Schubert / Goethe, 4 Mignon - Lieder (Wilhelm Meister) - Ana Leonor Pereira

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  • เผยแพร่เมื่อ 9 มิ.ย. 2024
  • Quatro canções de Mignon compostas por F. Schubert (1797-1828) sobre textos do Wilhelm Meister de J.W. Goethe (1749-1832).
    1. "Kennst du das Land" (0:00)
    2. "Heiss mich nicht reden" (4:20)
    3. "So lasst mich sheinen" (8:02)
    4. "Nur wer die Senhsucht kennt" (11:33)
    Ana Leonor Pereira - soprano
    Francisco Sasseti - piano
    Gravado ao vivo.
    Nas imagens:
    1. "Mignon" de Wilhelm von Schadow (1828)
    2. "Wilhelm Meister und Mignon" de F. H.M. Retzsch (1824)
    3. "Mignon und der Harfner" de August von Heckel (1851)
    4. "Mignon" de W.-A. Bouguereau (1869)
    1.
    Kennst du das Land, wo die Zitronen blühn
    Im dunkeln Laub die Gold-Orangen glühn,
    Ein sanfter Wind vom blauen Himmel weht,
    Die Myrte still und hoch der Lorbeer steht?
    Kennst du es wohl?
    Dahin! dahin
    Möcht’ ich mit dir, o mein Geliebter, ziehn.
    Kennst du das Haus? Auf Säulen ruht sein Dach.
    Es glänzt der Saal, es schimmert das Gemach,
    Und Marmorbilder stehn und sehn mich an:
    Was hat man dir, du armes Kind, getan?
    Kennst du es wohl?
    Dahin! dahin
    Möcht’ ich mit dir, o mein Beschützer, ziehn.
    Kennst du den Berg und seinen Wolkensteg?
    Das Maultier sucht im Nebel seinen Weg;
    In Höhlen wohnt der Drachen alte Brut;
    Es stürzt der Fels und über ihn die Flut!
    Kennst du ihn wohl?
    Dahin! dahin
    Geht unser Weg! O Vater, laß uns ziehn!
    2.
    Heiß mich nicht reden, heiß mich schweigen,
    Denn mein Geheimnis ist mir Pflicht;
    Ich möchte dir mein ganzes Innre zeigen,
    Allein das Schicksal will es nicht.
    Zur rechten Zeit vertreibt der Sonne Lauf
    Die finstre Nacht, und sie muss sich erhellen,
    Der harte Fels schließt seinen Busen auf,
    Missgönnt der Erde nicht die tiefverborgnen Quellen.
    Ein jeder sucht im Arm des Freundes Ruh,
    Dort kann die Brust in Klagen sich ergießen.
    Allein ein Schwur drückt mir die Lippen zu,
    Und nur ein Gott vermag sie aufzuschließen.
    3.
    So lasst mich scheinen, bis ich werde,
    Zieht mir das weisse Kleid nicht aus!
    Ich eile von der schönen Erde
    Hinab in jenes dunkle Haus.
    Dort ruh’ ich eine kleine Stille,
    Dann öffnet sich der frische Blick;
    Ich lasse dann die reine Hülle,
    Den Gürtel und den Kranz zurück.
    Und jene himmlischen Gestalten
    Sie fragen nicht nach Mann und Weib,
    Und keine Kleider, keine Falten
    Umgeben den verklärten Leib.
    Zwar lebt’ ich ohne Sorg’ und Mühe,
    Doch fühlt’ ich tiefen Schmerz genung.
    Vor Kummer altert’ ich zu frühe;
    Macht mich auf ewig wieder jung!
    4.
    Nur wer die Sehnsucht kennt,
    Weiß, was ich leide!
    Allein und abgetrennt
    Von aller Freude,
    Seh´ ich ans Firmament
    Nach jener Seite.
    Ach! der mich liebt und kennt,
    Ist in der Weite.
    Es schwindelt mir, es brennt
    Mein Eingeweide.
    Nur wer die Sehnsucht kennt,
    Weiß, was ich leide!
    1. “Conheces tu a terra?”
    Tu conheces a terra onde florescem os limoeiros?
    Onde, nas sombras frondosas, brilha o ouro das laranjas?
    Onde um doce vento sopra do céu azul,
    O mirto está quieto e o loureiro se ergue?
    Conhece-la tu?
    É lá, é lá
    Que eu quero ir contigo, meu amado!
    Tu conheces a casa, o seu telhado repousa sobre os pilares,
    A sala resplandece, os quartos brilham,
    E estátuas de mármore olham-me e perguntam-me:
    “O que é que te fizeram, pobre criança?”
    É lá, é lá
    Que eu quero ir contigo, meu protetor!
    Tu conheces a montanha e o seu pico cheio de nuvens?
    A mula procura no nevoeiro o seu caminho.
    A antiga ninhada de Dragões vive na caverna;
    O rochedo cai sobre as ondas!
    Conhece-la tu?
    É lá, é lá que fica o nosso caminho: ó Pai, deixa-me ir!
    2. “Não me peças para falar”
    Não me peças para falar, pede-me para calar,
    Pois o meu segredo é o meu dever,
    Eu gostaria de te mostrar o fundo da minha alma,
    Mas o Destino não o quer.
    A horas certas o percurso do sol expulsa
    A noite escura, e ela é obrigada a clarear;
    O rochedo duro abre o seu peito,
    Não recusa à Terra as suas fontes profundas.
    Cada um procura nos braços de um amigo o apaziguamento
    Assim pode o peito libertar os seus lamentos.
    Mas um juramento sela-me os lábios
    E só um deus os pode descerrar.
    3. “Deixai-me brilhar”
    Deixai-me brilhar até que eu seja,
    Não me tireis o vestido branco!
    Eu fujo desta bela Terra
    Para descer nesta casa escura.
    Aí repousar-me-ei um pequeno instante,
    Depois abrir-se-ão os meus olhos refrescados,
    Eu deixo então a minha branca túnica,
    O meu cinto e a minha coroa para trás.
    E as criaturas celestes
    Não me perguntam se sou homem ou mulher.
    E nenhuma roupa, nenhum véu,
    Envolve o corpo transfigurado.
    Eu vivi sem preocupações e em calma.
    Eu senti suficientemente a profunda dor.
    O sofrimento envelheceu-me prematuramente
    Dai-me a juventude para sempre!
    4. “Só quem conhece a saudade”
    Só quem conhece a saudade,
    Sabe o que é o sofrimento!
    Sozinha e separada
    De toda a alegria
    Olho para o Firmamento
    Para cada lugar.
    Ah! Aquele que me ama e me conhece
    Está longe.
    A vertigem toma-me.
    As minhas entranhas queimam!
    Só quem conhece a saudade
    Sabe o que é o sofrimento.

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