Uma outra grande análise, Fábio! Eu tenho para mim que, no trecho que se refere do “Parlamento das Tramas para os Quilombos Modernos”, os compositores tentaram fazer uma alusão como se o tempo escravocrata em que se passa originalmente o tempo de vivência do João Batista, o Malunguinho, fosse também os dias de hoje. Trazer para a atualidade como se o Parlamento das Tramas agora fosse o cenário político, os próprios políticos, ao invés da coroa portuguesa. E os Quilombos Modernos, ele vai representar o povo da favela, vai representar o povo marginalizado. O povo que ainda vive aprisionado, que não pode ter sua liberdade plena porque não é ofertado condições para seu efetivo estado de soberania e de dignidade. Então, quando ele termina esse verso falando “a quem do mal se proclama, levo do céu para o inferno”, vai remeter realmente a essa ideia de justiça, de caráter realmente libertário que tem Maluguinho, de que vem para romper com todas as amarras que impedem o povo de ser livre. Tanto economicamente, quanto socialmente, como intelectualmente. Abraços!
Oi, Fabio. Muito boa sua interpretação. Só queria acrescentar a minha quanto aos versos: "Do Parlamento das tramas para os quilombos modernos", que entendo ser uma crítica social onde Maluguinho fala que vigia desde nosso polo político corrupto, que é o definidor de ações públicas, aos "quilombos modernos", que são os ajuntamentos de povo pobre que deveriam - com justiça - serem os beneficiados dessas ações e não o são. Sendo assim, o samba continua: "A quem do mal se proclama, levo do céu pro inferno" se refere a nossos políticos autoproclamados de "salvadores da pátria" mas corruptos, ou seja, maus e que, nesse caso, o Malunguinho os leva do "céu" - o mundo das regalias políticas e prestígio indevido - ao "inferno", que se refere ao descrédito da população pobre e a prisão como resultado de sua justiça. Bom, era essa minha contribuição. Parabéns pelo se trabalho.
Adoro suas explicações. E contagiei minha família. Sei que dá muito trabalho. Mas se fosse possível podia analisar os da série ouro. Tem alguns sambas lindos.
O "acenda tudo que for de acender" tb tem relação ao carater incendiario de malunguinho, que queimava engenhos e que, inclusive, foi alvo do burburinho de querer tocar fogo em Recife
O correto é João Batista. Eu não sei de onde e porque falei outro nome (ai cabeça).rs.
Eu sei de onde saiu: foi resíduo do João Cândido da tuiuti de 2024. O almirante negro ainda está fresco...
Ganhou mais seguidor. Era o que eu estava procurando...um tradutor destes sambas, riquíssimos em cultura!
Ótima análise Fábio! Esse samba da Viradouro é muito forte!
Uma outra grande análise, Fábio! Eu tenho para mim que, no trecho que se refere do “Parlamento das Tramas para os Quilombos Modernos”, os compositores tentaram fazer uma alusão como se o tempo escravocrata em que se passa originalmente o tempo de vivência do João Batista, o Malunguinho, fosse também os dias de hoje. Trazer para a atualidade como se o Parlamento das Tramas agora fosse o cenário político, os próprios políticos, ao invés da coroa portuguesa. E os Quilombos Modernos, ele vai representar o povo da favela, vai representar o povo marginalizado. O povo que ainda vive aprisionado, que não pode ter sua liberdade plena porque não é ofertado condições para seu efetivo estado de soberania e de dignidade. Então, quando ele termina esse verso falando “a quem do mal se proclama, levo do céu para o inferno”, vai remeter realmente a essa ideia de justiça, de caráter realmente libertário que tem Maluguinho, de que vem para romper com todas as amarras que impedem o povo de ser livre. Tanto economicamente, quanto socialmente, como intelectualmente. Abraços!
Para mim o samba que mais me pega em 2025. O enredo é riquíssimo! Viradouro nas cabeças mais uma vez.
Concordo. Melodia e letra maravilhosos. Gostei muito desse samba.
É pouco difícil de cantar, mas pegou, já era, não sai da cabeça!
" o Rei da Mata que mata quem mata"... Isto é quase um trava-linguas.
@@edvaldoperes1007 😂 pega rapidinho
@@saulofaria7112 a Beija flor apelou para um refrão mais simples e fácil de cantar. "Na casa de Ogum, Xangô me guia!"
Oi, Fabio. Muito boa sua interpretação. Só queria acrescentar a minha quanto aos versos: "Do Parlamento das tramas para os quilombos modernos", que entendo ser uma crítica social onde Maluguinho fala que vigia desde nosso polo político corrupto, que é o definidor de ações públicas, aos "quilombos modernos", que são os ajuntamentos de povo pobre que deveriam - com justiça - serem os beneficiados dessas ações e não o são. Sendo assim, o samba continua: "A quem do mal se proclama, levo do céu pro inferno" se refere a nossos políticos autoproclamados de "salvadores da pátria" mas corruptos, ou seja, maus e que, nesse caso, o Malunguinho os leva do "céu" - o mundo das regalias políticas e prestígio indevido - ao "inferno", que se refere ao descrédito da população pobre e a prisão como resultado de sua justiça. Bom, era essa minha contribuição. Parabéns pelo se trabalho.
Eu, pernambucano, juremado, fico todo arrepiado ouvindo essa samba da Viradouro. Aguardando ansiosamente por um desfile arrebatador.
Fabio, parabens por sua interpretação. Nota mil…👏🏼👏🏼
Samba lindo ,pra min o melhor de 2025
Adoro suas explicações. E contagiei minha família.
Sei que dá muito trabalho. Mas se fosse possível podia analisar os da série ouro. Tem alguns sambas lindos.
Outro grande enredo e com grande samba, mas, que temos que pesquisar algumas coisas pra entendermos melhor. A explicação foi ótima.
O "acenda tudo que for de acender" tb tem relação ao carater incendiario de malunguinho, que queimava engenhos e que, inclusive, foi alvo do burburinho de querer tocar fogo em Recife
Parabéns bolo vídeo
Parabéns foi massa
Esse samba é um estouro, o melhor pra avenida, com toda certeza!
Esse samba é estouro, não é atoa que ele é o enredo da Viradouro!
O samba que mais explode é esse. Riqueza de samba
Valeu!!!👏👏👏
Viradouro a melhor 😊 orgulho de ser Niterói
Muito bom samba.
😢Chora inteligência artificial!!! Aprende aí com o Fabio Freitas!👏👏👏
adorro