Conheci essa música nesse mês, minha esposa me apresentou em viagem pelas estradas de Minas Gerais, sou professor e levarei essa música para a Sala de Aula. Fantástica composição, composição que fala sobre o folcore/ lendas da civilização brasileira, de ancestralidade indígena.
Essa música firma um elo muito bonito entre mim e uma amiga minha. A conheci no lugar onde trabalhava, numa empresa de telemarketing. Conheci a banda e apresentei a ela. De cara essa foi a nossa música preferida. Sentávamos juntos todos os dias e ficávamos cantando essa e outras da banda nos intervalos de cada ligação. Era um ótimo passa-tempo, e a voz dela é incrível e acalmava a minha alma. Certo dia passamos o expediente todo tentando decifrar essa música. Primeiro que algumas palavras não fazem parte do nosso linguajar, como "cunhã". Pesquisamos e no dia seguinte nos perguntávamos quem seria o eu-lírico da letra. Foi quando nos atentamos pros versos "caminho de boto é descaminho/ nas águas do Andirá", e chegamos a uma conclusão de que existia a lenda do boto cor de rosa. Só que não conhecíamos muito bem. E no dia seguinte já sabíamos que o boto era o eu-lírico da composição, e quando começamos a cantar foi como se estivéssemos cantando outra música. Foi mágico. É claro que depois tudo ficou muito claro, como deve ter sido de primeira pra algumas pessoas, mas a gente sempre lembra com muito carinho esse dia.
E olha esse comentário de cinco anos atrás que a gente só viu agora. Que bom que coisa boa não tem tempo.. É muito bonito de ver o poder que a música tem. ❤ e isso só é possível quando chega à uma escuta atenta, curiosa e carinhosa. Obrigado por compartilhar essa história com a gente!
Foi cunhã que me viu lá na beira Foi cunhã a que me fez boiar Foi cunhã na manhã derradeira Cunhatã a que me fez voltar Arrepio no meião do rio Arrebol fez rajada no ar Ela passa e eu desconfio Que o mundo está quase a tornar De ponta a cabeça, desvario A caminho de acabar Foi cunhã, vi descer a ladeira Foi cunhã, para a beira lavar Desconjuro no fundo do furo Desnorteio buscando no ar Desgraçada aventureira Que me veio amaldiçoar Não troço mais graça alvissareira Nem vou mais malinar Foi cunhã do alto da ribanceira Foi cunhã meu caminho cruzar Foi cunhã feito flecha certeira Cunhatã nunca mais vou tocar Fez feitiço pra me dar sumiço Arapuca pra quando eu passar Eu pra sempre serei bicho Não posso mais gente virar Caminho de boto é descaminho Nas águas do Andirá Noite de maré cheia De estrela a nos alumiar Toda gente se arrodeia Querendo engerado me olhar Não faço nem mal a ninguém Não tem mais quem queira me amar Não troço mais graça alvissareira Nem vou mais malinar Foi cunhã Foi cunhã Foi cunhã Foi cunhã Foi cunhã, minha alma festeira Foi cunhã, mal olhado lançar Foi cunhã, feito cobra rasteira Cunhatã quis me escorraçar Meia noite no breu um açoite Lua cheia que Deus fez sumir Serpenteia, rara noite A modo de me redimir Ó, minha mãe d'água milagreira Me faça guerreiro resistir À vingança de cunhã Que, prometo, nunca procurei Feito cego em frente ao sol Sou peixe no seu anzol Mas eu mesmo me pesquei Quando dei confiança pra cunhã Inventei um fim pra mim Noite de maré cheia De estrela a nos alumiar Toda gente se arrodeia Querendo engerado me olhar Não faço nem mal a ninguém Não tem mais quem queira me amar Não troço mais graça alvissareira Nem vou mais malinar Noite de maré cheia De estrela a nos alumiar Toda gente se arrodeia Querendo engerado me olhar Não faço nem mal a ninguém Não tem mais quem queira me amar Não troço mais graça alvissareira Nem vou mais malinar
Será que existe um lugar onde a letra é discutida? Eu amo a musica e toda vez vou entendendo ela melhor, mas gostaria mesmo de saber se o que eu entendo é o que é de fato dito haha
To pensando nisso agora. E com certa pena do boto, que tá preso numa forma só. Mas aí lembro do motivo provável pelo qual a cunhã amaldiçoou ele e super concordo com a atitude dela kkkkkkk
Ana, acabei de postar um comentário sobre isso mais acima. Dá uma procurada no google sobre a lenda do boto cor de rosa. O eu-lírico da letra é o próprio boto. Ele se apaixona pela cunhã e narra sua própria desgraça.
Então, a música se chama "A vingança de cunhã". Cunhã significa mulher, se não me engano, mulher de caboclo. Essa música - na minha interpretação - conta a história de um ponto de vista que não estamos costumados a ouvir, da parte do boto que no caso é o eu-lirico da música como disse o colega ali. A lenda do boto conta que o tal, todas as noites se transformava em um homem que seduzia e até mesmo matava mulheres, e cunhã vem descendo a ladeira pra no rio lavar e encontra com um boto, mas dessa vez ele quem é seduzido por cunhã que o amaldiçoa de modo que ele não pode mais gente virar. 'caminho de boto é descaminho nas águas do Andirá
Sempre me arrepio ouvido e cantando essa música, sinto uma verdade nela.
Essa música me arrepia há quase uma década...
Conheci essa música nesse mês, minha esposa me apresentou em viagem pelas estradas de Minas Gerais, sou professor e levarei essa música para a Sala de Aula. Fantástica composição, composição que fala sobre o folcore/ lendas da civilização brasileira, de ancestralidade indígena.
Essa música firma um elo muito bonito entre mim e uma amiga minha. A conheci no lugar onde trabalhava, numa empresa de telemarketing. Conheci a banda e apresentei a ela. De cara essa foi a nossa música preferida. Sentávamos juntos todos os dias e ficávamos cantando essa e outras da banda nos intervalos de cada ligação. Era um ótimo passa-tempo, e a voz dela é incrível e acalmava a minha alma. Certo dia passamos o expediente todo tentando decifrar essa música. Primeiro que algumas palavras não fazem parte do nosso linguajar, como "cunhã". Pesquisamos e no dia seguinte nos perguntávamos quem seria o eu-lírico da letra. Foi quando nos atentamos pros versos "caminho de boto é descaminho/ nas águas do Andirá", e chegamos a uma conclusão de que existia a lenda do boto cor de rosa. Só que não conhecíamos muito bem. E no dia seguinte já sabíamos que o boto era o eu-lírico da composição, e quando começamos a cantar foi como se estivéssemos cantando outra música. Foi mágico. É claro que depois tudo ficou muito claro, como deve ter sido de primeira pra algumas pessoas, mas a gente sempre lembra com muito carinho esse dia.
Que lindo! 💓
Que coisa mais linda!!!!!
É sempre muito gostoso mergulhar fundo em uma música.
Tenho ótimos momentos assim com meu marido. 💖
@@ariceny demais! 💖
E olha esse comentário de cinco anos atrás que a gente só viu agora. Que bom que coisa boa não tem tempo.. É muito bonito de ver o poder que a música tem. ❤ e isso só é possível quando chega à uma escuta atenta, curiosa e carinhosa.
Obrigado por compartilhar essa história com a gente!
Uma das coisas mais lindas dos últimos tempos da nossa brasileirice ! Parabéns! Transcende muita coisa!
Foi cunhã que me viu lá na beira
Foi cunhã a que me fez boiar
Foi cunhã na manhã derradeira
Cunhatã a que me fez voltar
Arrepio no meião do rio
Arrebol fez rajada no ar
Ela passa e eu desconfio
Que o mundo está quase a tornar
De ponta a cabeça, desvario
A caminho de acabar
Foi cunhã, vi descer a ladeira
Foi cunhã, para a beira lavar
Desconjuro no fundo do furo
Desnorteio buscando no ar
Desgraçada aventureira
Que me veio amaldiçoar
Não troço mais graça alvissareira
Nem vou mais malinar
Foi cunhã do alto da ribanceira
Foi cunhã meu caminho cruzar
Foi cunhã feito flecha certeira
Cunhatã nunca mais vou tocar
Fez feitiço pra me dar sumiço
Arapuca pra quando eu passar
Eu pra sempre serei bicho
Não posso mais gente virar
Caminho de boto é descaminho
Nas águas do Andirá
Noite de maré cheia
De estrela a nos alumiar
Toda gente se arrodeia
Querendo engerado me olhar
Não faço nem mal a ninguém
Não tem mais quem queira me amar
Não troço mais graça alvissareira
Nem vou mais malinar
Foi cunhã
Foi cunhã
Foi cunhã
Foi cunhã
Foi cunhã, minha alma festeira
Foi cunhã, mal olhado lançar
Foi cunhã, feito cobra rasteira
Cunhatã quis me escorraçar
Meia noite no breu um açoite
Lua cheia que Deus fez sumir
Serpenteia, rara noite
A modo de me redimir
Ó, minha mãe d'água milagreira
Me faça guerreiro resistir
À vingança de cunhã
Que, prometo, nunca procurei
Feito cego em frente ao sol
Sou peixe no seu anzol
Mas eu mesmo me pesquei
Quando dei confiança pra cunhã
Inventei um fim pra mim
Noite de maré cheia
De estrela a nos alumiar
Toda gente se arrodeia
Querendo engerado me olhar
Não faço nem mal a ninguém
Não tem mais quem queira me amar
Não troço mais graça alvissareira
Nem vou mais malinar
Noite de maré cheia
De estrela a nos alumiar
Toda gente se arrodeia
Querendo engerado me olhar
Não faço nem mal a ninguém
Não tem mais quem queira me amar
Não troço mais graça alvissareira
Nem vou mais malinar
Coisa linda
Uma das músicas mais lindas do álbum +_+.
Belezura de linda esta canção, festejar em jeito de cantar. Tô aqui encantado.
Pietá... Preciso vê-los ao vivo aqui em SP!!! POR FAVOR!
Que maravilhoso!!!!
Cunhã se vingou de mim, estou morrendo de amores até agora, volta logo !
Que coisa maravilhosa!
Lindeza, meus amigos!
Eita, essa música ❤
O Album tá todo lindo, mas essa música
4:52 ❤
MARAVILHA
15 de dezembro de 2020 às 19:41 ❤
Pessoal, alguém conseguiu tirar a cifra dessa música? PRECISO DE MAIS! ;\
Será que existe um lugar onde a letra é discutida? Eu amo a musica e toda vez vou entendendo ela melhor, mas gostaria mesmo de saber se o que eu entendo é o que é de fato dito haha
To pensando nisso agora. E com certa pena do boto, que tá preso numa forma só. Mas aí lembro do motivo provável pelo qual a cunhã amaldiçoou ele e super concordo com a atitude dela kkkkkkk
Dancar no rio
❤️
Essa música...
Gente, alguém sabe do que exatamente essa música fala? Muito maravilhosa!!!
Ana, acabei de postar um comentário sobre isso mais acima. Dá uma procurada no google sobre a lenda do boto cor de rosa. O eu-lírico da letra é o próprio boto. Ele se apaixona pela cunhã e narra sua própria desgraça.
Muito obrigada, Alberto!! Eu até tava supondo que era sobre o Boto mesmo, mas não tinha muita convicção. ;)
Ana Torres disponha, Ana!
Então, a música se chama "A vingança de cunhã". Cunhã significa mulher, se não me engano, mulher de caboclo. Essa música - na minha interpretação - conta a história de um ponto de vista que não estamos costumados a ouvir, da parte do boto que no caso é o eu-lirico da música como disse o colega ali. A lenda do boto conta que o tal, todas as noites se transformava em um homem que seduzia e até mesmo matava mulheres, e cunhã vem descendo a ladeira pra no rio lavar e encontra com um boto, mas dessa vez ele quem é seduzido por cunhã que o amaldiçoa de modo que ele não pode mais gente virar.
'caminho de boto é descaminho nas águas do Andirá
@@UniaoRoleplay Obrigada! bela interpretação
Não quero nem saber o gênero, que essas três pessoas que deram dislike, curte.
Cent'anni † Omertà