Sou da área orçamentária do governo! E digo: Jones Manoel domina bem esse tema! Só uma coisa: a saída do governo será nos gastos extraorçamentários e esses gastos fazem parte do PPA (Plano Plurianual).
PTermismo é assim liberal nos costumes e conservador no progresso. Ta na hora mesmo da gente baixar a bola e ver que o Ciro Gomes falou tudo o que era necessário e o PTraira fez o que sabe fazer de melhor escorregou na rampa mesmo de mão dada com tudo o que a esquerda radical representava no momento da posse.
E claro eu, neste exato momento depois das traições dos governo PTermista I II III e IV quero mais é fogo no parquinho politico. Logo vou votar a favor da troca de poder entre extrema esquerda e extrema direita a cada 4 anos buscando a troca de poder total para os politico entender que é 4 anos e VAZA... SOME... vira banco de reserva... sem esse negócio de querer ser a unica bolacha do pacote.... 4 anos e vaza. É pra entrar lá e fazer o bagulho acontecer.... e não ficar achando que vai durar pra sempre como presidente. Pode argumentar o que for... serão palavras ao vento... a troca de poder é meu foco....
A troca de poder é meu foco... ou o PTermismo entende e coloca uma outra esquerda menor na frente para oxigenar a gestão entre esquerdas.... ou realmente a galera PTermista terá uma surpresa desagradável. E não tem argumento pode chorar, inventar estorinha... eu eles não enganam mais. Meu voto será a favor da troca de poder. E não a favor das bobagem de qualquer partido...
E tudo já indica que o Bolsonaro não vai concorrer, então com o governo Lula não mudando esses aspectos fundamentais (ou seja, mantendo o mesmo neoliberalismo de Temer e Guedes mas numa nova embalagem) e tendo a direita alguém minimamente mais palatável (Zema, Tarcísio etc.), a derrota é certa.
Gosto muito dos seus vídeos sobre economia, Jones. Aprendo bastante. Seria muito interessante, não sei é possível nesse momento de doutorado seu, fazer um quadro abc da economia, explicando os conceitos básicos com olhar materialista e contrapondo a frases liberais que crescemos ouvindo. Fica a dica...
É quase impossível 0,2% do povo entender que os governos lula, bolsonaro, temer, dilma, fhc, itamar, collor etc são sempre a mesma coisa: o governo das classes dominantes do brasil, com o aval e apoio da embaixada de washington.
acho que isso é subestimar, e muito, o pessoal. Inclusive tem há anos gente falando sobre crise de representatividade e etc. Não acho que seja uma leitura completa, mas é palpável que a sensação de que "tanto faz, entra governo sai governo nada muda" não é nem nova e nem rara.
Aos 8:08 o Jones se confunde e fala que o gasto teria um teto de "2,5% do PIB" quando, na verdade, os 2,5% se referem à expansão em relação ao ano anterior. Ou seja, o gasto é amarrado em duas frentes: 1) não pode ser maior que 70% do arrecadado no ano anterior e, mesmo que a receita cresça enormemente e os 70% sejam MUITA grana, então 2) o gasto estará restrito a um *crescimento em relação ao ano anterior* de no máximo 2,5% (e um mínimo de 0,6%)!
@@pedropilecco2011isso, eu acho que nesse em em outros vídeos o jeito que o Jones fala dessas coisas meio que confunde elas, entre valores totais e crescimento
Essa regra dos 70% de limite não é “do que foi gasto no ano anterior”. A despesa poderá AUMENTAR em até 70% do aumento da receita do ano anterior. Não é uma regra para reduzir despesa; esta sempre será maior que a do ano anterior. Mas, um limite para o AUMENTO da despesa, com base na variação da arrecadação.
Além da regressividade histórica do imposto de renda, um dos maiores crimes atuais é a defasagem da tabela das alíquotas. O novo teto de gastos e a manutenção do fiscalismo da equipe econômica do governo só agravam ainda mais esse cenário.
É isso que eu quero ver, me ajudar a estudar pro CNU. Quero ver falar sobre o PPA(projeto plurianual), LDO(lei de diretrizes orçamentárias), LOA (lei orçamentária anual). Impostos da União, Estados e dos municipios, e etcs.
As bandas e a porcentagem do gasto para a despesa já eram ruins. Mas aí o Haddad foi lá e prometeu zerar o déficit e entregar dois anos de superavit. Tipo, pra que o teto existe se a promessa de Haddad é pior que o teto? Essa é a parte realmente doida do negócio. Se fosse realmente uma questão de correlação de forças, Haddad deveria pelo menos gastar cada centavo disponível em vez de fazer o contrário.
Até mesmo a tese das receitas é duvidosa, basta ver os componentes disso, desoneração da folha contínua apesar de algumas modificações, taxação sobre a classe media (e baixa) nas compras, isenção a rodo pras igrejas sendo turbinada e por ai vai
Ja ouve corte na minha universidade de mais de um milhão, o que impactou os auxilios de permanência estudantil e o transporte dos estudantes em outros municípios interioranos
Justo, já q um bando de vagabundos arruaceiros maconheiros tomam a universidade como sempre fizeram, declaram greve e impede centenas de estudantes de verdade de estudar e professores de dar aulas. Não sei como essas pessoas colam grau se levam mais tempo em greve fumando e debatendo comunismo do que estudando. Ah já sei, se for esquerdistas tem garantia de que vai passar.
O Lula já formou a quantidade de zumbi militante necessário. Como os jovens não estão mais caindo mais nessas narrativas socialista de opressor e oprimidos, mais valia, cotas, minorias e o karai a 4, não é mais lucro injeção de dinheiro na universidade p formar cientista de verdade. Ele odeia os brasileiros e como o fim dele está chegando, quer levar o Brasil junto com ele. Cuide-se, não seja um zumbi socialista, ganhe seu próprio dinheiro quando sair da faculdade ao invés de querer ir p ONG distribuir cesta básica p o yanomami, enquanto seus pais te sustentam, ou vc recebe de ONG o que o estado repassa.
O PT é tão corrupto que escolheu a Comissão da saúde pq é a área que recebe mas dinheiro, em detrimento da CCJ e da C da educação, e agora vem chorar na Globo. Logo vc verá os escândalos de remédios sendo jogados fora e equipamentos comprados encostados em depósitos sem condições de uso p causa do tempo que ficou parado. E ainda o desvio de verba da saúde. Até agora nenhuma obra pública em andamento.
No minuto 6:50 em diante cabe uma correção: o limite do aumento da despesa é de 70% do aumento da receita (e não como ele disse, que a receita do ano seria 70% da arrecadação). Ou seja, se a receita cresceu 100 bi, gasta MAIS 70bi.
Outro erro após 7:40. Ele fala que a banda de crescimento da despesa é termos em do PIB. Mas não está correto. Na verdade, as despesas poderão crescer entre 0,6% e 2,5% em termos reais, de 2024 a 2027 (ou seja, nada ver com PIB, é uma ano em relação ao outro).
O arcabouço é basicamente essas duas regras, e ele conseguiu explicar as duas erradas. Assim fica difícil. (Ok isso não anula o fato de que esse governo é contracionista)
Uma coisa que as pessoas não entendem é que neoliberalismo não é uma questão de econometria. O stabilishment global ter chegado no liberalismo como a nova forma hegemônica do capitalismo não foi fruto de uma discussão econométrica, é fruto de formulações políticas. Em outras palavras, uma determinada privatização criminosa igual Eletrobrás ou Sabesp é feita não por questões econométricas de arrecadação, inflação, juros ou qualquer coisa assim, mas por questão de que a configuração política atual é basicamente um punhado de bilionários que acumularam tanta riqueza que eles estão conseguindo direcionar o rumo do mundo para 99,99% da população. Onde eu quero chegar com esse comentário é: existe alternativa ao neoliberalismo? Claro que existe. Mas não dentro da econometria, não dentro dos papos esquisitos de arrecadação do Haddad que está constantemente fazendo malabarismo pra dizer o que a Faria Lima quer mas dando a impressão de que é o que o povo quer. A solução para o neoliberalismo está na POLÍTICA - Fazer uma organização da classe trabalhadora em torno de projetos de desenvolvimento que sejam de interesse da classe trabalhadora, do povo. O neoliberalismo é um produto da POLÍTICA, e só vai ser derrotado dentro da POLÍTICA!
[ECONOMIA-POLÍTICA] ANÁLISE DE CONJUNTURA ECONÔMICA E PREVISÃO ORÇAMENTÁRIA ANUAL 2024 inicia o ano de vigência do novo regime de política fiscal encaminhado pelo então ministro da fazenda, Fernando Haddad, conhecido por arcabouço fiscal e que impõe restrições fiscais ao crescimento da trajetória das despesas. A perspectiva orçamentária para este ano é de contração e a previsão do crescimento da economia é, no mínimo, controversa. Voltaremos a isso adiante, como análise qualitativa. Como parte da análise quantitativa, tomaremos como base de cálculo valores nominal (não corrigidos pelo IPCA com base no valor da inflação). A receita primária (acumulada nos últimos 12 meses até junho de 2023) era da ordem de 1.864 bilhões (1 trilhão e 864 bilhões), sendo, deste total, 70% tomado como valor base para a expansão das despesas primárias ao longo do ano seguinte (2024), com base no que ficou acordado pela LOA (Lei Orçamentária Anual). No resultado primário das despesas em junho de 2023 (de R$1.905,5 bilhões), 93.1% foram destinadas às despesas obrigatórias (17.8% do PIB de 2023) e 6.9% às despesas discricionárias (1.2% do PIB de 2023). O que está previsto pelo orçamento a ser gasto em 2024 para manter a meta de superávit primário (diferencial positivo entre as receitas primárias líquidas menos as despesas primárias) é 70% da receita primária acumulada de junho-2022 a junho-2023, isto é, R$1.304,8 bi. Representando uma queda percentual de -31,5% com relação à despesa primária acumulada até junho de 2023 e uma margem de expansão a mais da despesa com relação à despesa acumulada no primeiro semestre de 2023 de +40.3%. A regra também prevê, pelo o que ficou acordado pela LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), um piso e um teto para a expansão do gasto. Para o ano de 2024, a receita primária acumulada em 12 meses até junho de 2023 é um valor base para comparação com a acumulada até junho deste ano para definir o teto de expansão dentro da trajetória de 70%, o piso é de 0.6% a.a e o teto de 2.5% a.a com base nos valores reais do IPCA (corrigidos no valor da inflação), que começam a ser levados em consideração a partir de 2025. Para este ano, a previsão orçamentária é de 70% integral da receita primária em questão. A meta planeja alcançar um superávit primário de 0% do PIB para este ano, 0.5% do PIB para 2025 e 1% do PIB para 2026, com uma banda de variação de -0.25% (piso) a +0.25% (teto) que é permitido ao superávit oscilar dentro da meta. Por exemplo, se a receita primária crescer +2.5% de 2024 para 2025, então dentro da trajetória de 70% desta receita, a despesa só poderá expandir a mais +1.75% (70% de 2.5%), dentro da banda permitida à expansão da despesa. Se, a receita crescer na ordem de +4%, então a despesa poderia crescer a mais, em termos reais, +2.8% a.a, porém, devido o teto de +2.5% a.a, os +0.3% contribuem para o superávit que, em tese, pode ser usado num momento de maior recessão econômica como medida anticíclica*. Se, em 2025 o resultado primário for abaixo da meta (0.5% do PIB), admitindo a banda de variação, este deve estar entre 0.25% e 0.75% do PIB do ano em questão. Caso a meta de superávit fique abaixo dos 0.25% do PIB, a regra dos 70% cai para 50% (porém, mantendo os piso e teto de, respectivamente, 0.6% e 2.5%). Isto é, se a receita primária varia na ordem de +2.5% de um ano para o outro, a despesa pode expandir a mais em até +1.25% a.a, se a receita varia na ordem de +5% (por exemplo), a despesa só poderá expandir a mais em 2.5% a.a contribuindo para 0.5% de superávit e desacelerando a trajetória de crescimento da despesa. O arcabouço planeja projetar na economia uma meta de superávit para pagamento da dívida pública (estoque de dívida da União expressa nos Títulos Públicos Federais emitidos pelo Tesouro Nacional) em contraposição à rolagem da dívida (dívida velha paga com dívida nova) e, com isso, a redução da proporção da dívida com o PIB (que está atualmente em torno de 73% do PIB). Porém, o faz pautado pela perspectiva neoliberal, que se sustenta tanto na tese da inflação como fenômeno monetário quanto na expansão da oferta como indutor do crescimento, que transpõe a dimensão microeconômica à macroeconomia. Na dimensão da economia das famílias, empresas e dos entes federativos, a receita precede as despesas por serem usuários de moeda e agentes tributados; a União é emissora e não usuária de moeda e agente tributante, logo, a despesa precede as receitas (a União expande base monetária ao gastar e enxuga liquidez monetária ao tributar - superávit fiscal = déficit privado, déficit fiscal = superávit privado). Portanto, à microeconomia, o superávit é o ciclo positivo e déficit o ciclo negativo; à macroeconomia, o superávit é o ciclo negativo e o déficit o ciclo positivo. Porém, ao se buscar o diferencial positivo entre receita e despesa, de modo a manter a trajetória de crescimento da despesa sempre abaixo da trajetória de crescimento da receita, se transpõe a lógica microeconômica à macroeconomia. Há problemas flagrantes com esse tipo de abordagem, a começar pelo não entendimento do ciclo positivo da economia. A arrecadação é sempre uma função do crescimento da economia. Em linhas gerais, a arrecadação cresce quando a produção de riqueza cresce, quando aumenta a composição de valor-novo no agregado da economia. Se a produção de mercadorias cresce e se esse capital se realiza, a receita cresce proporcionalmente. A realização do capital depende da demanda, e o gasto governamental é uma das variáveis de impacto global sobre a demanda agregada. Não basta apenas reduzir a taxa de juros para fornecer um mercado de crédito barato, se não há demanda não há investimento, pois não há, por parte da iniciativa privada, perspectiva de realização de capital. Essa perspectiva muda quando o governo gasta, persegue uma meta de geração de emprego e renda, e então, diante do fator renda haverá a demanda que, conjugada com o ambiente de juros baixo, fornece as condições de investimento e crescimento do produto, abrindo margem para diminuição da proporção dívida-PIB devido a trajetória de crescimento do produto superar a da dívida. Se o déficit perseguir a geração de emprego, renda e crescimento econômico, então produz um efeito multiplicador na economia e que dá margem para expansão saudável da receita. Logo, não basta apenas contrair a taxa de juros na expectativa que o mercado invista se não houver demanda agregada, e a demanda agregada é uma função não apenas da taxa de juros como também do déficit fiscal, logo, a receita é uma função da despesa. O governo apenas tem o controle da arrecadação sobre aquilo que gasta, ou seja, o que o governo realmente tem o controle é da despesa, e a receita é uma função do crescimento da economia e que é diretamente impactada pela qualidade do gasto governamental. As despesas obrigatórias são as que têm impacto de menor proporção sobre a demanda agregada, uma vez que não contribuem para ganho de renda e emprego. As despesas discricionárias, que são as que efetivamente têm maior impacto sobre a demanda agregada por contribuírem na geração de renda (investimentos, contratações, obras públicas, infraestrutura etc) e emprego, são as que menos crescem. Para manter a meta de superávit deste ano, supondo que as despesas discricionárias cresçam na ordem de 3% ao longo de 2024 em relação ao resultado primário acumulado nos últimos 12 meses até junho de 2023, então, em valores nominal, pressionaria a uma contração das despesas obrigatórias na ordem de -40.3%, o que iria impactar diretamente os Benefícios Previdenciários (que consomem cerca de 30% do orçamento da União) e as Transferências Constitucionais (repasses da União aos entes federativos, cerca de 16% do orçamento da União). Para este ano, a conjuntura parece ainda favorável para o primeiro semestre, a partir do segundo semestre deste ano, a manutenção da despesa começará a dar sinais de depreciação e contração na expectativa de crescimento do produto. *Como a receita limita sempre os gastos, em momentos de maior recessão e que demandaria maior volume da despesa isso fica impossibilitado. Estando impossibilitada a utilização da despesa como fator multiplicador para sair da recessão, o produto encolhe impactando negativamente na meta de superávit, logo, a regra impõe uma medida pró-cíclica e não anticíclica ao ciclo de recessão, prolongando e intensificando a recessão. Seguiremos acompanhando a série histórica de evolução do PIB e se o arcabouço terá sustentabilidade política ao longo do governo Lula, uma vez que compromete diretamente as políticas afirmativas e de transferência de renda que o PT tem compromissos históricos e mantém sua base de apoio. Obs, os cálculos e previsões foram de minha autoria. #economia #macroeconomia #arcabouçofiscal #Neoliberalismo #comunismo #politica
Propaganda do Brasil Paralelo quando fui asssitir o vídeo. Olha aí a praxis - a classe trabalhadora tem que se organizar mesmo, pq pra cada vídeo ultra-top de esquerda explicando o funcionamento da economia, vem um Brasil Paralerdos investindo bilhoes em propaganda. Se a classe trabalhadora tentar lutar contra o status quo dentro do sistema individualmente ela sempre vai perder. Precisa ter organização pra conseguir de fato alterar a realidade do povo brasileiro!
Jones, eu vejo sentido em todos esses pontos que você levanta. Mas fica a pergunta: qual é a estratégia, portanto, do governo Lula? Pq sabemos que são eleitoreiros, então qual é a lógica? É entubar na nossa classe e usar pânico nas eleições, com o "cuidado que o fascismo vai voltar!!"? Grande abraço!
provavelmente a estratégia é contar com o apoio da grande mídia e dos bancos pra apoiar a reeleição, mas dependendo do estrago n tem milagre que a globo consiga fazer pelo governo lula
Qual a vantagem (e possibilidade) de incluir gastos financeiros na meta de resultado primário? Alguém já se perguntou isso? Por que nenhum país faz? 🙋🏻♂️
@@danillofrederice2300 @adaooliveira4434 O ponto que eu quis expor é que, se o gasto finaneiro estivesse dentro da meta primária, ele rivalizaria com os demais gastos. Ou seja, haveria ainda maior constrangimento do gasto público, uma vez que a meta abrangeria juros e amortização da dívida. Quanto à política monetária, é necessário alterar a legislação, eliminando as operações compromissadas do cômputo da dívida, basta isso.
Jones, admiro muito você, seu canal tem sido muito importante pra mim, porém, acho que o nome desse vídeo não ficou bom, meio fratricida até, acho que poderia ser "alguns economistas ditos progressistas" ou algo nessa linha. Mas enfim, sempre me rendo ao seu vasto conhecimento e capacidade de comunicação, argumentação.
Jones, de forma geral, eu concordo com o seu video. No entanto, acho que você falar do não controle dos gastos financeiros é um pouco deseducador nesse tema. Enquanto estivermos no capitalismo e não tivermos um controle do fluxo de capitais, o gasto financeiro precisa ser flexivel o bastante para garantir uma estabilidade cambial pelo menos. Sei que voce não pensa que sim, mas não controlar o gasto financeiro não faz com que tenha que controlar o primário. E você tocar nesse assunto num video assim pode gerar confusão pro leigo e acabar caindo num conto como o da ACD. O restante do video ficou bem bom, mas a parte do gasto financeiro ficou até meio solta. No mais, esse papo de "o investimento privado liderar o investimento" eu escutei do Haddad, do Guedes, do Temer, do Joaquim Levy e até mesmo no governo Dilma I, quando se deixou de priorizar o investimento publico para destacar instrumentos como queda da taxa de juros, crédito do BNDES, desoneração e etc... Faz 14 anos que o pessoal tá esperando o investimento privado ser o motor do crescimento e tamo aí, andando de lado.
O gasto com a dívida pública tem origem na política monetária do mandato anterior porque seu representante, Roberto Campos Neto, tem mandato até o fim de 2024.
oi jones. no início do vídeo vc fez uma confusão matemática tremenda. seus detratores podem usar isso. talvez seja melhor tirar o vídeo e rever... o argumento está certo, mas os críticos olham somente os erros
pelo que eu sei é o crescimento do "gasto" que tá congelado em 70% do crescimento da receita, não o valor total, o que é bem diferente. O Jones em alguns momentos não é muito preciso em diferenciar crescimento e valor absoluto nesse vídeo.
Jones, estou estudando e anotando esse vídeo aqui. Mas, me parece, vc está, de certa forma, se contradizendo conceitualmente, porque começou dizendo que os gastos financeiros são os gastos primários, mas, mais à frente no vídeo, fala algo do tipo: "essa é uma premissa fundamental do neoliberalismo: você controla os gastos primários e deixa livres os gastos financeiros", se contradizendo em relação às primeiras definições. Não estou escrevendo esse comentário no final do vídeo, mas logo que identifiquei essa, ao meu ver, contradição conceitual. Quais são, de fato, os gastos primários, os financeiros ou os de outro tipo?
Sou da área orçamentária do governo! E digo: Jones Manoel domina bem esse tema! Só uma coisa: a saída do governo será nos gastos extraorçamentários e esses gastos fazem parte do PPA (Plano Plurianual).
Uma década de esforço lutando contra a austeridade e o PT joga tudo por água abaixo
PTermismo é assim liberal nos costumes e conservador no progresso. Ta na hora mesmo da gente baixar a bola e ver que o Ciro Gomes falou tudo o que era necessário e o PTraira fez o que sabe fazer de melhor escorregou na rampa mesmo de mão dada com tudo o que a esquerda radical representava no momento da posse.
Ta na hora dessa velha guarda, Ciro, Lula, Marina, Bolsonaro ser vice de pessoas jovens.
E claro eu, neste exato momento depois das traições dos governo PTermista I II III e IV quero mais é fogo no parquinho politico. Logo vou votar a favor da troca de poder entre extrema esquerda e extrema direita a cada 4 anos buscando a troca de poder total para os politico entender que é 4 anos e VAZA... SOME... vira banco de reserva... sem esse negócio de querer ser a unica bolacha do pacote.... 4 anos e vaza. É pra entrar lá e fazer o bagulho acontecer.... e não ficar achando que vai durar pra sempre como presidente. Pode argumentar o que for... serão palavras ao vento... a troca de poder é meu foco....
A troca de poder é meu foco... ou o PTermismo entende e coloca uma outra esquerda menor na frente para oxigenar a gestão entre esquerdas.... ou realmente a galera PTermista terá uma surpresa desagradável. E não tem argumento pode chorar, inventar estorinha... eu eles não enganam mais. Meu voto será a favor da troca de poder. E não a favor das bobagem de qualquer partido...
@@rodrigobinotto2413 Tá na hora dessa velha guarda ser substituída por gente como Jones
Se a linha política do governo não mudar, é muito possível que a direita (a sem fantasia de esquerda) volte ao poder em 2027.
E tudo já indica que o Bolsonaro não vai concorrer, então com o governo Lula não mudando esses aspectos fundamentais (ou seja, mantendo o mesmo neoliberalismo de Temer e Guedes mas numa nova embalagem) e tendo a direita alguém minimamente mais palatável (Zema, Tarcísio etc.), a derrota é certa.
Ah, quer dizer que o lule é esquerda, é?
@@MarcosAntonio-dc5tp não duvido também do próprio bozo voltar forte
A direita já tá no poder parcero
Quando ela saiu?
Nunca tinha pensado na interação do teto com as inflações setoriais. Já achava 0,6% pouquíssimo, mas fiquei ainda mais assustado agora.
Muito bom. O Jones é muito didático
Já sei que vai ter galera dando chilique.
PT é a esquerda que a direita gosta.
Gosto muito dos seus vídeos sobre economia, Jones. Aprendo bastante.
Seria muito interessante, não sei é possível nesse momento de doutorado seu, fazer um quadro abc da economia, explicando os conceitos básicos com olhar materialista e contrapondo a frases liberais que crescemos ouvindo.
Fica a dica...
Vídeo essencial, vamos compartilhar aos litros
É quase impossível 0,2% do povo entender que os governos lula, bolsonaro, temer, dilma, fhc, itamar, collor etc são sempre a mesma coisa: o governo das classes dominantes do brasil, com o aval e apoio da embaixada de washington.
acho que isso é subestimar, e muito, o pessoal. Inclusive tem há anos gente falando sobre crise de representatividade e etc. Não acho que seja uma leitura completa, mas é palpável que a sensação de que "tanto faz, entra governo sai governo nada muda" não é nem nova e nem rara.
@@user-sl6gn1ss8p talvez.
não é impossível não! o que falta é uma esquerda capaz de explicar isso pras pessoas!
@@19Lqueen17siiiiim !
th-cam.com/video/C1wYND1msfs/w-d-xo.htmlsi=Feu1MGXyj1FJPE2H
Aos 8:08 o Jones se confunde e fala que o gasto teria um teto de "2,5% do PIB" quando, na verdade, os 2,5% se referem à expansão em relação ao ano anterior. Ou seja, o gasto é amarrado em duas frentes: 1) não pode ser maior que 70% do arrecadado no ano anterior e, mesmo que a receita cresça enormemente e os 70% sejam MUITA grana, então 2) o gasto estará restrito a um *crescimento em relação ao ano anterior* de no máximo 2,5% (e um mínimo de 0,6%)!
Na verdade não pode ter aumento de despesa maior do que 70% do aumento da receita do ano anterior.*
@@pedropilecco2011isso, eu acho que nesse em em outros vídeos o jeito que o Jones fala dessas coisas meio que confunde elas, entre valores totais e crescimento
Essa regra dos 70% de limite não é “do que foi gasto no ano anterior”. A despesa poderá AUMENTAR em até 70% do aumento da receita do ano anterior. Não é uma regra para reduzir despesa; esta sempre será maior que a do ano anterior. Mas, um limite para o AUMENTO da despesa, com base na variação da arrecadação.
Além da regressividade histórica do imposto de renda, um dos maiores crimes atuais é a defasagem da tabela das alíquotas. O novo teto de gastos e a manutenção do fiscalismo da equipe econômica do governo só agravam ainda mais esse cenário.
Parece bastante óbvio que o governo vai retardar o crescimento do Brasil e abrir caminho pra direita tratorar nas eleições
É isso que eu quero ver, me ajudar a estudar pro CNU. Quero ver falar sobre o PPA(projeto plurianual), LDO(lei de diretrizes orçamentárias), LOA (lei orçamentária anual). Impostos da União, Estados e dos municipios, e etcs.
Bora ver o anúncio do Brasil paralelo sem pular até o fim galera. Eles gastam por tempo de tela
As bandas e a porcentagem do gasto para a despesa já eram ruins. Mas aí o Haddad foi lá e prometeu zerar o déficit e entregar dois anos de superavit.
Tipo, pra que o teto existe se a promessa de Haddad é pior que o teto?
Essa é a parte realmente doida do negócio. Se fosse realmente uma questão de correlação de forças, Haddad deveria pelo menos gastar cada centavo disponível em vez de fazer o contrário.
Jones, o pib brasileiro é de R$ 9 tri +/-. Vc mencionou 2.7 tri, na verdade é 2.7 tri em dolar, certo?
Abraço!!
imagino que ele queria falar em orçamento e não pib
Isso, camarada. Acabei fazendo confusão na hora de citar o número
Até mesmo a tese das receitas é duvidosa, basta ver os componentes disso, desoneração da folha contínua apesar de algumas modificações, taxação sobre a classe media (e baixa) nas compras, isenção a rodo pras igrejas sendo turbinada e por ai vai
Senti falta da palavra “KEYNESIANO” dessa vez… kkkkk
Parabéns Jones!!!!
Ja ouve corte na minha universidade de mais de um milhão, o que impactou os auxilios de permanência estudantil e o transporte dos estudantes em outros municípios interioranos
Justo, já q um bando de vagabundos arruaceiros maconheiros tomam a universidade como sempre fizeram, declaram greve e impede centenas de estudantes de verdade de estudar e professores de dar aulas. Não sei como essas pessoas colam grau se levam mais tempo em greve fumando e debatendo comunismo do que estudando. Ah já sei, se for esquerdistas tem garantia de que vai passar.
O Lula já formou a quantidade de zumbi militante necessário. Como os jovens não estão mais caindo mais nessas narrativas socialista de opressor e oprimidos, mais valia, cotas, minorias e o karai a 4, não é mais lucro injeção de dinheiro na universidade p formar cientista de verdade.
Ele odeia os brasileiros e como o fim dele está chegando, quer levar o Brasil junto com ele.
Cuide-se, não seja um zumbi socialista, ganhe seu próprio dinheiro quando sair da faculdade ao invés de querer ir p ONG distribuir cesta básica p o yanomami, enquanto seus pais te sustentam, ou vc recebe de ONG o que o estado repassa.
O PT é tão corrupto que escolheu a Comissão da saúde pq é a área que recebe mas dinheiro, em detrimento da CCJ e da C da educação, e agora vem chorar na Globo. Logo vc verá os escândalos de remédios sendo jogados fora e equipamentos comprados encostados em depósitos sem condições de uso p causa do tempo que ficou parado. E ainda o desvio de verba da saúde. Até agora nenhuma obra pública em andamento.
No minuto 6:50 em diante cabe uma correção: o limite do aumento da despesa é de 70% do aumento da receita (e não como ele disse, que a receita do ano seria 70% da arrecadação). Ou seja, se a receita cresceu 100 bi, gasta MAIS 70bi.
Outro erro após 7:40. Ele fala que a banda de crescimento da despesa é termos em do PIB. Mas não está correto. Na verdade, as despesas poderão crescer entre 0,6% e 2,5% em termos reais, de 2024 a 2027 (ou seja, nada ver com PIB, é uma ano em relação ao outro).
O arcabouço é basicamente essas duas regras, e ele conseguiu explicar as duas erradas. Assim fica difícil. (Ok isso não anula o fato de que esse governo é contracionista)
eu notei isso em outros vídeos também. Não acho que seja o caso dele não entender isso, mas é um negócio que tem que cuidar
Valeu!
Uma coisa que as pessoas não entendem é que neoliberalismo não é uma questão de econometria. O stabilishment global ter chegado no liberalismo como a nova forma hegemônica do capitalismo não foi fruto de uma discussão econométrica, é fruto de formulações políticas. Em outras palavras, uma determinada privatização criminosa igual Eletrobrás ou Sabesp é feita não por questões econométricas de arrecadação, inflação, juros ou qualquer coisa assim, mas por questão de que a configuração política atual é basicamente um punhado de bilionários que acumularam tanta riqueza que eles estão conseguindo direcionar o rumo do mundo para 99,99% da população. Onde eu quero chegar com esse comentário é: existe alternativa ao neoliberalismo? Claro que existe. Mas não dentro da econometria, não dentro dos papos esquisitos de arrecadação do Haddad que está constantemente fazendo malabarismo pra dizer o que a Faria Lima quer mas dando a impressão de que é o que o povo quer. A solução para o neoliberalismo está na POLÍTICA - Fazer uma organização da classe trabalhadora em torno de projetos de desenvolvimento que sejam de interesse da classe trabalhadora, do povo. O neoliberalismo é um produto da POLÍTICA, e só vai ser derrotado dentro da POLÍTICA!
Vc poderia reagir ao Ópera Mundi de ontem pq tem lá economista marxista falando que o governo Lula não é neoliberal
O que não é mentira na narrativa lulista? Quem consegue ter uma conversa com algum lulista sobre a realidade do país?
Comentando para ajudar no algoritmo.
Jones, só um comentário. Vale ressaltar que o PIB brasileiro é de 2,7 trilhões de dólares, algo em torno de 10 trilhões de reais
[ECONOMIA-POLÍTICA]
ANÁLISE DE CONJUNTURA ECONÔMICA E PREVISÃO ORÇAMENTÁRIA ANUAL
2024 inicia o ano de vigência do novo regime de política fiscal encaminhado pelo então ministro da fazenda, Fernando Haddad, conhecido por arcabouço fiscal e que impõe restrições fiscais ao crescimento da trajetória das despesas. A perspectiva orçamentária para este ano é de contração e a previsão do crescimento da economia é, no mínimo, controversa. Voltaremos a isso adiante, como análise qualitativa.
Como parte da análise quantitativa, tomaremos como base de cálculo valores nominal (não corrigidos pelo IPCA com base no valor da inflação). A receita primária (acumulada nos últimos 12 meses até junho de 2023) era da ordem de 1.864 bilhões (1 trilhão e 864 bilhões), sendo, deste total, 70% tomado como valor base para a expansão das despesas primárias ao longo do ano seguinte (2024), com base no que ficou acordado pela LOA (Lei Orçamentária Anual). No resultado primário das despesas em junho de 2023 (de R$1.905,5 bilhões), 93.1% foram destinadas às despesas obrigatórias (17.8% do PIB de 2023) e 6.9% às despesas discricionárias (1.2% do PIB de 2023).
O que está previsto pelo orçamento a ser gasto em 2024 para manter a meta de superávit primário (diferencial positivo entre as receitas primárias líquidas menos as despesas primárias) é 70% da receita primária acumulada de junho-2022 a junho-2023, isto é, R$1.304,8 bi. Representando uma queda percentual de -31,5% com relação à despesa primária acumulada até junho de 2023 e uma margem de expansão a mais da despesa com relação à despesa acumulada no primeiro semestre de 2023 de +40.3%.
A regra também prevê, pelo o que ficou acordado pela LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), um piso e um teto para a expansão do gasto. Para o ano de 2024, a receita primária acumulada em 12 meses até junho de 2023 é um valor base para comparação com a acumulada até junho deste ano para definir o teto de expansão dentro da trajetória de 70%, o piso é de 0.6% a.a e o teto de 2.5% a.a com base nos valores reais do IPCA (corrigidos no valor da inflação), que começam a ser levados em consideração a partir de 2025. Para este ano, a previsão orçamentária é de 70% integral da receita primária em questão. A meta planeja alcançar um superávit primário de 0% do PIB para este ano, 0.5% do PIB para 2025 e 1% do PIB para 2026, com uma banda de variação de -0.25% (piso) a +0.25% (teto) que é permitido ao superávit oscilar dentro da meta.
Por exemplo, se a receita primária crescer +2.5% de 2024 para 2025, então dentro da trajetória de 70% desta receita, a despesa só poderá expandir a mais +1.75% (70% de 2.5%), dentro da banda permitida à expansão da despesa. Se, a receita crescer na ordem de +4%, então a despesa poderia crescer a mais, em termos reais, +2.8% a.a, porém, devido o teto de +2.5% a.a, os +0.3% contribuem para o superávit que, em tese, pode ser usado num momento de maior recessão econômica como medida anticíclica*.
Se, em 2025 o resultado primário for abaixo da meta (0.5% do PIB), admitindo a banda de variação, este deve estar entre 0.25% e 0.75% do PIB do ano em questão. Caso a meta de superávit fique abaixo dos 0.25% do PIB, a regra dos 70% cai para 50% (porém, mantendo os piso e teto de, respectivamente, 0.6% e 2.5%). Isto é, se a receita primária varia na ordem de +2.5% de um ano para o outro, a despesa pode expandir a mais em até +1.25% a.a, se a receita varia na ordem de +5% (por exemplo), a despesa só poderá expandir a mais em 2.5% a.a contribuindo para 0.5% de superávit e desacelerando a trajetória de crescimento da despesa.
O arcabouço planeja projetar na economia uma meta de superávit para pagamento da dívida pública (estoque de dívida da União expressa nos Títulos Públicos Federais emitidos pelo Tesouro Nacional) em contraposição à rolagem da dívida (dívida velha paga com dívida nova) e, com isso, a redução da proporção da dívida com o PIB (que está atualmente em torno de 73% do PIB). Porém, o faz pautado pela perspectiva neoliberal, que se sustenta tanto na tese da inflação como fenômeno monetário quanto na expansão da oferta como indutor do crescimento, que transpõe a dimensão microeconômica à macroeconomia.
Na dimensão da economia das famílias, empresas e dos entes federativos, a receita precede as despesas por serem usuários de moeda e agentes tributados; a União é emissora e não usuária de moeda e agente tributante, logo, a despesa precede as receitas (a União expande base monetária ao gastar e enxuga liquidez monetária ao tributar - superávit fiscal = déficit privado, déficit fiscal = superávit privado). Portanto, à microeconomia, o superávit é o ciclo positivo e déficit o ciclo negativo; à macroeconomia, o superávit é o ciclo negativo e o déficit o ciclo positivo.
Porém, ao se buscar o diferencial positivo entre receita e despesa, de modo a manter a trajetória de crescimento da despesa sempre abaixo da trajetória de crescimento da receita, se transpõe a lógica microeconômica à macroeconomia. Há problemas flagrantes com esse tipo de abordagem, a começar pelo não entendimento do ciclo positivo da economia. A arrecadação é sempre uma função do crescimento da economia. Em linhas gerais, a arrecadação cresce quando a produção de riqueza cresce, quando aumenta a composição de valor-novo no agregado da economia. Se a produção de mercadorias cresce e se esse capital se realiza, a receita cresce proporcionalmente.
A realização do capital depende da demanda, e o gasto governamental é uma das variáveis de impacto global sobre a demanda agregada. Não basta apenas reduzir a taxa de juros para fornecer um mercado de crédito barato, se não há demanda não há investimento, pois não há, por parte da iniciativa privada, perspectiva de realização de capital. Essa perspectiva muda quando o governo gasta, persegue uma meta de geração de emprego e renda, e então, diante do fator renda haverá a demanda que, conjugada com o ambiente de juros baixo, fornece as condições de investimento e crescimento do produto, abrindo margem para diminuição da proporção dívida-PIB devido a trajetória de crescimento do produto superar a da dívida. Se o déficit perseguir a geração de emprego, renda e crescimento econômico, então produz um efeito multiplicador na economia e que dá margem para expansão saudável da receita.
Logo, não basta apenas contrair a taxa de juros na expectativa que o mercado invista se não houver demanda agregada, e a demanda agregada é uma função não apenas da taxa de juros como também do déficit fiscal, logo, a receita é uma função da despesa. O governo apenas tem o controle da arrecadação sobre aquilo que gasta, ou seja, o que o governo realmente tem o controle é da despesa, e a receita é uma função do crescimento da economia e que é diretamente impactada pela qualidade do gasto governamental. As despesas obrigatórias são as que têm impacto de menor proporção sobre a demanda agregada, uma vez que não contribuem para ganho de renda e emprego. As despesas discricionárias, que são as que efetivamente têm maior impacto sobre a demanda agregada por contribuírem na geração de renda (investimentos, contratações, obras públicas, infraestrutura etc) e emprego, são as que menos crescem.
Para manter a meta de superávit deste ano, supondo que as despesas discricionárias cresçam na ordem de 3% ao longo de 2024 em relação ao resultado primário acumulado nos últimos 12 meses até junho de 2023, então, em valores nominal, pressionaria a uma contração das despesas obrigatórias na ordem de -40.3%, o que iria impactar diretamente os Benefícios Previdenciários (que consomem cerca de 30% do orçamento da União) e as Transferências Constitucionais (repasses da União aos entes federativos, cerca de 16% do orçamento da União).
Para este ano, a conjuntura parece ainda favorável para o primeiro semestre, a partir do segundo semestre deste ano, a manutenção da despesa começará a dar sinais de depreciação e contração na expectativa de crescimento do produto. *Como a receita limita sempre os gastos, em momentos de maior recessão e que demandaria maior volume da despesa isso fica impossibilitado. Estando impossibilitada a utilização da despesa como fator multiplicador para sair da recessão, o produto encolhe impactando negativamente na meta de superávit, logo, a regra impõe uma medida pró-cíclica e não anticíclica ao ciclo de recessão, prolongando e intensificando a recessão.
Seguiremos acompanhando a série histórica de evolução do PIB e se o arcabouço terá sustentabilidade política ao longo do governo Lula, uma vez que compromete diretamente as políticas afirmativas e de transferência de renda que o PT tem compromissos históricos e mantém sua base de apoio.
Obs, os cálculos e previsões foram de minha autoria.
#economia #macroeconomia #arcabouçofiscal #Neoliberalismo #comunismo #politica
Engajamento, camaradas ✊🏽⚧☭
Propaganda do Brasil Paralelo quando fui asssitir o vídeo. Olha aí a praxis - a classe trabalhadora tem que se organizar mesmo, pq pra cada vídeo ultra-top de esquerda explicando o funcionamento da economia, vem um Brasil Paralerdos investindo bilhoes em propaganda. Se a classe trabalhadora tentar lutar contra o status quo dentro do sistema individualmente ela sempre vai perder. Precisa ter organização pra conseguir de fato alterar a realidade do povo brasileiro!
👏 👏 👏 👏 👏
Jones, eu vejo sentido em todos esses pontos que você levanta. Mas fica a pergunta: qual é a estratégia, portanto, do governo Lula? Pq sabemos que são eleitoreiros, então qual é a lógica? É entubar na nossa classe e usar pânico nas eleições, com o "cuidado que o fascismo vai voltar!!"?
Grande abraço!
provavelmente a estratégia é contar com o apoio da grande mídia e dos bancos pra apoiar a reeleição, mas dependendo do estrago n tem milagre que a globo consiga fazer pelo governo lula
Qual a vantagem (e possibilidade) de incluir gastos financeiros na meta de resultado primário? Alguém já se perguntou isso? Por que nenhum país faz? 🙋🏻♂️
Não o fazem em materia de lei, mas em regulação da taxa de juros sim.
@@danillofrederice2300 @adaooliveira4434 O ponto que eu quis expor é que, se o gasto finaneiro estivesse dentro da meta primária, ele rivalizaria com os demais gastos. Ou seja, haveria ainda maior constrangimento do gasto público, uma vez que a meta abrangeria juros e amortização da dívida. Quanto à política monetária, é necessário alterar a legislação, eliminando as operações compromissadas do cômputo da dívida, basta isso.
Ótimo trabalho camarada
Milei não é nosso passado (Bolsonaro), mas sim o nosso futuro
👏👏👏
Jones, admiro muito você, seu canal tem sido muito importante pra mim, porém, acho que o nome desse vídeo não ficou bom, meio fratricida até, acho que poderia ser "alguns economistas ditos progressistas" ou algo nessa linha. Mas enfim, sempre me rendo ao seu vasto conhecimento e capacidade de comunicação, argumentação.
É mesmo 4 tetos e 1 funeral
Vlw jones
Jones, você e o cara!
Jones, de forma geral, eu concordo com o seu video. No entanto, acho que você falar do não controle dos gastos financeiros é um pouco deseducador nesse tema.
Enquanto estivermos no capitalismo e não tivermos um controle do fluxo de capitais, o gasto financeiro precisa ser flexivel o bastante para garantir uma estabilidade cambial pelo menos. Sei que voce não pensa que sim, mas não controlar o gasto financeiro não faz com que tenha que controlar o primário. E você tocar nesse assunto num video assim pode gerar confusão pro leigo e acabar caindo num conto como o da ACD. O restante do video ficou bem bom, mas a parte do gasto financeiro ficou até meio solta.
No mais, esse papo de "o investimento privado liderar o investimento" eu escutei do Haddad, do Guedes, do Temer, do Joaquim Levy e até mesmo no governo Dilma I, quando se deixou de priorizar o investimento publico para destacar instrumentos como queda da taxa de juros, crédito do BNDES, desoneração e etc...
Faz 14 anos que o pessoal tá esperando o investimento privado ser o motor do crescimento e tamo aí, andando de lado.
O gasto com a dívida pública tem origem na política monetária do mandato anterior porque seu representante, Roberto Campos Neto, tem mandato até o fim de 2024.
oi jones. no início do vídeo vc fez uma confusão matemática tremenda. seus detratores podem usar isso. talvez seja melhor tirar o vídeo e rever... o argumento está certo, mas os críticos olham somente os erros
Se o gasto está congelado em 70% do arrecadado oq será feito com o restante? Pagar a dívida?
pelo que eu sei é o crescimento do "gasto" que tá congelado em 70% do crescimento da receita, não o valor total, o que é bem diferente. O Jones em alguns momentos não é muito preciso em diferenciar crescimento e valor absoluto nesse vídeo.
É f... tem um povo petista que parece que tá cego.
Mas estão mentindo num monte de coisa, não é só nisso não.
Video foda que daqui dois anos vai ser como um vinho 🍷
Note!!! 92!!!
Jones, estou estudando e anotando esse vídeo aqui. Mas, me parece, vc está, de certa forma, se contradizendo conceitualmente, porque começou dizendo que os gastos financeiros são os gastos primários, mas, mais à frente no vídeo, fala algo do tipo: "essa é uma premissa fundamental do neoliberalismo: você controla os gastos primários e deixa livres os gastos financeiros", se contradizendo em relação às primeiras definições. Não estou escrevendo esse comentário no final do vídeo, mas logo que identifiquei essa, ao meu ver, contradição conceitual. Quais são, de fato, os gastos primários, os financeiros ou os de outro tipo?
Muito bem Lula! A extrema direita lhe agradecerá em 2026!
Jones, não sei se tem como você bloquear, mas voltou a aparecer anuncios da Brasil Paralelo no seu canal. Achei bom avisar.
bom vídeo
Primeiro 🎉🎉🎉
✊✊✊
engaj
Up2
Up3
Up
Jones tem q fazer um vídeo com a Fattorelli da auditoria cidadã da divida!
Up1
Juuuuones o benino que ataca mais as esquerdas do que as direitas.
PT é esquerda 🤔
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