Vila Soeiro em FPV | Guarda - Portugal

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  • เผยแพร่เมื่อ 22 ต.ค. 2024

ความคิดเห็น • 5

  • @fabianabagatin8836
    @fabianabagatin8836 4 ปีที่แล้ว

    Que ligar lindo. Faz mais vídeos de Guarda. Da parte moderna e parques da cidade.

  • @pedroptga1
    @pedroptga1 4 ปีที่แล้ว

    Sugestão do próximo vídeo, subida até à cascata do Caldeirão

  • @moneyvirtualviramoneyreal1435
    @moneyvirtualviramoneyreal1435 4 ปีที่แล้ว

    Muito fixe amigo

  • @Xando372
    @Xando372 3 หลายเดือนก่อน

    Amorosamente rejeitado por uma septuagenária
    Quando tinha 27 anos, vivi numa aldeia em acelerado processo de desertificação humana, no sopé da Serra da Estrela. Fiz amizade com um dos últimos casais de idosos que ainda ali habitava na dura labuta dos campos. Em tempo de invernia, como eu não tinha lareira no meu gélido tugúrio e senti que os velhotes em causa apreciavam a companhia das raras visitas, costumava desfrutar do seu fogo com dois dedos de conversa, cerca de uma hora após o jantar. Numa dessas noites de tranquilo convívio, já não me recordo o porquê, mas estava só eu e a simpática senhora na cozinha, sentados de fronte da lareira. A conversa tinha chegado a um hiato, deixando-nos ficar mesmerizados pela dança bruxuleante das chamas. Nisto, percebi que ela, meditabunda, olhava fixamente para mim, o que me causou algum desconforto. Por entre o crepitar da lenha consumida, quase dava para escutar o seu cérebro maquinar. Eu sabia que a verbalização desses pensamentos seria tão inevitável quanto desconcertante.
    Com a seriedade pragmática de camponesa habituada a uma vida com pouco espaço para lirismos, declarou: “ você até que é bonitinho, mas se eu fosse nova não me casaria consigo porque não saberia o que lhe dar de comer.”
    (Na véspera, a amável anfitriã tinha-me questionado como poderia eu sobreviver sendo vegetariano - um conceito que lhe era totalmente estranho.)
    Tenho saudades dessa velhinha bem querida e profícua em humor involuntário.
    **Azuis problemáticos**
    Na frente morava outro casal em que ambos estavam próximos de completar oito décadas sempre naquela aldeia onde acabava a estrada.
    O marido com frequência via-me lavar roupa no tanque comunitário. Um dia não resistiu fazer um comentário baseado no seu conservadorismo de rígidos papéis de género, que hoje seria classificado como preconceito machista, mas que mostrava ter dó de mim: “você precisa arranjar uma mulher.”
    Seguiu-se uma pausa silenciosa em que ele, ponderando melhor sobre o assunto, ficou com uma expressão facial algo pesarosa que logo se alterou para resignação tranquila ante a realidade dos factos interpretada por muita experiência de vida. Concluiu: "mas você ainda não tem dinheiro para isso"...
    Eu anuí, acrescentando de forma algo enigmática (ou nem por isso): "também ainda não perdi o apreço pela liberdade e pela vida"...
    Quase sempre que nos encontrávamos, ele, com pícara concupiscência, dava-me conselhos sobre o que os homens devem tomar (ex.: aguardente; gemadas; amendoim com piri-piri,...) para assegurar ereções. Enfatizava com uma risadinha malandra e um gesto obsceno levantando o antebraço de punho fechado. Pretendia que eu acreditasse que ele ainda era um garanhão.
    Certa feita, estava eu a ajudá-lo a carregar lenha quando me fez a confissão inesperada de que a sua velha esposa ainda o procurava de noite "querendo uma gaitada"(sic). ; e ele tinha que repelir tais avanços esclarecendo-a que \[ele\] já não dava conta.
    Volvidas umas semanas, para meu profundo constrangimento, vi-me envolvido numa dramática cena relacionada com a conturbada sexualidade desse casal geriátrico...
    Eu já estava junto do meu carro, pronto para ir até à cidade mais próxima (a Guarda), quando fui abordado pelo senhor em causa, pedindo-me uma boleia.
    Vinha invulgarmente afobado e pedia-me pressa. Nisto surgiu a sua esposa, perseguindo-o. Acenou-me para que eu a esperasse. Chegada à minha beira, rogou-me que não levasse o marido. Ele dizia-me que não a escutasse. Começou a discussão. Logo ela me informou q o descarado tinha intenção de ir às putas! Ele não o negava, apenas queria que a sua consorte (ou azarada?) parasse de fazer um escândalo na rua e voltasse caladinha para o recato do lar. Boa sorte com isso... afastando-se de qualquer entendimento, pareciam estar prestes a se envolver numa altercação física! A celeuma escalava ao ponto da senhora me tentar manipular com a ameaça de que a nossa amizade corria sérios riscos, caso eu levasse o marido para a "má vida". Ele, incapaz de impor alguma autoridade patriarcal, sentia que estava a ser publicamente humilhado (aparentemente sem perceber, ou sem importar, que estava a sujeitar a companheira a uma dose pior do mesmo, ), o que se lhe afigurava tão intolerável quanto a negação dos seus mais primitivos e prementes desejos.
    Eu permanecia em silêncio, desejando um buraco para me enfiar. Suponho que o meu pendura pretendia o mesmo, só pensávamos em buracos diferentes naquele lamentável momento.
    Vendo-se incapaz de vencer e tentando manter um resquício de orgulho com a autoestima em frangalhos, a vexada senhora virou costas, regressando a casa.
    Acabei por transportar o velho putanheiro, cuja libido e pénis moribundo faziam horas extras à conta dos famosos comprimidos azuis - que ele tomou mal entrou no carro.
    Antes dos telemóveis e dos GPS estarem acessíveis a todos nós, ele soube dar-me indicações precisas sobre onde deveria deixá-lo. Tratava-se de um prédio num bairro periférico, cujos apartamentos eram maioritariamente ocupados por estudantes. Quando saiu do carro, ele , entusiasmado, confirmou-me que a rebaldaria seria com universitárias!...