A maioria das pessoas acredita que numa democracia somos nós que governamos e que, como governantes, somos colectivamente culpados pela corrupção, inépcia e imoralidade do nosso governo. Esta crença ignora o facto de que a maioria de nós não tem impacto nas acções dos políticos e desvia a responsabilidade dos políticos e burocratas que são responsáveis pelas políticas que estão a destruir a sociedade. Além disso, quando se acredita que nós, o povo, governamos, a nossa resistência ao perigoso crescimento do poder estatal é enfraquecida, ou como explica Hoppe: “Sob a democracia, a distinção entre governantes e governados torna-se confusa. Surge mesmo a ilusão de que a distinção já não existe: que com um governo democrático ninguém é governado por ninguém, mas cada um governa a si mesmo. Consequentemente, a resistência pública contra o poder governamental é sistematicamente enfraquecida.” Hans Hermann Hoppe, Da Aristocracia à Monarquia e à Democracia
Uma abordagem simples e concreta. Gostei. Porém parece-me que o final deveria ser o princípio. O alheamento e desconhecimento da maioria das pessoas em relação "à política" só pode ser combatido através da educação. E sim, nas escolas e de forma prática.
“Todos os governos sofrem de um problema recorrente: o poder atrai personalidades patológicas. Não é que o poder corrompe, mas que é magnético para o corruptível.” Frank Herbert, Chapterhouse: Duna
“Por mais democráticos que sejam os seus sentimentos e as suas intenções, uma vez que [os políticos] alcançam a elevação do cargo, só podem ver a sociedade da mesma forma que um professor vê os seus alunos, e entre alunos e mestres a igualdade não pode existir. De um lado está o sentimento de superioridade que é inevitavelmente provocado por uma posição de superioridade; por outro lado, existe um sentimento de inferioridade que decorre da superioridade do professor. . . Quem fala de poder político fala de dominação; mas onde existe dominação, há inevitavelmente uma grande parte da sociedade que é dominada. . .Esta é a história eterna do poder político. . .” Mikhail Bakunin, A Ilusão do Sufrágio Universal
Agora vivemos numa democracia burguesa! Os valores burgueses são para manter e ai de quem questionar isso!!!!. Bruxelas não vai gostar! Na verdade temos uma democracia muito imperfeita!
as democracias modernas raramente produzem candidatos políticos honestos e éticos. Cada vez que um político corrupto é destituído do cargo, ele ou ela é substituído por outro político corrupto que apenas serve diferentes grupos de interesses especiais. Além disso, os Estados-nação cresceram tanto que a maioria dos actores estatais que nos governam e implementam as políticas que nos afectam no dia-a-dia são burocratas que não estão sujeitos a eleições populares. E aqui reside talvez a falha mais grave das democracias modernas - o processo democrático parece incapaz de impedir que o pior chegue ao topo do governo. Existem vários factores que podem explicar isto: Em primeiro lugar, existe a natureza corruptora do poder. “O poder ilimitado nas mãos de pessoas limitadas sempre leva à crueldade.” Aleksandr Solzhenitsyn, Arquipélago Gulag
A educação é a base de tudo e as nossas escolas e os nossos currículos estão muito mal concebidos. É urgente empoderar novamente os professores, rever currículos, só assim se modifica uma sociedade, só assim se cria a partir de dentro massa-critica e se gera inovação e desenvolvimento. A educação é a base de uma sociedade. Se esta falhar, então tudo à sua volta vai ruir como um castelo de cartas. É isso que está a acontecer no nosso país e as elites instaladas não parecem preocupadas com isso, pois não lhes convém, a iliteracia nos mais diversos domínios da sociedade, o desconhecimento dos mais básicos mecanismos democráticos, a continua anulação dos direitos dos cidadãos e a sua asfixia financeira, económica e social, são armas e terreno fértil para manter o atual status quo. Se nada for feito agora, com o dinheiro agora disponível e com os fundos europeus, o país vai paralisar-se a si próprio, tornando-se num ente vegetativo que está permanente num estádio constante de dormência e, como diz a canção “Time” dos Pink Floyd, perde-se (novamente) o tiro de partida (you missed the starting gun). Para que conste, eu não sou professor, mas são eles os obreiros deste país.
Se as nossas democracias não conseguem impedir que o pior chegue ao topo e se não conseguem proteger-nos da ascensão de um totalitarismo brando, então a democracia, tal como é actualmente praticada, é uma instituição falhada e formas alternativas de organização política devem ser exploradas e debatidas abertamente. “Se toda a ordem social se tornar dependente do Estado administrativo, quando este se tornar terminalmente corrupto e não funcional, tudo desaparecerá.” James Kalb, A Tirania do Liberalismo
Muitos contestarão que o Ocidente democrático não é nada parecido com os países totalitários do passado, seja a Rússia Soviética, a China comunista, a Alemanha nazi, ou a Coreia do Norte. Estes países centralizaram o poder e controlaram as vidas dos seus cidadãos num grau nunca visto na história e num nível que excede em muito a experiência do Ocidente moderno. Mas a centralização do poder governamental nas democracias ocidentais difere apenas em grau daquela observada nos países totalitários do século XX. As democracias ocidentais são o que podemos chamar de estados totalitários suaves, em contraste com as manifestações mais brutais do totalitarismo do passado. Em 1835, Alexis de Tocqueville previu a ascensão do totalitarismo brando nas democracias ocidentais e descreveu-o na sua grande obra Democracia na América: “Depois de ter… tomado cada indivíduo, um por um, em suas mãos poderosas, e de tê-lo moldado como bem entende, o poder soberano estende seus braços sobre toda a sociedade; cobre a superfície da sociedade com uma rede de regras pequenas, complicadas, minuciosas e uniformes, que as mentes mais originais e as almas mais vigorosas não conseguem romper para ir além da multidão; não quebra as vontades, mas as suaviza, as dobra e as dirige; raramente força a acção, mas opõe-se constantemente à sua acção… impede, reprime, enerva, extingue, entorpece e, finalmente, reduz cada nação a nada mais do que um bando de animais tímidos e trabalhadores, dos quais o governo é o pastor.” Alexis de Toqueville, Democracia na América
Por mais documentários destes! Os jovens precisam saber...
Muito bom! Obrigada, ffms!
A maioria das pessoas acredita que numa democracia somos nós que governamos e que, como governantes, somos colectivamente culpados pela corrupção, inépcia e imoralidade do nosso governo. Esta crença ignora o facto de que a maioria de nós não tem impacto nas acções dos políticos e desvia a responsabilidade dos políticos e burocratas que são responsáveis pelas políticas que estão a destruir a sociedade. Além disso, quando se acredita que nós, o povo, governamos, a nossa resistência ao perigoso crescimento do poder estatal é enfraquecida, ou como explica Hoppe:
“Sob a democracia, a distinção entre governantes e governados torna-se confusa. Surge mesmo a ilusão de que a distinção já não existe: que com um governo democrático ninguém é governado por ninguém, mas cada um governa a si mesmo. Consequentemente, a resistência pública contra o poder governamental é sistematicamente enfraquecida.”
Hans Hermann Hoppe, Da Aristocracia à Monarquia e à Democracia
Uma abordagem simples e concreta.
Gostei. Porém parece-me que o final deveria ser o princípio.
O alheamento e desconhecimento da maioria das pessoas em relação "à política" só pode ser combatido através da educação.
E sim, nas escolas e de forma prática.
Muito bom 👏
“Todos os governos sofrem de um problema recorrente: o poder atrai personalidades patológicas. Não é que o poder corrompe, mas que é magnético para o corruptível.”
Frank Herbert, Chapterhouse: Duna
Muito interessante. Por mais conteúdo como este.
Viva a Democracia!
Bem hajam! Continuem a apostar nos jovens e na escola ❤
“Por mais democráticos que sejam os seus sentimentos e as suas intenções, uma vez que [os políticos] alcançam a elevação do cargo, só podem ver a sociedade da mesma forma que um professor vê os seus alunos, e entre alunos e mestres a igualdade não pode existir. De um lado está o sentimento de superioridade que é inevitavelmente provocado por uma posição de superioridade; por outro lado, existe um sentimento de inferioridade que decorre da superioridade do professor. . . Quem fala de poder político fala de dominação; mas onde existe dominação, há inevitavelmente uma grande parte da sociedade que é dominada. . .Esta é a história eterna do poder político. . .”
Mikhail Bakunin, A Ilusão do Sufrágio Universal
Meus amigos, era preciso produzir vídeos destes às resmas para inverter a torrente de ruído que por aí anda.
Agora vivemos numa democracia burguesa! Os valores burgueses são para manter e ai de quem questionar isso!!!!. Bruxelas não vai gostar! Na verdade temos uma democracia muito imperfeita!
Então há que participar para a melhorar.
as democracias modernas raramente produzem candidatos políticos honestos e éticos. Cada vez que um político corrupto é destituído do cargo, ele ou ela é substituído por outro político corrupto que apenas serve diferentes grupos de interesses especiais. Além disso, os Estados-nação cresceram tanto que a maioria dos actores estatais que nos governam e implementam as políticas que nos afectam no dia-a-dia são burocratas que não estão sujeitos a eleições populares.
E aqui reside talvez a falha mais grave das democracias modernas - o processo democrático parece incapaz de impedir que o pior chegue ao topo do governo. Existem vários factores que podem explicar isto: Em primeiro lugar, existe a natureza corruptora do poder.
“O poder ilimitado nas mãos de pessoas limitadas sempre leva à crueldade.”
Aleksandr Solzhenitsyn, Arquipélago Gulag
A educação é a base de tudo e as nossas escolas e os nossos currículos estão muito mal concebidos. É urgente empoderar novamente os professores, rever currículos, só assim se modifica uma sociedade, só assim se cria a partir de dentro massa-critica e se gera inovação e desenvolvimento. A educação é a base de uma sociedade. Se esta falhar, então tudo à sua volta vai ruir como um castelo de cartas. É isso que está a acontecer no nosso país e as elites instaladas não parecem preocupadas com isso, pois não lhes convém, a iliteracia nos mais diversos domínios da sociedade, o desconhecimento dos mais básicos mecanismos democráticos, a continua anulação dos direitos dos cidadãos e a sua asfixia financeira, económica e social, são armas e terreno fértil para manter o atual status quo. Se nada for feito agora, com o dinheiro agora disponível e com os fundos europeus, o país vai paralisar-se a si próprio, tornando-se num ente vegetativo que está permanente num estádio constante de dormência e, como diz a canção “Time” dos Pink Floyd, perde-se (novamente) o tiro de partida (you missed the starting gun). Para que conste, eu não sou professor, mas são eles os obreiros deste país.
Se as nossas democracias não conseguem impedir que o pior chegue ao topo e se não conseguem proteger-nos da ascensão de um totalitarismo brando, então a democracia, tal como é actualmente praticada, é uma instituição falhada e formas alternativas de organização política devem ser exploradas e debatidas abertamente.
“Se toda a ordem social se tornar dependente do Estado administrativo, quando este se tornar terminalmente corrupto e não funcional, tudo desaparecerá.”
James Kalb, A Tirania do Liberalismo
Muitos contestarão que o Ocidente democrático não é nada parecido com os países totalitários do passado, seja a Rússia Soviética, a China comunista, a Alemanha nazi, ou a Coreia do Norte. Estes países centralizaram o poder e controlaram as vidas dos seus cidadãos num grau nunca visto na história e num nível que excede em muito a experiência do Ocidente moderno. Mas a centralização do poder governamental nas democracias ocidentais difere apenas em grau daquela observada nos países totalitários do século XX. As democracias ocidentais são o que podemos chamar de estados totalitários suaves, em contraste com as manifestações mais brutais do totalitarismo do passado. Em 1835, Alexis de Tocqueville previu a ascensão do totalitarismo brando nas democracias ocidentais e descreveu-o na sua grande obra Democracia na América:
“Depois de ter… tomado cada indivíduo, um por um, em suas mãos poderosas, e de tê-lo moldado como bem entende, o poder soberano estende seus braços sobre toda a sociedade; cobre a superfície da sociedade com uma rede de regras pequenas, complicadas, minuciosas e uniformes, que as mentes mais originais e as almas mais vigorosas não conseguem romper para ir além da multidão; não quebra as vontades, mas as suaviza, as dobra e as dirige; raramente força a acção, mas opõe-se constantemente à sua acção… impede, reprime, enerva, extingue, entorpece e, finalmente, reduz cada nação a nada mais do que um bando de animais tímidos e trabalhadores, dos quais o governo é o pastor.”
Alexis de Toqueville, Democracia na América
Democracia?não sei o que é, ou não existe,
Se não existisse, não podia estar a fazer esse comentário.