Exposição: São Paulo Invisível - Mesa 4

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  • เผยแพร่เมื่อ 26 ม.ค. 2025
  • O Museu da Cidade de São Paulo recebe a exposição São Paulo Invisível, com curadoria de Alecsandra Matias e coordenação de Henrique Siqueira. A instituição aceita o desafio de apresentar uma mostra com “processo curatorial participativo e visitável pelo público, e por conter, em seus painéis expositivos, os números e as histórias que se relacionam com eles, construídos como intervenções artísticas. Com essa proposição, assumimos a abertura da exposição com os painéis vazios, como lousas a serem riscadas com o conteúdo que emergir das conversas entre curadoria e convidados”, explica Henrique Siqueira.
    A curadoria da São Paulo Invisível possui uma sala de escuta - o Laboratório dos números - com mesas de debates em datas definidas, sobre temas diversos, cujas informações, em números, contribuirão para a forma da mostra, para a reflexão e para dar visibilidade a estes grupos sociais - construção de conteúdo se dá no decorrer da mostra. Painéis criados por artistas, em diferentes linguagens, nascerão conforme o desenrolar dos encontros retratando presenças de uma cidade real, não pré-idealizada, tanto individuais como coletivas, que se recusam a desaparecer no tempo.
    “Por pertencer a uma categoria de museu (“museu de cidade”) que tem a metrópole como objeto de atenção, propusemos olhar para alguns grupos sociais que historicamente se mantiveram desapercebidos pela sociedade e pelo poder público”, explica Henrique Siqueira. A busca da curadora e pesquisadora Alecsandra Matias é pelo retrato e registro real da cidade, sempre descrita por números, cifras, estatísticas e percentagens grandiosas que contam histórias, mas podem não registrar um grande segmento da população que foge ao padrão da base de cálculo das políticas urbanas - um grupo de invisíveis que ainda resistem. A função primordial dos ciclos de encontros do Laboratório dos números é o de justamente conhecer quais são os registros reais que mostram a presença ou a ausência desses “invisíveis” da cidade, quais histórias por trás dos números. “Os pesquisadores, artistas e agentes convidados trazem experiências e relatos que podem mudar conceitos endurecidos. As ideias, os fatos, os dados de pesquisas discutidos a cada encontro colocam a história oficial versus as polifonias mnemônicas”, diz a curadora.
    São temas em discussão atualmente que passam por negros, índios, temáticas de gênero, refugiados, desabrigados, e outros tantos que apresentam desafios. Os seis encontros programados terão grupos envolvidos com as temáticas tanto de reconhecimento como pertencimento. As obras de arte - painéis - criados in loco pelos artistas convidados, serão resultados dessas discussões, cada um com linguagem própria de cada criador. “São intervenções motivadas por repensar os temas e nos trazer a visualidade dessa cidade resistente”, explica Alecsandra Matias.
    Findos os encontros e concluídos os painéis, “São Paulo Invisível” propõe uma questão: é possível a escrita de uma história na qual caibam os plurais? Responde a curadora: “Difícil pergunta! Mas, creiam! Estaremos mais próximos da descoberta de uma nova versão de cidade”.
    Agenda - Palestrantes e artistas
    Mesa 1 - 29/setembro às 19h - Negro, cadê seu lugar?
    Deri Andrade, Preta Rara e Prof. Dra. Gislene Aparecida dos Santos
    Criação do painel: Junião
    Mesa 2 - 30/setembro às 19h - Ser índio hoje
    Prof. Eva Aparecida dos Santos, Carlos José Ferreira dos Santos e Marília Xavier Cury
    Criação do Painel: Morara Brasil
    Mesa 3 - 01/outubro às 19h - Masculinidade, heterossexualidade compulsória e eurocentrismo
    Marcela Tiboni, Casa 1 com Bruno O e Amara Moira
    Criação do painel: Laura Guimarães
    Mesa 4 - 02/outubro às 19h - Êxodo, imigração e refugiados
    Rose Satiko Hikiji, Duda Porto de Souza e Maria Luiza Tucci Carneiro
    Criação do painel: Gil Duarte e Binário Armada
    Mesa 5 - 05/outubro às 19h - Às margens do acesso
    Andrea Paula dos Santos Kamensky, Padre Júlio Lancellotti e Marcelo Batista Nery
    Criação do painel: Alan Fujito
    Mesa 06 - 06/outubro às 19h - Memórias apagadas: vila, cidade e metrópole
    Percival Tirapeli, Giselle Beiguelman e Raquel Glezer
    Criação do painel: Helena Kozuchowicz e Paulo von Poser

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