A Terra é Redonda Entrevista - MICHAEL HEINRICH
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- เผยแพร่เมื่อ 8 ก.พ. 2025
- Em nossa entrevista com Michael Heinrich, conversamos sobre a atualidade da obra de Karl Marx e sobre o que os livros do Michael podem agregar a leituras de Marx. Tratamos também da MEGA 2, de sua história e do seu significado para o conhecimento contemporâneo da obra de Marx e Engels. A Neue Marx Lekture, à qual Michael se filia, também foi tema de nossa conversa. Michael nos explicou o que significa uma abordagem marxista baseada na análise das formas e, a partir disso, pudemos nos aprofundar em sua compreensão da teoria da crise e da lei tendencial da queda da taxa de lucro, seu posicionamento com relação ao pensamento de Robert Kurz e sua visão acerca do que seria um sujeito revolucionário e o próprio socialismo.
Michael Heinrich é cientista político, foi professor na Universidade de Ciências Aplicadas, na Universidade de Viena e na Universidade Livre de Berlim. É colaborador da MEGA2, instituição detentora e curadora dos manuscritos de Karl Marx e Friedrich Engels, além de ser autor de importantes livros sobre Marx, dos quais destacam-se Karl Marx e o nascimento da sociedade moderna, o primeiro volume de sua extensa biografia de Marx e Introdução a O capital de Karl Marx, ambos publicados em português pela editora Boitempo. Autor de vários estudos sobre O capital. Seu trabalho se concentra na teoria marxista e na história da teoria econômica.
O site A Terra é Redonda é um espaço para a intervenção pública de intelectuais, acadêmicos e ativistas de movimentos sociais. Os artigos postados se inserem na linhagem da reflexão crítica sobre as múltiplas dimensões da sociedade capitalista contra os avanços da barbárie.
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PAUTA, APRESENTAÇÃO, DIREÇÃO, EDIÇÃO, LEGENDAS E FINALIZAÇÃO
Daniel Pavan - @danspavan
PRODUÇÃO
Daniel Pavan
Ricardo Kobayaski
OPERAÇÃO DE CÂMERAS
Bruno Braga Fiaschetti
Lucas Fiaschetti Estevez
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aterraeredonda...
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Nossa, que maravilha! Muito obrigado por essa entrevista
O Heinrich é uma pessoa incrível. Tive o privilégio de participar, na UERJ, do seminário de lançamento do primeiro volume da biografia que ele publicou. Parabéns pela entrevista. Excelente iniciativa!
Heinrich é um grande intelectual, que entrevista profunda e precisa! Parabéns pelo entrevistador. Um instigante passeio pela seriedade nas alternativas ✊🏻❤️
Esse projeto de entrevistas está impecável.
Excelente entrevista, parabéns pela condução e trabalho de edição.
Estava ansioso para a próxima entrevista. Demorou mas chegou!
Como sempre, excelentes entrevistas. Grato pelo conteúdo❤❤
Amei essa entrevista 😊
Chamem o Professor José Paulo Netto, pelamor. Eu pago pra acontecer essa entrevista!!
Excelente entrevista. Parabéns. Mas notei uma coisa curiosa. Todas as respostas foram na linha de seguir os passos de Marx. Exceto quando a pergunta foi sobre o sujeito revolucionário. Aí ele não citou Marx e deu uma resposta de cunho totalmente pessoal. Tenho um palpite do que porque ele fez isso, mas achei curioso.
Por favor, qual sua aposta? fiquei curioso
@@caiofas09 , levado por sua leitura de Hegel, especialmente da dialética entre o senhor e o escravo que consta na "Fenomenologia do espírito", Marx avançou em uma conclusão para a qual ele não possuía base material. Qual seja, a de que o proletariado seria uma classe ontologicamente revolucionária. Ocorre que isso jamais ocorreu. Nos países onde o proletário mais se desenvolveu, não tivemos uma revolução, salvo a quase revolução alemã e a brevíssima revolução húngara de 1919. As revoluções do século XX foram anti-imperialistas (como na América Latina) e anti-colonialistas (como na África). A China fez uma revolução campesina. E a Rússia tinha recém abolido a servidão e começava ainda a dar os primeiros passos na sua industrialização. Ou seja, uma análise empírica demonstra cabalmente que o proletariado não cumpriu o papel revolucionário vaticinado por Marx. E agora ainda temos que lidar com o fato de que o mundo do trabalho está passando por profundas modificações. O proletariado de origem fabril dos tempos de Marx está quase extinto. Tudo isso para concluir que a esquerda precisa urgentemente de uma nova teoria revolucionária que não será mais aquela de Marx. O problema é que não sabemos qual é. Mas pouca gente tem coragem de assumir que não sabemos.
Levado por sua leitura de Hegel, especialmente da dialética entre o senhor e o escravo que consta na "Fenomenologia do espírito", Marx avançou em uma conclusão para a qual ele não possuía base material. Qual seja, a de que o proletariado seria uma classe ontologicamente revolucionária. Ocorre que isso jamais ocorreu. Nos países onde o proletário mais se desenvolveu, não tivemos uma revolução, salvo a quase revolução alemã e a brevíssima revolução húngara de 1919. As revoluções do século XX foram anti-imperialistas (como na América Latina) e anti-colonialistas (como na África). A China fez uma revolução campesina. E a Rússia tinha recém abolido a servidão e começava ainda a dar os primeiros passos na sua industrialização. Ou seja, uma análise empírica demonstra cabalmente que o proletariado não cumpriu o papel revolucionário vaticinado por Marx. E agora ainda temos que lidar com o fato de que o mundo do trabalho está passando por profundas modificações. O proletariado de origem fabril dos tempos de Marx está quase extinto. Tudo isso para concluir que a esquerda precisa urgentemente de uma nova teoria revolucionária que não será mais aquela de Marx. O problema é que não sabemos qual é. Mas pouca gente tem coragem de assumir que não sabemos.
Levado por sua leitura de Hegel, especialmente da dialética entre o senhor e o escravo que consta na "Fenomenologia do espírito", Marx avançou em uma conclusão para a qual ele não possuía base material. Qual seja, a de que o proletariado seria uma classe ontologicamente revolucionária. Ocorre que isso jamais ocorreu. Nos países onde o proletário mais se desenvolveu, não tivemos uma revolução, salvo a quase revolução alemã e a brevíssima revolução húngara de 1919. As revoluções do século XX foram anti-imperialistas (como na América Latina) e anti-colonialistas (como na África). A China fez uma revolução campesina. E a Rússia tinha recém abolido a servidão e começava ainda a dar os primeiros passos na sua industrialização. Ou seja, uma análise empírica demonstra cabalmente que o proletariado não cumpriu o papel revolucionário vaticinado por Marx. E agora ainda temos que lidar com o fato de que o mundo do trabalho está passando por profundas modificações. O proletariado de origem fabril dos tempos de Marx está quase extinto. Tudo isso para concluir que a esquerda precisa urgentemente de uma nova teoria revolucionária que não será mais aquela de Marx. O problema é que não sabemos qual é. Mas pouca gente tem coragem de assumir que não sabemos.
Levado por sua leitura de Hegel, especialmente da dialética entre o senhor e o escravo que consta na "Fenomenologia do espírito", Marx avançou em uma conclusão para a qual ele não possuía base material. Qual seja, a de que o proletariado seria uma classe ontologicamente revolucionária.
Boa
Mal assistir e já amei.
Duvido entrevistar Nick Land