Terreiro Aciyomi - Belém/PA

แชร์
ฝัง
  • เผยแพร่เมื่อ 24 ก.ย. 2024
  • Nalva Virginia Almeida, Iya Nalva de Oxum como se identifica e ministra os conceitos e preceitos da religião de matriz africana da nação Ketu. No campo religioso é filha de Ya Nare, neta de Ogum Dewi e bisneta de Oba Tundewi, da família do Terreiro Tres Unidos, Salvador, Bahia.
    Considera-se escolhida pelos orixás para continuar as ações de sua mãe biológica, Maria Nazaré (Sobani), e sua avó materna, cujos compromissos religiosos acompanha desde pequena.
    Nesta descendência, há uma história de interdição familiar pelos casamentos, que precisaram ser desfeitos para dar lugar à identificação religiosa.
    A mãe biológica foi casada com pessoa da religião protestante, evangélico e bicheiro (jogo)- só quando o marido morreu pode exercer sua missão religiosa e então se vinculava ao terreiro de Pai Euclides, no Maranhão.
    A avó materna, Virgínia Fonseca de Miranda era filha de dono de Engenho em Abaetetuba e veio fugida para Belém, casando aos 12 anos, e assim foi deserdada pela família. Quando descasou pode realizar-se na umbanda onde era benzedeira, parteira e curandeira -- tinha uma cesta de ervas e sabia receitar remédios naturais produzidos com mistura de ervas, mel etc.
    Aos 12 anos Iya Nalva teve sua primeira experiência espiritual, embora tenha evitado esse "dom" durante alguns anos para esconder do seu primeiro marido (com quem casou aos 14 anos) e da sociedade. Teve dois filhos biológicos. Após dezesseis dias do falecimento de sua mãe, Dona Maria Nazaré, Iya Nalva terminou o primeiro casamento e iniciou publicamente sua vida religiosa, pois já estava incumbida continuar (herança) na tradição da família, (década de 1990). Ao mesmo tempo em que continuava essa tradição, se inicia no candomblé passando inicialmente pela nação angola, e em seguida foi buscar a sua ancestralidade de santo, e a sua iniciação na Bahia, no queto. (Araquetu, mãe Beata, que é do Rio de Janeiro).
    Recebeu os direitos para se tornar uma Ialorixá e abriu seu terreiro, na casa onde mora, no bairro de Terra Firme. (final da década de 1990, inicio da década de 2000). Nesse mesmo período Mãe Nalva atuava no Projeto Atoíre, que foi o inicio da Rede de Religiões de Matrizes Africanas, e passa integrar os movimentos sociais. Em 2002 funda a Aciyomy(oficialmente em 2004) .
    Representando suas atividades e a Rede de Religiões, já esteve em encontros, fóruns na Turquia, Itália, Argentina (Foro Latinoamericano y Caribeño; Conferencia Internacional pela Paz, Istambul)
    Uma das pessoas atuantes e sempre presente nas ações da rede e de Aciyomi é Pai Marcelo, cuja casa é o Terreiro de Mina Nagô Jaguarema. É filho de santo de Maria Nazaré, mãe biológica de Iya Nalva. Conta que o sincretismo com a religião católica é bem forte e tem uma proximidade com a Mina Nagô de Belém (referente à forma como trabalha a religiosidade em sua casa)
    Pai Marcelo, Raimundo Marcelo Silva Magalhães, 45 anos, tem o terreiro ha 30 anos. Sua avó materna, biológica, era 'de santo' e sua irmã também.
    Segundo Pai Marcelo, a Rede de Religiões Afro começa muito tímida e com a participação de poucas casas. Iya Nalva foi uma das pioneiras e tem papel importante na rede. Como resultado das suas iniciativas, conseguiu para a rede: cestas de alimentos (distribuídas para famílias carentes nas comunidades onde há as casas ligadas à rede), espaços de diálogo no governo federal, ações (diversas) na área de saúde, parceria com governo estadual, comitês organizadores, cursos de capacitação (arte, saúde, cultura).
    Em parceria com Aciomy, Pai Marcelo começou a realizar ações na comunidade onde está sua "Casa", o que estreita o laço e garante maior acesso à esses direitos.
    Parte do projeto Ancestralidade Africana (www.ancestralidadeafricana.org.br)

ความคิดเห็น • 31