RECITANDO SIVUCA(CLARA NUNES) | FEIRA DE MANGAIO

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  • เผยแพร่เมื่อ 10 ก.ย. 2024
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    ***Produção e Apresentação: Marcos de Freitas #Sivuca #ClaraNunes
    Vídeo Clip Feira de Mangaio (Clara Nunes e Sivuca): • Clara Nunes - Feira De...
    A música "Feira de Mangaio" é um baião/
    forró composto por Severino Dias de Oliveira,
    conhecido como Sivuca, e por sua esposa,
    Glorinha Gadelha, em 1979. Foi posteriormente
    incorporada ao repertório de Clara Nunes,
    fazendo bastante sucesso no LP "Esperança" (1979).
    Trata-se de um clássico da música nordestina,
    que apresenta os produtos que são
    comercializados pelos mangaieiros nas
    feiras livres, que podem ser entendidas
    como verdadeiros celeiros culturais.
    Quem disse que a inspiração escolhe
    local e hora pra chegar?
    Nova York foi o cenário de inspiração
    deste clássico do nosso forró,
    por incrível que pareça.
    Feira de Mangaio retrata fielmente
    as feiras típicas das cidades
    do sertão nordestino.
    Esta espécie de shopping a céu aberto
    tem uma grande disponibilidade de produtos,
    vende-se de tudo, legumes, raízes, frutas,
    grãos inteiros e moídos, ovos, carnes,
    embutidos, temperos, doces e chás.
    Há sempre um tocador de viola, cantando ritmado
    os versos de sua poesia, na divulgação do seu cordel.
    “Fumo de rolo, arreio e cangalha..."
    Toda dona de casa sabe onde tem que ir
    quando quer comprar produtos frescos
    e mais baratos, vindos diretamente
    do campo. Aqui em São Paulo é muito comum
    as feiras de bairro. Cada dia da semana,
    o evento se realiza num local fixo,
    já predeterminado, devendo o interessado
    consultar a programação
    disponível no site de cada prefeitura.
    Recordo minha infância vivendo numa casa
    na rua da feira. Nosso pai acordava
    os filhos homens mais velhos, bem cedinho,
    para ajudá-lo a fazer a compra
    dos mantimentos. Ele mesmo fazia nosso café
    da manhã e pedia pressa para não
    perder tempo. Ele, que gostava de adquirir
    produtos mais saudáveis,
    sem agrotóxicos, queria comprar as primícias
    ofertadas pelos feirantes.
    Quando nossa mãe acordava, junto com nossas
    irmãs, já estávamos de volta,
    com as bolsas cheias de frutas, verduras,
    ovos da roça e uma boa variedade de grãos.
    “Moleque sai daqui, me deixa trabalhar..."
    O feirante começa a armar suas barracas
    nas primeiras horas da madrugada,
    por isso é comum trazer mulher e filhos,
    que terminam envolvidos no comércio
    ao ar livre.
    “Tinha uma vendinha no canto da rua..."
    Não se sabe se o vendedor da Feira de Mangaio
    ia à vendinha somente
    para olhar Maria. E, inibido que parecia ser,
    disfarçava sua admiração
    tomando uma dose de aguardente, talvez pra criar
    coragem de fazer um galanteio
    pra sua musa. De outra feita, creio que ele
    ia mesmo saborear o néctar
    da cana de açúcar, e Maria era um estímulo a mais.
    Como a cachaça é um
    hábito do nordestino, há sempre um vendedor
    de pinga, de licor de jenipapo ou de umbu.
    “Cabresto de cavalo e rabichola...”
    Quem é de outras regiões deve ficar admirado
    com a pluralidade de uma feira como esta.
    Ela também se presta a vender itens para
    montaria, chinelos de sola e de borracha,
    filtros de água, panelas de ferro,
    de alumínio e de barro, além de vender
    querosene e pavio, já que muitos
    rincões não têm luz elétrica.
    “Menino vou-me embora/Tenho que voltar...
    Acabada a feira, o feirante volta pro campo
    para tocar suas atividades. Muitas vezes,
    por falta de ter um animal de tração,
    ele mesmo é que tem que arrastar o
    arado para preparar a terra para o semear.
    O chinelo de dedo
    (Alpargata é a marca, e é comum a troca
    do produto pela marca)
    é o companheiro inseparável.
    “Porque tem um sanfoneiro no canto da rua...
    Maria de Joá e Zefa de Purcina são expressões
    comuns usadas para nominar
    pessoas no Nordeste. Associado ao nome de batismo,
    segue o genitivo,
    normalmente referindo-se ao nome da mãe
    ou do pai da pessoa.
    Um sanfoneiro fazendo floreio e
    uma mulher rendeira não podem faltar numa
    “feira de mangaio”. Nada está mais entranhado
    na cultura do nosso povo
    que estas duas artes.
    A sanfona, com o sopro dos foles,
    enche de alegria a vida das pessoas
    que vem e vão por entre as barracas
    dos mangaieiros. Nesta tocada não pode
    faltar o forró e também o baião,
    o xote e o xaxado - os ritmos locais.
    Agradecemos a Sivuca e a Glorinha Gadelha
    pela confecção de uma música tão rica
    como "Feira de Mangaio" e pela produção
    de tantas outras músicas que
    contribuem de forma significativa
    para a cultura do nosso país.
    Obrigado por assistir o vídeo até aqui.
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    vou ficando por aqui. Viva a música
    e a cultura nordestina.
    Viva a nossa música popular brasileira.
    tags:
    análise da letra, entendendo a letra, interpretação da música, análise, interpretação

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