Teologia e Religião: qual a diferença?
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- เผยแพร่เมื่อ 9 ก.พ. 2025
- Você sabe o que é Teologia?
Há quem confunda teologia com religião. E há quem pense que teologia é ciência sobre a religião. É um pouco das duas coisas. E é mais também.
Uma definição já clássica é que “teologia é a atualização da Revelação". Ou seja, se parte da ideia de que há um conjunto de palavras inspiradas reveladas ao ser humano. Como essas palavras e esses gestos são circunscritos ao contexto histórico-cultural em que surgiram, há a necessidade de serem “traduzidas” para o ser humano de hoje.
E é aí que entra a teologia. Como exercício de tradução, de atualização daquilo que se julga revelado. Nesse sentido, sem fé é impossível fazer teologia. Por quê? Porque há, por princípio, fé numa revelação. Os judeus tem essa fé com a Tanach, com a Bíblia Hebraica. Os cristãos, com a Bíblia Sagrada. E os muçulmanos com o Corão, para ficar em alguns exemplos apenas.
Há, por trás dessa definição, também, outro tipo de fé. Uma fé na realidade, na atualidade. Uma visão da vida sob a perspectiva de sua sacralidade. E, com isso, a exigência de enxergá-la sob a lógica de uma revelação. Fé na Palavra e fé na Vida. Nesse raciocínio, a Teologia é uma espécie de "apocalipse da atualidade". Noutros termos, "revelação da atualidade". Um esforço de diálogo com as ciências humanas, literárias e sociais, com a filosofia, por exemplo, para compreender, desvendar, para significar a atualidade.
A ideia de "mito" (mito compreendido como narrativa) diz muito sobre esses dois movimentos que a teologia faz. A compreensão tanto da revelação quanto da atualidade sob a lógica da narrativa. Compreendê-las, ambas, como resultado de muitas vozes; umas forçando hegemonia ou simplesmente reclamando um espaço.
Não se trata de tentar "demitologizar" a revelação ou "demitologizar" a atualidade. Isso é impossível. A gente pensa por meio de narrativas. Nós somos seres “míticos”. Ao contrário: é necessário compreender a realidade toda como uma espécie de "mito", sim. Como narrativa. Como a contação de nossa história. Nesse sentido - de que a teologia é uma tentativa de atualizar o que se julga fundamental - e de conjugar revelação e história, ética e espiritualidade - é que se coloca uma agenda, uma espécie de missão para os teólogos e teólogas:
denunciar as vozes que forçam hegemonia;
anunciar as que reclamam espaço;
e lutar com todas as forças contra os ídolos que exigem status divino quando não passam de artimanhas da morte (em todos os seus sentidos e formas).
Por isso tudo, Teologia não é dogma. Ao contrário: teologia é dúvida. Teologia é uma mescla de fé e dúvida. É caminhar numa corda bamba sobre um abismo escuro e silencioso. Se é verdade que a linguagem é uma espécie de rede com a qual compreendemos e significamos a realidade em que estamos, a teologia é uma rede distinta das usuais.
Uma rede que parte daquilo que significa mais profundamente, aqueles aspectos da existência que, em geral, são negligenciados por outros saberes. Não é uma rede que trata disso ou daquilo, mas “sobre a qual” se sustenta “quem” pensa sobre isso ou aquilo. Não é algo ‘a respeito’, mas ‘a partir do qual’.
Apesar disso - talvez exatamente por causa disso - a teologia, como linguagem, é precária, provisória e cambaleante. Toda teologia é um suspiro diante da realidade. Um olhar, ao mesmo tempo, de indignação e de esperança.
Parabéns!! Otimo discurso.
Lindíssimo texto!
E qual devo seguir a teologia ou religião ?
Boa noite! Lucas. Resposta: Nenhuma! porque? teologia é uma só, mas existe varias teologias de varias denominações e religião é uma só, mas existe varias religiões (aproximadamente mais de três mil). Como vc é brasileiro no contexto nosso de brasil temos as mais conhecida como: Cristianismo, Espiritismo, religiões africanas (umbanda, quimbanda e candomblé) e etc.
De preferência nenhuma. Vá estudar filosofia e ciência. Cê aprende muito mais.