Obrigado pelo vídeo! Por mais que de fato o Parmênides tenha pensado fora da caixinha, ainda me geram dúvidas com relação à sua lógica. Mas, nada que uma revisão não dê conta. Like!
Excelente aula. Dúvida que não será respondida, mas vale tentar, se os opostos são ambos ser, como adquirem a qualidade de opostos, pois oposto é a negação do que o antecede?
Muito interessante o seu questionamento, João! Esta é uma das aporias de Parmênides, em certo sentido! Aristóteles sugere que deixemos definidos os termos de um debate. Tudo depende, em verdade, de como você enxerga um "oposto". Em sua definição, o fato de que um oposto nega o outro não é equivalente a, por exemplo, a presença de uma coisa no palco justifica a ausência da outra. Não é como matéria e anti-matéria, em que ambas num mesmo local levam à não-existência da outra. No sentido cru da palavra, um oposto não necessariamente leva à extinção do outro. Trata-se simplesmente de um contraste, e um contraste indica a *existência* do que se compara. O claro é ser, o escuro é ser. O vivo é ser, o morto é ser.
@@cientificando muitíssimo obrigado por responder, foi uma boa surpresa em função do tempo. Mas qto a sua resposta, achei o argumento mais um jogo de palavras. O oposto não necessariamente deve destruir o outro, mas necessariamente o nega, penso eu. A condição de oposição, entendo eu, exige a negação, ou não são opostos. Assim, acho, não é possível claro e escuro serem ser e opostos, mesmo que não se destruam. Claro e escuro geram o cinza, misturam-se, não se destroem, mas não são iguais como ser, pois se negam. Eis a minha dificuldade com a filosofia. Parece que nenhum filosofo erra ou se engana, todos estão certos, pois há sempre um argumento que justifica o que disseram, a exceção sobre a natureza e as ciências. Por isso disse que seu argumento o entendi como um jogo de palavras. Mudou-se a ênfase de oposto para destruição e dai tirou que claro é ser, escuro é ser por que não se destroem. Tô muito perdido?
@@JOAGOSTINI O maior problema de buscarmos entender os filósofos pré-socráticos é justamente o conteúdo semântico do discurso. As línguas sobre as quais se erguem o entendimento do homem contemporâneo acabam por deturpar um pouco o real sentido do que se buscava dizer naquela época. Por exemplo, a nossa educação sobre o conceito de "ser" se conecta mais com um verbo do que propriamente a um conceito filosófico. Os tradutores usam "ser" para transmitir uma ideia meramente próxima à do filósofo. Assim, é um conceito cujo entendimento é difícil. Eu recomendaria que não desanimasse em decorrência de tal dificuldade. Os paradoxos de Zenão carregam embates tão grandes quanto este. Quanto à sua dúvida, por que o senhor intui que as extensões do ser não podem se contradizer?
@@cientificando novamente obrigado pelo papo. Muito bom. Entendi o que disse sobre capturar o que diziam exatamente há 2.5 mil anos. Posso, então, deduzir que não entendi a sua aula e dai estou fazendo perguntas equivocadas? Sugere que eu reveja a aula? Se for o caso, eu o farei. Por outro lado, no papo anterior vc me deu um argumento favorável a Parmênides, que diz que os opostos são a mesma coisa: o ser (seja o que for). Em resumo, ele está certo, inclusive quando diz que o não-ser (seja o que for) não existe? Pergunto isso, pois a minha dificuldade é entender porque, no meu entender, parece que todos os filósofos estão certos. Isso tem sentido? Não sei se entendi a sua pergunta, não decifrei exatamente o que significa "as extensões do ser não podem se contradizer". Na sua pergunta, contradizer significa desmentir-se ou refutar? Para mim, as coisas se refutam quando são opostas, o que eu quis dizer é que os opostos não podem ser a mesma coisa ou as mesmas "extensões do ser" (usei a expressão de forma correta?) enquanto ser (claro = ser, escuro = ser), entendo que, enquanto originados do ser, seriam predicados diferentes, mas partes do ser e não o ser em si. O que não estou entendendo? Novamente obrigado.
estou com duvida? devo-me contentar com a aparencia daquilo que acho que sou? Sei q meu ser se expressa pelos meus pensamentos mas, então, no dia seguinte quando descobrirei novas verdades/experiencias o meu ser continuara imutavel?Na minha concepção, estamos vivendo de aparecia e a cada dia estamos tirando as folhagens no meio do caminho para chegar ao seu Ser mas, como viver daquilo que se acha que é verdade? ate descobrir que não é?
Nossa é bem complexo. Porque ficou fixo na minha cabeça que os pensadores pré socraticos tinham a arché né, a substancia primordial que dava origem. Ai vem parmenides e desconstroi todas as ideias que eu passei construindo nos estudos dos outros kkkkkkkkkk
porque o ser deixaria de ser o que é, o ser n tem passado ou futuro ele é! distinguindo de Existir,pois, se limita ao não-existir, coisa que o ser não deixa de ser, inexistente.
Vejamos o que diz o Advaita Vedanta. Existe apenas o Ser. O Ser Puro pode manifestar-se para si mesmo como aparências. Todos os fenômenos são aparências. “Aparência” é a raiz da palavra “Fenômeno”. Portanto, a verdadeira natureza de tudo e de cada ser é o Ser. A multiplicidade é apenas uma aparência, ou seja, o único parece ser múltiplo. Os sentidos e a razão são limitados. Todas as interpretações sobre “o que é” são incompletas e, portanto, todas as divisões são falsas, porque têm por base as interpretações. Percebendo isso, há quietude, silêncio, quanto à compreensão da totalidade. O Silêncio é a Verdade. O silêncio é imensurável; é o Ser. É incognoscível do ponto de vista da aparência chamada “Intelecto”. Silêncio é o que sou, porque Silêncio é a essência. Só há Um. "Tat Twam Asi" (Tu és Isso).
existe algum filosofo que refute Parmênides, ou as teorias dele ainda são aceitas no meio filosófico? o Ser poderia ser entendido como o próprio Universo, ou o universo seria apenas um fragmento (tal como tudo o que existe), desse Ser? Parmênides determina, em algum momento, quem é esse Ser?
O ser é unidade. Pode-se inferir por sinonimia que ser é existir. Nada vem do nada, logo inexistindo em potência e idéia. Então apenas há o que é, o que existe. O universo é?
continuem com esse conteúdo fenomenal o mundo precisa disso
Por mais aulas de filosofia,gratidão.
Obrigado pelo vídeo!
Por mais que de fato o Parmênides tenha pensado fora da caixinha, ainda me geram dúvidas com relação à sua lógica. Mas, nada que uma revisão não dê conta.
Like!
Aula fenomenal professor, maravilhosa e bela demais.
Muito Bom o vídeo. Me ajudou bastante na compreensão do assunto. Parabéns. Façam mais vídeos assim.
Muito bom e bem explicado!
Melhor vídeo sobre parmenides
Nota dez.
Show!
Exelente vídeo major.
Melhor conteúdo da internet!
Vou ver e ouvir mais vezes. Curioso
parmenides é muito complexo com esse lance do ser e não ser , poxa levei uma surra pra conseguir entender tudo kkkkk
Consegue explicar de maneira bem fácil e resumida?
Muito bom! Tenho uma dúvida: Se Parmênides não admite contrariedade, como pode as opiniões plausíveis serem opostas (luz e escuridão são ser)?
Então o ser é aquilo q consta na nossa memória certo?
Nossa ameo video!!!
Clareou ❤️
Excelente aula. Dúvida que não será respondida, mas vale tentar, se os opostos são ambos ser, como adquirem a qualidade de opostos, pois oposto é a negação do que o antecede?
Muito interessante o seu questionamento, João! Esta é uma das aporias de Parmênides, em certo sentido!
Aristóteles sugere que deixemos definidos os termos de um debate. Tudo depende, em verdade, de como você enxerga um "oposto".
Em sua definição, o fato de que um oposto nega o outro não é equivalente a, por exemplo, a presença de uma coisa no palco justifica a ausência da outra. Não é como matéria e anti-matéria, em que ambas num mesmo local levam à não-existência da outra.
No sentido cru da palavra, um oposto não necessariamente leva à extinção do outro. Trata-se simplesmente de um contraste, e um contraste indica a *existência* do que se compara.
O claro é ser, o escuro é ser.
O vivo é ser, o morto é ser.
@@cientificando muitíssimo obrigado por responder, foi uma boa surpresa em função do tempo. Mas qto a sua resposta, achei o argumento mais um jogo de palavras. O oposto não necessariamente deve destruir o outro, mas necessariamente o nega, penso eu. A condição de oposição, entendo eu, exige a negação, ou não são opostos. Assim, acho, não é possível claro e escuro serem ser e opostos, mesmo que não se destruam. Claro e escuro geram o cinza, misturam-se, não se destroem, mas não são iguais como ser, pois se negam. Eis a minha dificuldade com a filosofia. Parece que nenhum filosofo erra ou se engana, todos estão certos, pois há sempre um argumento que justifica o que disseram, a exceção sobre a natureza e as ciências. Por isso disse que seu argumento o entendi como um jogo de palavras. Mudou-se a ênfase de oposto para destruição e dai tirou que claro é ser, escuro é ser por que não se destroem. Tô muito perdido?
@@JOAGOSTINI O maior problema de buscarmos entender os filósofos pré-socráticos é justamente o conteúdo semântico do discurso. As línguas sobre as quais se erguem o entendimento do homem contemporâneo acabam por deturpar um pouco o real sentido do que se buscava dizer naquela época. Por exemplo, a nossa educação sobre o conceito de "ser" se conecta mais com um verbo do que propriamente a um conceito filosófico. Os tradutores usam "ser" para transmitir uma ideia meramente próxima à do filósofo. Assim, é um conceito cujo entendimento é difícil.
Eu recomendaria que não desanimasse em decorrência de tal dificuldade. Os paradoxos de Zenão carregam embates tão grandes quanto este.
Quanto à sua dúvida, por que o senhor intui que as extensões do ser não podem se contradizer?
@@cientificando novamente obrigado pelo papo. Muito bom. Entendi o que disse sobre capturar o que diziam exatamente há 2.5 mil anos. Posso, então, deduzir que não entendi a sua aula e dai estou fazendo perguntas equivocadas? Sugere que eu reveja a aula? Se for o caso, eu o farei. Por outro lado, no papo anterior vc me deu um argumento favorável a Parmênides, que diz que os opostos são a mesma coisa: o ser (seja o que for). Em resumo, ele está certo, inclusive quando diz que o não-ser (seja o que for) não existe? Pergunto isso, pois a minha dificuldade é entender porque, no meu entender, parece que todos os filósofos estão certos. Isso tem sentido?
Não sei se entendi a sua pergunta, não decifrei exatamente o que significa "as extensões do ser não podem se contradizer". Na sua pergunta, contradizer significa desmentir-se ou refutar? Para mim, as coisas se refutam quando são opostas, o que eu quis dizer é que os opostos não podem ser a mesma coisa ou as mesmas "extensões do ser" (usei a expressão de forma correta?) enquanto ser (claro = ser, escuro = ser), entendo que, enquanto originados do ser, seriam predicados diferentes, mas partes do ser e não o ser em si. O que não estou entendendo? Novamente obrigado.
Isso está muito bom.
estou com duvida? devo-me contentar com a aparencia daquilo que acho que sou? Sei q meu ser se expressa pelos meus pensamentos mas, então, no dia seguinte quando descobrirei novas verdades/experiencias o meu ser continuara imutavel?Na minha concepção, estamos vivendo de aparecia e a cada dia estamos tirando as folhagens no meio do caminho para chegar ao seu Ser mas, como viver daquilo que se acha que é verdade? ate descobrir que não é?
O canal de vocês é muito bom
Grato pela aula!
Cara eu amei esse vídeo, tudo isso sobre "ser", me fez pensar sobre tudo isso
Amigo qual tradução é está do poema?
a ontologia se refere a todas as coisas que existem, correto? Parabéns pelo conteúdo.👌
Referente ao ser
É uma aporia porque a sensibilidade diz uma coisa e a razão ou lógica diz outra?
Muito bacana!! Continue assim!!!
És muito bacana
Essa matéria tem um fundamento lógico,as religiões não tem fundamento, são muitos deuses que tinha seguidores, e foram esquecidos ao longo dos séculos
É uma viage do caramba
Nossa é bem complexo. Porque ficou fixo na minha cabeça que os pensadores pré socraticos tinham a arché né, a substancia primordial que dava origem. Ai vem parmenides e desconstroi todas as ideias que eu passei construindo nos estudos dos outros kkkkkkkkkk
Pensamento muito extremista e vaidoso, se tivesse menos vaidade nisso ele teria criado algo útil.
Gostei muito do vídeo e quero mais vídeos de Parmênides
rapaz...
Porque o ser nao pode derivar do ser se tudo é ser?
porque o ser deixaria de ser o que é, o ser n tem passado ou futuro ele é! distinguindo de Existir,pois, se limita ao não-existir, coisa que o ser não deixa de ser, inexistente.
@@kolwaskidesouza7753 meo, mt complexo kkkkk mas saquei. Obg
Vejamos o que diz o Advaita Vedanta. Existe apenas o Ser. O Ser Puro pode manifestar-se para si mesmo como aparências. Todos os fenômenos são aparências. “Aparência” é a raiz da palavra “Fenômeno”. Portanto, a verdadeira natureza de tudo e de cada ser é o Ser. A multiplicidade é apenas uma aparência, ou seja, o único parece ser múltiplo.
Os sentidos e a razão são limitados. Todas as interpretações sobre “o que é” são incompletas e, portanto, todas as divisões são falsas, porque têm por base as interpretações. Percebendo isso, há quietude, silêncio, quanto à compreensão da totalidade. O Silêncio é a Verdade.
O silêncio é imensurável; é o Ser. É incognoscível do ponto de vista da aparência chamada “Intelecto”. Silêncio é o que sou, porque Silêncio é a essência. Só há Um.
"Tat Twam Asi" (Tu és Isso).
existe algum filosofo que refute Parmênides, ou as teorias dele ainda são aceitas no meio filosófico?
o Ser poderia ser entendido como o próprio Universo, ou o universo seria apenas um fragmento (tal como tudo o que existe), desse Ser? Parmênides determina, em algum momento, quem é esse Ser?
O ser é unidade. Pode-se inferir por sinonimia que ser é existir. Nada vem do nada, logo inexistindo em potência e idéia. Então apenas há o que é, o que existe.
O universo é?