Erivan Produtos do Morro - Descendo o Morro

Salve seu Zé Pelintra,
Eu ofereço esse cigarro e essa cerveja,
Peço que abra os meus caminhos
E que devolva aos meus inimigos,
Tudo o que eles me enviaram.
Eu vou descendo o morro, dizendo um velho ditado
É melhor andar sozinho, do que mau acompanhado
Esse é irmão desse, é um conselho que te dou
Não confie em qualquer um, que qualquer um é falador
O mato tem dois olhos e as paredes tem ouvidos
Não conte pra ninguém os seus objetivos
Siga o seu caminho, escute o malandro
Saravá seu Zé chegando, afirmando e confirmando
Com seu terno alinhado seu chapéu Panamá
Com seu sapato bem polido, Zé Pelintra vai passar
Ele vai descendo o morro é o rei da boemia
É malandro de quebrada, de noite ou de dia
No jogo da vida, não conheço outro mestre
Que é malandro de verdade, e a sorte é sua veste
Com seu chapéu e traje branco, ele chega de mansinho
Sua presença é muito forte, no terreiro e no caminho
Com a garrafa de bebida, ele faz a festa rolar
Mas não é todo mundo que seu Zé vai convidar
Escute o conselho que eu te digo:
A pior da traição, é quando vem de um amigo
Eu vou descendo o morro, dizendo um velho ditado
É melhor andar sozinho, do que mau acompanhado
Esse é irmão desse, é um conselho que te dou
Não confie em qualquer um, que qualquer um é falador
Na hora do perigo, ele me protegeu
Sarava seu Zé Malandro e nada aconteceu
Nas vielas escuras, ele é luz no caminho,
Com seu axé poderoso, ele segue seu destino.
Da umbanda ele é filho, na roda ele é rei
Com sua risada marcante, ele domina, j á falei
De chapéu e cigarro, sua ginga hipnotiza,
No samba da malandragem, Zé Pelintra eterniza.
Ele dança no terreiro, com seu jeito envolvente,
Na batida do tambor, ele é o mais eloquente.
É o espírito da rua, da festa e do bar,
Com seu estilo original, conquista sem vacilar,
Zé Pelintra chegou, é hora de respeitar,
Com seu charme e sua lábia, ele domina o lugar,
Então levanta o copo e brinda ao Zé,
Salve malandragem, e venha o que vier
Eu vou descendo o morro, dizendo um velho ditado
É melhor andar sozinho, do que mau acompanhado
Esse é irmão desse, é um conselho que te dou
Não confie em qualquer um, que qualquer um é falador
Ele vem do Nordeste, da Jurema, no catimbó,
representa o pobre e favelado, e faz sua correria sem atrasar ninguém.
Salve a gira malandragem.
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