MESTRE WALDEMAR & MESTRE CANJIQUINHA - capoeira

แชร์
ฝัง
  • เผยแพร่เมื่อ 10 ก.ย. 2024
  • MESTRE WALDEMAR & MESTRE CANJIQUINHA
    capoeira
    Mais videos aqui bit.ly/423cie8

ความคิดเห็น • 7

  • @vincentebaez2574
    @vincentebaez2574 10 หลายเดือนก่อน +1

    This is still one of my favorite Capoeira CDs, the berimbua playing is so clean. Axe.

  • @AnaBeatriz-xh2oh
    @AnaBeatriz-xh2oh 2 ปีที่แล้ว +5

    Salve a Capoeiras é uma coisa que eu amo

  • @gabrielmartin8668
    @gabrielmartin8668 2 ปีที่แล้ว +1

    Oie galera do Mestre canjinquinha ❤️🔥✌️

  • @audecabeca
    @audecabeca  2 ปีที่แล้ว +4

    Cordel: A peleja de Manuel Riachão com o Diabo
    De: Leandro Gomes De Barros
    Riachão estava cantando
    Na cidade de Açu,
    Quando apareceu um negro
    Da espécie de urubu,
    Tinha a camisa de sola
    E as calças de couro cru.
    Beiços grossos e virados
    Como a sola de um chinelo
    Um olho muito encarnado
    O outro muito amarelo,
    Este chamou Riachão
    Para cantar um martelo.
    Riachão disse: eu não canto
    Com negro desconhecido,
    Porque pode ser escravo,
    E anda por aqui fugido
    Isso é dar cauda a nambu
    E entrada a negro enxerido.
    N - Eu sou livre como o vento
    A minha linhagem é nobre,
    Eu sou um dos mais ilustres
    Que o sol deste mundo cobre
    Nasci dentro da grandeza
    Não saí de raça pobre.
    R - Você nega porque quer
    Está conhecido demais,
    Você anda aqui fugido
    Me diga que tempo faz
    Se você não foi cativo,
    Obras desmentem sinais.
    N - Seja livre ou seja escravo
    Eu quero é cantar martelo,
    Afine a sua viola
    Vamos bater-se em duelo
    Só com a minha presença
    O senhor está amarelo.
    R - Vejo um vulto tão pequeno
    Que nem o posso enxergar,
    Julgo que nem é preciso
    Minha viola afinar
    Pela ramagem da árvore
    Vê-se o fruto que ela dá.
    N - Riachão isto são frases
    De homem muito atrasado,
    Porque são vistos fenômenos
    Que na terra têm se dado
    Uma cobra tão pequena
    Mata um boi agigantado.
    R - Meu riacho pela seca
    Dá cheias descomunais
    Na correnteza das águas
    Descem grandes animais
    Jibóias, surucujubas,
    E monstruosos "Jaguais"
    N - O Jaguar rende-me culto
    A serpente aos meus pés morre
    No que chegar minha ira
    Só um poder o socorre
    Eu digo ao rio, pare aí!
    A água pára e não corre...
    R - Você não é Josué
    Que mandou o sol parar
    E esse parou três dias
    Para a guerra se acabar
    Nem Moisés que com a vara
    Fez o mar também secar.
    N - Faço tudo que eu quiser
    Minha força não tem limite
    Os feitos por mim obrados
    Não vejo homem que imite
    Eu determino uma coisa
    Não há força que a evite!
    R - Salomão também fazia
    O que queria fazer
    Por meio de mágica ou química
    Quis segunda vez nascer
    Mas em vez do nascimento
    Conseguiu ele morrer.
    N - Salomão facilitou
    Confiado na ciência
    Encaminhou tudo bem
    Mas faltou-lhe a paciência
    Se não fosse aquele erro
    Tinha tido outra existência.
    R - Eu necessito saber
    onde é seu natural
    Porque não sei se o senhor
    Tem nascimento legal
    De qual nação é que vem
    Se procede bem ou mal.
    N - Você vem interrogar-me
    Eu lhe interrogo também,
    Diga para onde vai
    E de qual parte é que vem
    Se é solteiro, ou casado
    Diga que profissão tem?
    R - Não tenho superior
    Sou filho da liberdade
    E não conto a minha vida
    Pois não há necessidade
    Porque não sou foragido
    Nem você é autoridade!
    N - É preciso advertir-lhe,
    Fazer-,lhe observação
    Me trate com muito jeito,
    Cante com mais atenção!
    Veja que não se descuide
    E passe o pé pela mão!
    R - Eu, para cantar repente,
    Já estou muito habilitado:
    Conheço algumas matérias,
    Sou um pouco adiantado
    Tive estudo quatro anos,
    Me considero letrado!
    N - Sou professor de matérias
    Que sábio não as conhece;
    A lei que dito no mundo,
    O próprio rei obedece
    Meus feitos são conhecidos,
    A fama se estende e cresce.
    R - Você diz que tem ciência,
    Dê-me um a explicação:
    Se a Terra faz movimento
    De quem é a rotação?
    Porque.é que em 12 horas
    Há um a transformação?
    N - Não é o Sol quem se move,
    Este é fixo em seu lugar,
    A Terra está sobre os eixos,
    Os eixos a fazem rodar,
    Que, por essa rotação
    Faz a luz do Sol faltar.
    R - Descreva o grande mistério
    Que entre nós a Terra tem:
    De que é formada a chuva?
    Em que estado ela vem?
    Se é criada aqui perto
    Ou noutro lugar além?
    N - A água em estado líquido
    Por meio de abaixamento
    Que há na temperatura,
    E pelo resfriamento
    Essa água é condensada,
    Ajudada pelo vento.
    A corrente atmosférica
    De um a montanha elevada,
    Que ajuda a temperatura,
    Forma nuvem condensada.
    Do vento movendo as nuvens
    É disso a chuva formada,
    Que essa chuva, depois
    Que toda a Terra ensopar,
    Por meio da evaporação
    Torna ao espaço voltar,
    Reproduzindo, o processo
    Que acabei de lhe tratar.
    R - O senhor conhece bem
    Este país brasileiro?

    Ora, respondeu o Negro:

    N - Eu conheço o estrangeiro
    Desde o córrego mais pequeno
    Até o maior ribeiro!
    Por exemplo, o Amazonas,
    Que extrema com o Pará;
    O Pará com o Maranhão,
    Piauí com o Ceará,
    E assim todos os outros
    Se alguém duvida, vá lá!
    E se qualquer um daqui;
    Pretendendo viajar
    Até o Rio de Janeiro
    E não querendo ir por mar,
    Eu lhe ensino o caminho
    Ele vai sem se vexar.
    R - Como faz essa viagem?
    Onde se encontra o caminho?
    Lugar de uma só morada,
    Sem haver mais um vizinho
    Tanto que, em muitos lugares
    Não anda um homem sozinho!
    N - Pode qualquer um sair
    Do Açu ao Mossoró;
    Querendo pode passar
    Na cidade Caicó,
    Subir pela margem esquerda
    Do rio de Seridó
    Continua na resposta* abaixo.

    • @audecabeca
      @audecabeca  2 ปีที่แล้ว

      Riachão disse consigo:
      - Esse negro é um danado!
      Esse saiu do Inferno,
      Pelo Demônio mandado,
      E para enganar-me veio
      Em um negro transformado!
      Disse o negro: - Meu amigo,
      não queira desconfiar,
      Garanto que o senhor
      Não ouviu bem eu cantar,
      Na altura que eu canto
      outro não pode chegar!
      R - Vá na altura em quer for!
      Riachão lhe respondeu.
      Remexa todos os livros
      Que o senhor aprendeu
      Eu não conheço esse ente
      Que cante mais do que eu!
      N - Você ficará sabendo
      O peso de um cantador
      Quando me ver outra vez
      Me trate de professor,
      Render-me-á obediência,
      Conhecerá meu valor!
      R - O senhor diga o seu nome,
      Eu quero lhe conhecer,
      Pois só assim posso dar-lhe
      O valor que merecer,
      Em tudo que você diz
      A inda não posso crer.
      N - Você, sabendo quem sou
      Talvez que fique assombrado,
      Superior a você
      Comigo tem se espantado
      Os grandes da sua Terra
      Eu tenho subjugado!
      R - Eu canto há dezoito anos,
      Há vinte toco viola,
      Sempre encontro cantador
      Que só tem fama e parola
      Quando canta meio dia,
      Cai nos meus pés, no chão rola.
      N - Eu já canto há muitos anos,
      Não vou em toda função,
      Arranco pontas de touro,
      Quebro o furor do leão,
      Nunca achei esse duro
      Que para mim tenha ação.
      R - Garanto que de hoje em diante,
      O senhor tem que encontrar
      A força superior
      Que o obrigue a se calar,
      Porque eu boto o cerco,
      Quem vai não pode voltar!
      N - Manoel, tu és criança,
      Só tens mesmo é pabulagem!
      Vejo que falar é fôlego,
      Porém obrar é coragem
      Juro que' de agora em diante
      Não contarás mais vantagem!
      R - Meu pai chamava-se Antônio,
      Seu apelido era Rio;
      De uma enxurrada que dava
      Cobria todo o baixio
      Secava em tempo de inverno
      Enchia em tempo de estio.
      N - Conheci muito seu pai,
      Que vivia de pescar,
      Sua mãe era tão pobre,
      Que vivia de um tear
      Seu padrinho tomou você
      E levou-o para criar.
      R - Onde mora o senhor,
      Que meu avô conheceu?
      Que eu nem me lembro mais
      Do tempo que ele morreu
      E você está parecendo
      Muito mais moço que eu!
      N - Eu sei do dia e da hora
      Que nasceu seu bisavô,
      Chamava-se Ana Mendes
      A parteira que o pegou
      E conheci muito o frade
      E o vi quando o batizou.
      R - Bote sua maca abaixo
      Conte essa história direito,
      Da forma que você conta
      Eu não fico satisfeito
      Como ver-se um objeto
      Antes daquilo ser feito?
      N - Seu bisavô se chamava
      Apolinário Cancão
      Era filho de um ferreiro
      Que o chamavam Gavião
      Sua bisavó Lourença
      Filha de Amaro Assunção.
      R - Mas que idade tem você,
      Que me faz admirar?
      Conheceu meu bisavô
      Eu não posso acreditar,
      Assim destas condições
      Faz até desconfiar.
      N - Seu bisavô e o avô
      Foram por mim conhecidos,
      Seu pai, sua mãe, você
      Antes de serem nascidos
      Já estavam em minha nota
      Para serem protegidos.
      R - Que proteção tem você
      Para proteger alguém?
      Sua pessoa e os trajes
      Mostram o que você tem
      A sua cor e aspecto
      Esclarecem muito bem.
      N - Eu protejo você tanto,
      Que o defendi de morrer
      Você se lembra da onça
      que um a vez quis lhe comer
      Que apareceu um cachorro
      E fez a onça correr?
      R - Me lembro perfeitamente
      Quando a onça me emboscou
      Já ia marcando o salto
      Quando um cachorro chegou
      A onça correu com medo,
      Eu não sei quem me salvou...
      N - Pois foi este seu criado
      Que viu a onça emboscá-lo
      Eu chamei por meu cachorro
      Para da onça livrá-lo
      Se lembra quando você
      Ouviu o canto dum galo?
      R - Eu me lembro disso tudo
      Porque assim foi passado;
      Mas que idade tinha eu
      Quando esse caso foi dado?
      Eu era tão pequenino
      Quem eu pai teve cuidado.
      N - Você tinha nove anos
      Foi caçar um novilhote
      Se entreteu com umas flores
      Que tinha lá no serrote
      A onça foi esperá-lo
      Para sangrá-lo no bote.
      Riachão disse consigo:
      - De onde veio esse ente,
      Que de toda minha vida
      Conhece perfeitamente?
      Este, será que é o Diabo
      Que está figurado em gente?
      N - O senhor pergunta assim
      De que parte venho eu...
      Eu venho de onde não vai
      Pensamento como o seu
      E saí do ideal
      Primeiro que apareceu!
      R - Agora acabei de crer
      Que tu és o inimigo!
      Te transformaste em homem,
      Para vir cantar comigo,
      Mas eu acredito em Deus
      Não posso correr perigo!
      N - Ainda não, lhe ameacei,
      Nem pretendo ameaçá-lo!
      Estou pronto a defendê-lo,
      Se alguém quiser atacá-lo
      Em minha humilde pessoa,
      Tem um pequeno vassalo!
      R - Não quero saber de ti,
      Porque tu és traidor:
      Desobedeceste a Deus,
      Sendo Ele o Criador!
      Fizeste traição a Ele
      Quanto mais a um pecador...
      N - Riachão, amas a Deus
      Sendo mal recompensado!
      Deus fez de Paulo um Monarca
      De Pedro um simples soldado
      Fez um com tanta saúde,
      Outro cego e aleijado!
      R - Se Deus fez de Paulo um rei,
      Porque Paulo merecia
      Se fez de Pedro um soldado,
      Era o que a Pedro cabia:
      Se não fosse necessário,
      O grande Deus não fazia!
      N - O teu vizinho e parente
      Enricou sem trabalhar;
      Teu pai trabalhava tanto
      E nunca pode enricar
      Não se deitava uma noite
      Que deixasse de rezar!
      R - Meu pai morreu na pobreza,
      Foi fiel ao seu Senhor!
      Executou toda ordem
      Que lhe deu o Criador
      E foi um a das ovelhas
      Que deu mais gosto ao pastor!
      N - Arre lá! Lhe disse o Negro.
      Você é caso sem jeito!
      Eu com tanta paciência,
      Estou lhe ensinando direito
      Você vê que está errado,
      Faz que não vê o defeito!
      R - É muito feliz o homem
      Que com tudo se consola!
      posso morrer na pobreza,
      Me achar pedindo esmola
      Deus me dá para passar
      Ciência e esta viola!
      O negro olhou Riachão
      Com os olhos de cão danado,
      Riachão gritou: - Jesus,
      Homem Deus Sacramentado!
      Valha-me a Virgem Maria,
      A Mãe do Verbo Encarnado!
      O negro, soltando um grito,
      Dali desapareceu.
      De uma catinga de enxofre
      A casa toda se encheu,
      Os cães uivaram na rua,
      O chão da casa tremeu.
      Riachão ficou cismado
      Com cantor desconhecido,
      Que, quando encontrava um,
      Tomava logo sentido
      O seu primeiro repente
      Era a Deus oferecido.
      Essa história que escrevi
      Não foi por mim inventada:
      Um velho daquela época
      Tem ainda decorada.
      Minha aqui só são as rimas
      Exceto elas, mais nada!

  • @helenagugu897
    @helenagugu897 2 ปีที่แล้ว +2

    IEEE licença num au

  • @helenagugu897
    @helenagugu897 2 ปีที่แล้ว +2

    IEEE