A queda do desmatamento só na Amazônia não é suficiente

No mês de agosto o desmatamento na Amazônia completou, em um ano, 4.300 km², volume equivalente a duas vezes o tamanho do município de São Paulo. Apesar da diminuição de mais de 40% sobre o ano passado, onde não havia nenhum controle da gestão governamental, no último ano a degradação da floresta por incêndios e corte seletivo continuou a fragilizar fortemente o ecossistema.
Só no segundo semestre de 2023 o numero de incêndios aumentou 340%. A floresta continua perdendo capacidade de absorver carbono e a degradação do cerrado aumentou expressivamente. Sem um programa integrado de combate ao desmatamento e a degradação provocada por incêndios, não só na Amazônia mas também para o Cerrado e o Pantanal, o Brasil não cumprirá a redução de gases efeito estufa acordada no Acordo de Paris -- e os ecossistemas continuarão a trilhar o caminho do ponto de não retorno, diante do maior aumento da temperatura e as secas decorrentes das mudanças climáticas.