170 anos da Ferrovia no Brasil
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- เผยแพร่เมื่อ 21 ธ.ค. 2024
- Uma viagem no tempo, sobre os trilhos da história.
30 de abril de 1854. A data marca a inauguração da Estrada de Ferro Mauá, oficialmente chamada Imperial Companhia de Navegação a Vapor e Estrada de Ferro de Petrópolis.
O projeto idealizado pelo empreendedor Irineu Evangelista de Sousa, mais conhecido como Barão de Mauá, foi inaugurado em evento festivo com a presença do imperador D. Pedro II e outras autoridades da época.
A primeira linha férrea do Brasil, com 14,5 km de extensão, ligava a Guia de Pacobaíba, em Porto Mauá, a Fragoso, em Magé, no Rio de Janeiro. O objetivo era captar o transporte da produção agrícola do interior do país, principalmente da província de Minas Gerais.
A estação de Fragoso foi escolhida como terminal após estudos do engenheiro inglês William Bagge. Por conta de sua proximidade da Raiz da Serra, era o local mais adequado para receber as mercadorias e embarcá-las nos trens que seguiam até o Porto de Mauá, onde eram transferidas para navios a vapor e exportados para vários países.
A chegada da ferrovia à cidade de Petrópolis, transpondo a Serra do Mar, aconteceu somente 12 anos depois, em 1866.
Era o início de uma grande transformação para o país. Foi um marco não só por ser a primeira do Brasil, mas também por ser a primeira ferrovia a vapor da América do Sul.
As décadas seguintes marcaram a "Era de Ouro" das ferrovias no Brasil. Motivada pelo escoamento da produção agrícola, principalmente do café, a rede ferroviária expandiu-se rapidamente, conectando o interior do país aos portos, escoando a produção para o mercado internacional.
Empresas estrangeiras, principalmente inglesas, investiram fortemente na construção de ferrovias, impulsionando a economia nacional.
A expansão da malha ferroviária no Brasil também desempenhou um papel fundamental no processo de interiorização do país.
Ferrovias como a Estrada de Ferro Central do Brasil, a Estrada de Ferro Noroeste do Brasil e a Estrada de Ferro São Paulo-Rio Grande foram essenciais para conectar regiões distantes e promover o desenvolvimento econômico e social de áreas anteriormente isoladas.
Durante grande parte do século XX, as ferrovias foram o principal meio de transporte de carga e passageiros no Brasil. No entanto, a partir de 1930, o cenário começou a mudar.
Com a Grande Depressão, a Segunda Guerra Mundial, a ascensão do transporte rodoviário com o respectivo avanço da indústria automobilística e a expansão das rodovias, as ferrovias perderam parte de sua relevância.
O investimento no setor ferroviário diminuiu, levando ao declínio de muitas linhas e à deterioração da infraestrutura existente.
No Rio de Janeiro, o descaso com a memória ferroviária é evidente. A primeira estação ferroviária do Brasil, a Guia de Pacobaíba, está completamente abandonada, assim como a Estação Barão de Mauá, mais conhecida como Leopoldina, construída em 1926, um exemplar da arquitetura eduardiana no Brasil, que vive em meio a disputas políticas.
O Museu do Trem ou Centro de Preservação Histórica Ferroviária do Rio de Janeiro é um outro exemplo do descaso. Fechado desde 2019, abriga um valioso acervo, que inclui peças de mobiliário até locomotivas, entre elas, a locomotiva a vapor Baroneza, primeira a trafegar no Brasil, assim chamada em homenagem à esposa do Barão de Mauá. Com o abandono, diversos objetos históricos vêm sendo roubados, como diversos sinos de bronze.
Nas últimas décadas, o Brasil tem buscado revitalizar o transporte ferroviário. Novas tecnologias, investimentos em infraestrutura, a crescente demanda por transporte de cargas e a busca por alternativas mais sustentáveis têm impulsionado investimentos e projetos de expansão da malha ferroviária.
Projetos como a Ferrovia Norte-Sul, a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL) e a Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (FICO) visam melhorar a conectividade do país, reduzir custos logísticos e promover o desenvolvimento regional.
Além disso, a privatização de trechos ferroviários e a concessão à iniciativa privada têm sido estratégias adotadas para estimular investimentos e melhorar a eficiência do transporte ferroviário no Brasil.
Na celebração desses 170 anos, o Crea-RJ parabeniza todos os profissionais da engenharia que, ao longo da história, contribuíram para o desenvolvimento das ferrovias no Brasil. Que esse possa ser um momento de reflexão sobre a importância de valorizar e incentivar investimentos nesse significativo meio de transporte para o progresso e a unificação do país.
Que o trem da história siga a todo vapor, cumprindo seu papel com maestria.
Roteiro: Ana Ioselli com a colaboração de Nato Kandhall e Viviane Maia
Narração: Nato Kandhall
Edição: Rafael Balmant
Cinegrafia: Ana Ioselli, Diogo Lindoso, Felipe Roza, Miguel Braga, Rafael Balmant e imagens de arquivo
Revisão: Ana Ioselli, Nato Kandhall e Felipe Fox
Coordenação Núcleo WebTV Crea-RJ: Nato Kandhall
Coordenação Geral de Comunicação do Crea-RJ: Felipe Fox
Realização: Crea-RJ
Meu avô trabalhou na Santos-Jundiai, no início dos anos 20 e 30. Na S. Paulo Railway com muito orgulho.
Tenho muito orgulho de ser maquinista ferroviário
Belo documentário!!
No sertão da Paraíba não existe mais linha de ferro.
30 DE ABRIL ! DIA DA FERROVIA NO BRASIL
HOJE É UM DAQUELES DIAS QUE DIZEMOS QUE NAO TEMOS NADA A COMEMORAR !
Pois é ! A 30 de Abril de 1854 se inicia a história das ferrovias no Brasil, com a inauguração, por D. Pedro II, do primeiro trecho de linha, a Estrada de Ferro Petrópolis, ligando Porto Mauá à Fragoso, no Rio de Janeiro, com 14 km de extensão. Hoje, dia da Ferrovia no Brasil nao temos nada a celebrar, com sucateamento dos equipamentos ferroviarios, desmonte da malha ferrea, descaso com museus e centros de memoria ferroviaria e de preterimento a tudo que se refere a Ferroria .
Principalmente no Rio de Janeiro !!!