5 lições que o câncer me ensinou e me fazem agradecer o que passei
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- เผยแพร่เมื่อ 15 ก.ย. 2024
- Embora seja clichê dizer que aprendemos com as dificuldades, é a mais pura verdade. Neste vídeo eu falo sobre razões pelas quais hoje agradeço ao câncer.
Vídeo da Monja Coen (eu não encontrei exatamente o que cito no vídeo, mas achei um com mensagem similar): • Video
Meu nome é Gabriela Gasparin e fiz o tratamento em 2018, quando fui diagnosticada, aos 32 anos.
Instagram: @gasparingabi
Admirável sua coragem.
Parabéns a vc pela superação sei que tudo na vida é de previdência e de superação..
Entendo tudo isso! Fatos são fatos, mas quem interpreta se são bons ou ruins somos nós. Óbvio que descobrir o câncer é uma dor grande, para qualquer pessoa. Mas depois comecei a perceber o quanto de aprendizado ele me traria, e, por amor a mim mesma, decidi ficar nesse lugar mais bonito. Todas as pessoas têm provações, em menor ou maior grau. Se essa é a nossa, existe um motivo metafísico. Tudo é muito maior que nosso mundo material. Obrigada pelas reflexões.
Eu que agradeço pela troca! É tão bom saber que não estamos sozinhas no tratamento e nem nas reflexões! Beijos grande
Quiz dizer providência não passei por está experiência mais já tive outras e procurei aprender com a vida.
Esse assunto pra mim é bastante ambíguo. Acho que não consegui ainda fazer o "saldo" do câncer na minha vida.
Me identifico com você na questão do auto cuidado, de passar a se priorizar, a fazer o que quer. Acho que muda aquele pensamento automático de fazer as coisas porque tem que fazer. Paramos de nós sujeitar a muita coisa.
Mas por outro lado meu tratamento foi bastante traumático, muito por.conta da pandemia. Não sei se estou pronta pra dizer que agradeço de coração, que os aprendizados que tive não poderia ter vindo de forma menos sofrida.
Mas eu fico feliz de ter tido esse baque sim rs. No sentido de que quantos morrem de repente, num acidente, infarto e não tem a chance de fazer a análise que nós pudemos fazer. Isso é um privilégio ao meu ver.
Eu também fiquei com algumas sequelas chatinhas da quimioterapia. O tamoxifeno não me dá nada, mas a quimioterapia me deixou com urticária solar e uma dor nevrálgica enlouquecedora. Hoje mesmo não pude fazer minha yoga matinal e mal consigo me mexer. Sou autista e a hipersensibilidade piora os dois quadros. Então são dois elementos que afetam a qualidade de vida e vou levar pra sempre.
Entendo que apesar disso há motivos pra agradecer, mas acho que ainda não cheguei num ponto de fazer isso de forma realista, sem forçar nem romantizar.
Mas acho importante a gente lembrar que cada tratamento, cada história é individual então cada pessoa tem direito a ter sua reação validade, seja ela qual for
Enfim, eu mudei coisas que jamais teria mudado sem o câncer. Se ele não tivesse aparecido, daqui uns anos eu teria uma frustração absurda por rumos que estava deixando a vida tomar. Mas realmente foi pauleira demais pra pensar com gratidão. Sigo em cima do muro kkkk
Acho normal e compreensível seu sentimento. A pandemia realmente tornou tudo mais difícil. Mas acho também que vc está se manifestando bem consciente e sensata.
Eu também sempre penso: mas será que eu precisava ter passado por tudo isso para aprender o que aprendi? Jamais saberemos, né? Eu entendo perfeitamente sobre não agradecer 100% tudo de coração, creio que é um processo. O mais difícil para mim é lidar com a prótese, em algumas ocasiões. E o tratamento com a hormonioterapia incomoda muito. Porém, sempre peso na balança e, por enquanto, o saldo está positivo! Hahaha Beijos e nos falamos
(ps: deu certo o contato da minha colega de profissão?)
@@GabrielaGasparin Essa coisa do precisar passar vai muito do ponto de vista. Eu invejo quem acredita nisso de um forma fora desse mundo. Que existe propósito e tal.
Invejo demais a fé, considero isso um suporte enorme que eu jamais vou ter. Sou também grande fã da monja Coen, mas depois de mais de 20 anos trabalhando em igrejas de vários tipos, vendo tanto absurdo e contradição, realmente não consigo me entregar a nada de espiritual.
Por outro lado, acredito que somente um baque forte teria me tirado da situação que eu vivia antes do câncer e ele foi esse baque, então esse lado positivo é inegável mesmo.
Sobre a sua colega, ela não me enviou mensagem.
Acho que só o fato de você assumir pra si mesma que tem "inveja" de quem sente fé demonstra que você é autêntica e acolhe seus sentimentos com honestidade. Talvez você tenha, mas dê a fé outro nome (mesmo porque as religiões confundem muito a nossa cabeça. eu também não concordo com elas)
Mas é inegável que o baque faz a gente se mexer!
Poxa, sinto que ela não tenha escrito. Ela também não me respondeu mais depois que eu passei pra ela o contato... =(
Concordo com você em todos os pontos, Gabriela. O aprendizado é enorme! Não gosto de "romantizar", mas é o que aconteceu comigo também. Agora me sinto muito mais forte e mais bonita (emagreci 14 quilos com a químio, rsrs). Embora as pessoas achem um absurdo eu dizer isso, a químio deixou minha pele linda, mais lisa e mais morena. Sobre o cabelo, decidi usar o corte super curto, achei que ficou bem pra mim e as pessoas têm elogiado. O que me fez e me faz muito bem, além da atividade física, boa alimentação e meditação, é me dedicar a adquirir conhecimentos novos, fora da minha área profissional. Tenho estudado muito mais: sobre judaísmo, hebraico, geopolítica e neurociência. A geopolítica, por exemplo, me faz entender muitos aspectos da minha atual situação e de como lidar com a doença. Costumo dizer que quero ser como a Suíça, no sentido de esperar o melhor (é um país neutro e pacifista), mas me preparar para o pior (está preparada para a pior das guerras); e como Israel, no sentido da "gestão do conflito" (controle da doença, exames de rotina, espera de resultados, etc), já que esse país vive em algum tipo de conflito desde sua criação na modernidade. A neurociência, por motivos óbvios, também me ajuda muito. Aprendi também a viver mais o presente, dedicando-me integralmente ao que faço em cada momento. Enfim, é uma experiência tremendamente dura, porém, se nos coube ter que vivê-la, o melhor é tentar extrair algo de proveitoso dela, não é? Abraços!
Oi, Sandra! Que incrível sua comparação com a geopolítica! Gostei muito da analogia... Interessante como podemos usar diversas áreas do saberes e adaptar para as nossas vidas. Sobre o cabelo, algumas pessoas que conheci na trajetória também optaram por deixar curto depois. Eu resolvi voltar a deixar crescer. Obrigada pelo comentário e pela troca! Super beijos!
E eu queria sua ajuda pra eu contar a minha história em uma biografia pra não perder minha história 😇🙏
Pretendo criar em 2023 um projeto de escrita de histórias de vida para pacientes oncológicas! Informo por aqui. Obrigada =)