Estudando história tenho a sensação de que a gente vive na era mais covarde de todas. Um homem e uma mulher comum do século 3 ou do século 17 que olhassem pra nós hoje provavelmente iria ter muita pena e desprezo pelo que a gente se tornou, um ser que no fundo não quer viver, quer só conforto, conforto e conforto, segurança, ou estimulos prazerosos constantes, como um rato que fica comendo açucar o dia inteiro. A tecnologia trouxe uma consequencia nefasta: a crença da possibilidade de se construir o paraiso na terra. Se fulano não me agrada eu troco por outro, afinal há uma infinidade de opções no mercado. Mas a tecnologia só não será capaz de resolver um problema: a fragilidade do corpo humano. Desse modo o que temos é o efeito exatamente contrário. Sabemos fazer um iphone 10 mas somos incopetentes para amar e viver relacionamentos, ao mesmo tempo que os indices de doenças mentais e suicídios aumentam. Somos fracos e decadentes. E o pior é que nesse ritmo parece possível perdermos a capacidade de ver da decadencia simplesmente como decadencia.
Tudo que a tecnologia proporciona já existia antes dela. Desejos e prazeres sempre existiu sem tecnologia. Como a educação repressora impedia que mais pessoas pudessem e fizessem seus desejos sexuais aflorar. Hoje eh mais fácil ver, saber e participar dessas atividades em função tb da tecnologia.
Um homem e uma mulher comum do século 3 ou do século 17 não tinham nada a perder...nós somos covarde porque encontramos meios de ser felizes e com isso vem o medo da perda. Ta tudo certo, cada tempo com as suas coisas boas e coisas ruins. Hoje vivemos mais o bom do que o ruim, mas não da pra pedir perfeição da humanidade.
Já fui o perverso já fui o machucado inúmeras vezes. Essa nova era on-line confunde o que antes deveria ser o mais simples de tudo no relacionamento, o que seria as intenções das pessoas. A comunicação não é eficiente, não é clara, o que a torna passível de má interpretação constante. Hoje, se uma pessoa demora a responder, nós somos rápidos em entender o ato como falta de interesse, pois sabemos bem que quando gostamos, respondemos com rapidez (claro que entendemos tb que as pessoas podem estar ocupadas, mas no campo emocional isso afeta de outra forma). Por causa disso, o jogo começa: um não responde daqui, o outro desaparece de lá, e daí não se sabe mais se há qualquer tipo de relacionamento. E isso gera o medo de investimento num relacionamento, esse jogo exaustivo, feito de suposições, pois ficar em cima do muro online parece algo confortável pra muitas pessoas. Assim, a porta fica entre-aberta: não tá fechada e não tá escancarada pra um novo relacionamento.
Eu acho que mesmo online da pra deixar tudo em pratos limpos. O diálogo, ao vivo, por telefone, por zap, por carta, é o que faz com que as coisas funcionem e vão pra frente (ou pra trás se for o caso)
Laura Tw Sim! Concordo, quem quer conversar, conversa e se entende independente do meio. Mas muitas vezes o problema não é a falta de comunicação, e sim a má interpretação do dito e tb do não dito. E na era onde todos os meios são muito mais rápidos do que marcar um encontro e falar cara a cara, suposições dos sentimentos são frequentes. Porém, como você disse, quem quer falar, fala até através de pombo correio! Um abraço!
Só queria dizer uma coisa q embora com decepções, foi meu aprendizado e tem sido meu mantra dos últimos tempo: Amar não é uma fraqueza, amar é um ato revolucionário! Não q seja fácil, q n cause sofrimento, mas tem tanto além disso, e nos enriquece.
É q se tem muito jogo de desinteresse, quem se importa menos, quem demora mais para responder uma msg, é tanto joguinho mental q eu tô fora! Sem tempo pra essa nova "adolescência" q acomete até as amizades...(adolescência pq isso não é ser adulto! E nem falta de tempo, é questão de prioridade mesmo! Todo mundo tem tempo pra responder uma msg)
Sou casada mas se fosse solteira não iria querer me relacionar pela internet não. Já não converso não tenho redes sociais, fujo total, NÃO sinto afinidades. Eu sou mais das antigas e não me adapto de jeito nenhum a esse modelo atual de relacionamento. Acho superficial fútil Gosto de profundidade E não acredito em relacionamento virtual As pessoas vivem relações fogo de palha na internet, se confundem também Nao gosto, não aceito, e não busco por isso
Bom dia Manu! Sim, em todos os meus relacionamentos sempre pensei isso, fiquei na dúvida se ia ou não. Tive duas fases: em uma eu me questionava se poderia confiar na pessoa, então, acaba evitando os relacionamentos sérios e fugindo (e sim, alternando entre ser perversa e vítima); e em outra fase comecei a experimentar mais e apostar nas relações. Isso não foi garantia de nada, contudo, arrisquei mais e descobri o que realmente queria em um relacionamento, um parceiro que pudesse confiar, que me tratasse com respeito e que estivesse disposto a construir algo autêntico comigo, uma relação baseada no amor, vontade de ficar juntos e lealdade. Um abraço querido! Amo seu canal, você e Flor me ajudam a refletir muito!😘
Acho que essa história é explicada pela filósofa contemporânea Marília Mendonça: quem eu quero não me quer, quem me quer não vou querer; ninguém vai sofrer sozinho, todo mundo vai sofrer.
Me abriu mais uma questão, to tentando me relacionar Dnv depois de ser machucada, porém com medo me tornar machucadora e me machucar no meio disso. Que loucura
Todos podemos exercer os dois papéis ( ser o machucado e machucar ). A grande questão é a forma de machucar . Qdo tudo se descobre com mentiras, manipulações , faz com que uma parte de vc seja levada pelo outro , podendo demorar muito vc se ter de volta . Então , vem o medo de um novo relacionamento . Mas , felizmente vc se reergue e vê que não pode deixar algo ruim impedir novas coisas a virem . E a verdade mais cedo ou tarde aparece . Então , cautela sim , deixar de viver não .
Caraca, Manu! Que porrada!!! Acabei de bloquear uma pessoa no whatsapp por causa de um histórico de mensagens não respondidas, e justamente por causa de um certo sofrimento com a falta de resposta. Olha que doideira: pra não ter que passar pela expectativa da resposta (e frustração da não resposta) eu 'resolvi' o assunto bloqueando. Também porque já não havia mais diálogo entre nós... Mas tenho me questionado muito o porquê de isso me afetar tanto, de onde vem em mim esse sentimento de rejeição... Não tô conseguindo elaborar. E essa questão da comunicação na nossa era, das conversas descontinuadas... Mesmo que a pessoa responda na mesma hora, não é a mesma coisa de uma conversa telefônica em que vc ouve a respiração, as reações da outra pessoa enquanto você fala. Muito fragmentado isso tudo!!!
Ei, Manu, acho que a gente tá deixando de produzir ferramentas pra lidar com a experiência negativa. Tudo à nossa volta quer mostrar pra gente que as experiências podem ser sempre positivas. A indústria farmacológica, q às vezes induz diagnósticos equivocados para vender remédios. Tantas pessoas medicadas como se tivessem depressão, apenas por estarem tristes, não é? A indústria fitness, nas inúmeras soluções para se alcançar um padrão estético. Hoje nem academia adianta mais. Se vc quer acompanhar o hype, tem que fazer crossfit. A habilidade de lidar com a falta (que, convenhamos, nunca foi algo fácil) parece estar se tornando ainda mais rarefeita. Daí eu me pergunto: a falta sempre haverá. O negativo sempre haverá. Assim sendo, não faria mais sentido lidarmos com o nosso buraco e aceitarmos q ele está lá? Olharmos para ele. Tornarmo-nos íntimos dele, negociarmos com ele. Em vez de procurar mil soluções fora, viajar pra dentro. É possível ter uma experiência de intensidade profunda na varanda da nossa casa, lendo um livro. Enquanto que a profusão de experiências de satisfação e gozo que procuramos com tanta frequência para tapar os nossos buracos não parece também uma esquiva da real intensidade? Enquanto queremos dizer e mostrar ao mundo que somos intensos, parece que não estamos dispostos de verdade a atravessar a profundidade. Talvez opere aí também a velha falácia do capitalismo, que nos vende uma coisa fantasiada de outra. Um abraço
Eu acho q tá difícil mesmo, Manu. Na real é um saco construir uma relação nova hoje pq sempre vai com essa configuração atual. Cobrança de reposta imediata, angústia das ausências msm q curtas, uma coisa de louco. E se vc n topar isso, e se enquadrar na neurose, a pessoa cansa e procura outra q a satisfaça melhor. Eu já tentei propor cortar what’s app, fazer ligações e até escrever cartas (essa foi um pouco brincadeira tb) com uma pessoa pq via eu perdendo a paciência de me relacionar com ela, msm q gostasse, só pq nossa conversa no what’s app me irritava e angustiava muito e não queria avalia-lá mal por causa do meio, sabe?? Enfim! Isso tá complicado.
Talvez eu ainda não tenha quebrado a cara o suficiente, mas o que sinto é que, ao contrário de muitas pessoas, tento encarar os relacionamentos (e a vida, com todos os percalços) como aprendizados. Não acredito que seja possível evitar o sofrimento deixando de se relacionar, afinal esse próprio processo de se questionar tanto já representa certo sofrimento. Claro que é preciso ponderar e ter cautela, mas a vida tá aí pra gente aprender a partir de experiência diversas, boas e ruins. Escolher só as potencialmente boas pode acabar nos limitando. É a primeira vez que comento aqui, adoro os vídeos ❤😊
Tenho a sensação que falta pra gente duas coisas importantes: ver a realidade e nos comunicarmos melhor. Acho que essa história de ambiente virtual tem causado tanto na nossa cabeça que parece que as coisas ganham maior significado do que realmente tem e a gente fica vivendo num mundo virtual dentro da nossa cabeça. Temos que olhar a realidade e, quando não sabemos do que se trata, checar. Perguntar e estar disposto a se machucar. É pique o que a Dory falou pro Marlin quando ele diz que prometeu que não ia deixar nada acontecer com o Nemo: "coisa engraçada de se prometer. se vc não deixar nada acontecer com ele, então nada vai acontecer com ele. não seria bom pro Remo". beijos, amo o canal de vcs! Flor, tu é maravilhosa (repasse o recado)
Baseada nas minhas últimas experiências, e também em algumas relações de pessoas próximas a mim, a impressão que tenho, é que o afeto está cada dia menos presente nas relações. Eu cheguei a conclusão, de que hj as pessoas entram nos relacionamentos como quem pede ifood, com a única finalidade de saciar uma necessidade própria. Tenho observado que cada vez mais as pessoas tem um comportamento mais parecido com os psicopatas, ao se relacionarem, talvez em um grau menor, mas o que eu vejo sempre são as pessoas visando as vantagens, e os benefícios que elas terão com as relações, não sei se é exagero meu, mas tenho presenciado muitas situações assim.
Oi Manu, tudo bem? Acho que, em certa medida, as relações sofreram mudanças com os aplicativos. Eles trazem um pouco a ideia do "fast food" não só com relação a obter mais rápido o que se quer, mas de um conjunto quase que infinito de possibilidades. Acredito que os apps de relacionamento atuem como Instagram e Facebook funcionam, na lógica do caça níquel, e a qualquer momento você pode estar perdendo a chance de conhecer a pessoa perfeita pra você. Embora eu não concorde era isso que eu via na época que usava os aplicativos. Na maior parte há muita superficialidade. Um outro ponto é que eu acho que muita gente diz que quer um relacionamento, mas na real não quer 10% do trabalho que ele dá. Quer a relação, mas não quer investir nela. Acho que existe uma diferença de gênero no sentido de homens fazerem mais isso que mulheres, mas que essa diferença vem diminuindo
Acredito que muitas vezes nós assumimos os dois papéis, tanto de vilões quanto de vítimas. Entretanto, acho que se uma pessoa é clara com a outra e falar que não está a fim no momento, ou que o seu objetivo é de não se envolver emocionalmente, seria mais fácil. Para mim, o que mais me faz sentir mal é o outro me deixar no vácuo e não responder quando faço alguma pergunta. Aí ela some por um tempo e depois reaparece como se esse tempo nunca tivesse passado. Tá difícil esse povo ter responsabilidade emocional! Parece q não falam q não estão a fim só para poderem voltar a hora q quisessem, ou se estão a fim, mas não querem assumir um compromisso um pouco mais sério, têm medo de explicitar. Tenso!
Faço parte dos que vivem a ambivalência de querer uma relação, mas ter bastante medo. Não é um medo difuso, e sei bem de onde vem o meu. Mas tenho pensado que o medo do abandono pode ser subdividido de algumas formas, como medo de rejeição ou de ser preterido, por exemplo. É diferente. E, pra mim, diz respeito a dores muito mais antigas do que relacionamentos amorosos frustrados na adolescência ou vida adulta. Não tem muita racionalidade envolvida nesse tipo de medo, né? É primitivo. Sei lá...
É difícil já quebrei a cara várias vezes esse ano. Ai você tenta de novo, fica três meses com a pessoa, e aparentemente está tudo bem. Num belo dia ele some e para de falar com você! Sinceramente eu não vou tentar mais, essa foi a última vez. As pessoas só pensam nelas mesmas, não tem consideração com ninguém! Eu desisto, vou me acostumar a ficar só!
Talvez, se esteja acontecendo muitas vezes com você uma situação igual ou parecida, seja hora de você olhar pra dentro um pouco e tentar entender onde erra também, em vez de dizer que os outros são o problema. Só uma dica de alguém que já esteve nessa situação.
Lidi, o nome disso é falta de responsabilidade afetiva. Quem faz isso conosco são verdadeiros egoístas. No meu caso, “tentando entender” um término repentino, liguei para a pessoa em busca de um diálogo, o último. E o que ouvi: “Siga sua vida. Estou pensando em mim.” O que pensei: até que ponto pensar em si não reflete o quão egoísta nós somos? Cadê a responsabilidade afetiva com aquele alguém que por muito tempo te fez bem? É o famoso descarte. Amores Líquidos... Cruel!
@@srabarreto5385 barril. Passei pela mesma coisa (pelo celular). A diferença foi que eu ouvir um: " não tô mal não. Tô ótimo.. E você também não tem que ficar. Não sou tudo" O foda é você se traumatizar e achar que todos vão agir assim. Só que chega ser. Injusto com outras pessoas. Já julga-las achando que vão agir da mesma forma.
Acho que focamos muito no medo. Se o foco fosse em um ajudar o outro, um entender o outro com verdades, talvez não existisse tanta gente machucada. Precisamos aprender a resolver mais e não duvidar tanto. O medo da vergonha e do que os outros irão falar influencia muito também. Creio que precisamos de compreensão, jogamos a culpa no outro, mas e nós? são dois mundos tentando andar juntos mas cada um tem sua participação ali. O fato da sociedade jogar que existe um príncipe vindo de cavalo nos faz criar expectativas absurdas de que um relacionamento precisa ter um final feliz e não um recomeço. Ah e Bom dia Manu!
Sou da geração do telefone fixo, namorados contavam as horas para conversarem no final do dia, eram duas horas no mínimo de conversa apaixonada, regada de saudades, tinha aquele "desliga vc primeiro". Agora tudo é estranho, se passa uma hora sem mandar mensagem parece que a relação está esfriando. Não sei... talvez não estejamos sabendo lidar com a tecnologia. Enquanto a tecnologia avança, nossos sentimentos não mudam, não se modernizam, sei lá só uma suposição, gostaria muito que falasse mais desse assunto
Depois de algumas experiências eu percebi que a única que me machucava era eu mesma. Através das expectativas que eu criei e me apeguei a elas. Hoje entendo que as expectativas vão existir, mas, tenho que entender que pode não ser nada do que eu criei, afinal, o outro não é obrigado a corresponder às minhas expectativas. A questão é aceitar o real, o que se apresenta e me entender dentro de tudo o que acontecer, afinal, toda relação é um aprendizado sobre mim mesma. Como diz Buda: o sofrimento existe. Mas, a questão é como Eu vou entender e lidar com esse sofrimento. Enfim, tudo é crescimento.
Ao meu ver estamos vivendo numa dinâmica de "guerra". Ninguém gostaria de precisar de se defender. Mas as histórias já vividas nos trouxeram algumas feridas, e por falta do tratamento para a cura dessas feridas, no fundo no fundo, criamos uma couraça difícil de retirar. As vezes esperamos encontrar alguém forte e corajoso o suficiente que nos ajude a arrancar, e por vezes também nos sentimos dispostos a ajudar alguém a arrancar a sua. Mas não sabemos como, já que também nos sentimos no chão. Estamos impacientes e fracos! Pois é difícil continuar em algo onde não vemos a melhora. Quem é que está apto a salvar alguém, já que TODOS estão em "guerra"? TODOS de alguma maneira feridos, machucados o suficiente para não conseguir salvar ninguém. A rede social foi só "a cereja do bolo". Hoje está apenas mais explícito o que antes também já acontecia, mas não tinhamos redes vituais para nos contar. Sempre houve a indiferença, a traição, a rejeição, o desprezo, a pirraça, e principalmente, o medo de sofrer...Precisamos da cura para essa doença. As pessoas tem tanto medo de pegar outras doenças mas não tem coragem de enfrentar e tratar a pior doença que existe e que infelizmente já está a muito tempo instalada praticamente a vida inteira, a doença do emocional. Essa que pode começar logo que somos gerados.
Talvez a relação entre ser o machucador e o machucado seja relacionada diretamente ao valor que atribuímos à outra pessoa, baseada na sua própria escala de valores, conscientes ou não. Por exemplo: você tem um ideal, a ideia do que seria perfeito, te daria orgulho apresentar e andar com alguém muito bonito, ou bem posicionado socialmente, alguém engraçado, que possa prover luxo e conforto? Ou seja, o que tem valor pra você? Vai desde coisas normais, como inteligência e atenção até coisas mais raras como riqueza material, fama, coisas que você só sonha num parceiro. Tem as coisas num espectro mais prático , ali do meio. Aqui quanto mais coisas que você considera importantes estiverem faltando, mais distante do ideal, mais vai te exigir abrir mão, baixar o seu próprio padrão; não é mais um plus. Vai falar sobre você também o tipo de parceiro que você atrai, pois o olhar do outro me diz sobre como sou percebido no mundo. E se o meu ideal não vai de encontro com o ideal do meu objeto, eu fico frustrado e ressentido, diminuído. Talvez eu tenha que aceitar menos de um valor que é importante pra mim ou até abrir mão. E tem as coisas que você acha essenciais, basilares, coisas que são o mínimo, sem elas você não aceitaria (beira aos preconceitos, que te envergonharia ter ao lado, como um parceiro esteticamente feio ou que fala muito errado ou que não tem emprego os emprego muito humilde pela visão social ). E se aceitar, vai estar indo contra si mesmo criando uma forte tensão negativa. Vai falar muito sobre seu autovalor, sobre o que acredita que merece. Quanto mais perto do ideal o nosso objeto de desejo está (segundo os nossos padrões e valores) mais chance de sermos machucados, mais aceitamos ser machucados, mais podemos insistir e nos enamorar. Quanto mais distante, abaixo no nosso espectro, mais impaciência, resistência, insatisfação e intolerância, mais nos sentimos impotentese até humilhados, especialmente quando aceitamos o que consideramos desagradável, inferior ou até inaceitável (violência, agressividade, elitismo, infidelidade, por exemplo). O que aceitamos, o parceiro que “conseguimos”, que achamos ser máximo que podemos conquistar, diz muito sobre nós mesmos. Você pode aceitar um parceiro que atende muito pouco às suas necessidades, mas as chances de se ressentir, de diminuir-se e diminuí-lo e achar que tá fazendo um favor, que o outro pode aceitar menos de você porque você é mais do que ela merece é maior. E o inverso também, você fica com a pessoa dos seus sonhos, mas que te maltrata demais, mas nossa!, quando você pensou que uma dia teria alguém assim (lindo, genial, ou qualquer coisa) do seu lado? E se você conseguiu, pô, você deve ter alguma coisa muito especial. Assim também os outros vão pensar vendo vocês. Então, acho que é mais ou menos isso. O que você aceita (tanto o tipo de objeto de afeto quanto o tratamento dado a você e o que você dispensa) fala mais sobre você, seus valores, crenças, preconceitos, autovalor, do que do outro. É uma forma de se autoconhecendo também. Mais uma vez, é só uma opinião minha. Não quer dizer a verdade. Um exemplo prático do cotidiano: você descobre que teu ex tá namorando. O impulse de 80% das pessoas é ir lá no perfil, por exemplo, do novo amor do ex ou da ex pra ver como ele/ela é. Por uma questão de comparação, claro. Mas pra ver o que ela tem, o que atraiu e que talvez você não tenha. A escolha do outro interferindo em como você se vê é se percebe (seu valor) no mundo. Espero que tenha ficado muito confuso. Obrigada pelas reflexões, Manu! Esse é meu canal favorito, já estou triste com o fim do ano chegando 😭 Beijo pra você é pra Flor. Vocês são muito fofos! Adoro! ❤️😘
Bom dia! A partir do que vocês falaram em uma série de vídeos, todo processo de conhecer uma outra pessoa é confrontar-se com o Outro, com o diferente (o que ameaça e transforma diretamente a constituição do Eu). Infelizmente me parece que o que vivemos hoje, a partir das redes sociais, é uma possibilidade de ter o Outro apenas para o gozo próprio (na forma e no tempo que o Eu deseja) e não para sofrer ou passar pelos próprios atravessamentos do Eu. Não é aqui uma questão de submissão à violências ou desgraças físicas e emocionais de má-fé ou tóxicas. Antes é a visualização de um cenário em que a própria relação com Outro parece ser afastada ou podada a partir da adoção de uma postura de indiferença, de bloqueio do Outro e de todo o universo de relações e vivências que o Outro carrega. Por fim, deixo algumas dúvidas: há a possibilidade de relacionar-se com o Outro, de forma amigável ou amorosa, se o Eu não se deixa atravessar ou ser questionado pelo universo do Outro? A indiferença também não é uma forma de machucar?
Essa questão de tempo p responder, já li q segundo as "regras" da internet, a pessoa tem um dia... Ou seja, depende bem do interesse, quase sempre... Pimenta nos olhos dos outros é refresco Tbm li q no Japão é moda agora ficar sozinho exatamente por esse tipo de questão... Parabéns ótima reflexão! 👏👏👏👏🤗🤗🤗💚
Temos que analisar outro ponto. O querer não sofrer ou não querer fazer sofrer. Hj as pessoas vivem incomodadas com esse fato e se preservam não se comprometendo.
Acho q podemos ser tanto a vítima quanto a pessoa perversa. Depende da situação. Da mesma forma q passei por desventuras amorosas ao me envolver com quem não sabia o que queria (ou sabia e eu n estava no pacote), eu já fiz gente sofrer, mesmo sem querer. O grande problema é q ninguém de fato conversa hj em dia. Ninguém expõe suas vontades e receios. Vivemos uma época onde tudo é volátil e ninguém tem paciência de se mostrar e de ver qm o outro é.
Manú, acredito eu que com as desilusões que vamos sofrendo nos relacionamentos, meio que cria uma barreira. A gente (falo por mim) sempre acha que aquela pessoa que tá querendo se aproximar de vc vai em algum momento ferrar com vc. Claro q acho q deve existir um trabalho de interiorização das histórias pra não levar isso com regra, mas é um negócio q ainda não funciona comigo. E olhe q já fui "vilã" também! Também acredito que no meu caso, vem um histórico de pai que traiu a mãe e cresci com essa imagem. Daí os relacionamentos seguiram nessa linha, mas pelo menos hj tenho o entendimento e termino sendo mais criteriosa, apesar da cobrança massiva das pessoas de que vc só pode ser feliz se tiver com um parceiro do lado. Confesso que faz falta ter alguém, mas um alguém inteiro e de verdade. As vezes tenho a impressão que essa idealização não existe.
Acho que existe muito medo de se machucar mas acredito que eu já estive nesse lugar do machucador. Mas entendo que hoje até o relacionamento fica muito mais no pensamento do que na ação. Sou psicóloga e já tive um cliente que tinha uma performance para fazer quando estava com um Crunsh. Tinha que performer que não estava nem ligando. "Não podia demonstrar que estava gostando porque, se fizesse isso iria assustar e ele não procuraria mais". Falar em sentimento, jamais. Muito louco isso
5 ปีที่แล้ว +3
Me parece que a grande questão é a quantidade de opções. Na minha experiência pessoal, uma quantidade grande de opções sempre gera angústia. E pelo que eu vejo, o modo como nos relacionamos hoje em dia, justamente pelo advento das redes sociais e dos celulares, passa por avaliar e reavaliar suas opções o tempo todo. Será que estou realmente com a melhor opção pra mim? Aquela pessoa ali não poderia me fazer mais feliz do que essa que eu tô hoje? Lembro que na época em que eu estava solteiro eu negava a possibilidade de entrar num relacionamento sério não pela inabilidade de construir ou pela falta de fé/medo de se machucar, mas sim porque queria experimentar vários tipos de relações com várias pessoas diferentes e as vezes até ao mesmo tempo. Acho que é totalmente válido, mas cobra seu preço de várias formas. Hoje em dia enxergo um caminho no poliamor ou no relacionamento aberto. Pelo menos foi essa a forma que minha namorada e eu encontramos para lidar com esse tipo de desejos e anseios.
Já tive minha perversidade em meio aos relacionamentos, onde ambos tivemos os momentos vilão e vítima. Porém, me tornei vilão pois fui vítima, então... Criei um trauma e em cima dele passei a sufocar a pessoa. Por medo dela errar comigo de novo. E fiquei insistindo nisso, achando que o amor tem que ter sacrifico, que amor é assim, tem dor... Só que eu achei que a dor era só minha. Somente eu que sofri. Mas tava fazendo o outro sofrer também, mesmo que no meu mais íntimo, achava que merecia pelo o que havia feito comigo. Mas isso fez eu perder meu tempo, reforçar ideias erradas, moldar mais meu trauma, e achar que aquele modo de relacionamento, de amor, era o real e "único". Terminei, me afundei numa grande depressão, e mais uma vez culpei a pessoa. (obs: a depressão eu sei que não foi por conta somente daquilo) enfim, pouco tempo depois, em meio a tanta solidão, achei meu segundo (e acho que o meu grande amor, até hoje.) foi avassalador. E criei a ideia de que o amor salva. E em meio a isso, coloquei muita expectativa, idealizei demais... E do outro lado também aconteceu isso. Eis que nós dois, 4 anos após casados, terminamos... E somos vilões de nossa própria relação e etc. E assim seguimos. Eu, em terapia e lidando com milhões de questões e tentando ser o melhor de mim, e entendendo os indivíduos, lidando com medos e espaços, além de sentimentos. Já ela, espero que esteja bem e tentando fazer o mesmo, pois sei que precisa tanto quanto eu!
As pessoas estão desesperadas? Me vem em mente o tempo da resposta do "objeto de interesse", a gente está mais imediatistas, no sentido de que querem uma reação a nossas ações? Se alguém me responde 3 horas depois, não me vem a mente de ser uma pessoa perversa, mas que existem fatores na vida dela que ela precisa tomar medidas para se organizar e isso não me incomoda, já que se ela quiser responder, responderá, se não quiser, tudo bem, a historia estava nas primeiras páginas. Mas nessa correria toda dos dias de hoje em que não analisamos as coisas com calma, porque se alguém não "(cor)responde" as nossas necessidades imediatas, onde temos cardápios de pessoas para bater nossas expectativas, não estariam piorando esse "sintoma"? Talvez eu não tenha sido tão claro.
@@scarletgeo4460 Sim, não sei se me expressei bem, mas hoje nos aplicativos temos uma variedade quase infinita de pessoas, na qual nós deslizamos o dedo para dizer se correspondem nossos gostos ou não, me referi a isso, como um cardápio, no qual não se não gosta, vai para o próximo da lista.
Mas esse cardápio é ilusório também né. Tem um vídeo da Flor e do Manu em que eles falam sobre o quão ilusório é isso, que no fundo as pessoas estão mesmo evitando o que desagrada e achando que o próximo da lista vai satisfazer. O que acho triste é que aquele tum-tum-tum no coração já nem é mais levado em conta... Eu me guio por ele, me jogo do abismo e f...! Depois me levanto, mas de der tum-tum-tum eu tô dentro e corrro o risco!
Acredito que seja o medo de sofrer novamente, experiências traumáticas que não deixem ver que as histórias podem acontecer de formas diferentes. A interação com o outro se tornou mais rápida, mas a comunicação parece não acontecer com muita clareza, nas mensagens escritas, as pessoas ficam com muita dúvida sobre o que de fato o outro quis dizer e com isso criam-se neuras.
Acredito que estamos em uma fase de pouco recursos temporais pra tanta ansiedade. Acabamos vivendo menos o presente e depositando nossa vida em uma imersao virtual ainda incerta quanto aos riscos ao comportamento humano. Acredito que de 5a10 anos saberemos se as novas geracoes serao super resolvidos ou sociopatas pre Buda, antes de renuncia do mimo e conforto. Grande abraco! :)
Medo de reviver a dor de outrora. Principalmente quando a gente repete o sintoma....acaba fazendo escolhas que deixam na dúvida: "será que dessa vez eu vou sofrer de novo?". Acho que isso, ao longo da vida, vai gerando uma espécie de microtraumas, que ao longo da existência, vai nos tornando incapacitados de recomeçar. Uma espécie de acúmulo psíquico e psicossomático...aí, um belo dia, 20 anos depois, passa a adoecer por causa de um trabalho onde sempre sofre assédio moral, onde nunca foi reconhecido ou realizado, onde se envolveu com mas de uma pessoa que fez sofrer. Eu tenho visto isso....a pessoa, "resiliente", "um belo dia", adoece e diz: "agora não quero mais sofrer, não vou tentar mais". Ou passa a ter um comportamento evitativo, para rechaçar a dor.
Eu sou dessa mesma época, e agora quando penso em ter um novo relacionamento, não sei como agir, eu gosto de conversar, ter uma interação, sentir um conexão, pra dai começar algo, mas as pessoas estão com tanto medo e tão na superfície, que qualquer tentativa de comunicação para querer conhecer a pessoa melhor, já ouço, "não quero um relacionamento", então fica difícil pq, eu penso: "eu tb não sei se quero um relacionamento com vc", isso foi só um oi.
Quando eu me pergunto se vale a pena é muito em termos de o quão a relação é ou não boa. Se ela faz mais mal do que bem, eu sempre termino. Kkkk Às vezes, nem chega a ser culpa do outro que me faz mal, sou eu própria q começo a criar mil teorias da conspiração que me machucam.
Bom dia, Manu!! Acho que é uma questão geracional forte, isso de estar apavorado, com medo da perspectiva de que podemos nos machucar e de que pode dar errado. Em certa medida acho que esse medo tem a ver com o quanto o capitalismo perpassa as nossas relações, a gente quer escolher uma pessoa pra se relacionar como escolhemos um produto, uma coisa. Ao invés de ir e experienciar a vida, as situações, acho que passamos por um processo de raciocínio lógico, um processo de medir os prós e os contras, como se fosse possível você escolher de quem gosta. Essas coisas só acontecem, como você mesmo disse, o enlace neurótico só acontece, não é uma coisa que dá pra planejar. Acho tambem que atingimos um certo amor próprio, mas não sei se ele é seguro, porque no primeiro sinal de rejeição já começamos a questionar se somos bons o suficiente, ou o que é que eu não tenho que fulano não gosta de mim, e talvez a perspectiva de gostar de uma pessoa e se relacionar com ela de verdade seja uma ameaça à esse amor próprio, e aí a gente prefere ficar quieto mesmo, sem dar uma chance para aquela pessoa/relação. Acredito que o medo maior é não saber, é não ser uma coisa certa, é estar vulnerável e ser rejeitado, compreende? Numa relação com o outro, nunca sabemos o que vai ser, o que vai acontecer amanhã, se a pessoa ainda vai me querer amanhã ou se tudo vai ser diferente. Como você falou, a dinâmica das mensagens é muito performática, então hoje parece que a pessoa tá super interessada, amanhã ela já manda sinais diferentes e parece desinteressada. Acho que tá quase todo mundo com medo de confiar. Em relação ao grupo dos machucados e dos que machucam, por mais que as pessoas, quando magoadas, tendem a colocar a culpa no outro e pensar nessa ideia de que ela é sempre a vítima e que existe esse grupo dos machucadores, acredito que, na verdade, nós nos revezamos, um dia somos machucados e no outro machucamos, mesmo que não seja intencionalmente. Acho que viajei um pouco, sei lá. É isso. Amei o vídeo.
Vc tem razão, as pessoas por não precisarem mais olho no olho, fica facil respostas prontas, se cala em um dia, no outro volta, acho desinteressante , a química não funciona, obrigada por ser inscrita no seu canal, vc me ajuda muito, é como se abrisse os olhos para a vida. Gratidão!!
Sou casada há 12 anos, os 5 primeiros anos foram de medo de sofrer, questionamentos, idas e vindas até que a coisas acalmou um pouco mas até hoje me pergunto se a relação tem futuro, como pode?
Eu e meu ex separamos devido a várias ambivalências e traumas de infância que interferiram no nosso relacionamento, a gente se ama muito ainda mas ele não consegue enfrentar os problemas e prefere ficar sozinho ao invés de procurar ajuda com medo de machucarem ele. Estou fazendo terapias e descobri diversos gatilhos e traumas criados pelos meus pais. Seus vídeos me ajudam muito a me auto avaliar.
Acho que hoje o silenciar, bloquear ... os rompimentos são muito abruptos, com pouco diálogo e muito discurso pronto. A ideia tb das relações toxicas e pessoas toxicas... somos todos toxicos! 😅 A busca da felicidade sem crises... a vida sem drama ou com drama demais (mimimi). Mta coisa viu! Haha Oq acha?
As pessoas hoje elas estão mais "sensíveis" nas relações, talvez por ser uma geração onde a maioria das coisas são superficiais como nas amizades , relacionamentos... Isso talvez até explique a diferença de iniciar as relações que hoje você baixa um aplicativo e escolhe alguém e inicia uma conversa e "paquera" online sem sair de casa, sem medo de levar um fora, o que deixa as pessoas mais ousadas, mas ao mesmo tempo covardes e sensíveis. Hoje boa parte se expõem mais por causa da tecnologia, porém mais superficiais vão ficando as pessoas e isso traz insegurança.
às vezes eu acho que as pessoas lidam muito como se sentimentos fossem opção, como se sentir fosse uma chavinha que a gente vira e decide se vai rolar ou não, e isso gera muita confusão porque nos afastamos e somos afastados só por ficar racionalizando e tentando controlar tudo. (não sei se viajei).
Outra questão é que "tenho medo de me machucar" é também uma justificativa para alimentar relações passageiras e paralelas, ou seja, não me envolvo mais afundo para não me machucar e numa dessas termino machucando outro que as vezes acaba se apaixonando e querendo avançar na relação. Uma pessoa abriu comigo algo nesse sentido, essa pessoa sai com outras, mesmo estando em um relacionamento estável, porque já foi machucado então você se machuca e depois se dá o direito de machucar outros.
Eu acho que quanto mais sofremos mais vamos nos tornando um pouco perversos e mais calculados especialmente nessa época de Tinder. Realmente como você falou perdemos os pouco a espontaneidade das interações e relações.
Acho que há as duas coisas...alternamos o papel de machucado e machucador, mas também existem pessoas perversas, e vítimas reais (vide o artigo do professor André Martins Vilar de Carvalho- Uma violência silenciosa: considerações sobre a perversão narcísica). Deixo aqui um trecho de uma monografia que fiz em curso de psicoterapia que tem relação com o que você falou neste vídeo: "Também sempre me deixou intrigada observar o processo de alienação da sociedade em que vivemos, na qual percebo um esquema generalizado da vida individual e social regulada pela lógica da mercadoria, em um mundo, seja ele real ou virtual, cada vez mais dinâmico, fluído e veloz, em que todos querem de relacionar, mas há uma dificuldade na comunicação afetiva. Ao meu ver, esta dificuldade é consequência do medo ou da insegurança das pessoas, que vivendo em um ambiente de incertezas e com relações humanas cada vez mais flexíveis e superficiais, acabam por levá-las a um individualismo, onde o que vale é cada um por si, com uma supervalorização da imagem e do êxito em detrimento do respeito por si mesmo, pelos demais e pelo ambiente em que vivem. Assim, em que pese a necessidade do ser humano de sentir que é amado, ouvido e amparado, cada vez mais ele se sente carente de amor próprio ao perceber que o amor lhe é constantemente negado. Tal situação pode ser vista em todas as relações sociais, nas quais gradativamente, há uma perda de valores humanos, e todos acabam funcionando mais como uma máquina do que como pessoas, demonstrando nos dizeres de Alexander Lowen, um narcisismo como condição psicológica e cultural, um grau de irrealidade no indivíduo e na cultura, que se caracteriza por seres humanos que tentam provar seu valor a um mundo indiferente por eles mesmos criado".
Bom dia a todos ! Essa experiência de temporariedade "distorcida" em meio ao atravessamento do outro, gerando idealizações, satisfações e frustrações e construindo ou tentando construir entrelaçamentos, que pra mim é o foco da guestão. Esse sintoma descrito acima em meio a comunicação por aplicativos de mensagens, geram mais campos subjetivos e possibilidades de IDEALIZAR e de justificar algumas frustrações em meio a todo esse processo. Explorando os campos das ambivalências de uma maneira bem mais volátil e gerando a tal insegurança. Explorando intensamente a satisfação e a insatisfação durante esse se conhecer através do outro. Outro linha que se entrelaça em meio a isso, talvez, sendo uma das principais influências ou sintomas, pelo menos, meu. Kkkk E a busca por sentido ou conexão com a ideia de real, ou "estabilidade" do que é viver, em meio a relação com outro ser humano. Se relacionar, é necessariamente instável, ai afeta toda a primeira construção inicial do começo desse texto.
Sensacional essa reflexão sobre as relações no nosso tempo. Como diz Harari, os pensadores e poetas tem de começar uma revolução pra falar/pensar/fazer sobre o que estamos vivendo, pq tá todo mundo perdido nos afetos e vc Manu tem feito isso de uma forma maravilhosa. Obrigada!
O medo de se machucar é real. Talvez porque não saibamos lidar com as feridas. Queremos apenas nos relacionar (se dispor a ser sincero e 100%afetuoso) se soubermos que é romance eterno. Cada dia com mais receio da vulnerabilidade que o sentimento causa... assim vamos criando barreiras e deixando que a experiência não nos afete. Acho que sim, precisamos nos relacionar, se jogar, ser sinceros e se não rolar aprender a lidar com isso com naturalidade. Vai dar uma sofridinha, vai enfrentar decepções, mas eis o mundo. Ou isso ou se fecha numa concha. Tô aprendendo hahaha
Ficou muito na minha cabeça essa frase "a conta não fecha". Realmente não faz sentido tanta gente sofrendo por decepção amorosa. As vzs vejo uma pessoa que me fez sofrer falando como se ela estivesse sempre sofrendo, sendo que eu fui uma das relações e sei q não foi nem de longe assim. Que bizarro.
Amar é investimento de alto risco. Alguns se identificam com mercado de ações, outros com renda fixa ou preferem não investir... Depende muito do que ou quanto vc espera de retorno ou o quanto suas necessidades são preenchidas externamente. As minhas eram 100%. Minha história é similar a sua. Hoje só consigo optar por entrar ou não numa relação por conta de altíssimo investimento em me decifrar ...e tb pq depois de uma certa idade, dá uma preguiça💤 😂
Acho que também a questão das múltiplas "possibilidades" de relações com o tinder, abre esse campo da duvida e a ideia de que pode vir algo melhor depois dessa pessoa. Como num cassino mesmo, acho que as pessoas estão viciadas em procurar a relação perfeita. Que não existe
Já estive nos dois lados. Porém, como sou muito intensa, hoje vivo o que seria o vítima. Tenho medo de me machucar mais uma vez, e esse é o motivo de ficar só.
Muito interessante o vídeo...como sempre várias reflexões. Sou nova por aqui, mas já indiquei para muitos amigos. Acho que já estamos sofrendo com a pandemia e que é muito cansativo pensar que ainda teremos que sofrer no enlace...terminei um relacionamento no início do ano...e estou cansada...acho que o digital ajuda...mas não sei se somos maduros o suficiente para usar bem rsrsrs(sabe criança com faca?!)...é tudo muito líquido...é bom que flui...mas não é consistente...obrigada pelo conteúdo ajuda muito! Traz muita consciência ....obrigada!
Acho fácil encontrar relacionamentos, mas difícil encontrar reais afinidades com outras pessoas. Sexo e conversas triviais não criam vínculos fortes, e como não temos mais as restrições econômicas e religiosas de antigamente, mudar de parceiro constantemente acaba se tornando a regra. É muito difícil permitir alguém entrar (e perturbar) no nosso mundo particular sem essas afinidades. Queria pedir, se possível, que você desse sua opinião sobre o BDSM e por que algumas pessoas obtém tanto prazer (não apenas de cunho sexual) por meio da dor e do sofrimento nessas relações.
Nas redes sociais e nos app de relacionamento as relações me parecem líquidas. Pq na maioria das vezes não existe a continuidade, não flui. O tempo é diferente. E todo mundo está lá procurando algo. Têm pessoas de todo tipo. Têm perfis falsos e mediocridade. No app tb é um campo de experiência porém é necessário ficar atento e essa atenção cria um nível de estresse bom e ruim. E além disso, como existe todo tipo de pessoa, existe todo tipo de risco, todo tipo de convite, todo tipo de desejo. E níveis de perigo. Existe tb a possibilidade de encontrar pessosd bacanas, encontros bacanas e pessoas reais.
Estou num relacionamento, porém, minha parceira está atravessando um momento delicado de saúde, mas me sinto machucado pois devido ao problema dela, me sinto deixado de lado as vezes. Só que sei que já machuquei pessoas em relacionamentos anteriores e vejo isso como um karma. Sinto medo e insegurança sim, de após ela se reestabelecer emocionalmente e perceber que eu não sou necessário na vida dela. Tô meio que num paradoxo!!! Abraços!
Já fui a algoz e depois só passei a experimentar situações de sofrimento. Hoje não me arrisco com a mesma facilidade. Chego só até o campo da elaboração e "desisto".
Eu indico uma leitura sobre Relações Perversas, é uma dinâmica relacional estudada inicialmente por Masud Khan, na psicanálise, mas que promove avanços importantes no entendimento dos sujeitos para com os outros. Basicamente essa linha de pensamento diz que muitas vezes existem relações perversas em que não necessariamente haja algum sujeito perverso ali, ela explica em muitos casos como uma "junção de neuroses" por vezes parece algo perverso, é como se o produto de uma relação fosse um nova estrutura.
Concordo com vc que de facto a gente corre do sofrimento. Mas aí tem o outro lado,quem sofre até o final. Não sei se vc já leu o livro mulheres que amam de mais, mas fala sobre isso... Mulheres que aprenderam como o amor é confuso e causa sofrimento e a seguir só se identificam com esse tipo de amor. E outro tópico,as pessoas se saíram do relacionamento abusivo e tóxico... Temos que perceber esse movimento e como fomos parar nisso. Mas é natural e normal a gente se sentir inseguro de entrar num novo relacionamento após sair de algo tão pesado, violento e caótico. Todos os lados tem que ser reconhecidos.
acho que a questão é que estamos machucando e sendo machucados.. não são grupos isolados e imutáveis.. me parece que todos nós temos esses aspectos como potencialidades na relação como outro e como nós mesmos.. inclusive, um ponto fundamental de se analisar é quando nós somos os machucadores de nós mesmos! o perverso-eu para a vítima-eu! outra coisa também é o próprio aspecto do medo de sofrer, o medo de repetir padrões, se tornar exatamente o meio pelo qual o padrão se repete, bem aos moldes de uma profecia auto-realizável. bem como nós, diante da paralisia e da cegueira do medo não conseguíssemos enxergar o outro como novo, para além dos prazeres físicos da vivência do presente, e assim, no que tange nossos medos de se machucar, ou até mesmo de perder essa relação, minássemos essa própria relação... é.. sobre isto eu não sei..me peguei pensando agora nessa questão.. tá aberto, heh!
Esse negócio de saber se vale a pena investir ou não é muito pessoal, só quem tá dentro sabe. Mas também acho que medo de se machucar parece uma certa covardia consigo. Acho que as nossas experiências servem pra gente ter sagacidade de não errar ou perceber certas coisas pra não dá uma merda grande. Mas viver também quer dizer vivenciar novos erros. É isso.
Eu não acredito que esse medo de sofrer seja porque tem uma legião de pessoas que causam sofrimentos. Acredito que estamos nesse meio também. Às vezes pode até ser um medo de que façam o mesmo conosco, porque em algum momento já magoamos alguém... É difícil suprir todas as expectativas de alguém quando você também tem expectativas. Penso também que esse lance de celular e comunicação é muito bom sim, mas que também afasta as pessoas. Antigamente ("na minha época") conversávamos em tempo real, a conversa fluía. Hoje você vai num bar, acha alguém interessante, mas não consegue "acessar" a pessoa porque ela está com os olhos no celular procurando match em app de relacionamento, sendo que ali mesmo poderia produzir uma conversa muito boa... não digo que sou contra, mas sei lá, me parece que às vezes ao mesmo tempo em que procuramos algo, não procuramos nada ...
Manu, fico pensando também se essa situação é tão diferente de conversar por cartas, que tinha que esperar uma semana talvez para uma resposta... As pessoas passavam por esse sofrimento? Ou isso se fala do imediatismo de hoje ?
Não sei se é pq eram outros tempos, mas esperar carta era muito legal! Justamente pq a gente sabia que a carta já ia demorar mesmo... Claro que quando demorava mais do que o normal a gente começava a sofrer um pouquinho... Mas era um 'sofrimento' diferente. A gente meio que amadurecida nisso, isso era diluído em tantas outras coisas da vida... Hoje tudo é compactado, a rapidez torna tudo mais líquido...
Assistindo o video me veio o pensamento dessas nossas primeiras relações! Deixa eu ver se consigo me explicar, é como se a gente repetisse o tempo todo o algoz, nosso algoz...é um trauma real, não acho distante sua impressão sobre perversos e vitimas...o que me fez pensar o quanto o outro é vilão mesmo e o quanto a gente coloca ele ali para ser vilão e a gente ser eternamente vitima ou o quanto a gente atrai esse tipo de pessoa perversa para ser eternamente vitima!Fiquei refletindo isso ai..
Creio que trocamos de posição várias vezes. Machucamos e somos machucados frequentemente. Tem sido realmente muito angustiante. Já acontecia antes, mas as redes sociais amplificaram esse fenômeno. Com algunas pessoas, chegamos ao ponto de não mais conseguirmos nos comunicar por mensagem tamanha é a ansiedade que sentimos. Enfim, tudo isso está ligado ao desamparo crônico dos dias de hoje. O tabu não é mais o sexo, mas o vínculo! Abraços.
Eu tenho esse bloqueio. Medo gigante de sofrer. Quero muito uma parceria, mas sempre q me envolvo com alguém entro em pânico (crises reais de panico) e começo a sabotar até acabar com tudo e voltar pro meu lugar seguro, a solidão.
Estou vivendo isso. Estou saindo com um rapaz, me agrado com o jeito dele, me parece uma boa opção para relacionamento, porém estou com medo de q ele não me veja desta forma.
A insegurança faz a gente puxar logo o gatilho! Com medo de nós machucarmos preferimos ser perversos... Muitas vezes. A gente acaba preferindo... Pq já não quer mais ser ferido. Péssima notícia: os dois se machucam!
Está sendo uma maneira nova de se aproximar que na minha opinião por ter esse tempo entre uma pergunta e sua respectiva resposta as conversa são muito manipuladas o que tira a naturalidade da conversa. O que acho mais estranho é a pessoa interromper uma conversa e só retornar as vezes até dias depois e continuar de onde parou como se tivesse ido só beber água. Particularidades desse jeito de se relacionar. Enfim....
eu tinha a impressão de que realmente existia uma legião de pessoas que sentiam prazer em magoar, em especial homens, que criavam expectativas em mim e depois vinham e me derrubavam dessa nuvem de desejo, até que uma vez eu me deparei com mais uma frustração em relação a um rapaz que eu conversava, com essas mensagens que demoram e isso me fez desistir dele e logo em seguida um rapaz começou a gostar de mim, e me chamar sempre pra conversar e eu não quis dizer "não tenho interesse" então toda vez que ele tentava investir eu desconversava, comecei a demorar um pouco mais pra responder enfim.. percebi que existem pessoas realmente más, mas ngm está livre de decepcionar alguem, as vezes nós acabamos frustrando as pessoas que queriam se relacionar com a gente
Acho que o medo de se machucar só é real pq esperamos sempre a resposta do outro, enquanto na vdd, não tem relação com o outro e sim, cmg msm. Se eu não tenho capacidade de amar por medo isso diz mais sobre mim do que do outro.
Sempre pensei nisso....que do mesmo jeito que as vezes me machuca....eu tb machuquei muitas pessoas....entao é um risco e realmente não cabe julgamentos e nem explicações....vejo como ciclos...comeco meio e fim
Eu sai de um relacionamento de 8 anos que me machucou muito! Um processo muito difícil. E cara, mais difícil ainda é me permitir estar aberta a novas relações, é como se eu quisesse me colocar em uma bolha pra não me machucar nunca mais. Questões desafiadoras!!
Obrigado, cara. Eu gosto muito de uma pessoa que me adora, nos já estamos namorando, é rcente, mas me sinto constantemente com medo de ser deixado por ela. Sinto ciúmes de alguns amigos que sei que ela se relacionou sexualmente, pois estes muitas vezes ainda dão em cima dela. NUNCA falei nada, pois respeito a liberdade dela, as amizades dela, e sei que preciso olhar para dentro para elaborar estas inseguranças. É quase como se eu quisesse ser validado constantemente no amor que ela me dá. É como seu eu precisasse ter certeza de que ela não vai me rejeitar, me abandonar, me trocar por outro. Quando nos ficamos um, ou dois dias sem mandar mensagens, penso que ela já não me quer e que pode estar com outro. Nunca imaginei que me sentiria dessa forma. Quando estamos juntos é muito bom, apesar de algumas incompatibilidades que percebi e da nossa capacidade de viver a vida loucamente com muita boemia. Em silêncio, estou tentando adaptar, compreender e, frequentemnte, tenho a sensação de que estou me anulando um pouco. Ela é do jeito que pedi a Deus, vi que ela é muito parecida comigo e acho que estou encarando não só as projeções dos meus traumas, mas também as similaridades que temos e isso de certa forma me repele, como por exemplo querer atenção para si excessivamente, falar demais e não escutar, e flertar constantemente nas relações. Ela mais do que demonstrou que quer estar comigo e vice-versa, também demonstrei, sem nunca cobrarmos um do outro. Estou com medo de perdê-la como nos outros relacionamentos, mas diferente dos outros namoros, eu me vejo com ela no futuro. Tenho certo medo da expansividade, pois eu perco o "controle" da situação. Percebi que quero dominar o outro nas relações, ao invés de confiar, amar e deixar ser, sem querer agarrar para si. Nunca foi tão claro esse processo. Tenho estudado sobre o assunto e me dedicado a entender estes padrões para que eu não jogue fora uma relção incrível por pura incapacidade de estar junto de verdade, de amar, sem buscar poder nas relçaões. Eu sou sensível e carinhoso, toda semana eu faço algo para conquistar ela, estou aprendendo a dançar, lendo mais, cuidando do corpo, fazendo poesias que eventualmente mando pra ela. Esses dias fiz uma surpresa que ela gostou, estou me dedicando. Eu quero ser feliz e um bom companheiro para ela. Acho que preciso aprender a me comunicar mais e não me anular no processo, às vezes só deixar ser.
Cara! Assiste o vídeo do Dunker sobre Tinder.. ele aborda justamente essa questão do diálogo escrito e dos silêncios. Quanto ao medo de se machucar, tb não sei dizer pq penso igual você..
Estou vivendo isso eu namorei por 10 anos e sai muito machucada, fiz terapia, me descobri, fiquei três anos solteira, a pouco mais de 3 meses estou me relacionando, estou mega entregue, apaixonada, sabe!Porém foi ele me pediu em namoro, ele é uma pessoa extremamente fechada, aliás muito, moramos na mesma cidade, porém temos família em outra, ele não faz questão de mandar mensagem, estamos se vendo uma vez por semana,esse fds aconteceu que ele foi viajar para SP combinar uma viagem com um amigo para Estados Unidos, ate aii tudo bem, mas ele poderia vamos tb e tal, fiquei na minha, fui ao teatro e sai com amigas, porém no domingo ele chegou super cedo , mandou uma mensagem que estava aqui e ia dormir, ok. Ontem eu mandei mensagem é mal me respondeu, ele não consegue dar continuidade eu porém estou me sentindo angustiada, quero que de certo, mas como dar certo se a pessoa não ajuda, eu na vdd não sei nada dele, não tem rede social, não tem nem foto no whtas, o pouco que sei achei no escalador pelo nome, Manu me dá uma luz, contínuo tentando ou término, essa indiferença me mata.
oi, Patricia. Olha, pelo que vc diz parece que vc está muito mais investida na relação do que ele. Ou vc aceita isso e tenta lidar, ou pula fora. Não se prenda ao fato de que foi ele quem quis o namoro, isso é um detalhe que pode estar te confundindo. Atente aos sinais. Se é uma relação que te gera angústia, avalie bem ; )
Estou saindo de um relacionamento eu que me enxerguei a machucada mas tbm conseguia compreender o outro pois já fui o machucador em relações anteriores.
O problema é que as pessoas focam nas metas erradas. Desde os dez anos decidi que estudaria História e que seria na UFMG ( o sonho dourado da minha vida). Sou de origem pobre. Meu pai era Mestre-de-obras e minha mãe costureira. Ele ganhou bastante dinheiro trabalhando nas obras faraonicas do governo ditatorial civil militar, mas gastava tudo com farra (bebidas, mulheres, jogos, etc). Nasci em 1966 e acompanhei os movimentos feministas no mundo através da TV, revistas, livros e decidi que não passaria pela mesma humilhação que minha mãe sofria. O que eu gostaria de deixar bem claro é: não dependa de ninguém, foque na carreira, no trabalho, no planejamento de cada etapa da sua vida. Ao contrário da música dos Titãs, o acaso não vai te proteger. A verdadeira meta é saber que você não precisa de ninguém para te bancar, que você faz coisas que te orgulham e que amor verdadeiro é só de mãe, apesar de que nem toda mulher que pariu pode ser qualificada como mãe.
"Once bitten, twice shy" é uma expressão em inglês que corresponde à nossa "Gato escaldado tem medo de água fria" Acho que nos relacionamentos e na vida sempre corremos riscos de nos machucarmos. Creio que não há como fugirmos disso. E se soubermos lidar com as situações de forma madura, podemos crescer e aprender com essas experiências, diminuindo as chances de machucar e/ou sermos machucados. Não é uma coisa fácil.
Há a demora em responder e há tb a não-resposta. A pessoa pára de dizer algo on line e depois t encontra, por acaso na rua e lança o comentário: Ah a gente parou de se falar né> Q trama!! Cada relação estabelecida é uma trama entremeada de camadas. Uma destas camadas é o modo como nos comunicamos via internet. Podemos ouvir a voz via audio o que pode aproximar e assustar. Queremos muito a intimidade, a aproximação, o contato mas será que conseguimos ver o outro além de nós mesmos> Tudo depende de com quem estabelecemos algo. Que possibilidades se abrem e se fecham...como saímos de uma história e vamos para outra. Seja como for, aprendo muito. Do meu limão sempre sai uma limonada!!! =D
Acho que se permitindo viver a relação hahah conhecendo a pessoa e você mesmo no caminho e descobrindo qual a melhor forma de se relacionar sem tanto sofrimento.
Lembrando que a vida é curta, que não há provas de que exista outras vidas e que o relógio nunca para. Uma vez que a gente entende DE FATO isso, se entrega mais, sofre menos.
A verdade é que as pessoas hoje em dia não querem assumir tal responsabilidade perante o outro,independente do lado que tiver. Ações retrógradas e covardes facilitam confrontos e conflitos.
O negócio hoje em dia é o efeito fast food nos relacionamentos, qualquer sinal aparente de dificuldade a pessoa já tá caindo fora porque não quer ser contrariada nem se machucar. Na vida só aprendemos com nossos erros, errar é fundamental para o processo de lapidação. As pessoas querem encontrar tudo pronto, por isso a mania de fast food, tudo é fácil e rápido, se não for assim então não acontece. No final as pessoas acabam fugindo de si próprias...
Sei lá mas parece que esse aumento gigantesco de pessoas tomando antidepressivos pode ser um grande indicador de que estamos rejeitando a dor, principalmente entre os jovens. A dor e o sofrimento fazem parte da vida como bem mostra carlos Drummond de Andrade, mas com a tecnologia a gente acaba tendo a falsa ideia de que podemos ser felizes o tempo todo.
As relações estão cada vez mais superficuais, esta cada vez mais difícil você manter o outro ali interessado pois são tantas novidades no mundo digital, tanta "competição" que fica difícil você ser interessante por muito tempo.
As redes neste caso, me parecem nefastas. Já partem do afastamento. Não acho que existam predadores e vítimas. Acredito em pessoas bem ambientadas ao afastamento e as menos ambientadas. Já se parte hoje do princípio da distância, do não comprometimento. A partir disso, a princípio, somos todos vítimas em potencial e a distância se instala mais ainda. Contudo, acho que as redes são só uma ferramenta que auxilia o estado de defesa absoluto em todos. Em geral o referencial é o outro, potencial agressor. Não temos partido de nós como referência, mas sim o mundo e simplesmente porque os valores, os sinais, estão todos trocados. Ainda bem que nasci no século passado e pude me relacionar muito sem as redes. Graças!
Estudando história tenho a sensação de que a gente vive na era mais covarde de todas. Um homem e uma mulher comum do século 3 ou do século 17 que olhassem pra nós hoje provavelmente iria ter muita pena e desprezo pelo que a gente se tornou, um ser que no fundo não quer viver, quer só conforto, conforto e conforto, segurança, ou estimulos prazerosos constantes, como um rato que fica comendo açucar o dia inteiro. A tecnologia trouxe uma consequencia nefasta: a crença da possibilidade de se construir o paraiso na terra. Se fulano não me agrada eu troco por outro, afinal há uma infinidade de opções no mercado. Mas a tecnologia só não será capaz de resolver um problema: a fragilidade do corpo humano. Desse modo o que temos é o efeito exatamente contrário. Sabemos fazer um iphone 10 mas somos incopetentes para amar e viver relacionamentos, ao mesmo tempo que os indices de doenças mentais e suicídios aumentam. Somos fracos e decadentes. E o pior é que nesse ritmo parece possível perdermos a capacidade de ver da decadencia simplesmente como decadencia.
Tudo que a tecnologia proporciona já existia antes dela. Desejos e prazeres sempre existiu sem tecnologia. Como a educação repressora impedia que mais pessoas pudessem e fizessem seus desejos sexuais aflorar. Hoje eh mais fácil ver, saber e participar dessas atividades em função tb da tecnologia.
É exatamente isso, as pessoas são descartáveis e nós não sabemos amar...
@@daniellepires2050 Nós nunca soubemos, mas acho que hoje sabemos um pouquinho mais que antes...
Um homem e uma mulher comum do século 3 ou do século 17 não tinham nada a perder...nós somos covarde porque encontramos meios de ser felizes e com isso vem o medo da perda. Ta tudo certo, cada tempo com as suas coisas boas e coisas ruins. Hoje vivemos mais o bom do que o ruim, mas não da pra pedir perfeição da humanidade.
Cara, acabei de ter um orgasmo intelectual! Kkk
Já fui o perverso já fui o machucado inúmeras vezes. Essa nova era on-line confunde o que antes deveria ser o mais simples de tudo no relacionamento, o que seria as intenções das pessoas. A comunicação não é eficiente, não é clara, o que a torna passível de má interpretação constante. Hoje, se uma pessoa demora a responder, nós somos rápidos em entender o ato como falta de interesse, pois sabemos bem que quando gostamos, respondemos com rapidez (claro que entendemos tb que as pessoas podem estar ocupadas, mas no campo emocional isso afeta de outra forma). Por causa disso, o jogo começa: um não responde daqui, o outro desaparece de lá, e daí não se sabe mais se há qualquer tipo de relacionamento. E isso gera o medo de investimento num relacionamento, esse jogo exaustivo, feito de suposições, pois ficar em cima do muro online parece algo confortável pra muitas pessoas. Assim, a porta fica entre-aberta: não tá fechada e não tá escancarada pra um novo relacionamento.
Exatamente isso, Plínio! Obrigada por compartilhar sua reflexão!
Traduziu bem o que acontece. Vai agradar a uns e a outros não. Eu prefiro ao vivo e a cores. On LINE só para a oportunidade do primeiro olá.
Muito obrigada Plínio pela sua reflexão é exatamente o que estou passando...
Eu acho que mesmo online da pra deixar tudo em pratos limpos. O diálogo, ao vivo, por telefone, por zap, por carta, é o que faz com que as coisas funcionem e vão pra frente (ou pra trás se for o caso)
Laura Tw Sim! Concordo, quem quer conversar, conversa e se entende independente do meio. Mas muitas vezes o problema não é a falta de comunicação, e sim a má interpretação do dito e tb do não dito. E na era onde todos os meios são muito mais rápidos do que marcar um encontro e falar cara a cara, suposições dos sentimentos são frequentes. Porém, como você disse, quem quer falar, fala até através de pombo correio! Um abraço!
Só queria dizer uma coisa q embora com decepções, foi meu aprendizado e tem sido meu mantra dos últimos tempo: Amar não é uma fraqueza, amar é um ato revolucionário!
Não q seja fácil, q n cause sofrimento, mas tem tanto além disso, e nos enriquece.
Depois que as redes sociais substituíram o contato físico, mensagem sem resposta é rejeição.
Acho que quem é o sofredor ou causador do sofrimento varia conforme quem está contando a história.
Com toda a certeza!
É q se tem muito jogo de desinteresse, quem se importa menos, quem demora mais para responder uma msg, é tanto joguinho mental q eu tô fora! Sem tempo pra essa nova "adolescência" q acomete até as amizades...(adolescência pq isso não é ser adulto! E nem falta de tempo, é questão de prioridade mesmo! Todo mundo tem tempo pra responder uma msg)
Exatamente!
verdade
Sou casada mas se fosse solteira não iria querer me relacionar pela internet não. Já não converso não tenho redes sociais, fujo total, NÃO sinto afinidades.
Eu sou mais das antigas e não me adapto de jeito nenhum a esse modelo atual de relacionamento. Acho superficial fútil
Gosto de profundidade
E não acredito em relacionamento virtual
As pessoas vivem relações fogo de palha na internet, se confundem também
Nao gosto, não aceito, e não busco por isso
Faço minhas as suas palavras.
Definiu.
Bom dia Manu!
Sim, em todos os meus relacionamentos sempre pensei isso, fiquei na dúvida se ia ou não. Tive duas fases: em uma eu me questionava se poderia confiar na pessoa, então, acaba evitando os relacionamentos sérios e fugindo (e sim, alternando entre ser perversa e vítima); e em outra fase comecei a experimentar mais e apostar nas relações. Isso não foi garantia de nada, contudo, arrisquei mais e descobri o que realmente queria em um relacionamento, um parceiro que pudesse confiar, que me tratasse com respeito e que estivesse disposto a construir algo autêntico comigo, uma relação baseada no amor, vontade de ficar juntos e lealdade.
Um abraço querido! Amo seu canal, você e Flor me ajudam a refletir muito!😘
Acho que essa história é explicada pela filósofa contemporânea Marília Mendonça: quem eu quero não me quer, quem me quer não vou querer; ninguém vai sofrer sozinho, todo mundo vai sofrer.
Larissa Boaz é isso hahaha
Isso...
Me abriu mais uma questão, to tentando me relacionar Dnv depois de ser machucada, porém com medo me tornar machucadora e me machucar no meio disso. Que loucura
Stephanie Neves To nessa também...
Eu sou casada mas se fosse solteira não procuraria por isso. Preferiria a solidão
Todos podemos exercer os dois papéis ( ser o machucado e machucar ). A grande questão é a forma de machucar . Qdo tudo se descobre com mentiras, manipulações , faz com que uma parte de vc seja levada pelo outro , podendo demorar muito vc se ter de volta . Então , vem o medo de um novo relacionamento . Mas , felizmente vc se reergue e vê que não pode deixar algo ruim impedir novas coisas a virem . E a verdade mais cedo ou tarde aparece . Então , cautela sim , deixar de viver não .
Caraca, Manu! Que porrada!!! Acabei de bloquear uma pessoa no whatsapp por causa de um histórico de mensagens não respondidas, e justamente por causa de um certo sofrimento com a falta de resposta. Olha que doideira: pra não ter que passar pela expectativa da resposta (e frustração da não resposta) eu 'resolvi' o assunto bloqueando. Também porque já não havia mais diálogo entre nós...
Mas tenho me questionado muito o porquê de isso me afetar tanto, de onde vem em mim esse sentimento de rejeição... Não tô conseguindo elaborar.
E essa questão da comunicação na nossa era, das conversas descontinuadas... Mesmo que a pessoa responda na mesma hora, não é a mesma coisa de uma conversa telefônica em que vc ouve a respiração, as reações da outra pessoa enquanto você fala. Muito fragmentado isso tudo!!!
Ei, Manu, acho que a gente tá deixando de produzir ferramentas pra lidar com a experiência negativa. Tudo à nossa volta quer mostrar pra gente que as experiências podem ser sempre positivas. A indústria farmacológica, q às vezes induz diagnósticos equivocados para vender remédios. Tantas pessoas medicadas como se tivessem depressão, apenas por estarem tristes, não é? A indústria fitness, nas inúmeras soluções para se alcançar um padrão estético. Hoje nem academia adianta mais. Se vc quer acompanhar o hype, tem que fazer crossfit. A habilidade de lidar com a falta (que, convenhamos, nunca foi algo fácil) parece estar se tornando ainda mais rarefeita. Daí eu me pergunto: a falta sempre haverá. O negativo sempre haverá. Assim sendo, não faria mais sentido lidarmos com o nosso buraco e aceitarmos q ele está lá? Olharmos para ele. Tornarmo-nos íntimos dele, negociarmos com ele. Em vez de procurar mil soluções fora, viajar pra dentro. É possível ter uma experiência de intensidade profunda na varanda da nossa casa, lendo um livro. Enquanto que a profusão de experiências de satisfação e gozo que procuramos com tanta frequência para tapar os nossos buracos não parece também uma esquiva da real intensidade? Enquanto queremos dizer e mostrar ao mundo que somos intensos, parece que não estamos dispostos de verdade a atravessar a profundidade. Talvez opere aí também a velha falácia do capitalismo, que nos vende uma coisa fantasiada de outra.
Um abraço
Eu acho q tá difícil mesmo, Manu. Na real é um saco construir uma relação nova hoje pq sempre vai com essa configuração atual. Cobrança de reposta imediata, angústia das ausências msm q curtas, uma coisa de louco. E se vc n topar isso, e se enquadrar na neurose, a pessoa cansa e procura outra q a satisfaça melhor.
Eu já tentei propor cortar what’s app, fazer ligações e até escrever cartas (essa foi um pouco brincadeira tb) com uma pessoa pq via eu perdendo a paciência de me relacionar com ela, msm q gostasse, só pq nossa conversa no what’s app me irritava e angustiava muito e não queria avalia-lá mal por causa do meio, sabe?? Enfim! Isso tá complicado.
Talvez eu ainda não tenha quebrado a cara o suficiente, mas o que sinto é que, ao contrário de muitas pessoas, tento encarar os relacionamentos (e a vida, com todos os percalços) como aprendizados. Não acredito que seja possível evitar o sofrimento deixando de se relacionar, afinal esse próprio processo de se questionar tanto já representa certo sofrimento. Claro que é preciso ponderar e ter cautela, mas a vida tá aí pra gente aprender a partir de experiência diversas, boas e ruins. Escolher só as potencialmente boas pode acabar nos limitando.
É a primeira vez que comento aqui, adoro os vídeos ❤😊
Tenho a sensação que falta pra gente duas coisas importantes: ver a realidade e nos comunicarmos melhor. Acho que essa história de ambiente virtual tem causado tanto na nossa cabeça que parece que as coisas ganham maior significado do que realmente tem e a gente fica vivendo num mundo virtual dentro da nossa cabeça. Temos que olhar a realidade e, quando não sabemos do que se trata, checar. Perguntar e estar disposto a se machucar. É pique o que a Dory falou pro Marlin quando ele diz que prometeu que não ia deixar nada acontecer com o Nemo: "coisa engraçada de se prometer. se vc não deixar nada acontecer com ele, então nada vai acontecer com ele. não seria bom pro Remo". beijos, amo o canal de vcs! Flor, tu é maravilhosa (repasse o recado)
Baseada nas minhas últimas experiências, e também em algumas relações de pessoas próximas a mim, a impressão que tenho, é que o afeto está cada dia menos presente nas relações. Eu cheguei a conclusão, de que hj as pessoas entram nos relacionamentos como quem pede ifood, com a única finalidade de saciar uma necessidade própria. Tenho observado que cada vez mais as pessoas tem um comportamento mais parecido com os psicopatas, ao se relacionarem, talvez em um grau menor, mas o que eu vejo sempre são as pessoas visando as vantagens, e os benefícios que elas terão com as relações, não sei se é exagero meu, mas tenho presenciado muitas situações assim.
Oi Manu, tudo bem? Acho que, em certa medida, as relações sofreram mudanças com os aplicativos. Eles trazem um pouco a ideia do "fast food" não só com relação a obter mais rápido o que se quer, mas de um conjunto quase que infinito de possibilidades. Acredito que os apps de relacionamento atuem como Instagram e Facebook funcionam, na lógica do caça níquel, e a qualquer momento você pode estar perdendo a chance de conhecer a pessoa perfeita pra você. Embora eu não concorde era isso que eu via na época que usava os aplicativos. Na maior parte há muita superficialidade. Um outro ponto é que eu acho que muita gente diz que quer um relacionamento, mas na real não quer 10% do trabalho que ele dá. Quer a relação, mas não quer investir nela.
Acho que existe uma diferença de gênero no sentido de homens fazerem mais isso que mulheres, mas que essa diferença vem diminuindo
"Um outro ponto é que eu acho que muita gente diz que quer um relacionamento, mas na real não quer 10% do trabalho que ele dá." Arrazou!
Acredito que muitas vezes nós assumimos os dois papéis, tanto de vilões quanto de vítimas. Entretanto, acho que se uma pessoa é clara com a outra e falar que não está a fim no momento, ou que o seu objetivo é de não se envolver emocionalmente, seria mais fácil. Para mim, o que mais me faz sentir mal é o outro me deixar no vácuo e não responder quando faço alguma pergunta. Aí ela some por um tempo e depois reaparece como se esse tempo nunca tivesse passado. Tá difícil esse povo ter responsabilidade emocional! Parece q não falam q não estão a fim só para poderem voltar a hora q quisessem, ou se estão a fim, mas não querem assumir um compromisso um pouco mais sério, têm medo de explicitar. Tenso!
Faço parte dos que vivem a ambivalência de querer uma relação, mas ter bastante medo. Não é um medo difuso, e sei bem de onde vem o meu. Mas tenho pensado que o medo do abandono pode ser subdividido de algumas formas, como medo de rejeição ou de ser preterido, por exemplo. É diferente. E, pra mim, diz respeito a dores muito mais antigas do que relacionamentos amorosos frustrados na adolescência ou vida adulta.
Não tem muita racionalidade envolvida nesse tipo de medo, né? É primitivo.
Sei lá...
É difícil já quebrei a cara várias vezes esse ano. Ai você tenta de novo, fica três meses com a pessoa, e aparentemente está tudo bem. Num belo dia ele some e para de falar com você! Sinceramente eu não vou tentar mais, essa foi a última vez. As pessoas só pensam nelas mesmas, não tem consideração com ninguém! Eu desisto, vou me acostumar a ficar só!
Acho importante que a gente aprenda a ficar feliz só! Essa 'necessidade do outro' é o nosso maior sofrimento.
Talvez, se esteja acontecendo muitas vezes com você uma situação igual ou parecida, seja hora de você olhar pra dentro um pouco e tentar entender onde erra também, em vez de dizer que os outros são o problema. Só uma dica de alguém que já esteve nessa situação.
Lidi, o nome disso é falta de responsabilidade afetiva. Quem faz isso conosco são verdadeiros egoístas.
No meu caso, “tentando entender” um término repentino, liguei para a pessoa em busca de um diálogo, o último. E o que ouvi: “Siga sua vida. Estou pensando em mim.” O que pensei: até que ponto pensar em si não reflete o quão egoísta nós somos? Cadê a responsabilidade afetiva com aquele alguém que por muito tempo te fez bem? É o famoso descarte. Amores Líquidos...
Cruel!
@@srabarreto5385 barril. Passei pela mesma coisa (pelo celular). A diferença foi que eu ouvir um: " não tô mal não. Tô ótimo.. E você também não tem que ficar. Não sou tudo"
O foda é você se traumatizar e achar que todos vão agir assim. Só que chega ser. Injusto com outras pessoas. Já julga-las achando que vão agir da mesma forma.
Acho que focamos muito no medo. Se o foco fosse em um ajudar o outro, um entender o outro com verdades, talvez não existisse tanta gente machucada. Precisamos aprender a resolver mais e não duvidar tanto. O medo da vergonha e do que os outros irão falar influencia muito também. Creio que precisamos de compreensão, jogamos a culpa no outro, mas e nós? são dois mundos tentando andar juntos mas cada um tem sua participação ali. O fato da sociedade jogar que existe um príncipe vindo de cavalo nos faz criar expectativas absurdas de que um relacionamento precisa ter um final feliz e não um recomeço. Ah e Bom dia Manu!
Sou da geração do telefone fixo, namorados contavam as horas para conversarem no final do dia, eram duas horas no mínimo de conversa apaixonada, regada de saudades, tinha aquele "desliga vc primeiro". Agora tudo é estranho, se passa uma hora sem mandar mensagem parece que a relação está esfriando. Não sei... talvez não estejamos sabendo lidar com a tecnologia. Enquanto a tecnologia avança, nossos sentimentos não mudam, não se modernizam, sei lá só uma suposição, gostaria muito que falasse mais desse assunto
Depois de algumas experiências eu percebi que a única que me machucava era eu mesma. Através das expectativas que eu criei e me apeguei a elas. Hoje entendo que as expectativas vão existir, mas, tenho que entender que pode não ser nada do que eu criei, afinal, o outro não é obrigado a corresponder às minhas expectativas. A questão é aceitar o real, o que se apresenta e me entender dentro de tudo o que acontecer, afinal, toda relação é um aprendizado sobre mim mesma.
Como diz Buda: o sofrimento existe.
Mas, a questão é como Eu vou entender e lidar com esse sofrimento.
Enfim, tudo é crescimento.
Ao meu ver estamos vivendo numa dinâmica de "guerra". Ninguém gostaria de precisar de se defender. Mas as histórias já vividas nos trouxeram algumas feridas, e por falta do tratamento para a cura dessas feridas, no fundo no fundo, criamos uma couraça difícil de retirar. As vezes esperamos encontrar alguém forte e corajoso o suficiente que nos ajude a arrancar, e por vezes também nos sentimos dispostos a ajudar alguém a arrancar a sua. Mas não sabemos como, já que também nos sentimos no chão. Estamos impacientes e fracos! Pois é difícil continuar em algo onde não vemos a melhora. Quem é que está apto a salvar alguém, já que TODOS estão em "guerra"? TODOS de alguma maneira feridos, machucados o suficiente para não conseguir salvar ninguém.
A rede social foi só "a cereja do bolo". Hoje está apenas mais explícito o que antes também já acontecia, mas não tinhamos redes vituais para nos contar. Sempre houve a indiferença, a traição, a rejeição, o desprezo, a pirraça, e principalmente, o medo de sofrer...Precisamos da cura para essa doença. As pessoas tem tanto medo de pegar outras doenças mas não tem coragem de enfrentar e tratar a pior doença que existe e que infelizmente já está a muito tempo instalada praticamente a vida inteira, a doença do emocional. Essa que pode começar logo que somos gerados.
Talvez a relação entre ser o machucador e o machucado seja relacionada diretamente ao valor que atribuímos à outra pessoa, baseada na sua própria escala de valores, conscientes ou não.
Por exemplo: você tem um ideal, a ideia do que seria perfeito, te daria orgulho apresentar e andar com alguém muito bonito, ou bem posicionado socialmente, alguém engraçado, que possa prover luxo e conforto? Ou seja, o que tem valor pra você? Vai desde coisas normais, como inteligência e atenção até coisas mais raras como riqueza material, fama, coisas que você só sonha num parceiro.
Tem as coisas num espectro mais prático , ali do meio. Aqui quanto mais coisas que você considera importantes estiverem faltando, mais distante do ideal, mais vai te exigir abrir mão, baixar o seu próprio padrão; não é mais um plus. Vai falar sobre você também o tipo de parceiro que você atrai, pois o olhar do outro me diz sobre como sou percebido no mundo. E se o meu ideal não vai de encontro com o ideal do meu objeto, eu fico frustrado e ressentido, diminuído. Talvez eu tenha que aceitar menos de um valor que é importante pra mim ou até abrir mão.
E tem as coisas que você acha essenciais, basilares, coisas que são o mínimo, sem elas você não aceitaria (beira aos preconceitos, que te envergonharia ter ao lado, como um parceiro esteticamente feio ou que fala muito errado ou que não tem emprego os emprego muito humilde pela visão social ). E se aceitar, vai estar indo contra si mesmo criando uma forte tensão negativa. Vai falar muito sobre seu autovalor, sobre o que acredita que merece.
Quanto mais perto do ideal o nosso objeto de desejo está (segundo os nossos padrões e valores) mais chance de sermos machucados, mais aceitamos ser machucados, mais podemos insistir e nos enamorar. Quanto mais distante, abaixo no nosso espectro, mais impaciência, resistência, insatisfação e intolerância, mais nos sentimos impotentese até humilhados, especialmente quando aceitamos o que consideramos desagradável, inferior ou até inaceitável (violência, agressividade, elitismo, infidelidade, por exemplo).
O que aceitamos, o parceiro que “conseguimos”, que achamos ser máximo que podemos conquistar, diz muito sobre nós mesmos. Você pode aceitar um parceiro que atende muito pouco às suas necessidades, mas as chances de se ressentir, de diminuir-se e diminuí-lo e achar que tá fazendo um favor, que o outro pode aceitar menos de você porque você é mais do que ela merece é maior. E o inverso também, você fica com a pessoa dos seus sonhos, mas que te maltrata demais, mas nossa!, quando você pensou que uma dia teria alguém assim (lindo, genial, ou qualquer coisa) do seu lado? E se você conseguiu, pô, você deve ter alguma coisa muito especial. Assim também os outros vão pensar vendo vocês.
Então, acho que é mais ou menos isso. O que você aceita (tanto o tipo de objeto de afeto quanto o tratamento dado a você e o que você dispensa) fala mais sobre você, seus valores, crenças, preconceitos, autovalor, do que do outro. É uma forma de se autoconhecendo também.
Mais uma vez, é só uma opinião minha. Não quer dizer a verdade. Um exemplo prático do cotidiano: você descobre que teu ex tá namorando. O impulse de 80% das pessoas é ir lá no perfil, por exemplo, do novo amor do ex ou da ex pra ver como ele/ela é. Por uma questão de comparação, claro. Mas pra ver o que ela tem, o que atraiu e que talvez você não tenha. A escolha do outro interferindo em como você se vê é se percebe (seu valor) no mundo.
Espero que tenha ficado muito confuso.
Obrigada pelas reflexões, Manu!
Esse é meu canal favorito, já estou triste com o fim do ano chegando 😭
Beijo pra você é pra Flor. Vocês são muito fofos! Adoro! ❤️😘
Bom dia! A partir do que vocês falaram em uma série de vídeos, todo processo de conhecer uma outra pessoa é confrontar-se com o Outro, com o diferente (o que ameaça e transforma diretamente a constituição do Eu). Infelizmente me parece que o que vivemos hoje, a partir das redes sociais, é uma possibilidade de ter o Outro apenas para o gozo próprio (na forma e no tempo que o Eu deseja) e não para sofrer ou passar pelos próprios atravessamentos do Eu. Não é aqui uma questão de submissão à violências ou desgraças físicas e emocionais de má-fé ou tóxicas. Antes é a visualização de um cenário em que a própria relação com Outro parece ser afastada ou podada a partir da adoção de uma postura de indiferença, de bloqueio do Outro e de todo o universo de relações e vivências que o Outro carrega. Por fim, deixo algumas dúvidas: há a possibilidade de relacionar-se com o Outro, de forma amigável ou amorosa, se o Eu não se deixa atravessar ou ser questionado pelo universo do Outro? A indiferença também não é uma forma de machucar?
Essa questão de tempo p responder, já li q segundo as "regras" da internet, a pessoa tem um dia...
Ou seja, depende bem do interesse, quase sempre...
Pimenta nos olhos dos outros é refresco
Tbm li q no Japão é moda agora ficar sozinho exatamente por esse tipo de questão...
Parabéns ótima reflexão! 👏👏👏👏🤗🤗🤗💚
Temos que analisar outro ponto. O querer não sofrer ou não querer fazer sofrer. Hj as pessoas vivem incomodadas com esse fato e se preservam não se comprometendo.
Acho q podemos ser tanto a vítima quanto a pessoa perversa. Depende da situação. Da mesma forma q passei por desventuras amorosas ao me envolver com quem não sabia o que queria (ou sabia e eu n estava no pacote), eu já fiz gente sofrer, mesmo sem querer. O grande problema é q ninguém de fato conversa hj em dia. Ninguém expõe suas vontades e receios. Vivemos uma época onde tudo é volátil e ninguém tem paciência de se mostrar e de ver qm o outro é.
Manú, acredito eu que com as desilusões que vamos sofrendo nos relacionamentos, meio que cria uma barreira. A gente (falo por mim) sempre acha que aquela pessoa que tá querendo se aproximar de vc vai em algum momento ferrar com vc. Claro q acho q deve existir um trabalho de interiorização das histórias pra não levar isso com regra, mas é um negócio q ainda não funciona comigo. E olhe q já fui "vilã" também!
Também acredito que no meu caso, vem um histórico de pai que traiu a mãe e cresci com essa imagem. Daí os relacionamentos seguiram nessa linha, mas pelo menos hj tenho o entendimento e termino sendo mais criteriosa, apesar da cobrança massiva das pessoas de que vc só pode ser feliz se tiver com um parceiro do lado.
Confesso que faz falta ter alguém, mas um alguém inteiro e de verdade. As vezes tenho a impressão que essa idealização não existe.
Acho que existe muito medo de se machucar mas acredito que eu já estive nesse lugar do machucador. Mas entendo que hoje até o relacionamento fica muito mais no pensamento do que na ação.
Sou psicóloga e já tive um cliente que tinha uma performance para fazer quando estava com um Crunsh. Tinha que performer que não estava nem ligando. "Não podia demonstrar que estava gostando porque, se fizesse isso iria assustar e ele não procuraria mais". Falar em sentimento, jamais.
Muito louco isso
Me parece que a grande questão é a quantidade de opções. Na minha experiência pessoal, uma quantidade grande de opções sempre gera angústia. E pelo que eu vejo, o modo como nos relacionamos hoje em dia, justamente pelo advento das redes sociais e dos celulares, passa por avaliar e reavaliar suas opções o tempo todo. Será que estou realmente com a melhor opção pra mim? Aquela pessoa ali não poderia me fazer mais feliz do que essa que eu tô hoje? Lembro que na época em que eu estava solteiro eu negava a possibilidade de entrar num relacionamento sério não pela inabilidade de construir ou pela falta de fé/medo de se machucar, mas sim porque queria experimentar vários tipos de relações com várias pessoas diferentes e as vezes até ao mesmo tempo. Acho que é totalmente válido, mas cobra seu preço de várias formas. Hoje em dia enxergo um caminho no poliamor ou no relacionamento aberto. Pelo menos foi essa a forma que minha namorada e eu encontramos para lidar com esse tipo de desejos e anseios.
Já tive minha perversidade em meio aos relacionamentos, onde ambos tivemos os momentos vilão e vítima. Porém, me tornei vilão pois fui vítima, então... Criei um trauma e em cima dele passei a sufocar a pessoa. Por medo dela errar comigo de novo. E fiquei insistindo nisso, achando que o amor tem que ter sacrifico, que amor é assim, tem dor... Só que eu achei que a dor era só minha. Somente eu que sofri. Mas tava fazendo o outro sofrer também, mesmo que no meu mais íntimo, achava que merecia pelo o que havia feito comigo. Mas isso fez eu perder meu tempo, reforçar ideias erradas, moldar mais meu trauma, e achar que aquele modo de relacionamento, de amor, era o real e "único". Terminei, me afundei numa grande depressão, e mais uma vez culpei a pessoa. (obs: a depressão eu sei que não foi por conta somente daquilo) enfim, pouco tempo depois, em meio a tanta solidão, achei meu segundo (e acho que o meu grande amor, até hoje.) foi avassalador. E criei a ideia de que o amor salva. E em meio a isso, coloquei muita expectativa, idealizei demais... E do outro lado também aconteceu isso. Eis que nós dois, 4 anos após casados, terminamos... E somos vilões de nossa própria relação e etc. E assim seguimos. Eu, em terapia e lidando com milhões de questões e tentando ser o melhor de mim, e entendendo os indivíduos, lidando com medos e espaços, além de sentimentos. Já ela, espero que esteja bem e tentando fazer o mesmo, pois sei que precisa tanto quanto eu!
As pessoas estão desesperadas? Me vem em mente o tempo da resposta do "objeto de interesse", a gente está mais imediatistas, no sentido de que querem uma reação a nossas ações? Se alguém me responde 3 horas depois, não me vem a mente de ser uma pessoa perversa, mas que existem fatores na vida dela que ela precisa tomar medidas para se organizar e isso não me incomoda, já que se ela quiser responder, responderá, se não quiser, tudo bem, a historia estava nas primeiras páginas. Mas nessa correria toda dos dias de hoje em que não analisamos as coisas com calma, porque se alguém não "(cor)responde" as nossas necessidades imediatas, onde temos cardápios de pessoas para bater nossas expectativas, não estariam piorando esse "sintoma"? Talvez eu não tenha sido tão claro.
"Cardápio de pessoas" ...horror verdadeiro.
@@scarletgeo4460 Sim, não sei se me expressei bem, mas hoje nos aplicativos temos uma variedade quase infinita de pessoas, na qual nós deslizamos o dedo para dizer se correspondem nossos gostos ou não, me referi a isso, como um cardápio, no qual não se não gosta, vai para o próximo da lista.
Mas esse cardápio é ilusório também né.
Tem um vídeo da Flor e do Manu em que eles falam sobre o quão ilusório é isso, que no fundo as pessoas estão mesmo evitando o que desagrada e achando que o próximo da lista vai satisfazer.
O que acho triste é que aquele tum-tum-tum no coração já nem é mais levado em conta... Eu me guio por ele, me jogo do abismo e f...! Depois me levanto, mas de der tum-tum-tum eu tô dentro e corrro o risco!
Acredito que seja o medo de sofrer novamente, experiências traumáticas que não deixem ver que as histórias podem acontecer de formas diferentes.
A interação com o outro se tornou mais rápida, mas a comunicação parece não acontecer com muita clareza, nas mensagens escritas, as pessoas ficam com muita dúvida sobre o que de fato o outro quis dizer e com isso criam-se neuras.
Acredito que estamos em uma fase de pouco recursos temporais pra tanta ansiedade. Acabamos vivendo menos o presente e depositando nossa vida em uma imersao virtual ainda incerta quanto aos riscos ao comportamento humano. Acredito que de 5a10 anos saberemos se as novas geracoes serao super resolvidos ou sociopatas pre Buda, antes de renuncia do mimo e conforto.
Grande abraco! :)
Medo de reviver a dor de outrora. Principalmente quando a gente repete o sintoma....acaba fazendo escolhas que deixam na dúvida: "será que dessa vez eu vou sofrer de novo?". Acho que isso, ao longo da vida, vai gerando uma espécie de microtraumas, que ao longo da existência, vai nos tornando incapacitados de recomeçar. Uma espécie de acúmulo psíquico e psicossomático...aí, um belo dia, 20 anos depois, passa a adoecer por causa de um trabalho onde sempre sofre assédio moral, onde nunca foi reconhecido ou realizado, onde se envolveu com mas de uma pessoa que fez sofrer. Eu tenho visto isso....a pessoa, "resiliente", "um belo dia", adoece e diz: "agora não quero mais sofrer, não vou tentar mais". Ou passa a ter um comportamento evitativo, para rechaçar a dor.
Eu sou dessa mesma época, e agora quando penso em ter um novo relacionamento, não sei como agir, eu gosto de conversar, ter uma interação, sentir um conexão, pra dai começar algo, mas as pessoas estão com tanto medo e tão na superfície, que qualquer tentativa de comunicação para querer conhecer a pessoa melhor, já ouço, "não quero um relacionamento", então fica difícil pq, eu penso: "eu tb não sei se quero um relacionamento com vc", isso foi só um oi.
Quando eu me pergunto se vale a pena é muito em termos de o quão a relação é ou não boa. Se ela faz mais mal do que bem, eu sempre termino. Kkkk
Às vezes, nem chega a ser culpa do outro que me faz mal, sou eu própria q começo a criar mil teorias da conspiração que me machucam.
Bom dia, Manu!! Acho que é uma questão geracional forte, isso de estar apavorado, com medo da perspectiva de que podemos nos machucar e de que pode dar errado. Em certa medida acho que esse medo tem a ver com o quanto o capitalismo perpassa as nossas relações, a gente quer escolher uma pessoa pra se relacionar como escolhemos um produto, uma coisa. Ao invés de ir e experienciar a vida, as situações, acho que passamos por um processo de raciocínio lógico, um processo de medir os prós e os contras, como se fosse possível você escolher de quem gosta. Essas coisas só acontecem, como você mesmo disse, o enlace neurótico só acontece, não é uma coisa que dá pra planejar. Acho tambem que atingimos um certo amor próprio, mas não sei se ele é seguro, porque no primeiro sinal de rejeição já começamos a questionar se somos bons o suficiente, ou o que é que eu não tenho que fulano não gosta de mim, e talvez a perspectiva de gostar de uma pessoa e se relacionar com ela de verdade seja uma ameaça à esse amor próprio, e aí a gente prefere ficar quieto mesmo, sem dar uma chance para aquela pessoa/relação. Acredito que o medo maior é não saber, é não ser uma coisa certa, é estar vulnerável e ser rejeitado, compreende? Numa relação com o outro, nunca sabemos o que vai ser, o que vai acontecer amanhã, se a pessoa ainda vai me querer amanhã ou se tudo vai ser diferente. Como você falou, a dinâmica das mensagens é muito performática, então hoje parece que a pessoa tá super interessada, amanhã ela já manda sinais diferentes e parece desinteressada. Acho que tá quase todo mundo com medo de confiar. Em relação ao grupo dos machucados e dos que machucam, por mais que as pessoas, quando magoadas, tendem a colocar a culpa no outro e pensar nessa ideia de que ela é sempre a vítima e que existe esse grupo dos machucadores, acredito que, na verdade, nós nos revezamos, um dia somos machucados e no outro machucamos, mesmo que não seja intencionalmente. Acho que viajei um pouco, sei lá. É isso. Amei o vídeo.
Vc tem razão, as pessoas por não precisarem mais olho no olho, fica facil respostas prontas, se cala em um dia, no outro volta, acho desinteressante , a química não funciona, obrigada por ser inscrita no seu canal, vc me ajuda muito, é como se abrisse os olhos para a vida. Gratidão!!
Sou casada há 12 anos, os 5 primeiros anos foram de medo de sofrer, questionamentos, idas e vindas até que a coisas acalmou um pouco mas até hoje me pergunto se a relação tem futuro, como pode?
Já teve futuro, agora é só lucro, amiga! :D
Eu e meu ex separamos devido a várias ambivalências e traumas de infância que interferiram no nosso relacionamento, a gente se ama muito ainda mas ele não consegue enfrentar os problemas e prefere ficar sozinho ao invés de procurar ajuda com medo de machucarem ele. Estou fazendo terapias e descobri diversos gatilhos e traumas criados pelos meus pais. Seus vídeos me ajudam muito a me auto avaliar.
Acho que hoje o silenciar, bloquear ... os rompimentos são muito abruptos, com pouco diálogo e muito discurso pronto. A ideia tb das relações toxicas e pessoas toxicas... somos todos toxicos! 😅 A busca da felicidade sem crises... a vida sem drama ou com drama demais (mimimi). Mta coisa viu! Haha Oq acha?
As pessoas hoje elas estão mais "sensíveis" nas relações, talvez por ser uma geração onde a maioria das coisas são superficiais como nas amizades , relacionamentos... Isso talvez até explique a diferença de iniciar as relações que hoje você baixa um aplicativo e escolhe alguém e inicia uma conversa e "paquera" online sem sair de casa, sem medo de levar um fora, o que deixa as pessoas mais ousadas, mas ao mesmo tempo covardes e sensíveis. Hoje boa parte se expõem mais por causa da tecnologia, porém mais superficiais vão ficando as pessoas e isso traz insegurança.
às vezes eu acho que as pessoas lidam muito como se sentimentos fossem opção, como se sentir fosse uma chavinha que a gente vira e decide se vai rolar ou não, e isso gera muita confusão porque nos afastamos e somos afastados só por ficar racionalizando e tentando controlar tudo.
(não sei se viajei).
Outra questão é que "tenho medo de me machucar" é também uma justificativa para alimentar relações passageiras e paralelas, ou seja, não me envolvo mais afundo para não me machucar e numa dessas termino machucando outro que as vezes acaba se apaixonando e querendo avançar na relação. Uma pessoa abriu comigo algo nesse sentido, essa pessoa sai com outras, mesmo estando em um relacionamento estável, porque já foi machucado então você se machuca e depois se dá o direito de machucar outros.
Eu acho que quanto mais sofremos mais vamos nos tornando um pouco perversos e mais calculados especialmente nessa época de Tinder. Realmente como você falou perdemos os pouco a espontaneidade das interações e relações.
Minha psicóloga me fala que pela experiência dela em clínica está cada vez mais evidente um numero maior de perversos.
Acho que há as duas coisas...alternamos o papel de machucado e machucador, mas também existem pessoas perversas, e vítimas reais (vide o artigo do professor André Martins Vilar de Carvalho- Uma violência silenciosa: considerações sobre a perversão narcísica).
Deixo aqui um trecho de uma monografia que fiz em curso de psicoterapia que tem relação com o que você falou neste vídeo: "Também sempre me deixou intrigada observar o processo de alienação da sociedade em que vivemos, na qual percebo um esquema generalizado da vida individual e social regulada pela lógica da mercadoria, em um mundo, seja ele real ou virtual, cada vez mais dinâmico, fluído e veloz, em que todos querem de relacionar, mas há uma dificuldade na comunicação afetiva.
Ao meu ver, esta dificuldade é consequência do medo ou da insegurança das pessoas, que vivendo em um ambiente de incertezas e com relações humanas cada vez mais flexíveis e superficiais, acabam por levá-las a um individualismo, onde o que vale é cada um por si, com uma supervalorização da imagem e do êxito em detrimento do respeito por si mesmo, pelos demais e pelo ambiente em que vivem. Assim, em que pese a necessidade do ser humano de sentir que é amado, ouvido e amparado, cada vez mais ele se sente carente de amor próprio ao perceber que o amor lhe é constantemente negado.
Tal situação pode ser vista em todas as relações sociais, nas quais gradativamente, há uma perda de valores humanos, e todos acabam funcionando mais como uma máquina do que como pessoas, demonstrando nos dizeres de Alexander Lowen, um narcisismo como condição psicológica e cultural, um grau de irrealidade no indivíduo e na cultura, que se caracteriza por seres humanos que tentam provar seu valor a um mundo indiferente por eles mesmos criado".
Bom dia a todos !
Essa experiência de temporariedade "distorcida" em meio ao atravessamento do outro, gerando idealizações, satisfações e frustrações e construindo ou tentando construir entrelaçamentos, que pra mim é o foco da guestão. Esse sintoma descrito acima em meio a comunicação por aplicativos de mensagens, geram mais campos subjetivos e possibilidades de IDEALIZAR e de justificar algumas frustrações em meio a todo esse processo. Explorando os campos das ambivalências de uma maneira bem mais volátil e gerando a tal insegurança. Explorando intensamente a satisfação e a insatisfação durante esse se conhecer através do outro. Outro linha que se entrelaça em meio a isso, talvez, sendo uma das principais influências ou sintomas, pelo menos, meu. Kkkk E a busca por sentido ou conexão com a ideia de real, ou "estabilidade" do que é viver, em meio a relação com outro ser humano. Se relacionar, é necessariamente instável, ai afeta toda a primeira construção inicial do começo desse texto.
Sensacional essa reflexão sobre as relações no nosso tempo. Como diz Harari, os pensadores e poetas tem de começar uma revolução pra falar/pensar/fazer sobre o que estamos vivendo, pq tá todo mundo perdido nos afetos e vc Manu tem feito isso de uma forma maravilhosa. Obrigada!
O medo de se machucar é real. Talvez porque não saibamos lidar com as feridas. Queremos apenas nos relacionar (se dispor a ser sincero e 100%afetuoso) se soubermos que é romance eterno. Cada dia com mais receio da vulnerabilidade que o sentimento causa... assim vamos criando barreiras e deixando que a experiência não nos afete. Acho que sim, precisamos nos relacionar, se jogar, ser sinceros e se não rolar aprender a lidar com isso com naturalidade. Vai dar uma sofridinha, vai enfrentar decepções, mas eis o mundo. Ou isso ou se fecha numa concha. Tô aprendendo hahaha
Ficou muito na minha cabeça essa frase "a conta não fecha". Realmente não faz sentido tanta gente sofrendo por decepção amorosa. As vzs vejo uma pessoa que me fez sofrer falando como se ela estivesse sempre sofrendo, sendo que eu fui uma das relações e sei q não foi nem de longe assim. Que bizarro.
Amar é investimento de alto risco. Alguns se identificam com mercado de ações, outros com renda fixa ou preferem não investir... Depende muito do que ou quanto vc espera de retorno ou o quanto suas necessidades são preenchidas externamente. As minhas eram 100%. Minha história é similar a sua. Hoje só consigo optar por entrar ou não numa relação por conta de altíssimo investimento em me decifrar ...e tb pq depois de uma certa idade, dá uma preguiça💤 😂
marcia pinto
Ô se da!
Acho que também a questão das múltiplas "possibilidades" de relações com o tinder, abre esse campo da duvida e a ideia de que pode vir algo melhor depois dessa pessoa. Como num cassino mesmo, acho que as pessoas estão viciadas em procurar a relação perfeita. Que não existe
Já estive nos dois lados. Porém, como sou muito intensa, hoje vivo o que seria o vítima. Tenho medo de me machucar mais uma vez, e esse é o motivo de ficar só.
Muito interessante o vídeo...como sempre várias reflexões. Sou nova por aqui, mas já indiquei para muitos amigos. Acho que já estamos sofrendo com a pandemia e que é muito cansativo pensar que ainda teremos que sofrer no enlace...terminei um relacionamento no início do ano...e estou cansada...acho que o digital ajuda...mas não sei se somos maduros o suficiente para usar bem rsrsrs(sabe criança com faca?!)...é tudo muito líquido...é bom que flui...mas não é consistente...obrigada pelo conteúdo ajuda muito! Traz muita consciência ....obrigada!
Acho fácil encontrar relacionamentos, mas difícil encontrar reais afinidades com outras pessoas. Sexo e conversas triviais não criam vínculos fortes, e como não temos mais as restrições econômicas e religiosas de antigamente, mudar de parceiro constantemente acaba se tornando a regra. É muito difícil permitir alguém entrar (e perturbar) no nosso mundo particular sem essas afinidades.
Queria pedir, se possível, que você desse sua opinião sobre o BDSM e por que algumas pessoas obtém tanto prazer (não apenas de cunho sexual) por meio da dor e do sofrimento nessas relações.
Nas redes sociais e nos app de relacionamento as relações me parecem líquidas. Pq na maioria das vezes não existe a continuidade, não flui. O tempo é diferente. E todo mundo está lá procurando algo. Têm pessoas de todo tipo. Têm perfis falsos e mediocridade. No app tb é um campo de experiência porém é necessário ficar atento e essa atenção cria um nível de estresse bom e ruim. E além disso, como existe todo tipo de pessoa, existe todo tipo de risco, todo tipo de convite, todo tipo de desejo. E níveis de perigo. Existe tb a possibilidade de encontrar pessosd bacanas, encontros bacanas e pessoas reais.
Estou num relacionamento, porém, minha parceira está atravessando um momento delicado de saúde, mas me sinto machucado pois devido ao problema dela, me sinto deixado de lado as vezes. Só que sei que já machuquei pessoas em relacionamentos anteriores e vejo isso como um karma. Sinto medo e insegurança sim, de após ela se reestabelecer emocionalmente e perceber que eu não sou necessário na vida dela. Tô meio que num paradoxo!!! Abraços!
Já fui a algoz e depois só passei a experimentar situações de sofrimento. Hoje não me arrisco com a mesma facilidade. Chego só até o campo da elaboração e "desisto".
Eu indico uma leitura sobre Relações Perversas, é uma dinâmica relacional estudada inicialmente por Masud Khan, na psicanálise, mas que promove avanços importantes no entendimento dos sujeitos para com os outros. Basicamente essa linha de pensamento diz que muitas vezes existem relações perversas em que não necessariamente haja algum sujeito perverso ali, ela explica em muitos casos como uma "junção de neuroses" por vezes parece algo perverso, é como se o produto de uma relação fosse um nova estrutura.
Concordo com vc que de facto a gente corre do sofrimento. Mas aí tem o outro lado,quem sofre até o final. Não sei se vc já leu o livro mulheres que amam de mais, mas fala sobre isso... Mulheres que aprenderam como o amor é confuso e causa sofrimento e a seguir só se identificam com esse tipo de amor. E outro tópico,as pessoas se saíram do relacionamento abusivo e tóxico... Temos que perceber esse movimento e como fomos parar nisso. Mas é natural e normal a gente se sentir inseguro de entrar num novo relacionamento após sair de algo tão pesado, violento e caótico. Todos os lados tem que ser reconhecidos.
acho que a questão é que estamos machucando e sendo machucados.. não são grupos isolados e imutáveis.. me parece que todos nós temos esses aspectos como potencialidades na relação como outro e como nós mesmos.. inclusive, um ponto fundamental de se analisar é quando nós somos os machucadores de nós mesmos! o perverso-eu para a vítima-eu!
outra coisa também é o próprio aspecto do medo de sofrer, o medo de repetir padrões, se tornar exatamente o meio pelo qual o padrão se repete, bem aos moldes de uma profecia auto-realizável. bem como nós, diante da paralisia e da cegueira do medo não conseguíssemos enxergar o outro como novo, para além dos prazeres físicos da vivência do presente, e assim, no que tange nossos medos de se machucar, ou até mesmo de perder essa relação, minássemos essa própria relação... é.. sobre isto eu não sei..me peguei pensando agora nessa questão.. tá aberto, heh!
Esse negócio de saber se vale a pena investir ou não é muito pessoal, só quem tá dentro sabe. Mas também acho que medo de se machucar parece uma certa covardia consigo. Acho que as nossas experiências servem pra gente ter sagacidade de não errar ou perceber certas coisas pra não dá uma merda grande. Mas viver também quer dizer vivenciar novos erros. É isso.
Eu não acredito que esse medo de sofrer seja porque tem uma legião de pessoas que causam sofrimentos. Acredito que estamos nesse meio também. Às vezes pode até ser um medo de que façam o mesmo conosco, porque em algum momento já magoamos alguém... É difícil suprir todas as expectativas de alguém quando você também tem expectativas.
Penso também que esse lance de celular e comunicação é muito bom sim, mas que também afasta as pessoas. Antigamente ("na minha época") conversávamos em tempo real, a conversa fluía. Hoje você vai num bar, acha alguém interessante, mas não consegue "acessar" a pessoa porque ela está com os olhos no celular procurando match em app de relacionamento, sendo que ali mesmo poderia produzir uma conversa muito boa... não digo que sou contra, mas sei lá, me parece que às vezes ao mesmo tempo em que procuramos algo, não procuramos nada ...
Manu, fico pensando também se essa situação é tão diferente de conversar por cartas, que tinha que esperar uma semana talvez para uma resposta... As pessoas passavam por esse sofrimento? Ou isso se fala do imediatismo de hoje ?
eu acho que como elas sabiam que a carta demoraria a chegar, talvez não tivessem o mesmo sofrimento que temos hoje... mas, deveriam ter outro.
Não sei se é pq eram outros tempos, mas esperar carta era muito legal! Justamente pq a gente sabia que a carta já ia demorar mesmo... Claro que quando demorava mais do que o normal a gente começava a sofrer um pouquinho... Mas era um 'sofrimento' diferente. A gente meio que amadurecida nisso, isso era diluído em tantas outras coisas da vida...
Hoje tudo é compactado, a rapidez torna tudo mais líquido...
Engraçado... Mais líquido e menos fluido. Ou seja, mais denso ao mesmo tempo!
Assistindo o video me veio o pensamento dessas nossas primeiras relações! Deixa eu ver se consigo me explicar, é como se a gente repetisse o tempo todo o algoz, nosso algoz...é um trauma real, não acho distante sua impressão sobre perversos e vitimas...o que me fez pensar o quanto o outro é vilão mesmo e o quanto a gente coloca ele ali para ser vilão e a gente ser eternamente vitima ou o quanto a gente atrai esse tipo de pessoa perversa para ser eternamente vitima!Fiquei refletindo isso ai..
Creio que trocamos de posição várias vezes. Machucamos e somos machucados frequentemente. Tem sido realmente muito angustiante. Já acontecia antes, mas as redes sociais amplificaram esse fenômeno. Com algunas pessoas, chegamos ao ponto de não mais conseguirmos nos comunicar por mensagem tamanha é a ansiedade que sentimos. Enfim, tudo isso está ligado ao desamparo crônico dos dias de hoje. O tabu não é mais o sexo, mas o vínculo! Abraços.
Eu tenho esse bloqueio. Medo gigante de sofrer. Quero muito uma parceria, mas sempre q me envolvo com alguém entro em pânico (crises reais de panico) e começo a sabotar até acabar com tudo e voltar pro meu lugar seguro, a solidão.
Estou vivendo isso. Estou saindo com um rapaz, me agrado com o jeito dele, me parece uma boa opção para relacionamento, porém estou com medo de q ele não me veja desta forma.
A insegurança faz a gente puxar logo o gatilho! Com medo de nós machucarmos preferimos ser perversos... Muitas vezes. A gente acaba preferindo... Pq já não quer mais ser ferido. Péssima notícia: os dois se machucam!
Está sendo uma maneira nova de se aproximar que na minha opinião por ter esse tempo entre uma pergunta e sua respectiva resposta as conversa são muito manipuladas o que tira a naturalidade da conversa. O que acho mais estranho é a pessoa interromper uma conversa e só retornar as vezes até dias depois e continuar de onde parou como se tivesse ido só beber água. Particularidades desse jeito de se relacionar. Enfim....
eu tinha a impressão de que realmente existia uma legião de pessoas que sentiam prazer em magoar, em especial homens, que criavam expectativas em mim e depois vinham e me derrubavam dessa nuvem de desejo, até que uma vez eu me deparei com mais uma frustração em relação a um rapaz que eu conversava, com essas mensagens que demoram e isso me fez desistir dele e logo em seguida um rapaz começou a gostar de mim, e me chamar sempre pra conversar e eu não quis dizer "não tenho interesse" então toda vez que ele tentava investir eu desconversava, comecei a demorar um pouco mais pra responder enfim.. percebi que existem pessoas realmente más, mas ngm está livre de decepcionar alguem, as vezes nós acabamos frustrando as pessoas que queriam se relacionar com a gente
Acho que o medo de se machucar só é real pq esperamos sempre a resposta do outro, enquanto na vdd, não tem relação com o outro e sim, cmg msm. Se eu não tenho capacidade de amar por medo isso diz mais sobre mim do que do outro.
Sempre pensei nisso....que do mesmo jeito que as vezes me machuca....eu tb machuquei muitas pessoas....entao é um risco e realmente não cabe julgamentos e nem explicações....vejo como ciclos...comeco meio e fim
Essa questão do abandono revivido pelas redes sociais foi uma grande sacada... 🤔
Tô apavorada de me entregar
Vc colocou muito bem
Eu sai de um relacionamento de 8 anos que me machucou muito! Um processo muito difícil. E cara, mais difícil ainda é me permitir estar aberta a novas relações, é como se eu quisesse me colocar em uma bolha pra não me machucar nunca mais. Questões desafiadoras!!
Obrigado, cara. Eu gosto muito de uma pessoa que me adora, nos já estamos namorando, é rcente, mas me sinto constantemente com medo de ser deixado por ela. Sinto ciúmes de alguns amigos que sei que ela se relacionou sexualmente, pois estes muitas vezes ainda dão em cima dela. NUNCA falei nada, pois respeito a liberdade dela, as amizades dela, e sei que preciso olhar para dentro para elaborar estas inseguranças. É quase como se eu quisesse ser validado constantemente no amor que ela me dá. É como seu eu precisasse ter certeza de que ela não vai me rejeitar, me abandonar, me trocar por outro. Quando nos ficamos um, ou dois dias sem mandar mensagens, penso que ela já não me quer e que pode estar com outro. Nunca imaginei que me sentiria dessa forma. Quando estamos juntos é muito bom, apesar de algumas incompatibilidades que percebi e da nossa capacidade de viver a vida loucamente com muita boemia. Em silêncio, estou tentando adaptar, compreender e, frequentemnte, tenho a sensação de que estou me anulando um pouco. Ela é do jeito que pedi a Deus, vi que ela é muito parecida comigo e acho que estou encarando não só as projeções dos meus traumas, mas também as similaridades que temos e isso de certa forma me repele, como por exemplo querer atenção para si excessivamente, falar demais e não escutar, e flertar constantemente nas relações. Ela mais do que demonstrou que quer estar comigo e vice-versa, também demonstrei, sem nunca cobrarmos um do outro. Estou com medo de perdê-la como nos outros relacionamentos, mas diferente dos outros namoros, eu me vejo com ela no futuro. Tenho certo medo da expansividade, pois eu perco o "controle" da situação. Percebi que quero dominar o outro nas relações, ao invés de confiar, amar e deixar ser, sem querer agarrar para si. Nunca foi tão claro esse processo. Tenho estudado sobre o assunto e me dedicado a entender estes padrões para que eu não jogue fora uma relção incrível por pura incapacidade de estar junto de verdade, de amar, sem buscar poder nas relçaões. Eu sou sensível e carinhoso, toda semana eu faço algo para conquistar ela, estou aprendendo a dançar, lendo mais, cuidando do corpo, fazendo poesias que eventualmente mando pra ela. Esses dias fiz uma surpresa que ela gostou, estou me dedicando. Eu quero ser feliz e um bom companheiro para ela. Acho que preciso aprender a me comunicar mais e não me anular no processo, às vezes só deixar ser.
Só escrever isso já me ajudou.
Nem sei, mas esse vídeo me aliviou! Foi como se eu tivesse descrevendo tudo o que tô sentindo.
Cara! Assiste o vídeo do Dunker sobre Tinder.. ele aborda justamente essa questão do diálogo escrito e dos silêncios.
Quanto ao medo de se machucar, tb não sei dizer pq penso igual você..
Dre_Van já vi...
Estou vivendo isso eu namorei por 10 anos e sai muito machucada, fiz terapia, me descobri, fiquei três anos solteira, a pouco mais de 3 meses estou me relacionando, estou mega entregue, apaixonada, sabe!Porém foi ele me pediu em namoro, ele é uma pessoa extremamente fechada, aliás muito, moramos na mesma cidade, porém temos família em outra, ele não faz questão de mandar mensagem, estamos se vendo uma vez por semana,esse fds aconteceu que ele foi viajar para SP combinar uma viagem com um amigo para Estados Unidos, ate aii tudo bem, mas ele poderia vamos tb e tal, fiquei na minha, fui ao teatro e sai com amigas, porém no domingo ele chegou super cedo , mandou uma mensagem que estava aqui e ia dormir, ok.
Ontem eu mandei mensagem é mal me respondeu, ele não consegue dar continuidade eu porém estou me sentindo angustiada, quero que de certo, mas como dar certo se a pessoa não ajuda, eu na vdd não sei nada dele, não tem rede social, não tem nem foto no whtas, o pouco que sei achei no escalador pelo nome, Manu me dá uma luz, contínuo tentando ou término, essa indiferença me mata.
oi, Patricia. Olha, pelo que vc diz parece que vc está muito mais investida na relação do que ele. Ou vc aceita isso e tenta lidar, ou pula fora. Não se prenda ao fato de que foi ele quem quis o namoro, isso é um detalhe que pode estar te confundindo. Atente aos sinais. Se é uma relação que te gera angústia, avalie bem ; )
@@livia2380 brigada de fato, estou com esse sentimento
Estou saindo de um relacionamento eu que me enxerguei a machucada mas tbm conseguia compreender o outro pois já fui o machucador em relações anteriores.
O problema é que as pessoas focam nas metas erradas. Desde os dez anos decidi que estudaria História e que seria na UFMG ( o sonho dourado da minha vida). Sou de origem pobre. Meu pai era Mestre-de-obras e minha mãe costureira. Ele ganhou bastante dinheiro trabalhando nas obras faraonicas do governo ditatorial civil militar, mas gastava tudo com farra (bebidas, mulheres, jogos, etc). Nasci em 1966 e acompanhei os movimentos feministas no mundo através da TV, revistas, livros e decidi que não passaria pela mesma humilhação que minha mãe sofria. O que eu gostaria de deixar bem claro é: não dependa de ninguém, foque na carreira, no trabalho, no planejamento de cada etapa da sua vida. Ao contrário da música dos Titãs, o acaso não vai te proteger.
A verdadeira meta é saber que você não precisa de ninguém para te bancar, que você faz coisas que te orgulham e que amor verdadeiro é só de mãe, apesar de que nem toda mulher que pariu pode ser qualificada como mãe.
"Once bitten, twice shy" é uma expressão em inglês que corresponde à nossa "Gato escaldado tem medo de água fria"
Acho que nos relacionamentos e na vida sempre corremos riscos de nos machucarmos. Creio que não há como fugirmos disso. E se soubermos lidar com as situações de forma madura, podemos crescer e aprender com essas experiências, diminuindo as chances de machucar e/ou sermos machucados. Não é uma coisa fácil.
Há a demora em responder e há tb a não-resposta. A pessoa pára de dizer algo on line e depois t encontra, por acaso na rua e lança o comentário: Ah a gente parou de se falar né> Q trama!! Cada relação estabelecida é uma trama entremeada de camadas. Uma destas camadas é o modo como nos comunicamos via internet. Podemos ouvir a voz via audio o que pode aproximar e assustar. Queremos muito a intimidade, a aproximação, o contato mas será que conseguimos ver o outro além de nós mesmos> Tudo depende de com quem estabelecemos algo. Que possibilidades se abrem e se fecham...como saímos de uma história e vamos para outra. Seja como for, aprendo muito. Do meu limão sempre sai uma limonada!!! =D
O medo de me machucar de novo me faz ser o machucador da próxima vez.
Como romper esse ciclo?
Acho que se permitindo viver a relação hahah conhecendo a pessoa e você mesmo no caminho e descobrindo qual a melhor forma de se relacionar sem tanto sofrimento.
@@Larissa-wi9kj Acho que tentando se conhecer mais dentro das relações e se reelaborando a cada relação. Se reelaborar ajuda a sair do ciclo vicioso.
Lembrando que a vida é curta, que não há provas de que exista outras vidas e que o relógio nunca para. Uma vez que a gente entende DE FATO isso, se entrega mais, sofre menos.
@@lauragoiaba espero chegar neste nivel hahaha
A verdade é que as pessoas hoje em dia não querem assumir tal responsabilidade perante o outro,independente do lado que tiver. Ações retrógradas e covardes facilitam confrontos e conflitos.
O negócio hoje em dia é o efeito fast food nos relacionamentos, qualquer sinal aparente de dificuldade a pessoa já tá caindo fora porque não quer ser contrariada nem se machucar. Na vida só aprendemos com nossos erros, errar é fundamental para o processo de lapidação. As pessoas querem encontrar tudo pronto, por isso a mania de fast food, tudo é fácil e rápido, se não for assim então não acontece. No final as pessoas acabam fugindo de si próprias...
Sei lá mas parece que esse aumento gigantesco de pessoas tomando antidepressivos pode ser um grande indicador de que estamos rejeitando a dor, principalmente entre os jovens. A dor e o sofrimento fazem parte da vida como bem mostra carlos Drummond de Andrade, mas com a tecnologia a gente acaba tendo a falsa ideia de que podemos ser felizes o tempo todo.
Já vi muita gente machucar porque foi muito machucado. Vc se identifica com o agressor para se defender.
Creio que a manipulação fica mais fácil por de mensagens... Sou prova viva. Abraço Manu
Cara a cara melhor coisa !
As relações estão cada vez mais superficuais, esta cada vez mais difícil você manter o outro ali interessado pois são tantas novidades no mundo digital, tanta "competição" que fica difícil você ser interessante por muito tempo.
tem uma zona de intersecção aí, entre perversos e vítimas
To cansado de toda vez ter medo de tentar algo,tentar mesmo assim e no fim sair machucado tanto que já desisti
As redes neste caso, me parecem nefastas. Já partem do afastamento. Não acho que existam predadores e vítimas. Acredito em pessoas bem ambientadas ao afastamento e as menos ambientadas. Já se parte hoje do princípio da distância, do não comprometimento. A partir disso, a princípio, somos todos vítimas em potencial e a distância se instala mais ainda. Contudo, acho que as redes são só uma ferramenta que auxilia o estado de defesa absoluto em todos. Em geral o referencial é o outro, potencial agressor. Não temos partido de nós como referência, mas sim o mundo e simplesmente porque os valores, os sinais, estão todos trocados. Ainda bem que nasci no século passado e pude me relacionar muito sem as redes. Graças!
Quando se tem muita opção , na verdade não tem nenhuma