Adorei o vídeo, da montagem à sua abordagem, muito especial. Eu tenho uma paixão por esse homem e artista gigante que é o Tom Zé. Esses gênios que emergem nis grotões do Brasil, trazendo neles essa vastidão que é cultura de nosso povo.
Cara, eu sou "fanzaço" do Tom Zé, desde os tempos da Tropicália. Quando ele saiu de cena, depois de ganhar o festival da MPB com a música São São Paulo Meu Amor, eu fiquei catando ele pela mídia. E, por incrível que pareça, sempre que ele aparecia em alguma emissora, eu estava sintonizado. Então assisti quando ele "ressurgiu", falando sobre o encontro com David Byrne. Adorei seu vídeo.
Koellreutter é um nome alemão difícil mesmo... Mas se diz assim: "kêlr-rói-ter". É um nome fundamental para o cenário acadêmico brasileiro, um professor de composição importante. Vale a pesquisa, como também Smetak ou Widmer... Todos eles são importantes aqui na Bahia, sobretudo. Parabéns pelo vídeo, pertinentes reflexões e apresentação sobre o gênio de Irará. Achei muito legal, especialmente ter ressaltado, a partir de David Byrne, o quão a arte de Tom Zé tem uma silenciosa conexão com o minimalismo e o punk no-wave novaiorquinos. E SEM ter tido contato um com o outro... Pois bastou a Tom Zé ter a sagacidade do aprendizado que obteve quando de sua época como estudante de Composição da Escola de Música da UFBA (instituição na qual eu, hoje, sou mestrando na mesma área). (Ele tem partitura orquestral, inclusive. Ver o livro do prof. Wellington Gomes, "Grupo de Compositores da Bahia - Estratégias Orquestrais".) Tom Zé não terminou o curso, mudou-se para São Paulo, optou pela carreira como músico popular e, encarando desde o relativo sucesso na época até o dissabor do ostracismo, ficou incompreendido não somente por ser um original (ou o mais tropicalista dentre os tropicalistas). Mas porque ele era um membro dissidente do Grupo de Compositores da Bahia. Alguém que era e ainda é avant-la-lettre e fora da curva. E que grande alívio para a carreira dele foi, de fato, ter sido compreendido por David Byrne, um músico diretamente vinculado à vanguarda musical novaiorquina e que experimentou o sucesso comercial com a banda Talking Heads. Tom Zé de Irará é um músico bem mais mundial do que muitos daqui do Brasil imaginam...
Tão Tom Zé quando digo samba eu falo da dor estudando a delícia de não saber quem sou com defeito de fabricação com qualidade de canção feita na hora do meu plantão eu me sinto tão Tom Zé então fora da curva dentro da experimentação eu me sinto tão Tom Zé e sigo numa sempiterna busca pela santa inspiração trilhando o caminho a pé faço rapel na perna da mulher amada idolatrada nação salve salve bendita Benedita Maria João invento hino toco vosso sino com a palma da minha mão mais os dedos em riste além de alegre aquém de triste eu faço jogos de armar em contos de fraldas nada descartáveis por amar não só a mim mas a arte que penetra em todos os olhos vendáveis a partir daqui de figura mudou a gora por hora já sei quem sou sou sertão seco surrado serpenteado corisco corrido cornucópico coroado de dálias de dédalos de décadas de dedicação da dádiva da descoberta de pólvoras & palavras enriquecidas através do som ??????por que será que eu me sinto tão Tom Zé então????????? F. Almeida Rey
Vídeo excelente, adorei. Tom Zé é um gênio, que viva muitos anos mais. 👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻
Adorei o vídeo, da montagem à sua abordagem, muito especial. Eu tenho uma paixão por esse homem e artista gigante que é o Tom Zé. Esses gênios que emergem nis grotões do Brasil, trazendo neles essa vastidão que é cultura de nosso povo.
Tom Zé é o Trotsky da música Brasileira! Grande artista! Pra mim esse disco é puro rock
impressionante e didático. Eu sou fã do homem até o talo.
Cara, eu sou "fanzaço" do Tom Zé, desde os tempos da Tropicália. Quando ele saiu de cena, depois de ganhar o festival da MPB com a música São São Paulo Meu Amor, eu fiquei catando ele pela mídia. E, por incrível que pareça, sempre que ele aparecia em alguma emissora, eu estava sintonizado. Então assisti quando ele "ressurgiu", falando sobre o encontro com David Byrne. Adorei seu vídeo.
Que vídeo fantástico
Vídeo incrível, parabéns pelo trabalho e obrigado pelas informações cara!!!
Ótimo conteúdo e a edição ficou show!
Bom dia! Belo texto e conhecimento digno de quem sabe o que está falando. Ganhou mais um escrito.😉
Tom Zé sempre foi um músico cosmopolita!!!!
Koellreutter é um nome alemão difícil mesmo... Mas se diz assim: "kêlr-rói-ter". É um nome fundamental para o cenário acadêmico brasileiro, um professor de composição importante. Vale a pesquisa, como também Smetak ou Widmer... Todos eles são importantes aqui na Bahia, sobretudo. Parabéns pelo vídeo, pertinentes reflexões e apresentação sobre o gênio de Irará. Achei muito legal, especialmente ter ressaltado, a partir de David Byrne, o quão a arte de Tom Zé tem uma silenciosa conexão com o minimalismo e o punk no-wave novaiorquinos. E SEM ter tido contato um com o outro... Pois bastou a Tom Zé ter a sagacidade do aprendizado que obteve quando de sua época como estudante de Composição da Escola de Música da UFBA (instituição na qual eu, hoje, sou mestrando na mesma área). (Ele tem partitura orquestral, inclusive. Ver o livro do prof. Wellington Gomes, "Grupo de Compositores da Bahia - Estratégias Orquestrais".) Tom Zé não terminou o curso, mudou-se para São Paulo, optou pela carreira como músico popular e, encarando desde o relativo sucesso na época até o dissabor do ostracismo, ficou incompreendido não somente por ser um original (ou o mais tropicalista dentre os tropicalistas). Mas porque ele era um membro dissidente do Grupo de Compositores da Bahia. Alguém que era e ainda é avant-la-lettre e fora da curva. E que grande alívio para a carreira dele foi, de fato, ter sido compreendido por David Byrne, um músico diretamente vinculado à vanguarda musical novaiorquina e que experimentou o sucesso comercial com a banda Talking Heads. Tom Zé de Irará é um músico bem mais mundial do que muitos daqui do Brasil imaginam...
Sensacional!!! Vc conseguiu nos apresentar esse ícone da MPB de forma tão ímpar.... Parabéns
Tão Tom Zé
quando digo samba
eu falo da dor
estudando a delícia
de não saber quem sou
com defeito de fabricação
com qualidade de canção
feita na hora do meu plantão
eu me sinto tão Tom Zé então
fora da curva dentro da experimentação
eu me sinto tão Tom Zé
e sigo numa sempiterna
busca pela santa inspiração
trilhando o caminho a pé
faço rapel na perna
da mulher amada idolatrada nação
salve salve bendita Benedita Maria João
invento hino
toco vosso sino
com a palma da minha mão
mais os dedos em riste
além de alegre aquém de triste
eu faço jogos de armar
em contos de fraldas nada descartáveis
por amar não só a mim mas a arte
que penetra em todos os olhos vendáveis
a partir daqui de figura mudou
a gora por hora já sei quem sou
sou sertão seco surrado serpenteado
corisco corrido cornucópico coroado
de dálias de dédalos de décadas
de dedicação da dádiva da descoberta
de pólvoras & palavras enriquecidas através do som
??????por que será que eu me sinto tão Tom Zé então?????????
F. Almeida Rey