr atrás de homem e sempre perder pra branca. Além da representação da negra predadora de sexual.
Meu deus, era só novela das 7 e são todas exatamente assim, porém a falta de costume de terem atores negros faz parecer q o problema é maior dq realmente é.
É o desgaste do gênero, no auge das novelas infelizmente ñ tivemos tantos personagens negros, mas não é exatamente um problema dos personagens, atores e autores.
Mto sóbria a tua análise. Primeiro contato com o canal, pela Thumb eu já vim com a mão cheia de pedras pra tacar, mas fui jogando todas no chão ao longo do vídeo. Como pessoa preta que grita por quebra de estereótipos eu achei bem produtiva a tua análise que ressalta que somos mais que apenas A ou B. Somos plurais, indivíduos com diferentes interpretações de mundo que ainda que por várias vezes nos identifiquemos com determinadas questões podemos tirar conclusões diferentes sobre qual seria o melhor caminho a se pegar para resolve-las. Vou pro próximo vídeo indicado.
Essa série de quadrinhos é muito boa. Gosto bastante. Mas, não podemos esquecer que ao se realizar uma obra que "represente a realidade", precisa se ter elementos concretos e que realmente se condizem ao mundo real. Em determinadas obras, a representatividade está ali só por estar, para mostrar que "olha nós temos uma minoria aqui". E esquecem de tratar essas pessoas como pessoas, parece que elas não tem personalidade própria, características individuais. É como se a minoria que aquela pessoa está, a definisse por um TODO.
Quando eu lia confinada eu ficava agoniada kakakakkaal. A sua crítica é tudo que eu sempre quis dizer e não tinha palavras.
Um momento que fez parar de seguir esse quadrinho foi justamente por dois problemas comentados no video: Primeiro ele estava sendo moldado para um público de esquerda-instagram, o que corroborava com o problema dois: Muitas das crueldades feitas pelos ricos começaram a ser cartunescas, exageradas e as vezes gratuítas, feitas exclusivamente para apetecer esse desejo de "torture porn" do público.
Traduzindo, cada narrativa tinha que fechar em um post, limitando as mensagens que a Ju tivesse que ser a boazinha em todas micronarrativas possíveis sempre dando a intenção de que ela é um arauto de bondade e evitando que algo dela fosse compartilhado fora de contexto e mostrasse ela com mais complexidades.
O Oda é genio, pensou em tudo.
Isso é muito parecido com capacitismo. Tenho transtorno do espectro autista, e autistas são sempre vistos como "seres de luz, inocentes, especiais, excepcionais". Não quero ser vista como diferente
Poucas coisas são mais capacitistas do que chamar autistas de "anjo azul".
@@veagacastro3045 SIM
Cara nem tem como tratar deficiente mental como uma pessoa com defeitos ou sem moralidade,pq “a culpa n é dele,é da doenca dele ❤”
@@Rougra787 exatamente, o que eu mais conheço é autista filho da puta que fala "ain é que eu sou autista sabe, então eu sou ruim com socialização"
É aquela história: a vida é complexa, e nós reproduzimos comportamentos e ideias que nem mesmo nos damos conta. Essa constatação deixa essa obra ainda mais rica. Isso mostra que e a luta contra o racismos está ganhando tanta força, que a industria já está mechendo seus pauzinhos pra distorce-la. Isso é um bom sinal, de que ta incomodando ao menos um pouco, mas é importante ter muita noção do que está acontecendo e caminhar com cautela, pelo próprio bem da luta.
Uma crítica muito boa, e que nos faz pensar inclusive no racismo nosso de cada dia.
Excelente vídeo. Uma discussão que ainda vai demorar a ser aceita, especialmente no contexto atual de Instagram, mas que precisa ser colocada. Infelizmente, é como grande parte dos usuários aqui colocou: as pessoas simplesmente confundem racismo positivo com progresso, quando é mais uma face da tradicional hipocrisia que erigiu este país. Também quero elogiar a conclusão: as pessoas oprimidas, no final, acabam usando dos mesmos meios que perpetuam o regime exploratório: Instagram, Globo... É oprimir a própria classe com as ferramentas do dominador.
Eu gosto muito desse quadrinho, mas senti também que exageraram em colocar pobres como bons e ricos como ruins. Faltou complexar melhor os personagens "injustiçados".
No meio LGBT acontece algo parecido, uma romantização do sofrimento. É legal ver gay chorando, sendo expulso de casa, se odiando, e no meio disso tudo acabam sendo personagens rasos, que só sofrem, só merecem a pena do telespectador. Como diriam os sábios, eu quero ver gay trambiqueira porra!!!!
João Vs é a minoria dos gays o cara é o primeiro gay golpista que bate e não apanha
Eu acompanhei essa insta-hq do início ao fim durante a pandemia, e depois acompanhei Os Santos, que foca nos primo pobre da Fran. Confesso que vez ou outra me irritava com o núcleo negro de Confinada pois me passavam a ideia que todos eram de esquerda e engajados em causas sociais, o que na vida real isso não é assim. Agora em momento algum eu simpatizava com a Fran, ela representa o verdadeiro suco dos riquinhos white do Brasil, um monte de gente emproada, que vive na casa da Barbie, achando que estão ali apenas para serem servidos.
Eu gosto q o alexandre NUNCA cai no engodo de cair numa análise moral das coisas, especialmente no moralismo ressentido do qual infelizmente boa parte da nossa esquerda gosta
Essa é a primeira vez que termino um video de HQ seu sem a mínima vontade de ler a obra em questão ...deve ter os seus momentos ...mas é você trabalha os temas como ninguém e pra mim a lição foi dada, e nem preciso ler a HQ pra me deparar com o contexto ele está aew internet a fora dela mais sútil(as vezes Ñ) ...sempre esteve ...
Isso da Senhorita Morello do Todo Mundo Odeia o Chris sempre exaltando o protagonista, me lembra da historia de Extraordinário, história essa, onde conta a vida de um garoto que nasceu com má formação facial, sofrendo preconceito a respeito, tanto de pessoas o tratarem mal, quanto o tratarem exageradamente bem por pena.
No final da historia porém, tanto no livro quanto na adaptação feita em filme, o desfecho de Extraordinário trouxe EXATAMENTE o que a própria obra criticava. Termina com o garoto sendo extremamente exaltado pela escola sem nenhum motivo aparente, mostrando que sentem apenas pena dele.
Então, a propria obra escrita com intenção de nos trazer uma maior humanização sobre pessoas nascidas com deficiencias e má formações, acaba desumanizando o seu personagem de certa forma
As historias feitas para se representar minorias ainda precisam evoluir MUITO pea conseguirem fazer oque querem
Sabe que muita gente vai fazer questão de não entender ou deturpar o que você falou né? Por isso, meus parabéns pela coragem de fazer o que não deveria precisar de coragem...deu pra entender? É confuso, mas é isso. O tema também é confuso e muito difícil de ser trabalhado, principalmente hoje. Enfim, adorei.
Amigo, tem anos que eu crítico essa produção por essa fetichização das dores do povo negro como mera ferramenta de narrativa maniqueístas. agora vc vai ter que lidar com o povo revoltado. Boa sorte!
UAU! Que resenha maravilhosa, não conhecia o quadrinho, mas fiquei bem intrigada com a história. Essa questão do racismo positivo já me pegou num momento em que eu estava produzindo um curta metrage para a faculdade, no roteiro, a personagem negra, que vinha do século XIX não se vingaria dos brancos que estavam fazendo merda no presente, sendo que minha maior vontade era ver ela quebrando tudo! A roteirista não era uma pessoa negra, ela comentou que não queria transformar a personagem em alguém raivosa pra não reforçar esse estereótipo que temos na sociedade. Mas eu achei que caiu um pouco no racismo positivo, porque a personagem era tão boazinha que acabava não tendo graça, assim como no quadrinho. Isso me incomoda bastante em algumas obras produzidas por uma parcela dos produtores independentes que abordam esses temas. Existem pessoas negras boas e más e essa ideia de que todo mundo na periferia vive nessa sintonia progressista da esquerda não existe de fato. Há sim, muitos contextos que aproximam essas pessoas, porém não há uma unicidade quando o assunto são questões políticas ou ideológicas.
Esse tipo de obra é tão delicado de ser produzida.O autor não quis entrar nesse vespeiro de ter dado defeitos ao pessoal negro da obra, porque pode ter tido inspiração na família,vizinhos,e só havia pessoas gentis. E a mídia,jornais,vilanizam tanto os negros com associações com o crime,que esse tipo de hq foi meio que um oásis nesse sentido.
Tive um relacionamento com uma pessoa indígena que levantava muita pauta, mas era um ser humano podre e narcisista. Fiquei com receio até de falar sobre isso.
que canal incrível pqp kkkk nos temas e nas piadas são todas de qualidade, um dos meus favoritos
O mundo dos milionários soa como uma sociedade secreta. Ninguém sabe o que acontece no mundo deles
14:00 e não seria "fake", pois a mãe poderia ser, por exemplo, evangélica. há mtos evangélicos pobres e bolsonaristas, daria pra encaixar isso na história, mesmo.
Video bom demais! Me preocupo que sempre vai ter aqueles que vão entender tudo errado e destilar hate e te xingar. O seu trabalho é muito bom!
Perfeito!! Tema ainda delicado e de difícil entrada para mentes não preparadas. A negação e o questionamento equivocado vem de bala, quando se tenta desenvolver o senso crítico sobre o assunto. Trazer Achille Mbembe é um bom caminho para iniciar essa reflexão.
O título sensacionalista me deixou bolada, pensei que ia dar mole😅
Excelente análise, as questões aprontadas por vc foram os principais problemas da Helena interpretada pela Taís Araújo. Vencer a dualidade Pai João x negro revoltado é nosso maior desafio qdo pensamos a representação negra no Brasil.
Linck, que esse vídeo vá longe!!! 👏👏👏👏👏👏 Parabéns pelo trabalho, discussão, roteiro, TUDO.
ps: achei incrível a ideia desse quadrinho, fiquei a fim de ler, que surto! Kkkk o final então
Já viu a série "entrelinhas pontilhadas" e "esse mundo não vai me derrubar"
Ambas as histórias são boas e faz o público questionar muita coisa. Principalmente a segunda que é um tema mais cotidiano
Cara vc é um grade sociólogo! Que sabedoria incrível da sociedade vc tem pra passar, aprendo muito com vc. Parabéns pelo trabalho.
Como diria a Selva, aplicam ao povo periférico o conceito do Bom Selvagem.
Faltou Carolina Maria de Jesus para eles.
O trabalho que escolhi para o TCC foi exatamente sobre a maneira como as políticas públicas e as leis têm agido mais de forma midiatica do que efetiva no combate ao racismo
A casa da Fran é o exato estilo arquitetônico usado nas Casas Grande (na fachada principal).
Análise brilhante. Acompanhei toda série, de longe pra mim a melhor insta-série já feita. Acredito que sua crítica pode ser compreendida integralmente dentro da contradição da Esquerda liberal, que luta pela igualdade e, ao mesmo tempo, ama o Capitalismo. A Esquerda liberal sempre vai empacar nessa contradição - perdendo profundidade - ao militar pela minoria excluindo o pano de fundo do problema, que é a luta de classes. No final, o elenco negro ocupa os papéis de privilégio branco e isso é tido como final feliz. Ou seja, o problema não é a existência dos privilégios, mas sim quem desfruta deles. Vamos proporcionar privilégios a quem os merece e chamar isso de Justiça social, preservando toda a estrutura que reproduz as assimetrias de classe. Dentro dessa premissa é impossível fugir do maniqueísmo, afinal, se a mãe da Ju fosse bolsonarista, ela não mereceria terminar como uma empresária de sucesso.
é perceptivel essa "superhumanidade" das minorias na cultura pop recente, com personagens que não tem nenhum defeito e são incriveis sem nenhuma logica