ESTÂNCIA DO BATOVI -- ORIGEM DE SÃO GABRIEL

A ESTÂNCIA DO BATOVI
O subdistrito do Batovi- São Gabriel, foi palco de muitas batalhas, ali nasceu a primeira São Gabriel em 1800 pelo espanhol Dom Felix de Azara, também ali, foi fronteira, quando o um cerro era Espanhol e o outro era Português, sendo marco da Fronteira seca.
Ali passaram tropas de cinco países: Espanha, Portugal, Brasil, Uruguai e Argentina.
Contudo, foi bem antes, lá pelos anos de 1687, existiu uma estância Jesuítica, para criação de gado. Com os tratados mudando as divisas, as terras do Batovi entraram nos conflitos constantes entre Portugueses e Espanhóis. No Tratado de Madri, 1750 Espanhola, com o Tratado de Santo Ildefonso de 1777, fronteira entre Espanha e Portugal.
O engenheiro Antonio Adolfo Frederico Sewloh, que pertenceu ao exército do Marquês de Barbacena, na sua passagem em 1827, que almoçou com o proprietário de uma Estância chamada Batovi, o Brigadeiro João de Deus Menna Barreto, fundador da São Gabriel Portuguesa e pai do Marechal João Propício de Figueiredo Menna Barreto. Ambos foram Barão de São Gabriel, mais o primeiro Barão João de Deus Menna Barreto, veio a ser agraciado com o título de Visconde de São Gabriel no ano 1846.
A estância mais tarde pertenceu a Gaspar Francisco Menna Barreto.
Depois pertenceu a Ricardo Bicca Filho, conhecido por Sinhô Bicca, casado com Emerenciana, que vendeu ao dono da Charqueada do Vacacaí, Senhor Antonio Maria Martins, casado com Elda Camara, pais de Maria, Ceres, Elda, Helena, Lourdes, Octacílio e Terezinha. No ano de 1922 a filha Elda sofreu uma crise de apêndice, foi operada em Pelotas pelo médico Dr. Edmond Berchon D’es Essarts, gabrielense. Fizeram uma promessa, que se a filha se recuperasse restaurariam a Capela.
A capela também foi restaurada nos anos 70, o altar foi restaurado pelas mãos habilidosas de Antonio Abib.
A data da construção da estância é datada em 1687, fazendo alusão a antiga estância Jesuítica, portanto existem historiadores que dizem não ser a mesma, e que a antiga estância ficava próxima ao local.
Ricardo Bicca, vendeu a estância para Alfredo Faria Corrêa, casado com Manuela Bicca. A estância ficou com a filha Lígia, casada com o General Cícero Saldanha Bicca (Filho do Ricardo Bicca com Emerenciana).
Na década de 60 foi adquirida por Ernani Kurtz de Oliveira, casado com Rosa Maria Fleck. Mais tarde ficou com a esposa e as filhas Martha, Leonor e Andréia. Administrada pelo Rodrigo filho de Martha e Augusto Mascarenhas de Souza.
FONTES
RIETH, Myrta Luza Garcia Dias, - ESTÂNCIAS. Pallotti.
FIGUEIREDO, Osorio Santana, - HISTÓRIA DE SÃO GABRIEL, Pallotti.