Forja de Facas aço damasco - Bob Kramer

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  • เผยแพร่เมื่อ 24 มี.ค. 2015
  • O "aço de Damasco" recebeu esse nome por terem os povos ocidentais tomado contato com esse material na cidade desse mesmo nome (Damasco, capital da Síria), porém, eram técnicas utilizadas por diversos ferreiros da região compreendida entre o Oriente Médio e a Índia, e a grande difusão dessas técnicas pelas tribos árabes, sendo historicamente registrado a utilização de cimitarras e alfanjes nesses materiais com grande sucesso pelos turcos otomanos, e entre eles, o exército liderado pelo sultão Saladino contra os cruzados.
    Não existia uma só técnica ou uma única receita para confeccioná-lo, e muito menos se trata de algo mágico ou místico. De forma simplista (e me perdoem por isso), nada mais é do que a junção de diferentes metais em um "cadinho" (wootz) e aquecê-los o suficiente para caldeá-los, ligando-os por aquecimento e choque mecânico (forja), mas não a ponto de fundi-los.
    As lâminas feitas a nobres civis ou militares, eram mais elaboradas e refinadas, feitas por forjadores experientes, compostas de aços com reconhecida capacidade de corte misturadas a aços com maior flexibilidade, tentando atingir o difícil equilíbrio entre fio aguçado e duradouro e flexibilidade para suportar aos impactos, flexões e torções, comuns nos combates.
    O domínio das técnicas dos conquistadores ocidentais, a criação de novas ligas, a ruptura das rotas comerciais pelos conflitos nas áreas conquistadas, bem como a resistência de se repassar essas técnicas aos conquistadores (como a dominação inglesa na Índia), fez com que essas técnicas fossem declinando gradualmente até se perderem.
    Estudos tentam reproduzir, sem sucesso comprovado cientificamente e/ou histórico, material semelhante aos encontrados em peças de museus.
    O "aço Damasco" atual, nome tecnicamente incorreto, não tem nada a ver com o tradicional, pois a técnica criada em 1973 pelo cuteleiro americano Bill Moran e chamada de "pattern welding" (soldagem-padrão), muito diferente da técnica "wootz". A técnica moderna consiste em agregar 2 ou mais aços com diferentes propriedades, conseguindo-se lâminas com fio e flexibilidade muito equilibradas. Essa técnica está historicamente mais próxima às utilizadas por espadeiros japoneses, que se utilizavam da técnica de dobramento e caldeamento, atingindo lâminas com até 1000 camadas, ou utilizando 2 ou mais metais com as características desejadas (como a "San-Mai") do que o chamado "aço de Damasco".
    A maioria dos cuteleiros atuais buscam mais a beleza dos padrões complexos revelados com o uso de metais que atingem "colorações" distintas ao reagirem a produtos químicos, do que suas qualidades de corte e flexibilidade, pois por atingirem preços mais elevados, tornando-as peças mais colecionáveis do que utilizáveis.

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