A nona menor e a terça maior que ele disse ser bem difíceis de ser usadas em acordes menores, eu gosto muito, porque são muito usadas para temas de filmes de terror e suspense. elas só precisam ser usadas com o ritmo certo, no caso dessa bossa aí não é ideal pois não transmite a sonoridade sombria característica delas.
Victor Wooten quase arrumou uma grande briga com um baixa acadêmico quando disse que não havia nota errada. Esse é o tipo de conceito que se só aprende com a experiência mesmo, tanto por observar a ordem da escalas quanto por sentir e experimentar as sensações.
Que aula showw. De fato não existe "nota errada". O erro pode ocorrer na forma de usar a nota dentro de um contexto. A nota pode "destoar" se não for bem resolvida ou aplicada. O erro consiste em não saber aplicar bem as notas no momento, tempo adequado numa harmonia. De fato, as notas não tem culpa nisso. Nós é que precisamos saber utiliza-las.
Já sabia disso colega. Que bom que você está divulgando isso para os músicos do Brasil. Quanto antes todos os músicos aprendizes souberem disso mais fácil será o seu aprendizado.
Eu acho que acontece muito é você reconhecer padrões. A 4# é "errada" no modo jônio (ou na escala maior), mas soa bem no blues (e eu percebi que dá um tempero, uma "safadeza" boa, no forró estilizado) e no modo lídio (muito utilizado em trilhas de cinema). Mas não é o modo que legitima a nota ou o intervalo. A nota deixou de ser "errada" porque seu ouvido se acostumou com o blues e reconhece que essa nota é a nota do blues. Ou a escala árabe, que só é "árabe" porque a gente associa as notas dela à música árabe. Mas toda nota é o que ela é. E a nota "errada" da sua escala forma a SUA própria escala.
Agora, uns três anos depois de gravado e eu vendo, quando falou numa música com dezenas de acordes eu me lembrei de uma música que se encaixaria bem. Samba de uma nota só. Num acorde é a quinta, noutro é nona, noutro é terça, sétima, sexta, aumentada, diminuta, e acaba sendo todas, fica no fim na mesma, e não pode desafinar mais. E lá vem outra música pra confundir.
passei tanto tempo estudando teoria, e escalas que ,me tornei um enciclopédia ...mas hoje quando estou improvisando, não penso em desenhos de escala ,só tento reproduzir, o som que está na casa minha cabeça
Eu tava lendo um livro daquela serie fundamental changes e descobri isso sobre o acorde dominante. A cada capitulo o autor adicionava uma jota a mais nas possibilidades ate esgotar todas. Nao sabia que funcionava em qualquer acorde. Muito legal. Quer dizer que é uma questao de bom gosto a escolha das notas... obrigado Nelson!
Gostaria de fazer uma complementação: O vídeo é legal, claro e o exercício de internalizar o som de cada nota do sistema temperado em relação a determinado acorde é um ótimo exercício para a percepção e desenvolvimento da "musicalidade". Penso que dizer que uma nota está absolutamente "errada" é problemático mesmo, filosoficamente falando, dado que a música é um fenômeno que diz respeito, em parte, ao que está em nós, ou seja, algo que é subjetivo. Uma crítica que eu faço é que essa ideia de que "não há nota errada" precisa ser complementada. Do contrário, ela é perigosa. Mesmo que seja encorajador e motivador didaticamente pensar que não há nota errada, problemas podem surgir da concepção de que "qualquer nota vale em qualquer contexto". O próprio Nelson costuma dizer que aprender música é como aprender um idioma e que a linguagem verbal guarda muitas semelhanças com a linguagem musical. Em todo idioma, há palavras erradas. Se você diz algo como "Toque o acorde deminuto" quando queria dizer "toque o acorde diminuto", você errou o português, no sentido de que a palavra correta é "diminuto" e não "deminuto". Isso pode acontecer em qualquer idioma (Dimishe / Diminished , no inglês, por exemplo). Do mesmo modo, na música, se você está tocando algo que pertence a determinada linguagem e você toca fora daquela linguagem, aquilo que você tocou pode ser considerado "errado", sim. Faça o teste! Escolha um improviso do Charlie Parker, extraia a divisão do improviso (o ritmo dele) e troque as notas, toque qualquer nota aleatoriamente. Se, de fato, não houvesse "nota errada", qualquer coisa soaria bem e o resultado seria tão belo e satisfatório quanto o improviso charlie parker. Se você fez essa experiência, evidentemente não teve um resultado agradável. Por que? Dentre outras coisas, porque você, ao tocar notas aleatórias, estará fora da linguagem do Jazz, do bebop e particularmente do Charlie Parker. A minha crítica não é pra desmerecer o vídeo, de novo, acho um vídeo legal. Só penso que é preciso refletir sobre o que eu falei como um complemento, ou seja, algo que - somado à coragem de se expressar e improvisar sem se julgar negativamente - fortaleça a fluidez do seu improviso dentro do gênero ou estilo que te agrada e que você busca.
O Nelson falou em nota "errada" enqto nota que cria uma sensação diferente daquela que você queria originalmente dar, ou seja, que causa uma estranheza. Nota errada enquanto um fenômeno de caráter pessoal, com o qual um músico pode eventualmente se deparar. Note que ele não sugeriu que tanto faz alterar notas do improviso do Charlie Parker, dizendo que não muda nada da experiência de quem escuta (algo por si só mto subjetivo). Acho que é mais fiel ao conteúdo do vídeo dizer que, Charlie Parker foi quem foi porque se permitiu criar, arriscar, inovar... sem medo de soar diferente.
@@Praguinho Achei muito boa e coerente sua resposta! Apenas gostaria de enfatizar, novamente, que meu comentário é uma complementação ao vídeo, ou seja, não é uma crítica ao que foi positivamente dito no vídeo e sim uma crítica ao que não foi dito no vídeo e que, ao meu ver, é o próximo passo e precisa ser entendido. Em outras palavras, estou dizendo que ao descobrir que "não há nota errada a ser tocada" alguém pode ingenuamente pensar que pode fazer qualquer coisa em qualquer contexto. De fato, se pode fazer coisa em qualquer contexto, mas se seu objetivo é soar dentro de um linguagem específica é preciso lapidar seu processo criativo, primeiro aprendendo aquela linguagem e só depois inovar dentro da linguagem. Ao dizer que "é mais fiel ao conteúdo do vídeo dizer que..." me deu a impressão de que talvez eu não fui claro, então reitero que ... "legal, entendemos que não há nota errada, mas qual é o próximo passo? Entender que cada linguagem tem suas idiossincrasias e que estas são o que tornam cada idioma musical aquilo que é".
@@danielcabral7589 entendi que você fez um acrescimo às informações, muito interessante por sinal. Mas tb tinha ficado com a impressão de que vc poderia estar preso na ideia de que uma nota "errada" não fosse possível de ser dada por um Charlie Parker e isso iria na direção contrária do vídeo, pelo que entendi dele. Quanto aos componentes de uma "linguagem musical", tb vou fazer um acréscimo, se me permite. Destaco que não são apenas notas soltas em um improviso que definem uma linguagem musical, mas a harmonia como um todo, a melodia, o ritmo... ou seja, são muitos elementos, que nem foram abordados nesse vídeo. Assim, as notas "erradas" por si não descaracterizariam a linguagem, podendo até, quem sabe, conferir um toque de inusitado e criativo a mesma.
@@DrahcirAPNDL As doze notas surgiram neste intervalo porque é assim que soa adequado. A teoria pode explicar por que soa bem, mas no final e a sensação e intenção é que importam, a teoria explica e propõe, a prática valida.
@@renanterezan9922 teoria explica o funcionamento de um sistema, sabendo disso você consegue ir para onde quiser dominando o sistema como se ele e você fossem um só. Se alguém só toca de ouvido e não sabe nada de teoria, ela nunca fará um tritono, pois o som não é agradável, não é harmônico, logo a teoria expande seus ouvidos, uma pessoa sem teoria musical é uma pessoa senso comum, incapaz de pensar de outras formas diferente, presa uma ideia pré estabelecidas para ela, e assim ela o chama de realidade. A teoria musical não é um complemento é a expansão da realidade musical, saindo dos dogmas de outros musicistas, compreendendo o sistema, compreendendo a realidade, você se torna ela...
@@DrahcirAPNDL Isso que vc falou de um leigo jamais fazer um tritono é uma mera opinião tirada do nada. Demônios da garoa não sabiam bulhufas de teoria e na famosa trem das 11 tem dissonância pra todo lado. O músico (qualquer aritsta, na verdade) faz sua arte baseado naquilo que quer expressar, que não é necessariamente aquilo que é belo. Mais um exemplo bem menos prodigioso é o Kurt Cobain, um monte de nota feia e "errada", mas que tem tudo a ver com a intenção da obra. Como vc disse, a teoria te dá recursos, é uma ferramenta, sabendo como funciona o sistema vc sabe o que fazer pra chegar onde quer, mas isso pode ser atingido empiricamente.
Cara, acho que depende mais da sua intenção do que do contexto harmônico, depende mais do que você quer expressar no momento. Então creio que pode sim, mas aí podemos olhar o contexto do que você está tocando, se a composição já tem uma personalidade provavelmente soará errado. Mas como o mestre mesmo disse "não estará errado".
Eu gostaria de saber se é possível repousar uma sétima maior por cima de um acorde com sétima menor, ou repousar uma sétima menor por cima de uma acorde com sétima maior
Ou seja; o som só se torna mÚsica quando alguém se interessar por ele. taí , gostei. eu tenho um pensamento sobre isso. que sempre falo pra alguns. se eu faço parte do som logo, ele é musica para meus ouvidos, se não faço, o som é só um barulho. incomoda
Excelente.amei de vdd o que vcs explicaram.realmente na música há teorias maravilhosas.mas música é mais sensações do que regras fixas.parabens por nos fazer ver isso
Tudo verdade.Mas as pessoas complicam a vida dos outros,começando em sua casa.Sempre fui louco por música,e meu pai dizia:Todo cantor ou é viado ou cachaceiro,esse era o incentivo.Comprei vários violões ao sair de casa,fui em escola mas depois,abandonei pois colocavam cifras e cifras tinha nas revistas.Para resumir:Se eu soubesse que música era isso,que vocês professores da internet mostram,tudo seria diferente.Eu consegui sozinho assimilar músicas de ouvido,mas no meu estilo brega,música é o que vocês dois estão mostrando,e o que o cara professor ensina.Muito obrigado e parabéns pela simplicidade,no momento não me vejo em condições de estudar como devia,pois meu violão é simples e no momento não vai dá para comprar outro.Mas logo-logo,vou fazer um curso com o professor.Já ia esquecendo muitas pessoas falam que tem que ter dom,e coisa mais e até concordo,pois em toda profissão tem os bem talentosos,mas música se aprende sim,e o primeiro passo é,ouvir,ouvir,acostumar o ouvido,sem bom ouvido nada feito.
o único intervalo a ser temido é o de quarta. tem q ser muito ágil pra resolver. Eu chamo a quarta não de nota errada, mas de nota bomba KKKKKKK. eu vou rever mas acho q o Nelsinho não tocou a nota bomba.
realmente não existe nota erra e sim nota que não se encaixa , para isso o estudo server para não colocar esses acordes fora e soar mal em um determinado tom
terça menor, terça (maior), quinta, nona menor....é tudo em relação ao acorde que estão tocando, poderiam te falar que é em relação ao Lá menor....mas essa visão é um pouco limitada. Esses números (que são chamados de intervalos, mas podem ser vistos como distâncias entre a nota principal) são em relação á nota Lá, que foi definida lá quando ele pede pro Thiago tocar um (acorde) Lá menor. Quando você fala do Lá menor, além de ser um acorde, também especifica mais ou menos as notas que podem ser tocadas naquele trecho, que são as notas dentro de alguma escala de Lá menor. Existem alguns tipos de escalas de Lá Menor mas em NENHUMA delas a primeira terça maior (pois a premissa de um acorde/escala "menor" é justamente que sua primeira terça SEJA menor). Então, teoricamente, a primeira terça maior nunca deveria ser tocada enquanto durante o acorde de Lá menor (no caso, o Dó sustenido). E o Nelson, no último exemplo, usou exatamente essa terça maior em um acorde menor pra exemplificar que não há nota errada na hora do improviso (inclusive por isso mesmo ele falou como era difícil encaixar a terça maior em um acorde menor...mas mostrou que dá pra fazer). Bom, o fundamento é esse. Aí por cima tú tem que saber a escala de Am. Um bônus é ter um bom ouvido absoluto pra identificar as notas que ele toca, ou melhor ainda se tiver um ouvido relativo que identifique os intervalos (mas esse é mais difícil). Se não o ouvido não estiver tão afinado não tem problema já que o Nelson mais ou menos fala as notas (infelizmente ele só vê tanto as coisas como números)
O louco é que na música "não existe nota errada" é só o começo, tem muito mais coisas... tonal, atonal, modal, harmonia negativa, microtonalismo... Se um gato andar em cima das teclas de um piano, está arriscado você conseguir explicar com algum sistema hahahaha!
vou ja procurar outro canal porque aqui nao se aprende nada, nunca existe nota errada para um professional porque ele usa essa nota errada como nota de passajem ,,,mas tem que ser rapido e logo depois ele sai dela e fingi que foi um efeito na musica que ele quiz dar e os ouvintes pensao que foi um efeito rapido mas afinal foi uma nota errada mas se for um nao professional musico ele fica todo atrapalhado e toda agente nota que ele se enganou, para chegar a professional nao basta so saber escalas ,campos harmonicas , saber tocar ,ect,ect mas saber corregir os erros muito rapido sem o pessoal se aperceber
A humildade exige que o protagonista elogie o coadjuvante . parabéns
Esses minutos valem mais do que anos de estudo ! Obrigado Nelson !
A nona menor e a terça maior que ele disse ser bem difíceis de ser usadas em acordes menores, eu gosto muito, porque são muito usadas para temas de filmes de terror e suspense. elas só precisam ser usadas com o ritmo certo, no caso dessa bossa aí não é ideal pois não transmite a sonoridade sombria característica delas.
Exatamente! Tudo pode, só precisa saber o efeito que vc quer!
Victor Wooten quase arrumou uma grande briga com um baixa acadêmico quando disse que não havia nota errada.
Esse é o tipo de conceito que se só aprende com a experiência mesmo, tanto por observar a ordem da escalas quanto por sentir e experimentar as sensações.
Eu precisava ouvir isso. Miles já dizia que não existe erro. Obrigado Nelson e Tiago. Que parceria heim.
Um mestre assistindo outro 👏👏 grande Marcinho Eiras
Show!
Que aula showw. De fato não existe "nota errada". O erro pode ocorrer na forma de usar a nota dentro de um contexto. A nota pode "destoar" se não for bem resolvida ou aplicada. O erro consiste em não saber aplicar bem as notas no momento, tempo adequado numa harmonia. De fato, as notas não tem culpa nisso. Nós é que precisamos saber utiliza-las.
Nelson Faria = músico espetacular, professor espetacular!
Ce tá doido! Estão explodindo com a minha cabeça. Gratidão
Incrível! E o encerramento do Tiago? Perfeito!
Ia escrever isso agora.
Que aula!! Obrigado Nelson Faria. Obrigado Thiago.
Já sabia disso colega. Que bom que você está divulgando isso para os músicos do Brasil. Quanto antes todos os músicos aprendizes souberem disso mais fácil será o seu aprendizado.
Eu acho que acontece muito é você reconhecer padrões. A 4# é "errada" no modo jônio (ou na escala maior), mas soa bem no blues (e eu percebi que dá um tempero, uma "safadeza" boa, no forró estilizado) e no modo lídio (muito utilizado em trilhas de cinema). Mas não é o modo que legitima a nota ou o intervalo. A nota deixou de ser "errada" porque seu ouvido se acostumou com o blues e reconhece que essa nota é a nota do blues. Ou a escala árabe, que só é "árabe" porque a gente associa as notas dela à música árabe. Mas toda nota é o que ela é. E a nota "errada" da sua escala forma a SUA própria escala.
Muito bom Sr Nelson ,tu é fera demais, marinho eiras no workshop,os profissionais aprendendo com vc
Estou precisando interiorizar os sons das notas, já conheço a teoria dos intervalos .
Agora, uns três anos depois de gravado e eu vendo, quando falou numa música com dezenas de acordes eu me lembrei de uma música que se encaixaria bem. Samba de uma nota só. Num acorde é a quinta, noutro é nona, noutro é terça, sétima, sexta, aumentada, diminuta, e acaba sendo todas, fica no fim na mesma, e não pode desafinar mais. E lá vem outra música pra confundir.
passei tanto tempo estudando teoria, e escalas que ,me tornei um enciclopédia ...mas hoje quando estou improvisando, não penso em desenhos de escala ,só tento reproduzir, o som que está na casa minha cabeça
Parabéns em tocar com o som e não orientado só pela teoria, imagino que só assim sai algo novo emocionalmente e interessante .
Oi professor Nelson? estou curtindo seu son? parabens muito bom! meu violao e tagima Kansas ; muito bom?
Muito muito lindo e enriquecedor. Muito obrigado por postarem esse conteúdo gratuitamente!
Fenomenal!!
Muito obrigado 😊!!
Eu tava lendo um livro daquela serie fundamental changes e descobri isso sobre o acorde dominante. A cada capitulo o autor adicionava uma jota a mais nas possibilidades ate esgotar todas. Nao sabia que funcionava em qualquer acorde. Muito legal. Quer dizer que é uma questao de bom gosto a escolha das notas... obrigado Nelson!
Coisa mais linda essa aula!! Que demais!! Obrigado, Nelson!!
É imprecianante como ele me faz ver como eu não sei nada....... isso é maravilhoso, mestre miito obrigado!!!
Respondeu minhas dúvidas
Aprendí muito com essa aula de um ano atrás
Muito bom!!! Para abrir a cabeça mesmo!
Feliz Ano Novo!
Uma das aulas mais incríveis que já assisti!!! Que demais...
Parabéns por serem multiplicadores da boa música....no futuro, você o terão sido grandes influenciadores da nova música
Realmente isso é libertador.
Aquele vídeo divisor de águas...
Nelson: não existe nota errada
2 minutos dps: tudo errado kakakak
Gostaria de fazer uma complementação:
O vídeo é legal, claro e o exercício de internalizar o som de cada nota do sistema temperado em relação a determinado acorde é um ótimo exercício para a percepção e desenvolvimento da "musicalidade". Penso que dizer que uma nota está absolutamente "errada" é problemático mesmo, filosoficamente falando, dado que a música é um fenômeno que diz respeito, em parte, ao que está em nós, ou seja, algo que é subjetivo. Uma crítica que eu faço é que essa ideia de que "não há nota errada" precisa ser complementada. Do contrário, ela é perigosa.
Mesmo que seja encorajador e motivador didaticamente pensar que não há nota errada, problemas podem surgir da concepção de que "qualquer nota vale em qualquer contexto". O próprio Nelson costuma dizer que aprender música é como aprender um idioma e que a linguagem verbal guarda muitas semelhanças com a linguagem musical. Em todo idioma, há palavras erradas. Se você diz algo como "Toque o acorde deminuto" quando queria dizer "toque o acorde diminuto", você errou o português, no sentido de que a palavra correta é "diminuto" e não "deminuto". Isso pode acontecer em qualquer idioma (Dimishe / Diminished , no inglês, por exemplo). Do mesmo modo, na música, se você está tocando algo que pertence a determinada linguagem e você toca fora daquela linguagem, aquilo que você tocou pode ser considerado "errado", sim. Faça o teste! Escolha um improviso do Charlie Parker, extraia a divisão do improviso (o ritmo dele) e troque as notas, toque qualquer nota aleatoriamente. Se, de fato, não houvesse "nota errada", qualquer coisa soaria bem e o resultado seria tão belo e satisfatório quanto o improviso charlie parker. Se você fez essa experiência, evidentemente não teve um resultado agradável. Por que? Dentre outras coisas, porque você, ao tocar notas aleatórias, estará fora da linguagem do Jazz, do bebop e particularmente do Charlie Parker.
A minha crítica não é pra desmerecer o vídeo, de novo, acho um vídeo legal. Só penso que é preciso refletir sobre o que eu falei como um complemento, ou seja, algo que - somado à coragem de se expressar e improvisar sem se julgar negativamente - fortaleça a fluidez do seu improviso dentro do gênero ou estilo que te agrada e que você busca.
O Nelson falou em nota "errada" enqto nota que cria uma sensação diferente daquela que você queria originalmente dar, ou seja, que causa uma estranheza. Nota errada enquanto um fenômeno de caráter pessoal, com o qual um músico pode eventualmente se deparar.
Note que ele não sugeriu que tanto faz alterar notas do improviso do Charlie Parker, dizendo que não muda nada da experiência de quem escuta (algo por si só mto subjetivo).
Acho que é mais fiel ao conteúdo do vídeo dizer que, Charlie Parker foi quem foi porque se permitiu criar, arriscar, inovar... sem medo de soar diferente.
@@Praguinho Achei muito boa e coerente sua resposta! Apenas gostaria de enfatizar, novamente, que meu comentário é uma complementação ao vídeo, ou seja, não é uma crítica ao que foi positivamente dito no vídeo e sim uma crítica ao que não foi dito no vídeo e que, ao meu ver, é o próximo passo e precisa ser entendido. Em outras palavras, estou dizendo que ao descobrir que "não há nota errada a ser tocada" alguém pode ingenuamente pensar que pode fazer qualquer coisa em qualquer contexto. De fato, se pode fazer coisa em qualquer contexto, mas se seu objetivo é soar dentro de um linguagem específica é preciso lapidar seu processo criativo, primeiro aprendendo aquela linguagem e só depois inovar dentro da linguagem.
Ao dizer que "é mais fiel ao conteúdo do vídeo dizer que..." me deu a impressão de que talvez eu não fui claro, então reitero que ... "legal, entendemos que não há nota errada, mas qual é o próximo passo? Entender que cada linguagem tem suas idiossincrasias e que estas são o que tornam cada idioma musical aquilo que é".
@@danielcabral7589 entendi que você fez um acrescimo às informações, muito interessante por sinal. Mas tb tinha ficado com a impressão de que vc poderia estar preso na ideia de que uma nota "errada" não fosse possível de ser dada por um Charlie Parker e isso iria na direção contrária do vídeo, pelo que entendi dele.
Quanto aos componentes de uma "linguagem musical", tb vou fazer um acréscimo, se me permite. Destaco que não são apenas notas soltas em um improviso que definem uma linguagem musical, mas a harmonia como um todo, a melodia, o ritmo... ou seja, são muitos elementos, que nem foram abordados nesse vídeo. Assim, as notas "erradas" por si não descaracterizariam a linguagem, podendo até, quem sabe, conferir um toque de inusitado e criativo a mesma.
Poxa! Fico muito feliz por esse vídeo. Sempre pensei o mesmo.
Show de bola parabéns
Obrigado 👍
Nossa +!! D+ , Nelson! Obrigado!
Sensacional! Sensacional! Sensacional!
Se não souber usar ,vai soar é horrível , só uma dica ,se tiver em dúvida ,fica só nas notas do acorde kkk
Bom saber. Vou sair tocando qualquer escala.
Se tiver consciência do som que quer, vai estar sempre certo!!
Todos os grandes músicos os gênios tocam assim, só os músicos iniciantes tocam escalas...
musica é muito ouvido, teoria é um complemento.
Discordo, é o contrário, afinal se não fosse pela teoria nada disso existiria, as 12 notas não estariam a disposição...
@@DrahcirAPNDL
As doze notas surgiram neste intervalo porque é assim que soa adequado. A teoria pode explicar por que soa bem, mas no final e a sensação e intenção é que importam, a teoria explica e propõe, a prática valida.
@@renanterezan9922 teoria explica o funcionamento de um sistema, sabendo disso você consegue ir para onde quiser dominando o sistema como se ele e você fossem um só. Se alguém só toca de ouvido e não sabe nada de teoria, ela nunca fará um tritono, pois o som não é agradável, não é harmônico, logo a teoria expande seus ouvidos, uma pessoa sem teoria musical é uma pessoa senso comum, incapaz de pensar de outras formas diferente, presa uma ideia pré estabelecidas para ela, e assim ela o chama de realidade. A teoria musical não é um complemento é a expansão da realidade musical, saindo dos dogmas de outros musicistas, compreendendo o sistema, compreendendo a realidade, você se torna ela...
@@DrahcirAPNDL
Isso que vc falou de um leigo jamais fazer um tritono é uma mera opinião tirada do nada. Demônios da garoa não sabiam bulhufas de teoria e na famosa trem das 11 tem dissonância pra todo lado. O músico (qualquer aritsta, na verdade) faz sua arte baseado naquilo que quer expressar, que não é necessariamente aquilo que é belo.
Mais um exemplo bem menos prodigioso é o Kurt Cobain, um monte de nota feia e "errada", mas que tem tudo a ver com a intenção da obra.
Como vc disse, a teoria te dá recursos, é uma ferramenta, sabendo como funciona o sistema vc sabe o que fazer pra chegar onde quer, mas isso pode ser atingido empiricamente.
Viva o amor
Reflexão incrível! \o/
Sensacional!
Precisava ver e ouvir essa explicação
"Não existe nota errada" eu consigo errar mesmo assim kkkkkkkk
A teoria de que não existe nota errada é como os modos gregos, que primeiro seu ouvido precisa se acostumar com a sonoridade. Nelson Faria é top.
Expandindo os horizontes, nem uma nota ou palavra desse vídeo foram esperdiçados.
04:02 minha cara se eu estivesse lá
Em que momento do vídeo é tocada a quarta aumentada?
Mas pode repousar nessas "notas erradas" ? Não tem nenhuma a ser evitada?
Cara, acho que depende mais da sua intenção do que do contexto harmônico, depende mais do que você quer expressar no momento. Então creio que pode sim, mas aí podemos olhar o contexto do que você está tocando, se a composição já tem uma personalidade provavelmente soará errado. Mas como o mestre mesmo disse "não estará errado".
@@Luccas_Alves, Minha dúvida é referente as ditas " notas de repouso". Pode repousar num semitom dessas notas?
@@renatofaustroni8234 Você pode tudo, se essa for sua intenção.
Eu gostaria de saber se é possível repousar uma sétima maior por cima de um acorde com sétima menor, ou repousar uma sétima menor por cima de uma acorde com sétima maior
Aula 1: não existe nota errada.
Aula 2: nossa música não pode ter som de papel.
Sensacional
Nelson consegue fazer a gente querer pegar a guitarra na hora pra estudar kkkkk
Melhor é a cara da rapaziada !kkkkkkkkk
Ou seja; o som só se torna mÚsica quando alguém se interessar por ele. taí , gostei. eu tenho um pensamento sobre isso. que sempre falo pra alguns. se eu faço parte do som logo, ele é musica para meus ouvidos, se não faço, o som é só um barulho. incomoda
Não existe nota errada, o errado sou eu rsrs
Não tenho nem base pra assistir uma aula dessa.
Continua seguindo a gente e depois volte pra rever :-)
Já revi esse vídeo 3 vezes... cada vez que volto aqui pra assistir mais faz sentido kkkkk
Se tem livro de cabeceira esse é meu vídeo de cabeceira rs
Show
Qualquer nota funciona pq é o Nelson tocando. Se for a gente o nome disso é desafinação mesmo kkk
Animal!!! Topppp demais.
Excelente.amei de vdd o que vcs explicaram.realmente na música há teorias maravilhosas.mas música é mais sensações do que regras fixas.parabens por nos fazer ver isso
Eu sempre pensei assim, e ja me chamaram de louco kkkkkkk
Kkkkkkkkk kkkkkkkkkk kkkkkkkkkkkkkkkk supera esse trauma e bola pra frente!!! Kkkkkkkk
Então mais ele tá fazendo no me entendimento notas do acorde
Mais não tem nada haver com música.
Seria uma noção de improviso
Tudo verdade.Mas as pessoas complicam a vida dos outros,começando em sua casa.Sempre fui louco por música,e meu pai dizia:Todo cantor ou é viado ou cachaceiro,esse era o incentivo.Comprei vários violões ao sair de casa,fui em escola mas depois,abandonei pois colocavam cifras e cifras tinha nas revistas.Para resumir:Se eu soubesse que música era isso,que vocês professores da internet mostram,tudo seria diferente.Eu consegui sozinho assimilar músicas de ouvido,mas no meu estilo brega,música é o que vocês dois estão mostrando,e o que o cara professor ensina.Muito obrigado e parabéns pela simplicidade,no momento não me vejo em condições de estudar como devia,pois meu violão é simples e no momento não vai dá para comprar outro.Mas logo-logo,vou fazer um curso com o professor.Já ia esquecendo muitas pessoas falam que tem que ter dom,e coisa mais e até concordo,pois em toda profissão tem os bem talentosos,mas música se aprende sim,e o primeiro passo é,ouvir,ouvir,acostumar o ouvido,sem bom ouvido nada feito.
Que incrível!!!!
Caraca, esse vídeo mexeu comigo. Eu que fico sempre travado na penta.
*Isso é um título!!!*
Esse cara é foda.
Fez "bum" a cabeça aqui.
o único intervalo a ser temido é o de quarta. tem q ser muito ágil pra resolver. Eu chamo a quarta não de nota errada, mas de nota bomba KKKKKKK. eu vou rever mas acho q o Nelsinho não tocou a nota bomba.
Tocou, inclusive quando citou música do Tom Jobim. Tudo com a harmonia parada em Am.
É impressão minha ou o Daniel Silveira esta assistindo o mestre?????
Eu sempre falei isso e agora estou "endossado" por dois mestre... belíssima explicação e descomplicação .
realmente não existe nota erra e sim nota que não se encaixa , para isso o estudo server para não colocar esses acordes fora e soar mal em um determinado tom
Fred Andrade é cheio de notinha mimosa e errada que cria um charme "errado"
Caralhoooo Marcinho Eiras assistindo PQP só fera mano !!!
TOP
Eu queria entender o que é esse negócio
de quinta, terça, quinta aumentada, que trem complicado kkkkkkkkk
terça menor, terça (maior), quinta, nona menor....é tudo em relação ao acorde que estão tocando, poderiam te falar que é em relação ao Lá menor....mas essa visão é um pouco limitada. Esses números (que são chamados de intervalos, mas podem ser vistos como distâncias entre a nota principal) são em relação á nota Lá, que foi definida lá quando ele pede pro Thiago tocar um (acorde) Lá menor.
Quando você fala do Lá menor, além de ser um acorde, também especifica mais ou menos as notas que podem ser tocadas naquele trecho, que são as notas dentro de alguma escala de Lá menor. Existem alguns tipos de escalas de Lá Menor mas em NENHUMA delas a primeira terça maior (pois a premissa de um acorde/escala "menor" é justamente que sua primeira terça SEJA menor). Então, teoricamente, a primeira terça maior nunca deveria ser tocada enquanto durante o acorde de Lá menor (no caso, o Dó sustenido). E o Nelson, no último exemplo, usou exatamente essa terça maior em um acorde menor pra exemplificar que não há nota errada na hora do improviso (inclusive por isso mesmo ele falou como era difícil encaixar a terça maior em um acorde menor...mas mostrou que dá pra fazer).
Bom, o fundamento é esse. Aí por cima tú tem que saber a escala de Am. Um bônus é ter um bom ouvido absoluto pra identificar as notas que ele toca, ou melhor ainda se tiver um ouvido relativo que identifique os intervalos (mas esse é mais difícil). Se não o ouvido não estiver tão afinado não tem problema já que o Nelson mais ou menos fala as notas (infelizmente ele só vê tanto as coisas como números)
Com todo respeito ao mestre ,mas eu fazendo essas notas vão dizer que está fora.
Falei que eu tava certo ....só não quiseram acreditar.....
4:02 olha o Pyong ali kkkkk
q q isso! Show d+++
Luxemburgo tocando baixo bixo kkk
é o novo pojeto do pofexô!
Que BELEZA!
galera, tem q fazer o estudo de casa pra ficar com a nota no ouvido...rsrs
porque será que soa muito nirvana? Hahaha
O louco é que na música "não existe nota errada" é só o começo, tem muito mais coisas... tonal, atonal, modal, harmonia negativa, microtonalismo... Se um gato andar em cima das teclas de um piano, está arriscado você conseguir explicar com algum sistema hahahaha!
vou ja procurar outro canal porque aqui nao se aprende nada, nunca existe nota errada para um professional porque ele usa essa nota errada como nota de passajem ,,,mas tem que ser rapido e logo depois ele sai dela e fingi que foi um efeito na musica que ele quiz dar e os ouvintes pensao que foi um efeito rapido mas afinal foi uma nota errada mas se for um nao professional musico ele fica todo atrapalhado e toda agente nota que ele se enganou, para chegar a professional nao basta so saber escalas ,campos harmonicas , saber tocar ,ect,ect mas saber corregir os erros muito rapido sem o pessoal se aperceber