Sim, são como verbetes e parecem um meio muito eficaz para combater a confusão no uso de alguns termos correntes da política, por falta de clareza sobre as definições dos conceitos.
muito bom professor, Marx deixou uma obra de grande valor, pena que ele é mal entendido e visto de forma muito superficial. Eu estudei um pouco a ideia de materialismo histórico de Marx e percebi que é pouco conhecido mas é de vital importância nas nossas sociedades que, ingenuamente caiu nas armadilhas do capitalismo.
Poderiam chamar o professor Alysson Mascaro pra esclarecer e refletir a respeito da categoria marxiana "forma social" que ele já vem abordando em suas análises...
Problemas mais complexos requerem respostas e possíveis soluções mais elaboradas. Cada entidade humana é um quebra-cabeças de comportamentos e anseios imprevisíveis e complexos. É utopia querermos colocá-los em caixas. Embora a idéia de igualdade não seja má, a sua prática pode, em boa parte, se tornar má; pois os diferentes estágios de entendimento, ação e realização de cada ser, no que diz respeito as várias áreas da vida em sociedade tem suas limitações. Se o ente humano não se encaixar a caixa pode se tornar o quê?
Não há nenhum Newton das Ciências Sociais, por isso mesmo elas foram fundadas em meio a controvérsias e o problema da cientificidade, ou do tipo de ciência que elas são, continua sem solução satisfatória até hoje. Newton, de maneira justificada ou talvez idealizada/ilusória, conseguiu produzir grandes consensos, Kant que o diga.
@@crns1305 , só quero deixar claro o seguinte: não estou negando ou questionando o significado e a relevância de Marx para as Ciências Sociais, mas enfatizando o contraste entre esta área e as chamadas ciências da natureza. Ou seja, a Física de Newton define o próprio conceito de ciência moderna, com o uso do método experimental, etc. Esperar pela transformação da sociedade no futuro é outro tipo de perspectiva.
@@filosofiaantropologia-brun7808 eu acho que o método experimental é bem mais antigo está mais ligado a Galileu Galilei. Sobre Marx, como disse é apenas minha opinião. E ela se refere justamente à posição que Marx será elevado no caso de a humanidade passar da pré-história à história, nas palavras de Marx.
@@crns1305 , eu não falei que Newton inventou, falei que a Física de Newton foi um ícone do método científico na modernidade, no sentido de representar um êxito, uma conquista, um avanço inquestionável para o conhecimento. Quanto a chamar a História propriamente dita de "pré-história" em vista de uma sociedade localizada no futuro, isso pode ser uma convicção política legítima, mas não tem nada a ver com Ciências Sociais em sentido estrito, ou seja, do ponto de vista epistemológico é inviável defender uma tese como esta.
Em que Marx se diferencia de Hegel nesses pressupostos cosmológicos nos quais se baseia sua antropologia filosófica? Essas noções mencionadas no início do vídeo como natureza, humanidade, história, espírito/cultura, inclusive com essa perspectiva "evolutiva", já se encontram em Hegel.
@@maisumuser, concordo contigo, na forma abordada por Marx no texto citado, ele marca posição contra o idealismo, principalmente incorporado pelos "jovens hegelianos", até mais do que pelo próprio Hegel. Mas minha pergunta no comentário inicial se referia apenas à exposição do professor no vídeo. Ou seja, na maneira como se articula a natureza e a cultura como desenvolvimento histórico, a única diferença que percebo é a ênfase no trabalho em sentido de transformação material da natureza. Em Hegel, a ênfase está na razão, como instância que move esta transformação da natureza (tanto externa quanto interna), as coisas humanas são identificadas por serem marcadas/processadas pela ação do pensamento racional. Mesmo a ética, e o espírito como resultado de uma formação cultural, tomados como "segunda natureza" já é uma noção presente em Hegel e imagino que desde muito antes, dada a tonalidade tipicamente cristã do conceito.
@@filosofiaantropologia-brun7808 Entendi, nesse caso a questão é ainda mais complexa. Eu mesmo já tive uma visão de que a ênfase que Hegel dava ao trabalho, que assim como você eu também achava, estaria mais na razão. Recentemente tive contato com alguns trechos do livro Jovem Hegel, do György Lukács, e não tenho mais tanta certeza, já que Lukács se esforça muito em demonstrar um certo resquício de materialismo na teoria hegeliana clássica. Mas nesse caso eu já não saberia aprofundar, só pensei que sua duvida era no sentido de entender em qual obra de Marx o assunto era abordado.
Acredito que se diferencia na questão de Hegel acreditar que esse movimento de transformação histórica tinha enfoque nas instituições sociais ideológicas (jurídica, política, religiosa...), já o Marx diz que o esse movimento de transformação histórica na verdade se modifica com base nas condições econômicas de produção, ou seja, são os meios de produção e econômicos que alteram a sociedade e não ao contrário.
@@maisumuser, veja, há uma certa confusão e uma tendência a se pintar caricaturas de Hegel. É claro que o sistema hegeliano tem uma ênfase metafísica, mas basta conhecer o autor para perceber que a razão é algo imanente, não algo separado da matéria. A ênfase de Marx é outra, mas para além das diferenças, me pareceu que a relação entre natureza e humanidade (englobando cultura, ética, ciência, etc.) como processo tanto individual quanto histórico, é um ponto comum. Mas estou julgando pelo resumo do vídeo, não sou especialista no autor.
Grande Del Roio, tive o prazer de poder ter aulas na graduação com esse grande intelectual.
Gosto muito da série Léxico Marx.
Sim, são como verbetes e parecem um meio muito eficaz para combater a confusão no uso de alguns termos correntes da política, por falta de clareza sobre as definições dos conceitos.
A ciência da história é o antônimo do esquartejamento positivista presente nas ciências contemporâneas (humanas, exatas e biológicas).
Vídeo incrível e super didático !!!!! Sensacional , parabéns e obg
Muito conhecimento ❤
Saludos de Uruguay excelente material Obrigado
Grande Del Roio! 👏👏
muito bom professor, Marx deixou uma obra de grande valor, pena que ele é mal entendido e visto de forma muito superficial. Eu estudei um pouco a ideia de materialismo histórico de Marx e percebi que é pouco conhecido mas é de vital importância nas nossas sociedades que, ingenuamente caiu nas armadilhas do capitalismo.
Muito bom!
Não existe ciência fora da história.
Poderiam chamar o professor Alysson Mascaro pra esclarecer e refletir a respeito da categoria marxiana "forma social" que ele já vem abordando em suas análises...
Baita vídeo
Problemas mais complexos requerem respostas e possíveis soluções mais elaboradas. Cada entidade humana é um quebra-cabeças de comportamentos e anseios imprevisíveis e complexos. É utopia querermos colocá-los em caixas. Embora a idéia de igualdade não seja má, a sua prática pode, em boa parte, se tornar má; pois os diferentes estágios de entendimento, ação e realização de cada ser, no que diz respeito as várias áreas da vida em sociedade tem suas limitações. Se o ente humano não se encaixar a caixa pode se tornar o quê?
👍
A Ideologia Alemã é uma obra genial. Marx é o Isaac Newton das Ciências Sociais.
Não há nenhum Newton das Ciências Sociais, por isso mesmo elas foram fundadas em meio a controvérsias e o problema da cientificidade, ou do tipo de ciência que elas são, continua sem solução satisfatória até hoje. Newton, de maneira justificada ou talvez idealizada/ilusória, conseguiu produzir grandes consensos, Kant que o diga.
@@filosofiaantropologia-brun7808 É como Marx será conhecido no futuro se o futuro positivo chegar é claro.
@@crns1305 , só quero deixar claro o seguinte: não estou negando ou questionando o significado e a relevância de Marx para as Ciências Sociais, mas enfatizando o contraste entre esta área e as chamadas ciências da natureza. Ou seja, a Física de Newton define o próprio conceito de ciência moderna, com o uso do método experimental, etc. Esperar pela transformação da sociedade no futuro é outro tipo de perspectiva.
@@filosofiaantropologia-brun7808 eu acho que o método experimental é bem mais antigo está mais ligado a Galileu Galilei. Sobre Marx, como disse é apenas minha opinião. E ela se refere justamente à posição que Marx será elevado no caso de a humanidade passar da pré-história à história, nas palavras de Marx.
@@crns1305 , eu não falei que Newton inventou, falei que a Física de Newton foi um ícone do método científico na modernidade, no sentido de representar um êxito, uma conquista, um avanço inquestionável para o conhecimento. Quanto a chamar a História propriamente dita de "pré-história" em vista de uma sociedade localizada no futuro, isso pode ser uma convicção política legítima, mas não tem nada a ver com Ciências Sociais em sentido estrito, ou seja, do ponto de vista epistemológico é inviável defender uma tese como esta.
Em que Marx se diferencia de Hegel nesses pressupostos cosmológicos nos quais se baseia sua antropologia filosófica? Essas noções mencionadas no início do vídeo como natureza, humanidade, história, espírito/cultura, inclusive com essa perspectiva "evolutiva", já se encontram em Hegel.
O livro citado, Ideologia Alemã, é onde melhor é discutido esse assunto por Marx e Engels.
@@maisumuser, concordo contigo, na forma abordada por Marx no texto citado, ele marca posição contra o idealismo, principalmente incorporado pelos "jovens hegelianos", até mais do que pelo próprio Hegel. Mas minha pergunta no comentário inicial se referia apenas à exposição do professor no vídeo. Ou seja, na maneira como se articula a natureza e a cultura como desenvolvimento histórico, a única diferença que percebo é a ênfase no trabalho em sentido de transformação material da natureza. Em Hegel, a ênfase está na razão, como instância que move esta transformação da natureza (tanto externa quanto interna), as coisas humanas são identificadas por serem marcadas/processadas pela ação do pensamento racional. Mesmo a ética, e o espírito como resultado de uma formação cultural, tomados como "segunda natureza" já é uma noção presente em Hegel e imagino que desde muito antes, dada a tonalidade tipicamente cristã do conceito.
@@filosofiaantropologia-brun7808 Entendi, nesse caso a questão é ainda mais complexa. Eu mesmo já tive uma visão de que a ênfase que Hegel dava ao trabalho, que assim como você eu também achava, estaria mais na razão. Recentemente tive contato com alguns trechos do livro Jovem Hegel, do György Lukács, e não tenho mais tanta certeza, já que Lukács se esforça muito em demonstrar um certo resquício de materialismo na teoria hegeliana clássica. Mas nesse caso eu já não saberia aprofundar, só pensei que sua duvida era no sentido de entender em qual obra de Marx o assunto era abordado.
Acredito que se diferencia na questão de Hegel acreditar que esse movimento de transformação histórica tinha enfoque nas instituições sociais ideológicas (jurídica, política, religiosa...), já o Marx diz que o esse movimento de transformação histórica na verdade se modifica com base nas condições econômicas de produção, ou seja, são os meios de produção e econômicos que alteram a sociedade e não ao contrário.
@@maisumuser, veja, há uma certa confusão e uma tendência a se pintar caricaturas de Hegel. É claro que o sistema hegeliano tem uma ênfase metafísica, mas basta conhecer o autor para perceber que a razão é algo imanente, não algo separado da matéria. A ênfase de Marx é outra, mas para além das diferenças, me pareceu que a relação entre natureza e humanidade (englobando cultura, ética, ciência, etc.) como processo tanto individual quanto histórico, é um ponto comum. Mas estou julgando pelo resumo do vídeo, não sou especialista no autor.
🇻🇳🇨🇺
Adorei o vídeo mas poxa é 2023, pode falar ser humano em vez de homem
Barks
Eu discordo firmemente sobre essa teoria da história em Marx.
Não tem nada a ver.
explica seu nada haver