006. De Dom Dinis a Dom Fernando (1279-1383): Santa Isabel e Inês de Castro

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  • เผยแพร่เมื่อ 17 ก.ย. 2024
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    Dom Dinis, o pai da pátria ou o lavrador, governou Portugal entre 1279 e 1325. Seu reinado foi muito próspero tanto do ponto de vista econômico quanto do cultural. A partir de uma iniciativa de bispos junto ao Papa Nicolau IV, D. Dinis autorizou a criação de um Estudo Geral que algum tempo depois se tornará a Universidade de Coimbra. Incentivou o comércio marítimo, plantou o Pinhal de Leiria e distribuiu títulos de nobreza para os que se dedicavam à agricultura. No fim da vida lutou contra seu filho, o Infante D. Afonso, numa guerra civil entre 1320 e 1324.
    Dona Isabel de Aragão foi esposa do rei D. Dinis, o Pai da Pátria. Inúmeros milagres são atribuídos à sua intercessão. Caridosa, bondosa e corajosa, pôs fim à contenda entre D. Dinis e seu filho, o Infante D. Afonso, que poderia ter se tornado uma grave guerra civil. Foi beatificada pelo Papa Leão X em 1516, vindo a ser canonizada,pelo Papa Urbano VIII em 1625.
    Dom Afonso IV, o bravo, reinou entre 1325 e 1357. De espírito guerreiro, se destacou em inúmeras batalhas. Após uma guerra contra Castela (1336-1338), por intermédio do Papa Bento XII, fica estabelecido um pacto de auxílio mútuo, em 1339. Este será invocado por Castela no ano seguinte, 1340, quando Abul Hassan, rei do Marrocos, se une ao rei de Granada, grande reduto sarraceno na Espanha, para tentar reconquistar a península. D. Afonso IV e o exército português são decisivos na vitória dos cristãos nesta batalha que entrou para a história com o nome de Batalha do Salado. Esta foi a última ameaça grave de conquista muçulmana na região. Em 1348, com a chegada da Peste Negra, Portugal enfrenta sérias dificuldades econômicas. Em 1352 são promovidas as primeiras expedições para as Canárias.
    Inês de Castro, descendente bastarda de D. Sancho IV de Castela, e de família nobre galega, protagonizou um episódio que deixou profundas marcas emocionais na História de Portugal. Tinha um caso amoroso com o Infante Pedro, filho de D. Afonso IV, e acabou sendo assassinada a mando deste. Por conta disso filho e pai acabaram se enfrentando num conflito. Quando assume o trono, o agora Dom Pedro I se vinga dos conselheiros do pai que cooperaram com a morte da amada. Anuncia que havia se casado secretamente com Inês, o que fazia dela uma rainha póstuma. Em Alcobaça, mandou levantar um belo túmulo onde ambos estão enterrados.
    D. Pedro I, o justiceiro (1357-1367), governou com mão de ferro e verdadeira obsessão pela ordem e por justiça. Vingou-se cruelmente daqueles que auxiliaram seu pai a assassinar Inês de Castro. Transferiu o corpo da amada de Coimbra para Alcobaça e anunciou que havia se casado com ela secretamente. Reuniu as Cortes em 1361 e atendeu vários dos pedidos de seus súditos, inclusive com a punição de funcionários reais que abusavam de seu poder. Punia exemplarmente os criminosos, independente de sua posição social e, por isso, alcançou grande popularidade.
    Dom Fernando I, o formoso (1367-1383), foi o último rei da Dinastia de Borgonha. Os primeiros anos de seu reinado foram marcados por três guerras desastrosas com Castela. Incentivou a produção naval e o comércio marítimo. Firmou uma aliança com a Inglaterra em 1373 e, dois anos depois, promulgou a Lei das Sesmarias, que foi determinante para o incremento da produção de cereais em Portugal. O fato que desembocará na crise que põe fim à dinastia foi seu casamento secreto com Leonor Teles, em 1371. Morre em 1383 e o processo de sucessão do trono durará dois anos e terminará com o início da Dinastia de Avis.

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