Não há um dia em que eu não tema a minha morte ou a dos que me são queridos. Desde pequenina mesmo... aprendi a conviver com isso (muita terapia desde os meus 5 anos) e já não vou ao psicólogo ou ao psiquiatra há uns 10 anos. Tenho TOC desde os 15 e já fiz medicação. Melhorou, não passou, mas não gosto de andar medicada. Não tomo nada aí há uns 7 anos. Aceito (que acho que é algo muito importante), luto diáriamente, com dias espectaculares e outros em que me passo comigo. Não escondo, mas nem toda a gente sabe porque depois qq comportamente higiénico normal, é visto logo como fobia (e não o é, sempre) e se alguém reage mal ou com um certo "ai, que estranho que é" eu digo logo "tu podes fugir de mim... imagina eu qd olho com esses olhos assim para mim, mas não posso fugir, de mim, para nenhum lado!" 😉 Não é fácil e felizmente tive um bom apoio familiar. De compreensão ou de (pelo menos) tentativa! Foram os meus pais, mesmo sendo muito mais velhos que os Pais dos meus amigos, que tinham uma mente muito à frente, muito aberta e que me ajudaram a assumir, aceitar, tratar e o resto do mundo não interessa o que pensa. Irrito-me muitas vezes por ser assim, mas brinco muito mais e "gozo" muito comigo, por forma a relativizar a situação, mesmo que às vezes no meio de lágrimas! É o que é, sou como sou! Quase 51 anos, mas (embora muitas vezes a condicionar-me) consigo levar uma vida "normal". Aceitar é um passo muito importante para nos fortalecermos contra o estigma, contra a "doença", e na nossa personalidade para enfrentar "a diferença"! É a vida a acontecer! Boas festas!!!
Revi-me completamente no medo, que a Ana referiu em relação ao filho. Quando o meu filho era pequeno, eu adorei ser mãe, mas não vivi essa experiência de uma forma tranquila. Infelizmente, tinha sempre tanto medo que algo lhe acontecesse, que não saboreei a maternidade devidamente. Felizmente, o meu marido era muito mais relaxado. Às vezes isso até levava a desentendimentos entre nós. Mas hoje percebo que, o facto do pai o incentivar a não ter medo e a arriscar certas coisa, foi benéfico. Porque o meu filho tornou-se um adulto menos medroso e ansioso do que eu.
Se me permites a intervenção Raminhos, acho que a ideia de que hoje a nossa ansiedade é desproporcional porque "já não há bisontes" não me parece real. Hoje em dia, à partida não teremos de fugir de animais selvagens, mas temos contas para pagar, empregos instáveis, pandemias, doenças graves, acidentes rodoviários, medo de ser rejeitado, problemas familiares, e mais um inúmeros e vasto conjunto de ameaças modernas que são tão válidas em causar ansiedade como a possibilidade de ser morto por um animal selvagem. Pq se analisarmos bem, qlq um desdes medos modernos remrte para uma única questão básica.. a nosso sobrevivência e a sobrevivência daqueles que nos são mais queridos
Esses fatores como medo de rejeição não deixam de ser distorções cognitivas. São reais, mas as nossas mentes têm um grande poder de exagerar. Ao contrário do risco de morte imediato que os nossos ancestrais enfrentavam, as situações que enfrentamos hoje não justificam o mesmo nível de ansiedade.
Claro... Há outros motivos que despoletam essa ansiedade, mas acho que antigamente eram mais facilmente identificáveis... hoje sofremos e muitas vezes demoramos a entender de onde vem :)
Conhecer a história do Dr. Ihaleakala ajudou no meu caso a aceitar o subconsciente e a perceber porque os pensamentos são tão bizarros, vêm de memórias gravadas no subconsciente como se fosse memória num disco rigido de um computador. "Não há nada lá fora" Dr. I hale aka la Algo muito, mas muito mesmo fora da caixa, mas resulta. Parar os pensamentos obsessivos com frases simples. Eu te amo! Obrigada!
😂😂😂😂 As últimas vezes que tive ansiedade extrema fiquei com " ligação direta" ao ponto de comer cereais de arroz ou nem comer, mas graças a Deus correu tudo bem nessas situações e não havia razão para tanta ansiedade, ou foi a ansiedade que fez com que corresse tudo bem?🙄🤔😂" "A vida é uma tragédia vista de perto, mas vista de longe é uma comédia" Charlie Chaplin
Epá, essa luz da câmara central, quando passa para o plano aberto, não está boa. As pessoas ficam verdes e baças. Calculo que já tenham percebido isso, mas como já vi um episódio atenterior assim, começa a incomodar-me. Às tantas até pode ser um efeito propósitado 😂 espero que não
@raminhos, parece que eu fiz uma observação meio desnecessária. Como se me importasse mais com a aparencia do video do que com o conteúdo. Queria dizer que não. Apreciei bastante o conteúdo. Aliás, como sempre. Não perco um episódio, porque fazem-me refletir bastante sobre mim mesma e a compreender-me melhor. E, consequentemente aprendo a lidar melhor com as minhas questões e com as dos outros. Muito útil o teu podcast. Obrigada
@@raminhos Deves estar a filmar em log. tens de ver as definições da maquina e depois o pc fazer um ajuste nas cores e luz etc. pesquisa por "log video". Aparece bastante coisa. espero ter ajudado. ab
É incrível como me revi nesta conversa. Obrigada Raminhos, já tinha dito isto por aqui, mas o que tu fazes é serviço público.
Não há um dia em que eu não tema a minha morte ou a dos que me são queridos. Desde pequenina mesmo... aprendi a conviver com isso (muita terapia desde os meus 5 anos) e já não vou ao psicólogo ou ao psiquiatra há uns 10 anos. Tenho TOC desde os 15 e já fiz medicação. Melhorou, não passou, mas não gosto de andar medicada. Não tomo nada aí há uns 7 anos. Aceito (que acho que é algo muito importante), luto diáriamente, com dias espectaculares e outros em que me passo comigo. Não escondo, mas nem toda a gente sabe porque depois qq comportamente higiénico normal, é visto logo como fobia (e não o é, sempre) e se alguém reage mal ou com um certo "ai, que estranho que é" eu digo logo "tu podes fugir de mim... imagina eu qd olho com esses olhos assim para mim, mas não posso fugir, de mim, para nenhum lado!" 😉 Não é fácil e felizmente tive um bom apoio familiar. De compreensão ou de (pelo menos) tentativa! Foram os meus pais, mesmo sendo muito mais velhos que os Pais dos meus amigos, que tinham uma mente muito à frente, muito aberta e que me ajudaram a assumir, aceitar, tratar e o resto do mundo não interessa o que pensa. Irrito-me muitas vezes por ser assim, mas brinco muito mais e "gozo" muito comigo, por forma a relativizar a situação, mesmo que às vezes no meio de lágrimas! É o que é, sou como sou! Quase 51 anos, mas (embora muitas vezes a condicionar-me) consigo levar uma vida "normal". Aceitar é um passo muito importante para nos fortalecermos contra o estigma, contra a "doença", e na nossa personalidade para enfrentar "a diferença"!
É a vida a acontecer!
Boas festas!!!
Revi-me completamente no medo, que a Ana referiu em relação ao filho. Quando o meu filho era pequeno, eu adorei ser mãe, mas não vivi essa experiência de uma forma tranquila. Infelizmente, tinha sempre tanto medo que algo lhe acontecesse, que não saboreei a maternidade devidamente. Felizmente, o meu marido era muito mais relaxado. Às vezes isso até levava a desentendimentos entre nós. Mas hoje percebo que, o facto do pai o incentivar a não ter medo e a arriscar certas coisa, foi benéfico. Porque o meu filho tornou-se um adulto menos medroso e ansioso do que eu.
Mais uma conversa extraordinária! Matem-se a viver! Tenho tanto de Ana Markl! 🙏
Se me permites a intervenção Raminhos, acho que a ideia de que hoje a nossa ansiedade é desproporcional porque "já não há bisontes" não me parece real. Hoje em dia, à partida não teremos de fugir de animais selvagens, mas temos contas para pagar, empregos instáveis, pandemias, doenças graves, acidentes rodoviários, medo de ser rejeitado, problemas familiares, e mais um inúmeros e vasto conjunto de ameaças modernas que são tão válidas em causar ansiedade como a possibilidade de ser morto por um animal selvagem. Pq se analisarmos bem, qlq um desdes medos modernos remrte para uma única questão básica.. a nosso sobrevivência e a sobrevivência daqueles que nos são mais queridos
Esses fatores como medo de rejeição não deixam de ser distorções cognitivas. São reais, mas as nossas mentes têm um grande poder de exagerar. Ao contrário do risco de morte imediato que os nossos ancestrais enfrentavam, as situações que enfrentamos hoje não justificam o mesmo nível de ansiedade.
Claro... Há outros motivos que despoletam essa ansiedade, mas acho que antigamente eram mais facilmente identificáveis... hoje sofremos e muitas vezes demoramos a entender de onde vem :)
Conhecer a história do Dr. Ihaleakala ajudou no meu caso a aceitar o subconsciente e a perceber porque os pensamentos são tão bizarros, vêm de memórias gravadas no subconsciente como se fosse memória num disco rigido de um computador.
"Não há nada lá fora" Dr. I hale aka la
Algo muito, mas muito mesmo fora da caixa, mas resulta.
Parar os pensamentos obsessivos com frases simples.
Eu te amo! Obrigada!
😂😂😂😂
As últimas vezes que tive ansiedade extrema fiquei com
" ligação direta" ao ponto de comer cereais de arroz ou nem comer, mas graças a Deus correu tudo bem nessas situações e não havia razão para tanta ansiedade, ou foi a ansiedade que fez com que corresse tudo bem?🙄🤔😂" "A vida é uma tragédia vista de perto, mas vista de longe é uma comédia"
Charlie Chaplin
Epá, essa luz da câmara central, quando passa para o plano aberto, não está boa. As pessoas ficam verdes e baças. Calculo que já tenham percebido isso, mas como já vi um episódio atenterior assim, começa a incomodar-me. Às tantas até pode ser um efeito propósitado 😂 espero que não
Pois não, foi um problema com a câmara, mas digamos agora que é um efeito😅
@@raminhosfoi o que eu pensei 😂
@raminhos, parece que eu fiz uma observação meio desnecessária. Como se me importasse mais com a aparencia do video do que com o conteúdo. Queria dizer que não. Apreciei bastante o conteúdo. Aliás, como sempre. Não perco um episódio, porque fazem-me refletir bastante sobre mim mesma e a compreender-me melhor. E, consequentemente aprendo a lidar melhor com as minhas questões e com as dos outros. Muito útil o teu podcast. Obrigada
@@raminhos Deves estar a filmar em log. tens de ver as definições da maquina e depois o pc fazer um ajuste nas cores e luz etc. pesquisa por "log video". Aparece bastante coisa. espero ter ajudado. ab
@@isamar5250hahahah não tens que ficar preocupada com isso. Entendi perfeitamente :)