Pedro, estava esperando por isso. Parabéns, e Obrigada! O rapaz é muito arrogante, sem noção. Como filósofo ele é um cantor regular. E você é muito generoso, seja menos😂.
Olavo provavelmente já havia sido provado na paciência antes de sair por aí xingando todo mundo. É um processo trabalhoso, mas quando calejado é plausível que o indivíduo deixe de perder tempo com mau caratismo e se ocupe de debates mais pesados - e ele, Olavo, já havia se metido em debates muito pesados antes destes nossos anos 10.
Memória e imaginação são as matérias do conhecimento científico, caso o objeto deste seja a realidade. Cada ente, os mais simples, um copo que seja, contém em si possibilidades que só podem ser exploradas por imaginação e memória. Os erros mais monstruosos de teorias pretensamente científicas, como a interpretação da história como luta de classes, vêm dessa pobreza imaginativa e de memória. Quando se observa a realidade poeticamente (que não é poesia enquanto gênero literário, mas as possibilidades que podem compor essa realidade), vê-se que ela contém luta de classes, amor ao próximo, piedade sincera na classe nobre, martírio, egoísmo, caridade, e tudo isso previne a redução da realidade da história humana a uma fórmula que é tão pobre em imaginação e memória. Se o desgraçado do Marx não guardou a memória de sua própria história, afinal alguém deve ter cuidado e amado o infeliz um dia, ele podia preencher esses lapsos com a cultura e a literatura. A realidade como conjunto de possibilidades em número sempre maior do que a capacidade do intelecto de apreender exige, desse mesmo intelecto, riqueza suficiente para ser tocada sem grandes deformações. A mesma coisa vale para todas as áreas do conhecimento científico (discurso analítico). Parece haver essa outra confusão. O discurso lógico ou analítico não são as regras do silogismo e outras regras de lógica pura. Esses princípios e regras atravessam todos os discursos. Mesmo nas construções literárias mais complexas e sutis continuamos a buscar identidade, contradição e a excluir o que não faz sentido. Mesmo no teatro do absurdo ou na prosa de Kafka, os sentimentos inexplicáveis ou inauditos continuam lógicos nesse sentido mais puro. Quanto ao ato e à potência, só poderiam ser intuidos sem a apreensão sensível, imaginativa e memorativa por espíritos puros. Como partes estruturais básicas da metafísica funcionam como as regras puras da lógica. Estão presentes em todo lugar e sempre estão a falar de alguma coisa. Mas a falar do quê? Mais uma vez, não intuimos "universais concretos" (todos os singulares que podem preencher um universal) e, por isso, precisamos do discurso poético (que desperta e faz a reminiscência das possibilidades).
Pedro, estava esperando por isso. Parabéns, e Obrigada! O rapaz é muito arrogante, sem noção. Como filósofo ele é um cantor regular. E você é muito generoso, seja menos😂.
@@silvanalacerda4724 , obrigado!
Olavo provavelmente já havia sido provado na paciência antes de sair por aí xingando todo mundo. É um processo trabalhoso, mas quando calejado é plausível que o indivíduo deixe de perder tempo com mau caratismo e se ocupe de debates mais pesados - e ele, Olavo, já havia se metido em debates muito pesados antes destes nossos anos 10.
@@victor.el-dash3180 , com certeza. Era caluniado diariamente. Encontrou milhares de presunçosos no caminho. O sujeito cansa.
Memória e imaginação são as matérias do conhecimento científico, caso o objeto deste seja a realidade. Cada ente, os mais simples, um copo que seja, contém em si possibilidades que só podem ser exploradas por imaginação e memória. Os erros mais monstruosos de teorias pretensamente científicas, como a interpretação da história como luta de classes, vêm dessa pobreza imaginativa e de memória. Quando se observa a realidade poeticamente (que não é poesia enquanto gênero literário, mas as possibilidades que podem compor essa realidade), vê-se que ela contém luta de classes, amor ao próximo, piedade sincera na classe nobre, martírio, egoísmo, caridade, e tudo isso previne a redução da realidade da história humana a uma fórmula que é tão pobre em imaginação e memória. Se o desgraçado do Marx não guardou a memória de sua própria história, afinal alguém deve ter cuidado e amado o infeliz um dia, ele podia preencher esses lapsos com a cultura e a literatura. A realidade como conjunto de possibilidades em número sempre maior do que a capacidade do intelecto de apreender exige, desse mesmo intelecto, riqueza suficiente para ser tocada sem grandes deformações.
A mesma coisa vale para todas as áreas do conhecimento científico (discurso analítico).
Parece haver essa outra confusão. O discurso lógico ou analítico não são as regras do silogismo e outras regras de lógica pura. Esses princípios e regras atravessam todos os discursos. Mesmo nas construções literárias mais complexas e sutis continuamos a buscar identidade, contradição e a excluir o que não faz sentido. Mesmo no teatro do absurdo ou na prosa de Kafka, os sentimentos inexplicáveis ou inauditos continuam lógicos nesse sentido mais puro. Quanto ao ato e à potência, só poderiam ser intuidos sem a apreensão sensível, imaginativa e memorativa por espíritos puros. Como partes estruturais básicas da metafísica funcionam como as regras puras da lógica. Estão presentes em todo lugar e sempre estão a falar de alguma coisa. Mas a falar do quê? Mais uma vez, não intuimos "universais concretos" (todos os singulares que podem preencher um universal) e, por isso, precisamos do discurso poético (que desperta e faz a reminiscência das possibilidades).