O que são os Livros Negros de C. G. Jung

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  • เผยแพร่เมื่อ 5 ต.ค. 2024
  • Neste vídeo o psicólogo e professor Guilherme Labarrere fala sobre os Livros Negros de Carl Gustav Jung, trazendo o contexto da época e um panorama do que Jung estava vivendo no momento.
    Vídeo de análise do Box dos Livros Negros: • Os Livros Negros de C....

ความคิดเห็น • 20

  • @claret-yx9ii
    @claret-yx9ii 3 ปีที่แล้ว +8

    De acordo com testemunhas, os escritos desse período de sua vida enquadram-se em duas categorias distintas: são luminosos e angelicais, enquanto outros são sombrios e demoníacos, na forma e no conteúdo. Somos tentados a dizer que Jung, à maneira de outros magos do passado, passou por experiências pertencentes às categorias da Invocação Teúrgica de Deuses e da Evocação Goética de Espíritos, tendo guardado um “registro mágico” de cada uma.
    Por mais fascinantes que esses fatos sobre as primeiras transformações de Jung possam ser, sua verdadeira importância só se revela quando compreendemos haver evidência de que grande parte de seu trabalho científico, se não a totalidade, pode basear-se em revelações visionárias. Dessa forma, o tão repetido adjetivo empírico que caracteriza as fontes do trabalho de Jung aparece sob uma luz inteiramente nova. Na realidade, a ciência psicológica de Jung fundamentava-se em elementos empíricos; estes, porém, não eram fundamentalmente de natureza exterior, mas compunham-se de experiências que ele realizou em seu mundo secreto, ricas regiões ocultas de seu inconsciente mais profundo. De fato, Jung não é “científico” no sentido mais estrito da palavra, hoje em uso, na medida em que ele não controlou variáveis nem conduziu testes cuidadosos e repetitivos. (...). Ele (e Freud) conta com um aceitável aliado, científico e atual, na fenomenologia, cujos proponentes consideram as várias modalidades da consciência humana como seus dados primários e constroem hipóteses, teorias e explicações com base neles.
    Talvez seja conveniente lembrar que Freud conduziu grande parte de sua pesquisa de modo semelhante ao de Jung. O grande médico vienense descobriu os segredos dos sonhos através da análise de seus próprios sonhos; de fato, ele talvez tenha sido o único psicanalista a nunca se submeter à análise por outra pessoa, exceto uma breve discussão de alguns de seus sonhos com Jung durante a viagem que fizeram juntos aos Estados Unidos. Jung não estava sozinho na busca da companhia de ocultistas e místicos não-convencionais, porque Freud foi um avido frequentador dos círculos de adivinhos e nutriu uma importante amizade com um cientista excêntrico chamado Wilhelm Fliess. Somos tentados a descrever Jung como um anti- racionalista sumamente racional, enquanto Freud poderia ser chamado de um racionalista muito irracional. No entanto, buscavam a mesma coisa: “Mais Luz” (o famoso “Mehr Licht”, de Goethe) no tocante aos mistérios da psique.
    Como se poderia esperar, Jung manteve por toda a vida contato constante com as fontes misteriosas que inspiraram seu “Livro Vermelho”. Ele continuou a ser um inspirado - alguns diriam visionário - revelador pelo resto de seus dias. Seu trabalho científico jamais representou um comportamento de sua existência que fosse ou pudesse ser separado de sua vida profética e mística; os dois estavam intrincada e inexoravelmente inter-relacionados. O Jung místico guiava e inspirava o Jung cientista, enquanto o médico e o psicólogo proporcionavam equilíbrio e bom senso para estabilizar e tornar práticas as mensagens dos deuses e dos demônios arquetípicos. Assim foi concebido e executado o memorável trabalho de Carl Jung. Tanto em objetivo como em conteúdo, a obra constitui um exemplo do precioso princípio de “conjunctio oppositorum”, a união de polaridades que sempre produz o elixir do significado supremo.
    A literatura que continha as experiências originais de Jung quanto ao inconsciente no período de sua grande transformação nunca foi por ele colocada à disposição do público. A atitude de seus herdeiros parece ser, no mínimo, ainda mais reservada a esse respeito do que a do próprio Jung. No momento da redação destas palavras (1982), parece que qualquer esperança ou expectativa que se possa alimentar com respeito à publicação deste material não será consumada por algum tempo ainda. Portanto, restam-nos os trabalhos científicos de Jung e muito pouco mais. Entretanto, na categoria desse mais encontramos pelo menos um documento realmente importante, que nos revela muito sobre as fontes da psicologia de Jung. Trata-se de uma pequena obra, pouco mais que uma diminuta monografia, embora o significado de seu conteúdo possa facilmente elevá-la a um item da maior importância no estudo da mensagem e da missão de Jung. Esta obra é conhecida como “Os Sete Sermões aos Mortos”. Carl Jung permitiu a publicação de apenas uma fração do vasto material arquetípico que escreveu sob misteriosa inspiração do início da carreira. Este foi escrito num curto período, entre 15 de dezembro de 1916 e 16 de fevereiro de 1917. De acordo com declarações em seus fragmentos autobiográficos, Jung concluiu-o em três noites. A produção desse pequeno livro foi precedida por eventos estranhos e esteve repleta de fenômenos de natureza parapsicológica. Primeiro, vários filhos de Jung viram e perceberam entidades fantasmagóricas na casa, enquanto ele próprio sentiu uma atmosfera ameaçadora à sua volta. Uma das crianças teve um sonho de tom religioso um pouco ameaçador, envolvendo um anjo e um demônio. Podia-se vê-lo movendo-se freneticamente, mas não havia ninguém à vista que fosse responsável pelo ato. Uma multidão de “espíritos” parecia encher a sala, na verdade a casa, e ninguém podia respirar normalmente no vestíbulo infestado de fantasmas. O Dr. Jung gritou com voz perturbada e trêmula: “Em nome de Deus, o que significa isso?” A resposta veio num coro de vozes fantasmagóricas: “Voltamos de Jerusalém, onde não encontramos o que buscávamos”. Com estas palavras começa o tratado, que se intitula em latim Septem Sermones ad Mortuos, e então continua em alemão com o subtítulo: “Sete exortações aos mortos, escritos por Basílides de Alexandria, a cidade onde Oriente e Ocidente se encontram”. Uma leitura, mesmo superficial do tratado, mostra que ele foi escrito de acordo com o gnóstico do século II e utiliza livremente a terminologia daquela época. O próprio subtítulo releva o nome do famoso sábio gnóstico Basílides que ensinou em Alexandria no Egito helenístico, por volta dos anos 125-140 d.C. De fato, Jung parece atribuir a autoria do próprio documento a Basílides, sugerindo assim a algumas pessoas um elemento de mediunidade e (ou) escrita automática. Nesse sentido, deve-se lembrar que, por muitos séculos, foi comum autores de literatura de caráter espiritualista não assinarem seus nomes nessas obras, mas, ao contrário, atribuí-las poeticamente a alguém que consideravam ocupar uma posição superior à sua. Assim, atribui-se ficticiamente o célebre Zohar da literatura cabalística ao rabino Shimon Ben Jochai, quando seu verdadeiro autor é desconhecido. É bem provável que C. G. Jung tenha utilizado esse antigo exercício de humildade poética ao tomar o nome de Basílides como autor dos Sermões. Entretanto, o elemento parapsicológico contido nos fenômenos que envolvem a escrita do tratado foi espontaneamente reconhecido e enfatizado por Jung, a ponto de aplicar-lhe as palavras de Goethe, na segunda parte de Fausto: “Ele caminha por toda parte, está no ar!” Uma coisa é certa: trata-se de um trabalho incomum, escrito em circunstancias das mais incomuns.
    Disponível em vdocuments.mx/download/a-gnose-de-jung

  • @mementomori8785
    @mementomori8785 3 ปีที่แล้ว +4

    Richard Noll: "o culto de jung - origens de um movimento carismático" (1996). Fora de catálogo. Sebos tem muitos deste livro.

  • @jesleyroberto1
    @jesleyroberto1 ปีที่แล้ว

    Agradeço a sua disposição e generosidade em disponibilizar este conteúdo. Muito além de uma apresentação dos livros negros e vermelho, você trouxe um importante contexto histórico e pessoal do momento em que as obras foram criadas. Parabéns pelo excelente vídeo.

  • @heliopereira7853
    @heliopereira7853 2 ปีที่แล้ว +1

    Parabéns pela abrangência da análise! O livro "Sete sermões aos mortos" está nessa edição?

    • @labar47
      @labar47  2 ปีที่แล้ว +1

      Obrigado Helio! O livro Sete sermões aos mortos se encontra em um livro chamado: Memórias sonhos reflexões, na parte do Apêndice.

  • @lucivaniakeulecastello4383
    @lucivaniakeulecastello4383 3 ปีที่แล้ว +1

    Muito bom Guilherme

  • @claret-yx9ii
    @claret-yx9ii 3 ปีที่แล้ว +2

    A Gnose de Jung
    Sendo Jung um dos grandes personagens do gnosticismo moderno vertido da História, não podemos nos furtar à decisão de transcrever e/ou de comentar algumas passagens da obra de Stephan A. Hoeller, denominada A Gnose de Jung.
    “Para podermos entender melhor a obra de Jung necessitamos visualizar o cenário existente na Europa no século passado. Emergindo da obscura alienação da consciência que caracterizou o século XIX, a redescoberta do mistério do inconsciente, dentro da mente humana, tornou-se muito semelhante à influência bíblica que fez surgir todo um mundo novo do espírito diante dos olhos de gerações passadas. O filósofo alemão Martin Heidegger expressou uma grande verdade ao considerar o século XIX como o mais negro de todos os da era moderna. No entanto, foi precisamente nesse período de maior obscurecimento da luz do espírito que nasceram os dois gigantes pioneiros do inconsciente: Sigmund Freud e Carl Gustav Jung, em 1856 e 1875, respectivamente.
    Freud foi um grande descobridor, destinado a desmascarar mutas coisas. Tanto os psicólogos como o público ainda hoje custam a perceber a dívida de gratidão que têm para com ele. Como era um homem da antiga e estritamente materialista escola de ciência, que só trocou o laboratório de biologia pela arte da cura, por exigências práticas, Freud só poderia utilizar os padrões e pensamento do seu tempo. Por trágica e irônica idiossincrasia do destino, o homem, cujas descobertas abalaram os alicerces do racionalismo científico, permaneceu, ele próprio, preso ao dogma reducionista e racionalista, que preservou e defendeu com convicção desesperada. Freud, como Moisés, não pôde entrar na terra prometida, a qual conduziu outros, e a tarefa da conquista final recaiu então sobre um homem mais jovem, - m novo Josué da mente, cujo nome era Carl Gustav Jung.
    Quem era Jung e como ele realizou a suprema missão do pioneirismo psíquico? Quais eram as fontes da sua intuição profética sobre os mais secretos recessos da alma humana? De onde provinha a sua sabedoria?
    Por toda a longa vida de Jung, as pessoas se intrigaram com as implicações curiosamente magicas e esotéricas do seu trabalho. Tratava-se de um fenômeno até então inédito no mundo da intelectualidade, desde o Iluminismo. Símbolos e imagens de venerável e obscuro poder foram ressuscitados da poeira de suas tumbas milenares. Hereges e alquimistas, místicos e magos, sábios taoístas e lamas tibetanos emprestaram os tesouros de suas buscas arcanas à bruxaria do moderno Hermes suíço. Findas estavam as preocupações personalísticas e mundanas da psicanálise anterior, com seus traumas de infância e fantasias imaturas, e os deuses e heróis do passado não era mais considerados máscaras glorificadas de terrores e de luxúrias infantis. Como Vênus, que emergiu da espuma do mar, ou Atena, que nasceu da fronte de Zeus, os arquétipos surgiram da prima matéria do inconsciente coletivo. Os Deuses, mais uma vez, caminhavam com os homens. Acima dessas águas primordiais de criatividade da psique movia-se o espírito de um homem, o gênio de Jung. Bem poderia o intelectual surpreender-se e o sábio ficar atônito, pois uma nova era da mente havia chegado. Para os que estavam familiarizados com as disciplinas arcanas e as teorias da tradição da realidade alternativa, chamada algumas vezes de filosofia perene, ou Teosofia, tornou-se logo claro que existiam certos paralelos entre os ensinamentos de Jung e o que eles há muito conheciam como a senda da iniciação. De acordo com o renomado poeta esotérico e diplomata chileno Miguel Serrano, em seu pequeno e original trabalho C. G. Jung and Hermann Hesse, era como se houvesse uma segunda linguagem subjacente à primeira, em todas as obras de Jung. O analista tornou-se um hierofante dos mistérios, enquanto o paciente transformou-se no neófito ou discípulo. A doença revelou-se uma condição dividida ou incompleta, e a saúde, um estado de integridade espiritual. A psicologia analítica começou a aparecer como um diálogo entre o indivíduo e o universo, sem destruir a personalidade ou o ego, segundo a orientação de algumas teorias hindus e budistas.
    As fontes do trabalho de Jung continuaram a ser objeto de conjectura por muitas décadas. Durante sua vida, Jung velou as origens de suas descobertas sob um manto de precaução que frequentemente se aproximava do segredo hermético. Ele afirmou, repetidas vezes, que tudo o que escreveu baseava-se em experiência empírica, indicando que, não obstante grande parte de sua obra parecesse esotérica e mística, ela sempre se apoiava em experiências no campo psicológico. A maioria das pessoas entendeu que isso significava que Jung tratava muitos pacientes e que também tinha acesso à pesquisa prática de muitos de seus colegas mais jovens, seus livros sendo, sem dúvida, o resultado de dados coletados dessas fontes. Havia, é claro, rumores quanto a ser ele um cientista realmente muito pouco convencional, que se associava a astrólogos e religiosos. Dizia-se ainda que ele próprio tinha experiências estranhas e ocultas, via fantasmas e consultava oráculos.
    Foi somente após a morte de Jung, em 1961, e em especial após a publicação de seus notáveis fragmentos autobiográficos, intitulado Memórias, Sonhos, reflexões, Editora Nova Fronteira, que uma contínua corrente de revelações cada vez mais arrojadas começou a verter das penas de seus discípulos e de divulgações póstumas de notas e cartas do próprio Jung. Essa multiplicidade de revelações mostrou que, entre 1912 e 1917, Jung passou por um intenso período de experiências que envolveram um enorme afluir, em sua consciência e a partir de seu interior, de forças que ele chamou de arquetípicas, mas que, em épocas precedentes, teriam sido julgadas como divinas ou demoníacas. Jung confidenciou a respeito dessas experiências a vários de seus colegas mas, indubitavelmente, experimentou muito mais do que o que revelou e, de fato, mais do que algum dia se revelará. O grande pesquisador costumava chamar essas experiências, ou melhor, esse ciclo de experiências, como sendo o seu Nekyia, utilizando o termo com que Homero descreveu a descida de Ulisses ao Hades. Comenta-se que nesse período Jung se afastou da maioria das atividades externas, com exceção de uma pequena parte de sua prática psiquiátrica. Diz-se até mesmo que durante essa fase não leu nenhum livro, seguramente um grande evento na vida de um estudioso tão avido de todas as formas de literatura. Apesar de não ter lido, escreveu. Sua produção nessa época constituiu no registro de suas estranhas experiências interiores, num total de 1.330 páginas manuscritas, ilustradas de próprio punho. Sua escrita então mudou para a usada no século XIV; as pinturas foram feitas com pigmentos que ele mesmo fabricava, segundo o estalo dos artistas de eras passadas. Algumas das mais belas pinturas e manuscritos foram encadernados em couro vermelho e guardados num lugar de honra entre os seus pertences, razão do nome com que ficaram conhecidos: Red Book.
    Disponível em: Em vdocuments.mx/download/a-gnose-de-jung

  • @emanuelmitsuishiribeiro8255
    @emanuelmitsuishiribeiro8255 3 ปีที่แล้ว +2

    que incrível!

  • @erikacampos3822
    @erikacampos3822 3 ปีที่แล้ว +1

    muuto bom e didatico gui

  • @mathus847
    @mathus847 3 ปีที่แล้ว +2

    Muito bom Guilherme. Creio que ficaria melhor se você ficasse um pouco mais afastado da câmera (apenas a minha opinião ;) )

    • @labar47
      @labar47  3 ปีที่แล้ว +2

      Obrigado Matheus, eu estava testando alguns enquadramentos novos.

    • @mathus847
      @mathus847 3 ปีที่แล้ว

      @@labar47 😉

  • @pau1no2ceu3cu4googl1
    @pau1no2ceu3cu4googl1 3 ปีที่แล้ว +2

    muito bom!!

  • @dabalugama6775
    @dabalugama6775 ปีที่แล้ว

    quero mais!

  • @endisbandage7733
    @endisbandage7733 3 ปีที่แล้ว +1

    que canal foda!

  • @FabioRanchuLover
    @FabioRanchuLover 3 ปีที่แล้ว +2

    Que análise linda cara parabéns. estou começando a estudar Jung pelo aspecto alquimicos em suas obras. Acha que terei bom proveito lendo V12 e 13 ?

    • @labar47
      @labar47  3 ปีที่แล้ว +1

      Oi Fábio, a alquimia foi o último tema que Jung desenvolveu na sua obra, ele parte da base de todos os seus trabalhos anteriores. Eu não acho uma boa começar por estes volumes, ali ele não desenvolve os conceitos. Sugiro começar pelos volumes 7/1, 7/2, 18/2, 8/2 e 9/1para ter uma base conceitual e depois ir para os volumes 12 e 13.

    • @FabioRanchuLover
      @FabioRanchuLover 3 ปีที่แล้ว +1

      @@labar47 obrigado péla atenção ea dica Guilherme. 👍

  • @norval3576
    @norval3576 ปีที่แล้ว +1

    É por isso q tu apareceu com essa cara de doido, por ler Jung? Kk