Com todo respeito à entrevistada, mas nada disto que ela mencionou que faz é psicologia: reiki, massagem, naturopatia. Aliás, nem a própria psicologia junguiana é levada a sério dentro da psicologia. Reiki, naturopatia, massagem, psicologia junguiana... nada disso tem qualquer eficácia comprovada com relação a transtornos mentais. Seu trabalho é ótimo, Eduardo, e não tenho nada contra a moça; a entrevista é ótima, aliás. O problema é que, quando as pessoas assistem a algo assim, acabam pensando que a psicologia é isso, quando na verdade é algo completamente distinto.
Olá Fernando, no vídeo ela traz que realiza o trabalho como psicóloga e também desenvolve outras atividades como terapeuta holística. Achei que ficou bem claro a diferença das atividades que ela exerce...
Eu entendo seu ponto Fernando. Porém, quem nomeou as técnicas terapêuticas foi a entrevistada. Sei que o campo da Psicologia faz questão de se diferenciar de outras abordagens terapêuticas não regulamentadas. A princípio, acredito que isto não é tão importante para ela contar seu percurso heterodoxo, já que faz parte de sua singularidade profissional. Acho que a Psicologia está hoje obcecada em se mostrar mais autorizada que outras técnicas. É uma disputa em curso pela hegemonia no campo da psicoterapia. Ela demonstrou desde o começo que não era ortodoxa. Acho que dá pra entender. E o grande público não está nem aí para isto, quer resultados em seus tratamentos e que faça sentido para quem procura.
@@ulissesduarte9937, o final de seu comentário é um contrassenso. Pesquise sobre confundidores e entenderá o que estou dizendo. Isso é básico em psicoterapia, ainda que as pessoas em geral não saibam do que se trata. Só pra citar um exemplo: um dos confundidores é o de regressão à média. Quando uma pessoa, por estar muito mal (crise), recorre a um terapeuta (isso vale para tudo, não somente para o psicoterapeuta), ela tende a melhorar um pouco logo em seguida, independentemente do que ela faça. Mesmo que ela fique em casa e não vá a lugar nenhum, ela também melhorará. É o motivo por que muitas pessoas deixam de ir a terapeutas, aliás, pois pensam que já estão bem e que, portanto, podem adiar. É só na próxima crise que tudo volta novamente, o que a faz mais uma vez lidar com o assunto de maneira mais desafiadora. Como existe a regressão à média, para saber se uma intervenção é realmente eficaz, você tem de compará-la com um placebo ou com uma outra técnica que é comprovadamente eficaz. Ao fazer esse tipo de estudo (ensaio clínico randomizado), você vai verificar o tamanho de efeito da intervenção. Se ela for menor ou igual ao placebo, por exemplo, ela não tem eficácia. Se ela for cerca de 20% maior, isso significa que ela realmente é capaz de auxiliar o paciente em seu processo de melhora. Meu problema com essas técnicas sem comprovação é que, na utilização delas, o paciente fica sem a utilização de técnicas comprovadamente eficaz. Pra mim é algo antiético, inclusive.
@@Fernando-zm4ie Entendo seu ponto mas não concordo com as noções de uma Psicologia positivista, randomizada. Claro que são importantes os experimentos empíricos, porém, nas relações humanas existem muitos fatores e singularidades subjetivas que fazem com que cada caso tenho um efeito diverso. Os processos psicológicos não se tratam de uma ciência Exata. É por isso mesmo, como você mesmo falou, que uma pessoa pode superar crises por diferentes caminhos: fé em Deus, crença em chás ou ervas, homeopatia, transferência com amigos ou familiares, mudança de ambiente, e muitas outras possibilidades para além de terapias que se supõem "comprovadas" cientificamente.
Sou Psicólogo e concordo 100% com você, práticas assim não possuem se quer evidencias científicas, lutamos muito para tornar a psicologia ciência, mas infelizmente alguns colegas insistem em práticas olísticas...
Nunca tinha visto nenhum psico brasileiro fora. Show
Maravilhoso Eduardo!
Entrevista perfeita!
Grato.
Sempre trazendo pessoas interessantes! Que bacana!
A edição com outros vídeos ficou excelente. :-)
Puxa 😲 . QUÊ ENTREVISTA . . .!!! 💓 Adorei.
Adoro os vídeos de entrevista.
parabéns pelo video
que entrevista dahora... tbm sou graduada em psi e tenho pensado na irlanda. mudança brusca, porém a realidade do br está muito dificil.
obrigado
Tmj 👊
Com todo respeito à entrevistada, mas nada disto que ela mencionou que faz é psicologia: reiki, massagem, naturopatia. Aliás, nem a própria psicologia junguiana é levada a sério dentro da psicologia. Reiki, naturopatia, massagem, psicologia junguiana... nada disso tem qualquer eficácia comprovada com relação a transtornos mentais.
Seu trabalho é ótimo, Eduardo, e não tenho nada contra a moça; a entrevista é ótima, aliás. O problema é que, quando as pessoas assistem a algo assim, acabam pensando que a psicologia é isso, quando na verdade é algo completamente distinto.
Olá Fernando, no vídeo ela traz que realiza o trabalho como psicóloga e também desenvolve outras atividades como terapeuta holística. Achei que ficou bem claro a diferença das atividades que ela exerce...
Eu entendo seu ponto Fernando. Porém, quem nomeou as técnicas terapêuticas foi a entrevistada. Sei que o campo da Psicologia faz questão de se diferenciar de outras abordagens terapêuticas não regulamentadas. A princípio, acredito que isto não é tão importante para ela contar seu percurso heterodoxo, já que faz parte de sua singularidade profissional. Acho que a Psicologia está hoje obcecada em se mostrar mais autorizada que outras técnicas. É uma disputa em curso pela hegemonia no campo da psicoterapia. Ela demonstrou desde o começo que não era ortodoxa. Acho que dá pra entender. E o grande público não está nem aí para isto, quer resultados em seus tratamentos e que faça sentido para quem procura.
@@ulissesduarte9937, o final de seu comentário é um contrassenso. Pesquise sobre confundidores e entenderá o que estou dizendo. Isso é básico em psicoterapia, ainda que as pessoas em geral não saibam do que se trata. Só pra citar um exemplo: um dos confundidores é o de regressão à média. Quando uma pessoa, por estar muito mal (crise), recorre a um terapeuta (isso vale para tudo, não somente para o psicoterapeuta), ela tende a melhorar um pouco logo em seguida, independentemente do que ela faça. Mesmo que ela fique em casa e não vá a lugar nenhum, ela também melhorará. É o motivo por que muitas pessoas deixam de ir a terapeutas, aliás, pois pensam que já estão bem e que, portanto, podem adiar. É só na próxima crise que tudo volta novamente, o que a faz mais uma vez lidar com o assunto de maneira mais desafiadora.
Como existe a regressão à média, para saber se uma intervenção é realmente eficaz, você tem de compará-la com um placebo ou com uma outra técnica que é comprovadamente eficaz. Ao fazer esse tipo de estudo (ensaio clínico randomizado), você vai verificar o tamanho de efeito da intervenção. Se ela for menor ou igual ao placebo, por exemplo, ela não tem eficácia. Se ela for cerca de 20% maior, isso significa que ela realmente é capaz de auxiliar o paciente em seu processo de melhora.
Meu problema com essas técnicas sem comprovação é que, na utilização delas, o paciente fica sem a utilização de técnicas comprovadamente eficaz. Pra mim é algo antiético, inclusive.
@@Fernando-zm4ie Entendo seu ponto mas não concordo com as noções de uma Psicologia positivista, randomizada. Claro que são importantes os experimentos empíricos, porém, nas relações humanas existem muitos fatores e singularidades subjetivas que fazem com que cada caso tenho um efeito diverso. Os processos psicológicos não se tratam de uma ciência Exata. É por isso mesmo, como você mesmo falou, que uma pessoa pode superar crises por diferentes caminhos: fé em Deus, crença em chás ou ervas, homeopatia, transferência com amigos ou familiares, mudança de ambiente, e muitas outras possibilidades para além de terapias que se supõem "comprovadas" cientificamente.
Sou Psicólogo e concordo 100% com você, práticas assim não possuem se quer evidencias científicas, lutamos muito para tornar a psicologia ciência, mas infelizmente alguns colegas insistem em práticas olísticas...