Fiódor Dostoiévski: uma das matrizes da literatura | Alberto Rumblesperger Guerra

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  • เผยแพร่เมื่อ 4 พ.ย. 2024

ความคิดเห็น •

  • @matheusleal615
    @matheusleal615 ปีที่แล้ว +1

    Absolutamente incrível! Como exemplarmente dito, por meio de palavras fascinantes e imperfectíveis, DEVE o autor em questão SER LIDO, sem hesitação, por TODOS aqueles que buscam o aprofundamento cultural e intelectual não necessariamente na Literatura em si, mas sim no HUMANO. Para além do campo literário, tentando apresentar contribuição genuína ao debate, faço menção a outro pensador russo (mas de produção que, assim como no caso de Dostoiévski, transcende meras delimitações espaciais - e temporais) do mais alto calibre: Evgeni Pachukanis. Teórico do Direito (aliás, um dos pioneiros e mais revolucionários nomes da Teoria do Direito - ou "Jurisprudence", em inglês - do século XX), o jurista é, hoje, consagrado como o [provável] maior nome do Direito cujas influências diretas e bases de construção teórica são marxistas. Sua teoria, embora extraordinariamente sofisticada e refinada, uma vez que se utiliza de conceitos e fundamentos do Marxismo de extrema complexidade, não se furta - como poderia? - de, mais do que acenar para ele, abrigar o "POVO", à semelhança da obra de Fiódor. Em meio a análises científicas detalhadas sobre como a ideologia em seu sentido negativo e seus 5 elementos, monopolizados por uma classe dominante elitista, são essenciais para a construção de um novo "fetiche da mercadoria" do meio jurídico, Pachukanis propõe o fim do Direito [Liberal, aquele que emergiu após o término da Segunda Guerra Mundial e vigora até hoje]; afinal, sua pretensão/função primordial, enquanto esfera que, ao mesmo tempo, compõe e constrói a sociedade continuamente, foi, há muito, abandonada, ou ao menos frustrada: que direitos (e de quem) o Direito [Liberal] ainda assegura? Em analogia contemporânea, é possível dizer que, por um lado, os autoproclamados "cidadãos de bem" da classe média têm o direito de pagar por um transporte particular, via Uber; por outro - ainda em tempos nos quais os tais "carros autônomos" não são a maioria -, os motoristas dos veículos que efetivam esse transporte, HUMANOS, não tem direitos trabalhistas formalmente garantidos. E o Direito não somente aprova isso, como também desempenha um papel essencial para perpetuação desse cenário. Por isso (e por fatores outros aqui implícios), o teórico que sugeriu cientificamente fazer com o Direito o que se faz com edifícios integralmente comprometidos por uma multiplicidade de vícios, incongruências e incompatibilidades (demolir e (re)construir) - e o fez exatamente um século atrás (sua "opus magnum", "A Teoria Geral do Direito e o Marxismo", data de 1924) - foi executado pelo regime de Josef Stalin na URSS, em 1937, e amplamente relegado ao puro esquecido pelo resto do mundo (jurídico, inclusive) por décadas, até ressurgir recentemente com algumas respostas possíveis para problemas gravíssimos que enfrentamos, ou reflexões necessárias à sua (re)solução. Enfim - já pedindo escusas pelo demasiado prolongamento do comentário -, deixo registrado esse breve histórico de estudos teóricos do Direito, que, ao meu ver, não deixa de dialogar com o universo literário e, particularmente, com o grande nome proposto pelo vídeo. Análise radiante e deveras inspiradora, professor; um grande abraço.

    • @literaturaeoutrahistoria
      @literaturaeoutrahistoria  ปีที่แล้ว +1

      Um grande abraço. Obrigado por essas luzes do Direito. Você não precisa pedir desculpa. É sempre uma honra receber seus acréscimos. Esteja aqui sempre.

    • @literaturaeoutrahistoria
      @literaturaeoutrahistoria  ปีที่แล้ว +1

      Acréscimo excelente esse que você fez. Brilhante. É uma honra ter a sua visita constante no canal Literatura é outra história. Um grande abraço.

  • @cleydsonbacha4776
    @cleydsonbacha4776 ปีที่แล้ว

    Muito bom professor!👏👏

  • @diogocosta2665
    @diogocosta2665 ปีที่แล้ว

    Boa noite Professor, fui seu aluno no colégio pentágono em 97 e 98. Gostaria de ler mais, não o faço por falta de tempo/preguiça. Lembro das suas aulas sobre Guimarães Rosa e tive essa mesma sensação de universalidade do autor ao ler "A hora e a vez de Augusto Matraga". Por coincidência eu morei na região em que se passa a história "os caminhos de Caetité"...