Nelson Motta entrevista Chico Buarque e Tom Jobim - Durante Festival, em 1968

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  • เผยแพร่เมื่อ 5 ต.ค. 2024
  • Documento adorável, que não se encontra todo dia pela net. Os três, bem jovens, levam esta conversa de bastidor - antes da etapa nacional do famigerado Festival Internacional da Canção, do ano de 1968. [Tomzinho especialmente adorável!]
    Festival, aliás, alvoroçado - de muitas animosidades entre espectadores, artistas e júri. De onde, nos conformes com o prévio entusiasmo do Motta, Sabiá sairia vencedora. Não obstante, o episódio das injustas vaias - então "patrocinadas" por aquele frenesi politizado da época
    (frenesi devidamente justificável).
    Sabiá ganhou, mas não levou o mérito dum público unanimemente reverente. Porque - porém/"ah porém!" - grande parte da multidão insuflada queria que a monocórdica canção do Vandré (aka Pra Não Dizer Que Não Falei das Flores) saísse vencedora... Tudo bem que bastante motivados pelo seu conteúdo de levante das massas. Mas a beleza atemporal de Sabiá, aquela que já traz a dor e a cura reunidas numa obra transcendente, ela felizmente triunfou sobre a triste situação política daquela ocasião. E creio que nenhum jurado tenha se arrependido da decisão - à longo prazo refletindo.
    Verdade que, à parte da vitória oficial, as vaias cruéis dos espectadores destroçaram o coração sensível do maestro. E, sim, ele chorou nessa ocasião. Não, diante do auditório ensandecido - até porque nesse momento ele se achava estupefato -; mas depois, no caminho pra casa. Tom nunca mais participou de festival algum. E guardou mágoa, até certo ponto perceptível, embora não referida jamé, desse dia que aparentemente iria ser só de glórias e brindes no Antonio's (como a 'eminência parda' da crítica musical, leia-se Nelson Motta, prenunciava aí no vídeo rs).
    Ironicamente, o Tempo fez justiça à bela obra prima da dupla Chico. Tom. E Sabiá, posteriormente, se converteu justamente num hino político - uma espécie de nova 'canção do exílio', que alentou o coração dos nossos exilados políticos. Melhor ainda, pudemos mais que ouvir o canto triste proclamado por essa linda toada: "vou voltar/ sei que ainda vou voltar"... Pudemos entoar este canto libertador, já do alto da nossa democracia retomada... É Tom! Não foi em vão!

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