Água da Fonte de Dias de Melo
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- เผยแพร่เมื่อ 6 ก.พ. 2025
- Água da Fonte
Dias de Melo
Volto da Serra, à tardinha,
trago a boca ressequida,
A quem tem sede, parece
que lhe foge a própria vida.
Mas brota aqui, num atalho,
junto ao Cabeço da Lança,
uma fonte de água pura...
como um beijo de criança.
Ajoelho no chão húmido,
bebo da fonte silvestre...
Água da fonte! - Obrigado,
pela frescura que deste!
O Povo da minha aldeia,
quando abrasa a seca ardente,
vem buscar água da fonte
que a fonte é de toda a gente.
E a água da fonte vai
num pote de cedro fino:
aos velhos acalma a sede,
lava o corpo do menino.
Pastores das redondezas,
da Piedade e Ribeirinha -
o vosso gado tem sede
duns golos de água fresquinha.
Vinde, pastores, à fonte,
pois enquanto ela correr
há-de ter o vosso gado
água fresca p'ra beber.
Tu és, ó fonte, uma lágrima
de carinho e amor, nascida
numa rocha de basalto,
entre feitos escondida!
Tua voz suave e branda,
noite e dia a soluçar,
ensinou-me esta Oração,
que eu vou agora rezar:
Água da fonte, água pura,
a correr, devagarinho,
no musgo da pedra dura,
e a cantar... manso e baixinho...
Água da fonte, água pura,
poema já tão velhinho,
és o encanto, és a frescura,
de quem passa no caminho!
Água da fonte, água pura,
a minha alma te procura,
a suplicar, ansiosa...
Gotas do Amor de Jesus
enche a minha alma de luz,
água da fonte, piedosa!
Com Raquel Faria.