Desvendando o Efeito Catedral em “O Iluminado” | ANÁLISE PSICOLÓGICA

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00:00 - Intro
01:01 - A NeuroArquitetura
03:53 - O Efeito Catedral
07:00 - O Setting Criativo de Jack Torrance no Hotel Overlook
09:10 - Conclusão e Aplicação Prática
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🕵️‍♂️ Descubra os segredos profundos por trás do clássico do cinema de horror "O Iluminado"! Neste emocionante vídeo, o psicólogo Ricardo Chagas Nascimento mergulha na mente de Jack Torrance e explora como a NeuroArquitetura e o misterioso "Efeito Catedral" desempenham papéis fascinantes na trama.
🏰 Adentre o cenário icônico do Hotel Overlook, onde cada corredor é um enigma, e a grandiosidade arquitetônica se mistura à decadência, criando uma atmosfera sinistra. Aprenda como a conexão entre personagens e ambiente molda profundamente suas histórias.
🧠 Compreenda o impacto profundo da arquitetura majestosa do hotel, com seus corredores longos e pé-direito alto, na criatividade e na cognição. Saiba como a iluminação, a natureza e a estrutura dos espaços desempenham papéis fundamentais no bem-estar e na produtividade.
🏡 Explore o significado disso em um mundo pós-pandêmico, onde o trabalho remoto é a norma. Descubra como criar ambientes que estimulam tanto a mente criativa quanto a analítica, em casa ou em espaços públicos inspiradores, como parques e cafés.
🤓 Junte-se a nós nesta jornada pela mente, arquitetura e cinema, e compartilhe este vídeo com amigos que estão reformando ou construindo. Siga o psicólogo Ricardo Chagas Nascimento no Instagram @psicologoricardochagas para conteúdos rápidos e mantenha-se atualizado sobre as incríveis lições da NeuroArquitetura. Prepare-se para uma experiência de aprendizado única e emocionante!

[@KRAKOA889]

Muitas pessoas não gostam ou não gostaram de O Iluminado por duas razões: ou esperaram dele um filme de terror+suspense do modo padrão, ou porque esperaram uma adaptação fiel do livro de Stephen King. Contudo, ao Kubrick não interessava nem fazer um coisa, nem outra. No livro, por exemplo, o personagem de Jack Torrence está num hotel assombrado por fantasmas/espíritos, e acaba sendo possuído por esse mal, que o leva a empreender uma chacina. Mas essa ideia de uma mal externo ao homem que o leva a cometer coisas horríveis é o oposto do que Kubrick pensava e que está demonstrado em sua filmografia.
Para Kubrick o mal é algo intrínsico ao homem e esse mal só é controlado de um modo muito precário pela normas sociais. Em seu filme, portanto, Kubrick nos dá uma outra perspectiva do que acontece naquele hotel. O isolamento leva à ausência de normas que controlem os instintos mais primitivos e animalescos do homem, que, desprovido do senso e do controle da civilidade, deixará tomar-se por esse mal que traz em sua âmago. Por isso, os medo que o filme gera e o susto que ele provoca é mais profundo que os sustos e medos pontuais dos tradicionais filmes de terror, pois mostra que o mal é o homem e está nele, e, portanto, está em todos nós. Assim, o que nos arrepia é saber que Jack Torrence pode ser qualquer um de nós.
Como disse Thomas Hobbes: "o homem é o lobo do homem".
Com uma primeira tomada genial, que já ressalta o clima de solidão que o filme vai estabelecer durante toda a projeção, Stanley Kubrick (que até então já havia dirigido filmes de guerra, noir, drama, ficção científica e até comédia) nos introduz em um dos maiores exemplos de tensão psicológica já criados. Ajudado por uma trilha sonora de anormal morbidez, Kubrick vai desenvolvendo o horror em sua trama de forma propositalmente lenta (um dos fatores mais injustamente criticados do filme), para que, conforme o espectador vá se acostumando aos poucos àquele clima macabro, a narrativa vai se afunilando e, quando nos damos conta, qualquer corte ou efeito sonoro que passaria despercebido em outro filme, é o bastante para nos acelerar a pulsação.
Se Shelley Duvall exagera em sua atuação, tornando por vezes a sua Wendy extremamente caricata, e o jovem Danny Lloyd surpreende por sua segurança em seu papel, Jack Nicholson simplesmente nasceu para o papel de Jack Torrance. Eu fico imaginando o quanto ele não deve ter se divertido atuando, pois nunca sua excentricidade esteve tão talentosa e, após certo tempo de filme, assustadora.
Uma das melhores performances da década de 80 foi de Nicholson vivendo Jack Torrance e incrivelmente foi esnobado no Oscar.
Terror de qualidade,com uma ótima trilha sonora,inúmeras cenas angustiantes e uma direção incrível de Kubrick.

[@Cookie_fg6]

Stephen King e Minutos de sanidade em um domingo à noite são o suficiente para cantar: é a vida, é bonita e é bonita...

[@MinutosdeSanidade]

Fiquei emocionado com o comentário. Palavras bonitas, gentis e essa era a "música tema" de uma pessoa que eu amava muito e faleceu há alguns anos.

[@lorpheugalliard7802]

😁 👊🏻👊🏻 🥰 🤘🏻🤘🏻 🤓

[@sheilab5060]

Apesar da formação em outra área, sempre fui apaixonada em arquitetura, acho que pela sensação visual que a arte pode proporcionar. Não conhecia o termo neuro arquitetura, vou pesquisar mais. Obrigada. Parabéns pelo vídeo 😊

[@MinutosdeSanidade]

Fico feliz que tenha curtido o vídeo e que ele tenha te despertado o interesse em procurar mais sobre o assunto. Estava com medo das pessoas acharem o assunto inusitado, foi muito bom ler seu feedback positivo.

[@denisefreitas6727]

Que vídeo rico! Não conhecia esse termo, mas vendo o filme, percebemos como o hotel Overlook também é um personagem da história. Eu sempre fico pensando em como a arquitetura de um lugar pode afetar a mente das pessoas. Sabe esses conjuntos habitacionais do governo? Acho eles tão feios, tão sem privacidade, sem verde. Sei lá, acho opressivos. Gostei muito do vídeo, Ricardo.

[@MinutosdeSanidade]

Que bom que gostou, Denise! Estou tentando produzir uns vídeos mais conceituais e todo feedback é muito importante. Sobre os conjuntos habitacionais, penso o mesmo, se esses projetos fossem pensados com a neuroarquitetura em mente, certamente seriam muito diferentes do que são. Dá para pensar muita coisa legal sem muitas diferenças no custo final.

[@imlleone]

Faça um vídeo analisando o original ′Carrie′ de 1976!

[@davidalmeida8872]

Nossa! Eu simplesmente amei! Já havia ouvido falar das cores, mas dos tamanhos dos espaços em si, foi a primeira vez. E gostaria de saber se um dia vai rolar conteúdo sobre s Lenda do Cavaleiro Verde.

[@MinutosdeSanidade]

Que bom curtiu! Sobre o Cavaleiro Verde, na época perdi o timing do lançamento, mas no momento estou desencanado com timing. Pode ser, poder ser...

[@AliceECrisOliveira]

Não é à toa que chamam os prédios de "esquivamentos"...
Até a próxima, Ricardo. 😊🌻

[@MinutosdeSanidade]

Verdade! Até a próxima, Alice 🤝😁

[@alanmartins1218]

Que vídeo espetacular! 😮

[@MinutosdeSanidade]

Muito obrigado!

[@adanoizav9189]

Adoramos ler e escrever.

[@Tbttrennepohl]

Nossa que legal ver você falando sobre neuroarquitetura no canal.

[@KRAKOA889]

Quem é “o iluminado”?The Shining é um filme de suspense baseado no livro homônimo de Stephen King. Dirigido pelo aclamado Stanley Kubrick, foi lançado em 1980 e contou com a atuação memorável de Jack Nicholson no papel principal.
ATENÇÃO, ATENÇÃO, a partir daqui artigo contém SPOILERS!
O longa-metragem é um terror psicológico que carrega algumas teorias. O filme pode ser visto como uma metáfora para o problema psicológico de Jack, que tendo que lidar com o alcoolismo e o isolamento, não consegue se aproximar da família e tampouco realizar o sonho de ser escritor. Assim, sucumbe a um estado mental e espiritual atormentado, chegando à loucura.
No desfecho da história, depois de quase ter assassinado a família, o protagonista é mostrado em uma fotografia, que está pendurada na parede do hotel, como integrante de uma festa datada de 1921. O fato é curioso, pois a trama se passa aproximadamente na época do lançamento do filme, no final da década de 70.
A explicação é a de que Jack, na realidade, é a reencarnação de um antepassado e sua alma possuía uma forte relação com o local. É possível perceber isso também em uma fala do personagem para sua esposa, quando ele diz que na primeira vez que esteve no hotel se sentiu totalmente familiarizado, com a impressão de já conhecer o lugar.
Quando Jack faz a entrevista de emprego, o gerente lhe conta que algumas pessoas hesitaram em aceitar o cargo. Isso porque no passado um homem chamado Charles Grady foi contratado para realizar o mesmo serviço de cuidar do hotel Overlook e, em dado momento enlouqueceu, matando as duas filhas e esposa com um machado e tirando sua vida em seguida, com uma espingarda.
O fato não intimidou Jack Torrence, que pareceu até mesmo curioso com o ocorrido. Assim, quando o protagonista se encontra com o espírito do garçom Delbert Grady e esse lhe diz que tem duas filhas, Jack se confunde e pergunta se o homem era o zelador que havia assassinado as meninas e a mulher.
O garçom nega e revela que o zelador sempre foi Torrence, incitando-o a cometer os assassinatos. Essa é mais uma evidência da relação espiritual de Jack com o hotel.
Aqui ainda podemos concluir que Charles Grady - o assassino das 2 meninas e da mulher - também era uma reencarnação de Delbert Grady , o garçom.
As pessoas que trabalhavam no hotel, portanto, acabavam por se envolver de tal forma com as energias maléficas do lugar que contaminavam as gerações futuras com suas perturbações.
No filme, o quarto 237 é cercado de mistérios e possui uma atmosfera tenebrosa. O menino Danny tem poderes sobrenaturais e sabe que nesse quarto algo muito horrível ocorreu. Mesmo assim, ele se sente atraído pelo cômodo e em certo momento adentra o local, saindo de lá com marcas de estrangulamento no pescoço.
Depois, Jack também vai até lá e vê uma mulher nua e muito bonita dentro da banheira do quarto. A mulher se levanta e vai até ele, os dois se beijam, mas logo Jack se dá conta que a moça havia se transformado em uma senhora caquética com manchas na pele, em estado de apodrecimento.
Jack ao perceber que abraçava uma mulher em estado de decomposição
Segundo o livro que deu origem ao filme, essa figura feminina era o espírito de uma mulher que havia se matado naquela banheira. Há também a interpretação de que ela represente o poder de magnetismo que o hotel exercia sobre Jack e o caráter maligno que ali imperava.
Quando Danny vai ao hotel com seus pais pela primeira vez, conhece Dick Hallorann, o cozinheiro. Os dois conversam e o homem percebe que Danny possui poderes e visões.
Dick Hallorann conversa com Danny e explica que ele é "iluminado"... Assim, Dick, que também tem esses dons, conversa com o garoto e lhe explica que ele é um “iluminado”. O homem também alerta para que ele não entre no quarto 237.
Sabe-se que o edifício foi erguido em cima de um cemitério indígena, informação dada pelo gerente logo no início da trama. Com isso, há uma teoria de que parte da maldição do local esteja relacionada à sua construção e ao extermínio dos povos originários, brutalmente dizimados pelo governo norte-americano durante o século XIX.
Dessa forma, a cena recorrente que mostra os corredores do hotel sofrendo um banho de sangue, pode estar relacionada à matança das civilizações indígenas. Assim como pode se relacionar também à “sede por assassinatos” do próprio hotel.
Desde o início da história, Danny aparece conversando com Tony, que segundo ele é “um menino que mora em sua boca”. A mãe acredita ser uma espécie de “amigo imaginário”, mas logo percebemos que há algo mais sombrio por trás desse comportamento.
Ao longo da trama, Tony se apossa do garoto em diversos momentos, o que faz o menino entrar em transe e repetir a palavra “redrum”, ou seja, murder escrita de trás para frente, com tradução de assassinato ao contrário. Ou seja, Tony sempre soube que o Hotel Overlook abrigava espíritos do mal e muitos perigos.
No livro de Stephen King é revelado que o espírito de Tony era, na realidade, uma projeção do próprio Danny, de sua consciência futura e de seus poderes. Tanto é que o nome completo do garoto é Daniel Anthony Torrence, e Tony seria uma abreviação de Anthony.
* Curiosidades em “O iluminado”
- Por que Stephen King, autor do livro, não gostou do filme de Kubrick?
Stephen King escreveu o romance de terror The Shinning (O iluminado) em 1977. O autor já havia escrito dois livros anteriormente, agora esse foi seu primeiro sucesso.
Assim, Kubrick adapta a história para o cinema em 1980. Entretanto, não segue fielmente a narrativa de King, e o escritor não fica satisfeito com o resultado cinematográfico. Isso porque no livro o protagonista é levado à insanidade de uma maneira mais gradual, se mostrando no início como um homem aparentemente normal.
Já no filme, a atuação de Jack Nicholson foi tão intensa, que seu olhar perturbador já é mostrado logo no começo. E ainda, segundo o escritor, a personagem Wendy, vivida por Duvall, foi representada muito passivamente.
- Stanley Kubrick nos bastidores e a relação com os atores
O diretor Stanley Kubrick era bastante rígido com os atores e exigente nas filmagens. Muitas cenas foram gravadas diversas vezes para ficarem exatamente como Kubrick imaginava.
Como, por exemplo, a cena em que Jack dá machadadas na porta. Segundo consta, foram necessários 3 dias de gravação e mais de 60 portas.
- Shelley Duvall em cena que foi regravada inúmeras vezes
Mas a atriz que foi mais sofreu nas gravações foi Shelley Duvall. A maneira que o diretor a tratava era hostil e ele mandou que várias cenas fossem gravadas até a exaustão. Tudo isso, segundo ele, para extrair verdadeira emoção e colocar a atriz em um estado perturbado.
Já o menino Danny Lloyd foi poupado e acreditava estar participando de um filme de drama, e não de terror.
- As gêmeas de O iluminado
As meninas que aparecem para Danny são personagens emblemáticas. Apesar de serem exibidas rapidamente em cenas curtas, a imagem das duas crianças vestidas iguais, de mãos dadas e convidando o garoto para brincar, ficou no imaginário do público.
As atrizes que as interpretaram são as irmãs Louise e Lisa Burns, que não seguiram a carreira no cinema e atuam como advogada e cientista atualmente.
Uma possível inspiração para o diretor do filme ter criado as gêmeas pode ter sido uma imagem da fotógrafa norte-americana Diane Arbus, intitulada Identical Twins, Roselle, de 1967.

[@deborapachecomoreira8022]

Amando esses novos vídeos❤ salvam o meu domingo!

[@MinutosdeSanidade]

Que ótimo, Débora! Senti que precisava mudar e estou feliz em produzir os conteúdos novos. Muito obrigado mesmo pela força de sempre e pelo feedback.

[@euhenriquemoraes]

Parabéns pelo conteúdo!!!
Eu amo o seu canal ❤

[@MinutosdeSanidade]

Muito obrigado mesmo, Henrique, grande abraço!

[@monicadearagao-arquitetura3307]

Gostei muito da reflexão sobre o tema e amo esse filme. Parabéns!

[@MinutosdeSanidade]

Muito obrigado Mônica, significa muito, vindo de uma arquiteta! Valeu!

[@claudiabelucci]

Também nunca tinha ouvido falar e achei fantástico, valeu demais!!!!
O iluminado é o meu filme da vida!❤

[@MinutosdeSanidade]

Fico muito feliz que tenha curtido :)

[@franciscojose6496]

Interessante análise

[@pedroalvaressantos6220]

1:38 Isso se chama "pensamento focado vs pensamento difuso" e é muito bem documentado pela neurociência.

[@MinutosdeSanidade]

falei mais sobre isso no final do vídeo!

[@pedroalvaressantos6220]

@@MinutosdeSanidade Assisti todo o seu vídeo. Há um vídeo na internet no qual um grande mestre de xadrez foi derrotado por um garoto gênio, mas iniciante no xadrez, que utilizou essa estratégia. No entanto, aparentemente foi acidental, pois no meio da partida, o garoto "abandonou" o jogo e foi "dar uma volta", tirando completamente o foco do jogo. Quando retornou à mesa, realizou a jogada que derrotou o experiente mestre.

[@MinutosdeSanidade]

que legal! Vou procurar sobre.

[@pedroalvaressantos6220]

@@MinutosdeSanidade Acabei de achar o vídeo, trata-se de Magnus Carlsen vs Garry Kasparov 2004, desculpe foi um empate e não uma derrota faz muitos anos que havia visto esse vídeo.

[@MinutosdeSanidade]

Ainda assim, é impressionante!

[@user-nm6pd8nl3m]

Por favor, faz um vídeoo falando sobre matilda (1996) eu imploro

[@concurseirodomba7059]

💯👏👏👏👏👏👏

[@joaomarcosnic]

Qual o nome do podcast ?😊

[@rodrigoserra8985]

🏆🏆🏆

[@MinutosdeSanidade]

Grande Rodrigo, sempre bom te ver por aqui, um abraço!