Pessoas iluminadas" são pessoas diferentes das outras elas apenas cumprem as missões. Outros são mais comuns! É muito complexo,doloroso e continuamos sem e entender o porquê de muita coisa.
Com certeza deve estar no céu, saudoso José Monir nasser, que outros brasileiros também possam ter acesso ao seu maravilhoso conhecimento e experiência.
COMO NÓS BRASILEIROS NOS ANOS TREVOSOS DOMINADOS PELO ATIVISMO. NÃO TÍNHAMOS A MÍNIMA NOÇÃO DA NOSSA CONDIÇÃO DE ADMIRÁVEL GADO NOVO. MÁS ANTES TARDE DO QUE NUNCA. BENDITO TH-cam... Sta Luzia - MG.
Algumas dúvidas por favor: 1) como faço para celebrar (acho que esse é o verbo correto) os hinos em tê-los "musicalmente"? Posso apenas ler? 2) o Ofício divino é um só ou tem para leigos especificamente? 3) onde posso adquirir esse que o senhor manuseou? Obrigado
1. De início eu posso dizer o seguinte, baseado na minha própria experiência: Se uma pessoa tem uma vasta cultura literária dos clássicos* e não acha análogos, eu creio que ela não está olhando sob o ângulo correto. O professor Monir diz, na palestra sobre Como Ler Livros, que um livro só te conta algo quando você faz perguntas a ele. Eu, quando estava lendo O Retrato do Artista Quando Jovem, tinha que ficar parando pra me situar. Eu me perguntava "qual a imagem que tenho do Dedalus?"; "o que eu sei dele?". Senti a necessidade de fazer isso porque era difícil criar uma imagem da personalidade dele. Talvez foi o livro que achei mais difícil. Chega uma hora que você pode perceber que os análogos não estão nas situações vividas, mas na postura que as personagens têm diante dos mesmos temores: Exemplo: o tema da culpa no Crime Castigo. Não é comum que algum de nós trave batalhas mentais pra afastar uma culpa que não queremos sentir, tal qual Raskolnikov, mas nenhum de nós matou duas senhoras com golpes de machado como ele faz no livro. Então tem que achar essa "unidade" na história. Se é medo, culpa, impotência, etc. Coisas assim, mas que também não precisa ser condensado em uma palavra. Quantas vezes a gente já não se sentiu refém das situações como a Moll Flanders? Imagino que muitas vezes. Mas aí a gente acabou que não passou a praticar furtos como ela (Graças a Deus). Então, nesse caso, o modo como ela lida com a situação não é o que nos serve de lição imitativa. Mas ainda assim é possível perceber que trata-se de uma situação não muito incomum de acontecer. *Para entender melhor o que é um clássico, ouça a aula: th-cam.com/video/jEoYC9XNTuo/w-d-xo.html
2. Tem uma coisa chamada anamnese que o Olavo de Carvalho ensina no curso Introdução ao Método Filosófico. É basicamente um rastreamento que a gente faz das nossas ideias. De onde saiu as coisas que eu sei e penso. É bem trabalhoso ficar vasculhando a memória, mas também é gratificante. Partindo desse método eu desenvolvi o hábito de "reviver" situações na imaginação: o que eu deveria ter dito, o que eu não percebi na intenção e nas palavrad do outro, etc. Descontando o fato de que a memória não é tão confiável nos detalhes, aqui-acolá percebo que deixei escapar algo na ocasião. É como se eu ruminasse... Nesse caso eu não uso os acontecimentos que encontro na literatura de imaginação, mas na minha própria história. Pode gerar um dissabor enorme fazer isso e eu não sei se recomendo pra todo mundo. Pode chegar um momento em que você acabe acumulando ressentimentos por perceber oportunidades que deixou passar, etc. Ainda assim me ajudou em muito. Claro que esse exercício se torna mais adequado quando se adquire mais cultura. Como se a cultura servisse de régua pra verificar a dimensão das situações. Até mesmo pra formular as perguntas corretas é preciso cultura. Uma exemplo que gosto de dar é do filme O Conde de Monte Cristo (com Jim Caviezel). Edmont, em conversa com o padre se dá conta de que a atitude de Villefourt, ao queimar a carta de Napoleão, era suspeita (assista pra entender melhor). Ele viu a carta ser queimada enão ligou pra isso, mas então o padre diz "você não acha estranho que um magistrado queime a única prova de uma conspiração contra o regime que ele deveria defender?" -- não lembro das palavras exatas do padre, mas esse é o sentido. É só aí que Edmont diz "ele estava protegendo alguém". Embora seja um filme, acho a cena bastante verossímil. Eis a cena: th-cam.com/video/Dg84dM9w5Ls/w-d-xo.html
@@ewerton2401 "Tem uma coisa chamada anamnese" eu sei o que é isso. No entanto, esse método trata apenas da análise de situações que já existem no nosso imaginário, mas não serve para lidar com situações novas e desconhecidas. "Claro que esse exercício se torna mais adequado quando se adquire mais cultura" sim, mas você ainda está limitado a cultura que você adquire, por maior que ela seja. Quando você encontra situações diferentes e que não estão presentes na literatura ou nas demais artes, como você vai lidar com elas? Como você pode fazer anamnese de algo que você não consegue nem mesmo imaginar? "Uma exemplo que gosto de dar é do filme O Conde de Monte Cristo" o livro é muito melhor do que o filme, acredite.
Novas edições do Expedições Pelo Mundo da Cultura:
www.sesipr.org.br/cultura/literatura/novas-expedicoes-pelo-mundo-da-cultura-1-27853-367455.shtml
Muito obrigado pelo vídeo e link.
Canal maravilhoso!
Como nos faz falta um Homem desta grandeza con vivendo e ensinando todos os dias!
Pedi uma missa em sufrágio da Alma do dr. Monir.
Eduardo Silva Saudoso professor Monir! Rezemos por sua alma. Que Deus a acolha com todo carinho.
Pessoas iluminadas" são pessoas diferentes das outras elas apenas cumprem as missões. Outros são mais comuns! É muito complexo,doloroso e continuamos sem e entender o porquê de muita coisa.
Com certeza deve estar no céu, saudoso José Monir nasser, que outros brasileiros também possam ter acesso ao seu maravilhoso conhecimento e experiência.
COMO NÓS BRASILEIROS NOS ANOS TREVOSOS DOMINADOS PELO ATIVISMO. NÃO TÍNHAMOS A MÍNIMA NOÇÃO DA NOSSA CONDIÇÃO DE ADMIRÁVEL GADO NOVO. MÁS ANTES TARDE DO QUE NUNCA. BENDITO TH-cam... Sta Luzia - MG.
🌻
Este é um homem que se tornou a melhor versão de si mêsmo! Concluiu com exatidão o sentindo da frase!
Obrigado querido, Monir! Nutro a certeza de reencontrar você no no intermissivo.
"Somos, portanto, os mais ricos..."
Muito obrigado.
Vídeo maravilhoso, muito obrigado.
Sábio...faz falta
Mário Ferreira dos Santos
Parabéns pelo trabalho de disponibilizar esses trechos! você lembra qual é a palestra que contém esse? o link da descrição esta indisponivel
.
👏🏽👏🏽
Muito bom!
Excelente!
Muito bom. Obrigado
Algumas dúvidas por favor:
1) como faço para celebrar (acho que esse é o verbo correto) os hinos em tê-los "musicalmente"? Posso apenas ler?
2) o Ofício divino é um só ou tem para leigos especificamente?
3) onde posso adquirir esse que o senhor manuseou?
Obrigado
E quando você não encontra na cultura nenhuma situação análoga àquela que você está vivendo? O que você faz?
Muito boa pergunta. Farei um vídeo sobre isso em breve. Aguarde.
1. De início eu posso dizer o seguinte, baseado na minha própria experiência: Se uma pessoa tem uma vasta cultura literária dos clássicos* e não acha análogos, eu creio que ela não está olhando sob o ângulo correto. O professor Monir diz, na palestra sobre Como Ler Livros, que um livro só te conta algo quando você faz perguntas a ele.
Eu, quando estava lendo O Retrato do Artista Quando Jovem, tinha que ficar parando pra me situar. Eu me perguntava "qual a imagem que tenho do Dedalus?"; "o que eu sei dele?". Senti a necessidade de fazer isso porque era difícil criar uma imagem da personalidade dele. Talvez foi o livro que achei mais difícil.
Chega uma hora que você pode perceber que os análogos não estão nas situações vividas, mas na postura que as personagens têm diante dos mesmos temores: Exemplo: o tema da culpa no Crime Castigo. Não é comum que algum de nós trave batalhas mentais pra afastar uma culpa que não queremos sentir, tal qual Raskolnikov, mas nenhum de nós matou duas senhoras com golpes de machado como ele faz no livro.
Então tem que achar essa "unidade" na história. Se é medo, culpa, impotência, etc. Coisas assim, mas que também não precisa ser condensado em uma palavra. Quantas vezes a gente já não se sentiu refém das situações como a Moll Flanders? Imagino que muitas vezes. Mas aí a gente acabou que não passou a praticar furtos como ela (Graças a Deus). Então, nesse caso, o modo como ela lida com a situação não é o que nos serve de lição imitativa. Mas ainda assim é possível perceber que trata-se de uma situação não muito incomum de acontecer.
*Para entender melhor o que é um clássico, ouça a aula: th-cam.com/video/jEoYC9XNTuo/w-d-xo.html
2. Tem uma coisa chamada anamnese que o Olavo de Carvalho ensina no curso Introdução ao Método Filosófico. É basicamente um rastreamento que a gente faz das nossas ideias. De onde saiu as coisas que eu sei e penso. É bem trabalhoso ficar vasculhando a memória, mas também é gratificante.
Partindo desse método eu desenvolvi o hábito de "reviver" situações na imaginação: o que eu deveria ter dito, o que eu não percebi na intenção e nas palavrad do outro, etc. Descontando o fato de que a memória não é tão confiável nos detalhes, aqui-acolá percebo que deixei escapar algo na ocasião. É como se eu ruminasse... Nesse caso eu não uso os acontecimentos que encontro na literatura de imaginação, mas na minha própria história. Pode gerar um dissabor enorme fazer isso e eu não sei se recomendo pra todo mundo. Pode chegar um momento em que você acabe acumulando ressentimentos por perceber oportunidades que deixou passar, etc. Ainda assim me ajudou em muito.
Claro que esse exercício se torna mais adequado quando se adquire mais cultura. Como se a cultura servisse de régua pra verificar a dimensão das situações.
Até mesmo pra formular as perguntas corretas é preciso cultura.
Uma exemplo que gosto de dar é do filme O Conde de Monte Cristo (com Jim Caviezel). Edmont, em conversa com o padre se dá conta de que a atitude de Villefourt, ao queimar a carta de Napoleão, era suspeita (assista pra entender melhor). Ele viu a carta ser queimada enão ligou pra isso, mas então o padre diz "você não acha estranho que um magistrado queime a única prova de uma conspiração contra o regime que ele deveria defender?" -- não lembro das palavras exatas do padre, mas esse é o sentido. É só aí que Edmont diz "ele estava protegendo alguém". Embora seja um filme, acho a cena bastante verossímil.
Eis a cena: th-cam.com/video/Dg84dM9w5Ls/w-d-xo.html
2.1. A melhor coisa que se pode fazer pra exercitar essas coisas é ter o hábito de escrever um diário.
@@ewerton2401 "Tem uma coisa chamada anamnese" eu sei o que é isso. No entanto, esse método trata apenas da análise de situações que já existem no nosso imaginário, mas não serve para lidar com situações novas e desconhecidas.
"Claro que esse exercício se torna mais adequado quando se adquire mais cultura" sim, mas você ainda está limitado a cultura que você adquire, por maior que ela seja. Quando você encontra situações diferentes e que não estão presentes na literatura ou nas demais artes, como você vai lidar com elas? Como você pode fazer anamnese de algo que você não consegue nem mesmo imaginar?
"Uma exemplo que gosto de dar é do filme O Conde de Monte Cristo" o livro é muito melhor do que o filme, acredite.
obrigado por compartilhar. tem o vídeo original?
Ygor Laterza,
Sim. Está na descrição do vídeo.
@@ewerton2401 está indisponivel, qual era o livro?
@@cainanbaoify,
Essa é uma aula introdutória. Acho que era sobre o livro do Adler, Como Ler Livros.