O livro da minha vida. Já fui a Macondo três vezes: aos 17 anos, aos 26 e no ano passado, aos 35. Está tudo lá, intacto. Muitos anos depois, diante da minha eterna sede de reviver esse livro, haveria de recordar a primeira vez que o vi na prateleira de uma livraria... ❤
Vi esse livro na livraria semana passada e fiquei pensando que tá na hora de reler...agora essa resenha me deu mais um sinal de que preciso revisitar Macondo!
Eu tô lendo esse livro pela primeira vez, e tô achando incrível, acho que realmente merece releitura, mas me tira uma dúvida, (parece bobagem mas me chamou atenção), quando Melquiades morre fala que foi o enterro mais ilustre até o enterro de Ursula, mas quando Ursula morre o enterro não teve nada de especial... É isso ou tô confundindo?
Olá, tudo bem?? moça, por favor, você sabe me falar mais ou menos onde está esse trecho no livro?? saberia me informar se é mais no começo, meio ou fim?? queria MUITO ACHAR..
@@danielenere2690 "Tinha precisado promover 32 guerras, e havia precisado violar todos os seus pactos com a morte e se revirar feito porco na pocilga da glória, para descobrir com quase quarenta anos de atraso os privilégios da simplicidade" (página 181 da edição da Record)
Minha história com Cem Anos de Solidão tem um pouco de realismo mágico. Certa vez, garimpando os livros da biblioteca de uma escola onde trabalhava, encontrei CAS, sentei e li algumas páginas iniciais. Fechei o livro e disse: "esse livro ainda não é pra mim", não se tratava de uma questão de ter dificuldades na leitura, pois isso já não me representava um problema. Eu simplesmente senti que aquele não era o momento de ler o livro. Dois anos se passaram e o nome do livro se apagou da minha cabeça, quase não lembrava dele. Então, ano passado, no meu aniversário, uma pessoa por quem não esperava ser presenteado me deu um exemplar e escreveu na dedicatória: "Não sei muito sobre esse livro, mas quando o vi, tive certeza de que era pra você". Li o livro e ele reverbera até agora na minha cabeça. Quanto mais tempo passa, mais ele significa. Me apaixonei por Macondo, por Aureliano Buendía, por Gabo, pela América Latina, por Rebeca. Cem Anos de Solidão é o livro da minha vida.
Aconteceu algo parecido comigo. Comprei o livro (mesma edição da resenha), uns 3 anos atrás, já tinha lido nessa época Amor nos tempos do cólera e já tinha alguma familiaridade com a escrita do Gabo. Mas quando comecei a ler Cem anos de Solidão, senti que não estava no momento certo. Cheguei ainda a metade da história, mas não a senti de fato, ficava tentando racionalizar e acabei desistindo... Então, vida que segue, chegamos em 2020, pandemia, quarentena etc. Já no fim do ano peguei covid (que foi leve) e no período de isolamento, resolvi resgatar minha paixão até então esquecida pela literatura e quando olhei para Cem anos de solidão, não tive dúvidas que tinha chegado a hora. Devorei o livro, me apaixonei por tudo ali e me senti desolada com o fim da história. Foi minha última leitura de 2020 e estou relutando em iniciar uma nova leitura, pois me sinto órfã do livro. Hahahahaha
Livro fantástico, o que nunca esqueci é quando Aureliano, derretia os peixinhos em ouro e fazia-os novamente e tem a frase: A concentração implacável lhe premiou com a paz de espirito.
Terminei esse livro neste exato momento e destaco aqui a parte que mais me fascinou na forma de ser escrita. A parte em que a personagem Fernanda (posso estar errado perante a confusão de pessoas nesse livro e na casa dos Buendia kkkk) fica resmungando sobre a vida e o marido. E o autor escreve sem pontos finais durante duas ou três páginas de reclamações da personagem. Fiquei sem ar e achei fantástico!
Acabei de ler o livro hje e achei engraçado seu comentário pq me ocorreu de nesse trecho estranhar parar e olhar procurando o inicio do paragrafo, aí me espantei com o tamanho dele kkkkkkk
Tati, fico abismado com poucos sabem e assim pouco se divulga, mas Garcia Marquez nunca fez questão de esconder que um dos 3 livros q ele estudou a fundo p escrever Cem Anos foi O tempo e o vento de Erico Verissimo. Se analisarmos, Erico conta td historia da familia de Ana Terra, td arvore genealogica, e Marquez ficou encantado. Acho linda essa inspiraçao com uma obra magnifica brasileira❤️❤️❤️
Porém, o tempo e o vento muito melhor escrito. Erico foi muito melhor em descrever e caracterizar os personagens e em situar o leitor no tempo e no espaço. Inclusive, acho que foi esse o motivo pelo qual eu não gostei desse livro. Li o tempo e o vento antes, e a comparação foi inevitável.
Só uma correção: a pessoa que vive por mais tempo no livro é a Pilar Ternera que vive após mais de 140 anos, a Úrsula os personagens do livro estimaram em até 121.
Fiquei confusa com a idade da Úrsula no livro, lembro que a idade dela começou a ser contada a partir da fundação da cidade ou algo do tipo (mas posso estar enganada)
A primeira edição li muito jovem e emprestei,não retornou, circulou" me disseram! Nunca mais o vi. Falei para meu filho: nunca empreste um livro, tenha-o como um grande amigo.Cuide muito bem dele! Hoje, para minha surpresa ,meu filho me deu Cem anos" com a dedicatória mais linda, maior presente da quarentena!!! Gratidão!!!
A fala da Úrsula sobre a filha de Fernanda me fez rir por dias e continuo achando maravilhosa. Essa personagem é toda maravilhosa, mas continuo amando o José A B original. Os personagens "do começo" para mim se destacaram.
Garcia Marquez brinca com o tempo em Cem Anos de Solidão, lidando magistralmente com flashbacks e flashforwards, construindo uma visão caleidoscópica dos acontecimentos (recordo-me que em Crônicas de uma Morte Anunciada é feito o mesmo, porém o foco naquele livro são as diferentes perspectivas espaciais). Além do realismo mágico de Cem Anos e da história que se repete nos atos, nomes e características das personagens (mostrando a ciclicidade da vida), também me chamaram a atenção a ênfase nas guerras sangrentas que dividem famílias, incluindo-se aí tanto combatentes quanto vítimas (característica na formação da própria América Latina) e a "question de la sangre" advinda da própria colonização espanhola (a defesa da honra a qualquer custo, o machismo de uma sociedade patriarcal, o uso da força e da vingança). Uma grande obra como essa dialoga com várias outras certamente.
Adorei a sua resenha. Gostei muito de ler esse livro também. Parece uma história social, religiosa e política da humanidade. No ínício uma comunidade de pessoas integradas, depois surgem estrangeiros, a religião e a política. Após a tragédia que a companhia bananeira fez acontecer, o único sobrevivente que contava a história para as pessoas ouviu que nas escolas esse fato não era mencionado, então não aconteceu. Claro exemplo de como se ensina história ocultando fatos verdadeiros.
Tenho um amigo que é dono de um Antiquário/Sebo e sempre via esse livro pelas prateleiras. Todas as vezes que lia o título não via nada atrativo ou interessante. Sério, já até me cansava e me desanimava a ler o livro só pelo título kkkkkk Então, certa vez, de tanto esbarrar com este livro resolvi folheá-lo e foi o maior "erro" da minha vida. Hoje, e por enquanto, tenho 15 obras de Gabo, Cem Anos de Solidão tenho 3 exemplares, O Amor Nos Tempos do Cólera tenho 2 exemplares dentre outros e continuo a caçada às obras que me faltam. Em 2017 estive em Barranquilla à poucos quilômetros de Aracataca (Macondo) mas infelizmente não pude visitar. Um dia, um dia!!
Sobre a solidão da América Latina Gabo disse no seu discurso ao receber o prêmio Nobel : "A América Latina não quer e nem tem porque ser um peão sem rumo ou decisão, nem tem nada de quimérico para que seus desígnios de independência e originalidade se convertam em uma aspiração ocidental. Não obstante, os progressos da navegação que reduziram tanto as distâncias entre nossas Américas e a Europa parecem haver aumentado nossa distância cultural. Por que a originalidade que é admitida sem reservas em nossa literatura nos é negada com todo tipo de desconfiança em nossas tentativas difíceis de mudança social? Por que pensar que a justiça social que os europeus desenvolvidos tratam de impor em seus países não pode ser também um objetivo latino-americano, com métodos distintos e em condições diferentes? Não: a violência e a dor desmedida da nossa história são o resultado de injustiças seculares e amarguras sem conta, e não uma confabulação urdida a três mil léguas da nossa casa. Mas muitos dirigentes e pensadores europeus acreditaram nisso, com o infantilismo dos avós que esqueceram as loucuras frutíferas de sua juventude, como se não fosse possível outro destino além de viver à mercê dos dois grandes donos do mundo. Este é, amigos, o tamanho da nossa solidão. E ainda assim, diante da opressão, do saqueio e do abandono, nossa resposta é a vida. Nem os dilúvios, nem as pestes, nem a fome, nem os cataclismos, nem mesmo as guerras eternas através dos séculos e séculos conseguiram reduzir a vantagem tenaz da vida sobre a morte."
Acabei de retornar de mais uma viagem a Macondo, hehehe, assim como o amigo Bruno Manhães (comentário abaixo). A diferença é que eu faço essa viagem todo final de ano (releitura), e continuarei fazendo até o fim da minha vida! Vale ressaltar que a cada viagem a Macondo eu descubro coisas novas, detalhes novos, sentimentos novos, lagrimas novas, e assim o meu amor por este livro se torna infinito!!!
Entendo vc perfeitamente. Comecei ler essa obra de arte em inglis no USA esqueci o livro p traz. Dois meses depois ele me aparece na minha frente no Brasil so que estava em espanhol. Vou ler ele de novo Douglass!!
Eu AMO esse livro! Dei muita risada lendo e as imagens que ele cria são lindas! As borboletas amarelas, as chuvas de flores, os ciganos... Tem um trecho muito engraçado que envolve Melquíades: "Quem recordava suas gengivas destruídas pelo escorbuto, suas faces flácidas e seus lábios murchos, estremeceu de pavor diante de daquela prova determinante dos poderes sobrenaturais do cigano. O pavor se converteu em pânico quando Melquíades tirou os dentes, intactos engastados nas gengivas, e mostrou-os ao público (...)".
Domingo. Ligo o notebook, aguardo a inicialização do sistema e logo entro na internet e o youtube me dá esse presente. Amo esse livro e faço uma nova leitura dele todos os anos, é a minha bíblia pessoal. Muito obrigado, Tatiana. De coração.
A leitura é densa, não estava acostumada com a escrita, mas é uma obra rica e maravilhosa. Já li o amor nos tempos do cólera, ambos tive de ler bem depois de ter adquirido. Vale a pena.
Tatiana: sua fluência verbal sua voz, o conhecimento literário e a sua simpatia fizeram um prodigioso resumo deste monumento das letras . Muito obrigado.
Sobre o padre que explica a ascensão ao céu através do consumo de chocolates, talvez o Gabo tenha pego a referência do poema Tabacaria do Fernando Pessoa, em que o Álvaro de Campos diz: "(Come chocolates, pequena; Come chocolates! Olha que não há mais metafísica no mundo senão chocolates. Olha que as religiões todas não ensinam mais que a confeitaria. " Talvez eu esteja viajando, mas lembrei disso na hora kkk
Estou relendo pela quarta vez cem anos de solidão e vou deixar minha dica , leia um capítulo por dia . Aprecie , leia e se delicie e permita sentir a solidão que invade a todos . O livro fala sobre todos nós da América latina , sobre nossa luta diária pela vida e sobre a crueldade do governo pelo seu povo , que no final nos abandona a solidão. Um livro para ler a vida inteira
Estou aos prantos.Terminei esse livro agora.Fui lendo devagar porque fiquei com receio que acabasse logo.Que livro maravilhoso!Nossa,que livro lindo gente!!!.Gabriel García Marquez merece todos elogios pois a escrita dele é genial.Ao mesmo tempo que é tocante,se torna engraçado,nossa,um primor mesmo.E fiquei tão emocionada com aquele final que não consigo parar de chorar.
Nos ,que fomos condenados a duzentos anos de solidao,nunca teremos uma segunda chance sobre a terra ...mas eu ainda tenho esperancas. Sempre havera um novo dia com um bom dia ! Para mim esta e a mensagem central desse livro que e alma da nossa America latina !👏👏👏👏
Cem anos de Solidão é o meu livro favorito. Acho curioso até, porque não me considero uma pessoa com muita bagagem apesar de sempre ter lido muito. Tem várias obras que eu não consigo ler porque sinto que são muito difíceis, porém com cem anos jamais senti isso. Li quando tinha uns 16, 17 anos e imediatamente virou meu favorito até hoje, 10 anos depois ♥
A capacidade inventiva do Gabo é assombrosa; como disse uma professora no Literatura Fundamental (excelente, por sinal, o programa sobre este livro), vc não consegue largar o livro pelo ritmo vertiginoso em que as coisas acontecem. Foi meu primeiro Gabo, e o primeiro a gente nunca esquece. kk O Amor nos Tempos do Cólera será meu segundo, imagino que seja uma narrativa mais convencional.
A edição antiga não tinha essa linha genealógica. Só consegui ler qdo fiz a minha própria linha. Já era adulta e leitora assídua e foi muito difícil ler. Tive que ler mais de uma vez. Livro maravilhoso!!!❤❤❤❤
Meu livro favorito. Sou apaixonado por Gabriel Garcia Marquez e, principalmente, por esse livro. Parabéns pelo seu trabalho. Conheci o canal há uns 3 meses e estou apaixonado pelos vídeos.
Obra monumental.Sempre o visito,gosto de fugir para esse Universo fantástico e mágico!!O Brasil,parece a Macondo. ESTAREMOS CONDENADOS A "CEM ANOS DE SOLIDÃO "???
Esse livro é repleto de frases marcantes, poéticas. Muito bom livro. Não é uma leitura muito fácil, é necessário consultar a árvore genealógica durante toda a leitura pra não se perder, mas é um livro maravilhoso. Certamente irei lê-lo novamente.
Eu achei esse livro uma extrema bobagem, incestos, tramas confusas e vazias, e um final desinteressante, este foi o primeiro clássico que eu detestei, me arrastei até o final por orgulho.
Cem anos de solidão é o livro que me despertou como latino americano, ri, chorei me senti ouvindo as historias do meu avô. Com certeza é meu livro favorito e minha meta hoje, ao estudar espanhol é ser capaz de lê-lo como o Márquez concebeu.
Para quem for ler essa obra maravilhosa fica uma humilde sugestão: tenha sempre ao lado um papel e lápis para esboçar a árvore genealógica da família enquanto a história prossegue. Ótimo vídeo!! Inté.
Li o livro em 4 dias, me envolvi demais com essa família... Não me esqueço até hoje da minha sensação de desamparo ao fim da leitura, fiquei acabada de sair de Macondo.
Acabei de terminar meu primeiro contato com Gabo. Que acalento essa leitura em tempos de pandemia! Além de todas as delicadezas e belezas do enredo, a maneira como o autor retrata o autoritarismo, sem dúvidas, foi o que mais me chamou a atenção. Estou há uma hora lendo os comentários aqui e com saudades de Macondo.
Eu li esse livro quase uma criança, devia ter uns 12 anos, era o livro favorito do meu avô (por isso o interesse). Meu avô morreu, hoje eu estou com 24 anos e ao te ouvir, consigo lembrar de absolutamente tudo dessa leitura, como se fosse hoje. É incrível como esse tempo cíclico do livro do Gabo se imiscuiu nas minhas temporalidades pessoais e familiares. Obrigada pelo vídeo. Me trouxe saudades.
Sobre o último Buendia, trata-se de mais um Aureliano Babilônia, que por ser fruto de um relacionamento indesejado pela família (Fernanda), ficou preso no quarto do Melquíades, e por ter passado muito anos de solidão lá, aprendeu a decifrar os pergaminhos. Ele somente foi liberado do quarto com a morte da Fernanda, e acaba tendo um relacionamento com Úrsula Amaranta, que na verdade era sua tia e veio da Europa, após alguns anos estudando em Bruxelas (se não estou enganado). Do relacionamento nasce o último Buendia, esse com rabo de porco, que morre no parto, juntamente com a mãe.
Me lembro de ser um livro bastante melancólico, uma história triste mas gostosa de ler, cheia de reviravoltas mas sem muita esperança por parte dos personagens, meu favorito é José Arcádio Buendía, O Patriarca. Existem partes que tive pausar a leitura para meditar sobre oque estava escrito, é um livro de reflexões, já li há um tempo e pretendo voltar a ele em 2022
Como sempre, a melhor resenha.A narrativa do Gabo me lembra muito a maneira como as histórias/estorias são contadas aqui no sul, e muito provavelmente em todo nosso pais, remetendo aos momentos em que, em família, os avos contam casos passados as novas gerações.Então, para mim, Gabo parece um avo contando seus causos em manhas frias acompanhado de um bom chimarrão.Maravilhoso. Único. Eterno.
Maravilhoso, encantador, emocionante. Amei ler esse livro, terminei a hst me sentindo uma Buendía e com a certeza q esse clássico se tornou um dos meus favoritos da vida. Fantástico assim como o gênero q ele msm imortalizou.
Na minha infância, conheci pessoas que moravam em casa de pau a pique com telhado de sapé e algumas crianças residentes tiravam o reboco (barro) e comiam. Na época, diziam que era por conta dos vermes. Isso acontece muito no interior. Coisas que o pessoal criado nas grandes cidades desconhecem. O livro é excelente. Li aos 20 anos, reli aos 28 é uma outra releitura aos 43. Estou com vontade de reler mais uma vez.
Eu nasci na roça e quando criança minha mãe me levava junto quando ia capinar na lavoura e eu ficava brincando na sombra do mandiocal ou da plantação de milho e comia terra. Era uma delícia. Kkkk
Meu livro preferido. O ritmo da história (e de todos os livros do Gabo) me fez lembrar a forma como minha avó e minhas tias e tios me contavam histórias. Sempre misturavam os tempos, contavam uma coisa na frente e depois voltavam para a narrativa, enfim... Me fez sentir mt confortavel pq eu reconheci a fluidez da narrativa. É uma coisa muito nossa, mt da América Latina, me identifico demais 💓
Isso sem falar que o livro tem passagens engraçadas sim, mas a solidão e melancolia dos personagens é tão densa, tão presente, que obriga a gente a pensar em questões nossas. Oh sdd, já tô pensando em reler.
O padre e o chocolate: antigas civilizações maias e astecas reconheciam o poder do cacau como uma substância sagrada. Para essas culturas, o cacau era um presente dos deuses, um elixir divino capaz de abrir portas para a sabedoria interior. O filme Chocolate com Juliete Binoche e Johnny Deep conta
Esse é o melhor livro de todos os tempos na minha opinião. Chorei de soluçar quando terminei de lê-lo pela primeira vez. Eu li uma autobiografia do autor, Viver para contar, onde ele diz que O amor nos tempos do cólera foi inspirado no namoro dos pais e que ele teve uma crise de choro quando terminou a escrita de Cem anos de solidão. Tati, leia Enquanto agonizo! É muuuito melhor do que O som e fúria. Só para começar são 22 narradores diferentes. Tudo em fluxo de consciência. Incrível.
Esse se tornou, fácil, fácil, um dos meus livros favoritos da vida! Que final! Li aquele último parágrafo até ficar completamente sem fôlego. É muito diferenciado. A história só vai crescendo, e cada vez que se percebe o tempo cíclico há um cataclismo de ideias no leitor. Uma leitura essencial, especialmente para nós latinos.
A história da moça que come barro é bizarra, mas quando eu era um garoto de 6 anos, conheci uma velhinha que tinha uma filha com problemas mentais que cavava as paredes com as unhas e comia o reboco. Parece piada, porém a cena continua em minha mente até hoje, sou um homem de 40 anos e isso me marcou profundamente e fiquei deprimido por muito tempo.
Muito bom, eu o li quando tinha uns 20 anos. O realismo fantástico está presente o tempo todo. A senhorinha de mais de 100 anos, Úrsula, foi se encolhendo e coube numa caixa de fósforo para ser enterrada.
Muito boa resenha. Recomendaria comentar, em complemento, o discurso de Gabo ao receber o prêmio Nobel: “La soledad de América Latina”. Outro comentário: o próprio Gabo disse que o principal livro dele era o “Amor nos tempos do cólera”. Valeria também comentar que Macondo, fictícia, ficava no norte da Colômbia, perto de Aracataca, onde nasceu, e que muitas das histórias desse conto “totalizante” são histórias que ele ouvia de velhas do “interior” colombiano quando criança. Um gênio. Obrigado por mais esse vídeo
Eu sempre vi esse livro, mas nunca havia tido curiosidade. Foi apenas recentemente, após assistir ao filme "Encanto" da Disney e ter lido em vários lugares que o filme foi levemente inspirado nesse livro, despertou em mim a curiosidade de lê-lo. Já comprei o exemplar e só estou esperando chegar. Enquanto isso, tô aqui assistindo resenha da Tati pra me inteirar do enredo. Acho que vai ser uma leitura fantástica.
Eu li em 2020 pela primeira vez e já retomei de novo a leitura agora em janeiro de tão bom que é esse livro. Com essa resenha da Tati então… que primor. Encantada!
Tati, Eu amo esse livro e tenho uma memória afetiva muito forte com ele. Meu tio, que já faleceu, amava esse livro e sempre falava que ele tinha um rabo, mas ninguém entendia. Aí ele me deu de presente o Cem anos de solidão e quando eu li descobri de onde vinha essa ideia do rabo. Esse livro se transformou em uma ligação minha com ele, que sempre me dava livros de presente e incentivava a ler livros fora da minha zona de conforto. Cem anos de solidão ele me deu pra ler quando tinha 14 anos. Já tem anos que ensaio uma releitura.
Chegou minha hora de reler esse que é meu livro favorito. Gabo é um presente. Eu me arrepio com a primeira frase desde a primeira vez que bati o olho nesse livro e com ele foi a primeira vez que me dei conta, segurando um livro após terminar de ler, que estava com as mãos numa obra-prima. Fiquei por muito tempo remoendo a questão dos ciclos dessa história. Acredito que isso vem a mim até hoje, mesmo anos depois de terminada a leitura.
Em relação ao pioneirismo do Faulkner ou do Gabo, o problema é que os americanos SEMPRE têm que ser os primeiros em tudo, principalmente em frente a um latino....
Tatiana! 'Cem anos de solidão' é um dos meus livros favoritos, talvez o favorito. Acho que ele tem um apelo visual muito forte: é impossível não imaginar as cenas que o autor descreve com uma grande riqueza de detalhes. Não sei se já houve alguma adaptação para alguma mídia visual, mas seria bastante interessante a proposta. Uma das cenas 'absurdas' que mais gosto é da chegada da imagem de São José, por um grupo que desconhecidos, a qual a Úrsula a esconde em um lugar que só ela sabe e que dentro possui algo incrível. Que livro! Um abraço!
Como me faz bem, assistir devagarinho e anotando referências à esta resenha fantástica. E, como se não bastasse, ao descer aos comentários encontro um universo de reflexões que duplica o prazer, este bem guardado na memória e acalentado no meu coração. Muito obrigado à Tatiana e às pessoas que enriquecem um livro histórico.
Relendo mais uma vez Cem Anos de Solidão para dar uma aula, encontrei essa artigo de Harold Bloom , publicado na Folha de São Paulo. Creio que ele mudou de opinião e reverencia Cem Anos de Solidão! Deixo aqui para vc conferir! Bjs ( sua resenha continua cheia de vitalidade!! Adoro! ) íblia de García Márquez HAROLD BLOOM especial para a Folha São Paulo, domingo, 23 de fevereiro de 1997 Faulkner e Kafka se cruzam nas origens literárias de Gabriel García Márquez. A influência de Faulkner é tão penetrante que, aqui e ali, seus mestres Joyce e Conrad também podem ser escutados, ecoando na prosa de García Márquez, mas quase sempre mediados pelo americano. ``O Outono do Patriarca'' (1975) parece permeado até em excesso por Faulkner; mas ``Cem Anos de Solidão'' (1967) absorve a sua influência, como todas as outras, numa fantasmagoria tão poderosa que nenhum leitor pode pôr em dúvida a autoridade de García Márquez. Talvez neste caso, como sugeriu Reinaldo Arenas, Faulkner tenha sido substituído por Carpentier, e Kafka por Borges, de modo tal que a imaginação de García Márquez vem domesticar a si mesma em sua própria língua. O reino visionário de Macondo é um ato de consciência indígena e hispânica, muito distante de Oxford, Mississipi e do cemitério judeu de Praga. Em seus trabalhos posteriores, García Márquez retornaria a Faulkner e Kafka; mas ``Cem Anos de Solidão'' é um milagre, que só acontece uma vez, menos um romance do que uma Escritura, a Bíblia de Macondo. Minha primeira impressão, ao reler o livro, é uma espécie de fadiga estética: a quantidade de vida, em cada página, ultrapassa a nossa capacidade de absorção. Não tenho certeza se essas qualidades tão impactantes da textura do romance constituem, afinal, uma virtude; às vezes me sinto como alguém que foi convidado para um jantar e que se depara com um único, enorme prato de mousse de chocolate. Mas tudo é história no livro, tudo o de concebível e inconcebível acontecendo ao mesmo tempo, da criação ao apocalipse, do nascimento à morte. Roberto González Echevarría chega a dizer que, em certo sentido, é o leitor quem deve morrer no fim da história, e talvez seja a pura riqueza do texto que acaba nos destruindo. Era Joyce quem falava, não muito a sério, de um leitor ideal, atormentado de insônia, que passaria o resto da vida tentando ler ``Finnegans Wake''. ``Cem Anos de Solidão'', pelo contrário, não exige proezas de interpretação; é um romance que faz por merecer sua popularidade, não apresentando dificuldade alguma de contato. Mesmo assim, o livro acrescenta algo de novo ao domínio da leitura. Seu leitor ideal tem de ser um pouco como seu personagem mais memorável, o coronel Aureliano Buendía, que ``chorou no ventre da mãe e já nasceu de olhos abertos''. No romance inteiro não há uma única sentença perdida, nenhuma mera transição, e é necessário prestar atenção em tudo, no momento imediato em que se lê. No final, tudo acaba fazendo sentido, pelo menos enquanto mito e metáfora, se não como sentido literário. Na presença de uma realidade extraordinária, a consciência toma o lugar da imaginação. Essa máxima emersoniana é de Wallace Stevens e bem digna do poeta visionário de ``Notas Para uma Ficção Suprema'' e ``Uma Noite Comum em New Haven''. Macondo é uma ficção suprema e por lá não há noite comum. A sátira, a paródia e a fantasia, como gêneros literários, não são mais possíveis num país como os Estados Unidos. ``O Pregão do Lote 49'', de Thomas Pynchon, deixa de ser uma narrativa fantástica quando se visita o sul da Califórnia, e um passeio pelo metrô de Nova York reduz qualquer exemplo de realismo literário a uma projeção idealizada. Alguns aspectos da existência latino-americana também, de sua parte, transcendem até as invenções de García Márquez. Muito do que é fantástico em ``Cem Anos de Solidão'' seria fantástico em qualquer lugar; mas boa parte do que parece improvável para um crítico norte-americano pode muito bem ser a representação da realidade. Emir Monegal enfatizava o caráter único da obra-prima de García Márquez na ficção latino-americana. ``Cem Anos de Solidão'', para ele, era um romance radicalmente distinto das obras variadas de Julio Cortázar, Carlos Fuentes, Lezama Lima, Mario Vargas Llosa, Miguel Angel Asturias, Manuel Puig e Guillermo Cabrera Infante, entre outros. As afinidades de García Márquez com Borges e Carpentier não lhe passavam despercebidas (nem a Arenas), mas o argumento de Monegal parece ser o de que o colombiano só podia ser visto como representativo de uma escola na medida em que, como os outros, também não era representativo. No entanto, parece fato consumado agora que, para a maioria dos leitores, é ``Cem Anos de Solidão'' que primeiro vem à lembrança quando se pensa no romance hispano-americano. Certos livros de Alejo Carpentier talvez sejam ainda mais fortes, mas só Borges chega a dominar a nossa imaginação literária com a mesma força de García Márquez. A tradução inglesa que tenho comigo está na 30¦ edição e a popularidade do romance parece assegurada para sempre. Estamos fadados, inevitavelmente, a identificar ``Cem Anos de Solidão'' com uma cultura inteira, quase como se fosse um novo ``Dom Quixote'' -coisa que certamente não é. Comparações com Balzac, ou mesmo Faulkner, também não são justas.``Cem Anos de Solidão'' está mais próximo da estatura de romances como ``Fogo Pálido'', de Nabokov, ou ``Gravity's Rainbow'', de Pynchon. Harold Bloom é autor, entre outros, de ``A Angústia da Influência'' e ``O Cânone Ocidental''. O Mais! publica mensalmente seus artigos. Tradução de Arthur Nestrovski www1.folha.uol.com.br/fsp/mais/fs230216.htm
Quando você começou a falar, eu pensei no Tempo e o Vento do Erico Veríssimo. Embora não seja realismo fantástico, é o começo de um povoado que virá a ser uma cidade e assim vamos acompanhando a construção da vida das famílias também.
Terminei de ler esses dias e foi o romance que mais rapidamente li na minha vida. A história é cativante e a gente tem que voltar várias vezes na árvore genealógica para não misturar os Aurelianos e os Arcádios.
Tati, faz 2 semanas que descobri seu canal, por isso estou interagindo em vídeos tão antigos. Já li o livro três vezes e estou me preparando para lê-lo pela quarta vez. Na primeira leitura fiz a árvore genealógica de todos os personagens, porque nem todas as edições trazem esse recurso, além de um Glossário dos nomes e todas as páginas em que eles apareciam. Deu um trabalhão, mas nunca me arrependi e ainda guardo esses escritos. Em todas as releituras a pequena Macondo me vem à mente da mesma forma como a imaginei na primeira vez: a casa, a praça, a casa de Petra Côtes, a chuva... Não tenho palavras para descrever as emoções que este livro me trás. Aqui posso dizer que não me identifico com nenhum personagem, nenhum me cativa, mas é impressionante como a rotina da cidade fica encravada no emocional no leitor. Também concordo que Cem Anos de Solidão é um dos maiores livros da literatura mundial.
O livro da minha vida. Já fui a Macondo três vezes: aos 17 anos, aos 26 e no ano passado, aos 35. Está tudo lá, intacto. Muitos anos depois, diante da minha eterna sede de reviver esse livro, haveria de recordar a primeira vez que o vi na prateleira de uma livraria... ❤
Vi esse livro na livraria semana passada e fiquei pensando que tá na hora de reler...agora essa resenha me deu mais um sinal de que preciso revisitar Macondo!
Que lindo o seu comentário!
Eu tô lendo esse livro pela primeira vez, e tô achando incrível, acho que realmente merece releitura, mas me tira uma dúvida, (parece bobagem mas me chamou atenção), quando Melquiades morre fala que foi o enterro mais ilustre até o enterro de Ursula, mas quando Ursula morre o enterro não teve nada de especial... É isso ou tô confundindo?
que legal mano
Que comentário foda!
"E o Coronel depois de perder toda a sua riqueza e chegar no final de sua vida, percebeu os prazeres e felicidades da simplicidade".
El secreto de la felicidad es vivir sencillamente.
Muito lindo esse trecho !
Olá, tudo bem?? moça, por favor, você sabe me falar mais ou menos onde está esse trecho no livro?? saberia me informar se é mais no começo, meio ou fim?? queria MUITO ACHAR..
@@danielenere2690é no final, depois da página 300
@@danielenere2690 "Tinha precisado promover 32 guerras, e havia precisado violar todos os seus pactos com a morte e se revirar feito porco na pocilga da glória, para descobrir com quase quarenta anos de atraso os privilégios da simplicidade" (página 181 da edição da Record)
Minha história com Cem Anos de Solidão tem um pouco de realismo mágico. Certa vez, garimpando os livros da biblioteca de uma escola onde trabalhava, encontrei CAS, sentei e li algumas páginas iniciais. Fechei o livro e disse: "esse livro ainda não é pra mim", não se tratava de uma questão de ter dificuldades na leitura, pois isso já não me representava um problema. Eu simplesmente senti que aquele não era o momento de ler o livro. Dois anos se passaram e o nome do livro se apagou da minha cabeça, quase não lembrava dele. Então, ano passado, no meu aniversário, uma pessoa por quem não esperava ser presenteado me deu um exemplar e escreveu na dedicatória: "Não sei muito sobre esse livro, mas quando o vi, tive certeza de que era pra você". Li o livro e ele reverbera até agora na minha cabeça. Quanto mais tempo passa, mais ele significa. Me apaixonei por Macondo, por Aureliano Buendía, por Gabo, pela América Latina, por Rebeca. Cem Anos de Solidão é o livro da minha vida.
Que história linda !
Acabei de tentar ler ele e achei uma desgraça. Realmente não entendo porque as pessoas gostam tanto.
Aconteceu algo parecido comigo. Comprei o livro (mesma edição da resenha), uns 3 anos atrás, já tinha lido nessa época Amor nos tempos do cólera e já tinha alguma familiaridade com a escrita do Gabo. Mas quando comecei a ler Cem anos de Solidão, senti que não estava no momento certo. Cheguei ainda a metade da história, mas não a senti de fato, ficava tentando racionalizar e acabei desistindo... Então, vida que segue, chegamos em 2020, pandemia, quarentena etc. Já no fim do ano peguei covid (que foi leve) e no período de isolamento, resolvi resgatar minha paixão até então esquecida pela literatura e quando olhei para Cem anos de solidão, não tive dúvidas que tinha chegado a hora. Devorei o livro, me apaixonei por tudo ali e me senti desolada com o fim da história. Foi minha última leitura de 2020 e estou relutando em iniciar uma nova leitura, pois me sinto órfã do livro. Hahahahaha
Que história legal 😊
@@almeidajonathan42 boa literatura não é pra todos.
Livro fantástico, o que nunca esqueci é quando Aureliano, derretia os peixinhos em ouro e fazia-os novamente e tem a frase: A concentração implacável lhe premiou com a paz de espirito.
Quando a Tati faz uma resenha vc para pra ouvir.
Terminei esse livro neste exato momento e destaco aqui a parte que mais me fascinou na forma de ser escrita. A parte em que a personagem Fernanda (posso estar errado perante a confusão de pessoas nesse livro e na casa dos Buendia kkkk) fica resmungando sobre a vida e o marido. E o autor escreve sem pontos finais durante duas ou três páginas de reclamações da personagem. Fiquei sem ar e achei fantástico!
Acabei de ler o livro hje e achei engraçado seu comentário pq me ocorreu de nesse trecho estranhar parar e olhar procurando o inicio do paragrafo, aí me espantei com o tamanho dele kkkkkkk
Tienen que leerlo en español.
Sim, é genial!
É a Fernanda mesmo, durante o dilúvio.
Kkkkk sim! Nessa parte eu gargalhei lendo, é muito bom!
Essa parte da Fernanda é maravilhosa kkkkk, pensei que só eu tivesse dado atenção a uma cena tão simplória...
O livro é tão bom que qd a história acabou, me senti órfã. Como pode uma história cativar tanto e acabar? Não pode ! 🤭
Esse é um dom que Gabo parece ter. Ainda não li cem anos de solidão, mas já terminei o amor nos tempos de cólera e a sensação foi exatamente essa.
Terminei o livro agora e estou aos prantos...Que livro maravilhoso!
Sempre volto pra la
@@iago6839 o Gabriel é incrível
A linguagem é muito rebuscada? É difícil de ler??
Faço coro junto aos que afirmam que é o livro da vida. Impossível não se encantar, aos que ainda não leram digo: leiam e se preparem para apaixonar.
Tati, fico abismado com poucos sabem e assim pouco se divulga, mas Garcia Marquez nunca fez questão de esconder que um dos 3 livros q ele estudou a fundo p escrever Cem Anos foi O tempo e o vento de Erico Verissimo. Se analisarmos, Erico conta td historia da familia de Ana Terra, td arvore genealogica, e Marquez ficou encantado. Acho linda essa inspiraçao com uma obra magnifica brasileira❤️❤️❤️
Érico é maravilhoso.
Um dos livros de minha vida
Porém, o tempo e o vento muito melhor escrito. Erico foi muito melhor em descrever e caracterizar os personagens e em situar o leitor no tempo e no espaço. Inclusive, acho que foi esse o motivo pelo qual eu não gostei desse livro. Li o tempo e o vento antes, e a comparação foi inevitável.
"as coisas acontecem de maneira frenética" melhor descrição desse livro
Só uma correção: a pessoa que vive por mais tempo no livro é a Pilar Ternera que vive após mais de 140 anos, a Úrsula os personagens do livro estimaram em até 121.
Fiquei confusa com a idade da Úrsula no livro, lembro que a idade dela começou a ser contada a partir da fundação da cidade ou algo do tipo (mas posso estar enganada)
@@carolinepichetti4005, Ate porque ela estava esperando estiar rsrsrsr. E eu pelo menos nao me lembro qdo foi esse estiado.....
Acredito que Pilar viveu mais anos que Úrsula, porém ela não era uma Buendia, então Úrsula foi a mais velha da família.
A primeira edição li muito jovem e emprestei,não retornou, circulou" me disseram! Nunca mais o vi. Falei para meu filho: nunca empreste um livro, tenha-o como um grande amigo.Cuide muito bem dele! Hoje, para minha surpresa ,meu filho me deu Cem anos" com a dedicatória mais linda, maior presente da quarentena!!! Gratidão!!!
Se o livro foi lido, a pessoa aprendeu algo.
A fala da Úrsula sobre a filha de Fernanda me fez rir por dias e continuo achando maravilhosa. Essa personagem é toda maravilhosa, mas continuo amando o José A B original. Os personagens "do começo" para mim se destacaram.
Qual a frase? 😅
Garcia Marquez brinca com o tempo em Cem Anos de Solidão, lidando magistralmente com flashbacks e flashforwards, construindo uma visão caleidoscópica dos acontecimentos (recordo-me que em Crônicas de uma Morte Anunciada é feito o mesmo, porém o foco naquele livro são as diferentes perspectivas espaciais). Além do realismo mágico de Cem Anos e da história que se repete nos atos, nomes e características das personagens (mostrando a ciclicidade da vida), também me chamaram a atenção a ênfase nas guerras sangrentas que dividem famílias, incluindo-se aí tanto combatentes quanto vítimas (característica na formação da própria América Latina) e a "question de la sangre" advinda da própria colonização espanhola (a defesa da honra a qualquer custo, o machismo de uma sociedade patriarcal, o uso da força e da vingança). Uma grande obra como essa dialoga com várias outras certamente.
Adorei a sua resenha. Gostei muito de ler esse livro também. Parece uma história social, religiosa e política da humanidade. No ínício uma comunidade de pessoas integradas, depois surgem estrangeiros, a religião e a política. Após a tragédia que a companhia bananeira fez acontecer, o único sobrevivente que contava a história para as pessoas ouviu que nas escolas esse fato não era mencionado, então não aconteceu. Claro exemplo de como se ensina história ocultando fatos verdadeiros.
Tenho um amigo que é dono de um Antiquário/Sebo e sempre via esse livro pelas prateleiras. Todas as vezes que lia o título não via nada atrativo ou interessante. Sério, já até me cansava e me desanimava a ler o livro só pelo título kkkkkk Então, certa vez, de tanto esbarrar com este livro resolvi folheá-lo e foi o maior "erro" da minha vida. Hoje, e por enquanto, tenho 15 obras de Gabo, Cem Anos de Solidão tenho 3 exemplares, O Amor Nos Tempos do Cólera tenho 2 exemplares dentre outros e continuo a caçada às obras que me faltam. Em 2017 estive em Barranquilla à poucos quilômetros de Aracataca (Macondo) mas infelizmente não pude visitar. Um dia, um dia!!
Sobre a solidão da América Latina Gabo disse no seu discurso ao receber o prêmio Nobel : "A América Latina não quer e nem tem porque ser um peão sem rumo ou decisão, nem tem nada de quimérico para que seus desígnios de independência e originalidade se convertam em uma aspiração ocidental. Não obstante, os progressos da navegação que reduziram tanto as distâncias entre nossas Américas e a Europa parecem haver aumentado nossa distância cultural. Por que a originalidade que é admitida sem reservas em nossa literatura nos é negada com todo tipo de desconfiança em nossas tentativas difíceis de mudança social? Por que pensar que a justiça social que os europeus desenvolvidos tratam de impor em seus países não pode ser também um objetivo latino-americano, com métodos distintos e em condições diferentes? Não: a violência e a dor desmedida da nossa história são o resultado de injustiças seculares e amarguras sem conta, e não uma confabulação urdida a três mil léguas da nossa casa. Mas muitos dirigentes e pensadores europeus acreditaram nisso, com o infantilismo dos avós que esqueceram as loucuras frutíferas de sua juventude, como se não fosse possível outro destino além de viver à mercê dos dois grandes donos do mundo. Este é, amigos, o tamanho da nossa solidão.
E ainda assim, diante da opressão, do saqueio e do abandono, nossa resposta é a vida. Nem os dilúvios, nem as pestes, nem a fome, nem os cataclismos, nem mesmo as guerras eternas através dos séculos e séculos conseguiram reduzir a vantagem tenaz da vida sobre a morte."
Maravilhoso esse Gabo.
Que discurso MARAVILHOSO!!!!! #Gabo❤
Obrigada por postar!
O último parágrafo deste livro é o melhor que já li!
Sim!
Acabei de retornar de mais uma viagem a Macondo, hehehe, assim como o amigo Bruno Manhães (comentário abaixo). A diferença é que eu faço essa viagem todo final de ano (releitura), e continuarei fazendo até o fim da minha vida!
Vale ressaltar que a cada viagem a Macondo eu descubro coisas novas, detalhes novos, sentimentos novos, lagrimas novas, e assim o meu amor por este livro se torna infinito!!!
Entendo vc perfeitamente.
Comecei ler essa obra de arte em inglis no USA esqueci o livro p traz.
Dois meses depois ele me aparece na minha frente no Brasil so que estava em espanhol.
Vou ler ele de novo Douglass!!
Eu AMO esse livro! Dei muita risada lendo e as imagens que ele cria são lindas! As borboletas amarelas, as chuvas de flores, os ciganos... Tem um trecho muito engraçado que envolve Melquíades:
"Quem recordava suas gengivas destruídas pelo escorbuto, suas faces flácidas e seus lábios murchos, estremeceu de pavor diante de daquela prova determinante dos poderes sobrenaturais do cigano. O pavor se converteu em pânico quando Melquíades tirou os dentes, intactos engastados nas gengivas, e mostrou-os ao público (...)".
Esse é o melhor livro que eu já li. Me apaixonei por ele e só parava de ler quando cansava. Todo mundo deveria ler esse livro mágico uma vez na vida.
Assistindo essa resenha maravilhosa em 2024…🤭 Somente agora decidir comprar essa obra. Bjos Tati! Vc é demais!!!
Domingo. Ligo o notebook, aguardo a inicialização do sistema e logo entro na internet e o youtube me dá esse presente. Amo esse livro e faço uma nova leitura dele todos os anos, é a minha bíblia pessoal.
Muito obrigado, Tatiana. De coração.
A leitura é densa, não estava acostumada com a escrita, mas é uma obra rica e maravilhosa. Já li o amor nos tempos do cólera, ambos tive de ler bem depois de ter adquirido. Vale a pena.
Tatiana: sua fluência verbal sua voz, o conhecimento literário e a sua simpatia
fizeram um prodigioso resumo deste monumento das letras . Muito obrigado.
Sobre o padre que explica a ascensão ao céu através do consumo de chocolates, talvez o Gabo tenha pego a referência do poema Tabacaria do Fernando Pessoa, em que o Álvaro de Campos diz:
"(Come chocolates, pequena;
Come chocolates!
Olha que não há mais metafísica no mundo senão chocolates.
Olha que as religiões todas não ensinam mais que a confeitaria. "
Talvez eu esteja viajando, mas lembrei disso na hora kkk
Uau! É isso mesmo!!
Que resenha, tb lembrei disso hoje, depois de lê lo.
Belo detalhe
Demais!!
Que coincidência! Acabei de ler esse poema!
Perfeito,,a vida se divide entre antes e depois de Gabriel Garcia marques 🤗🤗
Estou relendo pela quarta vez cem anos de solidão e vou deixar minha dica , leia um capítulo por dia . Aprecie , leia e se delicie e permita sentir a solidão que invade a todos . O livro fala sobre todos nós da América latina , sobre nossa luta diária pela vida e sobre a crueldade do governo pelo seu povo , que no final nos abandona a solidão. Um livro para ler a vida inteira
Amei! Esse é meu livro favorito, a primeira vez que eu li tinha 17 anos e ele está comigo desde então! ❤️❤️
Eu já li 3 vezes e vou ler mais. Fantástico!
O melhor final de todos os tempos!
Sim!
Estou aos prantos.Terminei esse livro agora.Fui lendo devagar porque fiquei com receio que acabasse logo.Que livro maravilhoso!Nossa,que livro lindo gente!!!.Gabriel García Marquez merece todos elogios pois a escrita dele é genial.Ao mesmo tempo que é tocante,se torna engraçado,nossa,um primor mesmo.E fiquei tão emocionada com aquele final que não consigo parar de chorar.
Nos ,que fomos condenados a duzentos anos de solidao,nunca teremos uma segunda chance sobre a terra ...mas eu ainda tenho esperancas. Sempre havera um novo dia com um bom dia ! Para mim esta e a mensagem central desse
livro que e alma da nossa America latina !👏👏👏👏
Um dos grandes Clássicos da Literatura Universal!!!
Cem anos de Solidão é o meu livro favorito. Acho curioso até, porque não me considero uma pessoa com muita bagagem apesar de sempre ter lido muito. Tem várias obras que eu não consigo ler porque sinto que são muito difíceis, porém com cem anos jamais senti isso. Li quando tinha uns 16, 17 anos e imediatamente virou meu favorito até hoje, 10 anos depois ♥
comentário irrelevante: Fernanda e seus penicos de ouro é muito irritante, deus me livre hahahahaha
"Nossa resposta é a vida"
Toda vez que leio e releio , descubro algo novo.
A capacidade inventiva do Gabo é assombrosa; como disse uma professora no Literatura Fundamental (excelente, por sinal, o programa sobre este livro), vc não consegue largar o livro pelo ritmo vertiginoso em que as coisas acontecem. Foi meu primeiro Gabo, e o primeiro a gente nunca esquece. kk O Amor nos Tempos do Cólera será meu segundo, imagino que seja uma narrativa mais convencional.
esse livro parece incrível, mds!! adorei seu jeito de contar também, fiquei super interessada
A edição antiga não tinha essa linha genealógica. Só consegui ler qdo fiz a minha própria linha.
Já era adulta e leitora assídua e foi muito difícil ler. Tive que ler mais de uma vez.
Livro maravilhoso!!!❤❤❤❤
Meu livro favorito. Sou apaixonado por Gabriel Garcia Marquez e, principalmente, por esse livro.
Parabéns pelo seu trabalho. Conheci o canal há uns 3 meses e estou apaixonado pelos vídeos.
Foi um livro que me marcou muito.
Grande sertão Veredas, me impactou muito também, mas de forma diferente.
Não é frescura!!! "Estiar" tornou um laço afetivo na sua família, uma forma q só sua família tem d brincar... Adoro seus vídeos, parabéns 😘
Aguardando ansiosamente o vídeo sobre "o amor nos tempos do cólera"!!!
Quero ler!! Li 'O amor nos tempos do cólera' e amei!!
Que Livro maravilhoso e que narração empolgante!!!
Assim q ESTIAR, vou ler viu.... Abração!
Obra monumental.Sempre o visito,gosto de fugir para esse Universo fantástico e mágico!!O Brasil,parece a Macondo. ESTAREMOS CONDENADOS A "CEM ANOS DE SOLIDÃO "???
Já amargamos mais de 500 :(
Esse livro é repleto de frases marcantes, poéticas. Muito bom livro. Não é uma leitura muito fácil, é necessário consultar a árvore genealógica durante toda a leitura pra não se perder, mas é um livro maravilhoso. Certamente irei lê-lo novamente.
Eu achei esse livro uma extrema bobagem, incestos, tramas confusas e vazias, e um final desinteressante, este foi o primeiro clássico que eu detestei, me arrastei até o final por orgulho.
Eu li esse livro vários anos atrás!!!
Com certeza um livro diferenciado. Até me emocionei um pouco quando li.
Gente, QUANTO EU CHORAVA quando eu li a última página desse livro, deve ter assustado as pessoas no ônibus comigo hahahahaha
Ainda bem q vc disse agora, pois n vi o restante da resenha. E me preparo melhor emocionalmente kk. Eai o livro é o melhor?
Eu também chorei tanto, aos soluços, estava em casa. Minha mãe ficou apavorada de me ver aos prantos abraçada com o livro no sofá de casa.
@@AmandaJaquel1 Ri alto aqui, imaginando a cena!
Kkkkkkkkkk
Kkkkk
Esse livro serviu de inspiração para a animação Encanto, da Disney!
Quando assisti Encantou e vi a travessia pela floresta e o isolamento da cidade pensei muito que era inspiração mesmo!
Una lástima que TH-cam no tenga la opción "Me encanta ❤" porque este vídeo me encantó.
Olá! Você é colombiano?
(O autor era colombiano, né??)
Livro maravilhoso. Terminei noite passada e se tornou meu livro favorito da vida.
Cem anos de solidão é o livro que me despertou como latino americano, ri, chorei me senti ouvindo as historias do meu avô. Com certeza é meu livro favorito e minha meta hoje, ao estudar espanhol é ser capaz de lê-lo como o Márquez concebeu.
Que livro maravilhoso. Quando comecei nem imaginei que ia me encantar tanto com a história!
Para quem for ler essa obra maravilhosa fica uma humilde sugestão: tenha sempre ao lado um papel e lápis para esboçar a árvore genealógica da família enquanto a história prossegue.
Ótimo vídeo!!
Inté.
Um clássico. Dá vontade de reler.
Li o livro em 4 dias, me envolvi demais com essa família... Não me esqueço até hoje da minha sensação de desamparo ao fim da leitura, fiquei acabada de sair de Macondo.
Acabei de terminar meu primeiro contato com Gabo. Que acalento essa leitura em tempos de pandemia! Além de todas as delicadezas e belezas do enredo, a maneira como o autor retrata o autoritarismo, sem dúvidas, foi o que mais me chamou a atenção. Estou há uma hora lendo os comentários aqui e com saudades de Macondo.
Eu li esse livro quase uma criança, devia ter uns 12 anos, era o livro favorito do meu avô (por isso o interesse). Meu avô morreu, hoje eu estou com 24 anos e ao te ouvir, consigo lembrar de absolutamente tudo dessa leitura, como se fosse hoje. É incrível como esse tempo cíclico do livro do Gabo se imiscuiu nas minhas temporalidades pessoais e familiares. Obrigada pelo vídeo. Me trouxe saudades.
Terminei a leitura ontem 04/10/22…devorei o livro em poucos dias. Não tenho outro assunto… é realmente um livro incrível.
Conheci Garcia Marquez.E vivi na Colombia .marcou linha artistica
E imperdivel. FILME NENHUM REPRESENTARIA
Esse momento é meuuuuuuuuuuuuuuu
lidiane hahahah desde que li tbm fiquei eaperando por isso!
Sobre o último Buendia, trata-se de mais um Aureliano Babilônia, que por ser fruto de um relacionamento indesejado pela família (Fernanda), ficou preso no quarto do Melquíades, e por ter passado muito anos de solidão lá, aprendeu a decifrar os pergaminhos. Ele somente foi liberado do quarto com a morte da Fernanda, e acaba tendo um relacionamento com Úrsula Amaranta, que na verdade era sua tia e veio da Europa, após alguns anos estudando em Bruxelas (se não estou enganado). Do relacionamento nasce o último Buendia, esse com rabo de porco, que morre no parto, juntamente com a mãe.
correção: ele não morre no parto, a criança é levada pelas formigas e lá tem seu destino final. gabo é o guarda roupa encantado de narnia!
Me lembro de ser um livro bastante melancólico, uma história triste mas gostosa de ler, cheia de reviravoltas mas sem muita esperança por parte dos personagens, meu favorito é José Arcádio Buendía, O Patriarca. Existem partes que tive pausar a leitura para meditar sobre oque estava escrito, é um livro de reflexões, já li há um tempo e pretendo voltar a ele em 2022
Gente que livro... Parabéns flor o seu canal é maravilhoso vc é uma exímia leitora e fala MT bem... Obrigada...
Como sempre, a melhor resenha.A narrativa do Gabo me lembra muito a maneira como as histórias/estorias são contadas aqui no sul, e muito provavelmente em todo nosso pais, remetendo aos momentos em que, em família, os avos contam casos passados as novas gerações.Então, para mim, Gabo parece um avo contando seus causos em manhas frias acompanhado de um bom chimarrão.Maravilhoso. Único. Eterno.
Aquele momento em que o seu canal favorito fala sobre seu livro favorito ❤
Esse livro é tão bom que me provocou uma crise existencial, haha (e eu ainda estou na metade)
Bruna Rangel adorei essa frase. Aconteceu comigo recentemente com Me chame pelo seu nome 😉
Terminei a leitura ontem e também senti vontade de recomeçar logo em seguida 😊
Maravilhoso, encantador, emocionante. Amei ler esse livro, terminei a hst me sentindo uma Buendía e com a certeza q esse clássico se tornou um dos meus favoritos da vida. Fantástico assim como o gênero q ele msm imortalizou.
Na minha infância, conheci pessoas que moravam em casa de pau a pique com telhado de sapé e algumas crianças residentes tiravam o reboco (barro) e comiam. Na época, diziam que era por conta dos vermes. Isso acontece muito no interior. Coisas que o pessoal criado nas grandes cidades desconhecem. O livro é excelente. Li aos 20 anos, reli aos 28 é uma outra releitura aos 43. Estou com vontade de reler mais uma vez.
Eu nasci na roça e quando criança minha mãe me levava junto quando ia capinar na lavoura e eu ficava brincando na sombra do mandiocal ou da plantação de milho e comia terra. Era uma delícia. Kkkk
Meu livro preferido. O ritmo da história (e de todos os livros do Gabo) me fez lembrar a forma como minha avó e minhas tias e tios me contavam histórias. Sempre misturavam os tempos, contavam uma coisa na frente e depois voltavam para a narrativa, enfim... Me fez sentir mt confortavel pq eu reconheci a fluidez da narrativa. É uma coisa muito nossa, mt da América Latina, me identifico demais 💓
Isso sem falar que o livro tem passagens engraçadas sim, mas a solidão e melancolia dos personagens é tão densa, tão presente, que obriga a gente a pensar em questões nossas. Oh sdd, já tô pensando em reler.
CAS, com certeza a melhor primeira página de toda a literatura universal. Realismo mágico puro, que nem o ida do Chaves para Acapulco.
O padre que dá chocolate é uma alusão a antigos povos pagãos latinos que usavam o cacau como bebida sagrada.
O padre e o chocolate: antigas civilizações maias e astecas reconheciam o poder do cacau como uma substância sagrada. Para essas culturas, o cacau era um presente dos deuses, um elixir divino capaz de abrir portas para a sabedoria interior.
O filme Chocolate com Juliete Binoche e Johnny Deep conta
Esse é o melhor livro de todos os tempos na minha opinião. Chorei de soluçar quando terminei de lê-lo pela primeira vez. Eu li uma autobiografia do autor, Viver para contar, onde ele diz que O amor nos tempos do cólera foi inspirado no namoro dos pais e que ele teve uma crise de choro quando terminou a escrita de Cem anos de solidão.
Tati, leia Enquanto agonizo! É muuuito melhor do que O som e fúria. Só para começar são 22 narradores diferentes. Tudo em fluxo de consciência. Incrível.
Esse se tornou, fácil, fácil, um dos meus livros favoritos da vida! Que final! Li aquele último parágrafo até ficar completamente sem fôlego. É muito diferenciado.
A história só vai crescendo, e cada vez que se percebe o tempo cíclico há um cataclismo de ideias no leitor. Uma leitura essencial, especialmente para nós latinos.
Eu te amo, obrigado por compartilhar e me inspirar, é um Vitória.
A história da moça que come barro é bizarra, mas quando eu era um garoto de 6 anos, conheci uma velhinha que tinha uma filha com problemas mentais que cavava as paredes com as unhas e comia o reboco. Parece piada, porém a cena continua em minha mente até hoje, sou um homem de 40 anos e isso me marcou profundamente e fiquei deprimido por muito tempo.
Tem um nome para essa doença. Alotrifagia
Muito bom, eu o li quando tinha uns 20 anos. O realismo fantástico está presente o tempo todo. A senhorinha de mais de 100 anos, Úrsula, foi se encolhendo e coube numa caixa de fósforo para ser enterrada.
Muito boa resenha. Recomendaria comentar, em complemento, o discurso de Gabo ao receber o prêmio Nobel: “La soledad de América Latina”. Outro comentário: o próprio Gabo disse que o principal livro dele era o “Amor nos tempos do cólera”. Valeria também comentar que Macondo, fictícia, ficava no norte da Colômbia, perto de Aracataca, onde nasceu, e que muitas das histórias desse conto “totalizante” são histórias que ele ouvia de velhas do “interior” colombiano quando criança. Um gênio. Obrigado por mais esse vídeo
Muito divertido e mexe muito com o imaginário, leitura fantástica merece várias releituras, seu comentário me despertou essa vontade!!! Obrigado 😊
Um dos "livros da minha vida", lindíssimo, tocante, extremamente bem-escrito. É um desses textos que não dá vontade de parar de ler.
Eu sempre vi esse livro, mas nunca havia tido curiosidade. Foi apenas recentemente, após assistir ao filme "Encanto" da Disney e ter lido em vários lugares que o filme foi levemente inspirado nesse livro, despertou em mim a curiosidade de lê-lo. Já comprei o exemplar e só estou esperando chegar. Enquanto isso, tô aqui assistindo resenha da Tati pra me inteirar do enredo. Acho que vai ser uma leitura fantástica.
Eu li em 2020 pela primeira vez e já retomei de novo a leitura agora em janeiro de tão bom que é esse livro. Com essa resenha da Tati então… que primor. Encantada!
A saga de uma família latinoamericana. Um livro fantástico, em todos os sentidos.
ESTE LIVRO É MAGNIFICO.
Tati,
Eu amo esse livro e tenho uma memória afetiva muito forte com ele. Meu tio, que já faleceu, amava esse livro e sempre falava que ele tinha um rabo, mas ninguém entendia. Aí ele me deu de presente o Cem anos de solidão e quando eu li descobri de onde vinha essa ideia do rabo.
Esse livro se transformou em uma ligação minha com ele, que sempre me dava livros de presente e incentivava a ler livros fora da minha zona de conforto. Cem anos de solidão ele me deu pra ler quando tinha 14 anos. Já tem anos que ensaio uma releitura.
Chegou minha hora de reler esse que é meu livro favorito. Gabo é um presente. Eu me arrepio com a primeira frase desde a primeira vez que bati o olho nesse livro e com ele foi a primeira vez que me dei conta, segurando um livro após terminar de ler, que estava com as mãos numa obra-prima. Fiquei por muito tempo remoendo a questão dos ciclos dessa história. Acredito que isso vem a mim até hoje, mesmo anos depois de terminada a leitura.
Em relação ao pioneirismo do Faulkner ou do Gabo, o problema é que os americanos SEMPRE têm que ser os primeiros em tudo, principalmente em frente a um latino....
Isso que eu pensei quando ela falou da opinião do Faulkner
Que livro MARAVILHOSO, terminei com vontade de ler de novo.
Um excelente livro. Cem anos de solidão traz estórias, que são histórias nossas em algum momento.
Tatiana! 'Cem anos de solidão' é um dos meus livros favoritos, talvez o favorito. Acho que ele tem um apelo visual muito forte: é impossível não imaginar as cenas que o autor descreve com uma grande riqueza de detalhes. Não sei se já houve alguma adaptação para alguma mídia visual, mas seria bastante interessante a proposta. Uma das cenas 'absurdas' que mais gosto é da chegada da imagem de São José, por um grupo que desconhecidos, a qual a Úrsula a esconde em um lugar que só ela sabe e que dentro possui algo incrível. Que livro! Um abraço!
Como me faz bem, assistir devagarinho e anotando referências à esta resenha fantástica.
E, como se não bastasse, ao descer aos comentários encontro um universo de reflexões que duplica o prazer, este bem guardado na memória e acalentado no meu coração. Muito obrigado à Tatiana e às pessoas que enriquecem um livro histórico.
Relendo mais uma vez Cem Anos de Solidão para dar uma aula, encontrei essa artigo de Harold Bloom , publicado na Folha de São Paulo. Creio que ele mudou de opinião e reverencia Cem Anos de Solidão!
Deixo aqui para vc conferir! Bjs ( sua resenha continua cheia de vitalidade!! Adoro! )
íblia de García Márquez
HAROLD BLOOM
especial para a Folha
São Paulo, domingo, 23 de fevereiro de 1997
Faulkner e Kafka se cruzam nas origens literárias de Gabriel García Márquez. A influência de Faulkner é tão penetrante que, aqui e ali, seus mestres Joyce e Conrad também podem ser escutados, ecoando na prosa de García Márquez, mas quase sempre mediados pelo americano. ``O Outono do Patriarca'' (1975) parece permeado até em excesso por Faulkner; mas ``Cem Anos de Solidão'' (1967) absorve a sua influência, como todas as outras, numa fantasmagoria tão poderosa que nenhum leitor pode pôr em dúvida a autoridade de García Márquez.
Talvez neste caso, como sugeriu Reinaldo Arenas, Faulkner tenha sido substituído por Carpentier, e Kafka por Borges, de modo tal que a imaginação de García Márquez vem domesticar a si mesma em sua própria língua. O reino visionário de Macondo é um ato de consciência indígena e hispânica, muito distante de Oxford, Mississipi e do cemitério judeu de Praga. Em seus trabalhos posteriores, García Márquez retornaria a Faulkner e Kafka; mas ``Cem Anos de Solidão'' é um milagre, que só acontece uma vez, menos um romance do que uma Escritura, a Bíblia de Macondo.
Minha primeira impressão, ao reler o livro, é uma espécie de fadiga estética: a quantidade de vida, em cada página, ultrapassa a nossa capacidade de absorção. Não tenho certeza se essas qualidades tão impactantes da textura do romance constituem, afinal, uma virtude; às vezes me sinto como alguém que foi convidado para um jantar e que se depara com um único, enorme prato de mousse de chocolate. Mas tudo é história no livro, tudo o de concebível e inconcebível acontecendo ao mesmo tempo, da criação ao apocalipse, do nascimento à morte.
Roberto González Echevarría chega a dizer que, em certo sentido, é o leitor quem deve morrer no fim da história, e talvez seja a pura riqueza do texto que acaba nos destruindo. Era Joyce quem falava, não muito a sério, de um leitor ideal, atormentado de insônia, que passaria o resto da vida tentando ler ``Finnegans Wake''.
``Cem Anos de Solidão'', pelo contrário, não exige proezas de interpretação; é um romance que faz por merecer sua popularidade, não apresentando dificuldade alguma de contato. Mesmo assim, o livro acrescenta algo de novo ao domínio da leitura. Seu leitor ideal tem de ser um pouco como seu personagem mais memorável, o coronel Aureliano Buendía, que ``chorou no ventre da mãe e já nasceu de olhos abertos''. No romance inteiro não há uma única sentença perdida, nenhuma mera transição, e é necessário prestar atenção em tudo, no momento imediato em que se lê. No final, tudo acaba fazendo sentido, pelo menos enquanto mito e metáfora, se não como sentido literário.
Na presença de uma realidade extraordinária, a consciência toma o lugar da imaginação. Essa máxima emersoniana é de Wallace Stevens e bem digna do poeta visionário de ``Notas Para uma Ficção Suprema'' e ``Uma Noite Comum em New Haven''. Macondo é uma ficção suprema e por lá não há noite comum. A sátira, a paródia e a fantasia, como gêneros literários, não são mais possíveis num país como os Estados Unidos. ``O Pregão do Lote 49'', de Thomas Pynchon, deixa de ser uma narrativa fantástica quando se visita o sul da Califórnia, e um passeio pelo metrô de Nova York reduz qualquer exemplo de realismo literário a uma projeção idealizada. Alguns aspectos da existência latino-americana também, de sua parte, transcendem até as invenções de García Márquez. Muito do que é fantástico em ``Cem Anos de Solidão'' seria fantástico em qualquer lugar; mas boa parte do que parece improvável para um crítico norte-americano pode muito bem ser a representação da realidade.
Emir Monegal enfatizava o caráter único da obra-prima de García Márquez na ficção latino-americana. ``Cem Anos de Solidão'', para ele, era um romance radicalmente distinto das obras variadas de Julio Cortázar, Carlos Fuentes, Lezama Lima, Mario Vargas Llosa, Miguel Angel Asturias, Manuel Puig e Guillermo Cabrera Infante, entre outros. As afinidades de García Márquez com Borges e Carpentier não lhe passavam despercebidas (nem a Arenas), mas o argumento de Monegal parece ser o de que o colombiano só podia ser visto como representativo de uma escola na medida em que, como os outros, também não era representativo.
No entanto, parece fato consumado agora que, para a maioria dos leitores, é ``Cem Anos de Solidão'' que primeiro vem à lembrança quando se pensa no romance hispano-americano. Certos livros de Alejo Carpentier talvez sejam ainda mais fortes, mas só Borges chega a dominar a nossa imaginação literária com a mesma força de García Márquez. A tradução inglesa que tenho comigo está na 30¦ edição e a popularidade do romance parece assegurada para sempre. Estamos fadados, inevitavelmente, a identificar ``Cem Anos de Solidão'' com uma cultura inteira, quase como se fosse um novo ``Dom Quixote'' -coisa que certamente não é. Comparações com Balzac, ou mesmo Faulkner, também não são justas.``Cem Anos de Solidão'' está mais próximo da estatura de romances como ``Fogo Pálido'', de Nabokov, ou ``Gravity's Rainbow'', de Pynchon.
Harold Bloom é autor, entre outros, de ``A Angústia da Influência'' e ``O Cânone Ocidental''. O Mais! publica mensalmente seus artigos.
Tradução de Arthur Nestrovski
www1.folha.uol.com.br/fsp/mais/fs230216.htm
Adorei a resenha, Tati
Rodrigo - Melodia Narrativa Que comentário sensato e que medo eu tenho dessas voltas redondas do tempo.
Priscila Barbosa obrigado por responder! Pois é, também tenho medo dessas voltas.
Vai começar com essa narrativa de ditadura militar?
Quando você começou a falar, eu pensei no Tempo e o Vento do Erico Veríssimo. Embora não seja realismo fantástico, é o começo de um povoado que virá a ser uma cidade e assim vamos acompanhando a construção da vida das famílias também.
Terminei de ler esses dias e foi o romance que mais rapidamente li na minha vida. A história é cativante e a gente tem que voltar várias vezes na árvore genealógica para não misturar os Aurelianos e os Arcádios.
Também li nessa edição antiguinha. Sou apaixonada por ela! As ilustrações são lindas 😊
Tati, faz 2 semanas que descobri seu canal, por isso estou interagindo em vídeos tão antigos.
Já li o livro três vezes e estou me preparando para lê-lo pela quarta vez. Na primeira leitura fiz a árvore genealógica de todos os personagens, porque nem todas as edições trazem esse recurso, além de um Glossário dos nomes e todas as páginas em que eles apareciam. Deu um trabalhão, mas nunca me arrependi e ainda guardo esses escritos. Em todas as releituras a pequena Macondo me vem à mente da mesma forma como a imaginei na primeira vez: a casa, a praça, a casa de Petra Côtes, a chuva... Não tenho palavras para descrever as emoções que este livro me trás. Aqui posso dizer que não me identifico com nenhum personagem, nenhum me cativa, mas é impressionante como a rotina da cidade fica encravada no emocional no leitor.
Também concordo que Cem Anos de Solidão é um dos maiores livros da literatura mundial.
O final é realmente surpreendente!
é meu livro favorito, a estória é lindíssima com um final de tirar o folego