Por uma falha imensa da minha apuração, falei neste vídeo em 30.000 pessoas desaparecidas pela ditadura no Brasil. É um erro: em sua investigação, a Comissão da Verdade estabeleceu o número de 434 desaparecidos e de cerca de 1.800 torturados. Inadvertidamente, somei às vítimas brasileiras as vítimas de outras ditaduras sul-americanas. Nada desculpa a falha na apuração, mas eu gostaria de frisar que, se houvesse um desaparecido apenas, já seria um desaparecido a mais do que é possível aceitar.
Isabela: "A morte de qualquer homem me diminui, porque sou parte do gênero humano. E por isso não perguntes por quem os sinos dobram, eles dobram por ti". John Donne.
@@IsabelaBoscov eu acho que 30.000 é o número de desaparecidos na América do Sul inteira, no Chile e Argentina o número de desaparecidos foi muito maior
Sou surda, e imagino como os surdos se sentem ao desejar assistir filmes nacionais e perderem essa oportunidade. Muitos filmes nacionais não têm legendas, e estamos lutando para mudar isso. Queremos quebrar essa barreira e garantir acessibilidade com legendas nos filmes!
Extremamente importante o lançamento de algumas sessões de filmes nacionais com legendas acessibilidade não pode ser apenas uma palavra bonita utopia de dicionário precisa ser efetiva na prática em ação na vida real ❤❤
Olha, essa guerra é dificil mesmo, porque muitos filmes internacionais mesmo só são lançados na maioria dos cinemas nacionais dublados, principalmente se forem animações é um parto pra achar pegendado, imagina entao os filmes nacionais. Infelizmente nada acontece nesse pais se n tiver medo de multa, enquanto n tiver uma legislação que obrigue todos os filmea em cartaz terem uma opção legendada, os donos de cinema não terão a boa vontade de fazer por si próprios 😢
Exatamente! Minha namorada é surda.. como eu queria que ela fosse comigo ao cinema assistir "Ainda Estou Aqui" (ou qualquer outro filme nacional).. triste, mas é uma luta constante mesmo.. só depois que eu a conheci comecei a perceber detalhes da (falta de) acessibilidade que antes não reparava, infelizmente a questão pcd ainda é muito invisibilizada.
BOSCOV nos dá uma aula em olhar com poesia o que tem poesia. Esse filme precisou ganhar vida além do livro, para que a história seja transmitida em diversas possibilidades e nunca desapareça ou seja reduzida. Ansiosa demais para assistir com esse mesmo olhar. Com uma equipe desse porte, a gente já sabe que todo mundo se dedicou em tudo para entregar o seu melhor.
Fernanda está pontuando bastante isso em campanha. Da a impressão que o filme será em vão se não tiver a indicação. Oscar não pode ser régua para tudo. É importante pensarmos que com um filme desse nível de qualidade se nós não formos indicados ou ganhadores, quem perde são eles. Nós já ganhamos por termos Fernanda Torres, Fernanda Montenegro, Selton Mello e Walter Salles representando o nosso país e a nossa história. Estamos acompanhando a campanha e eles estão cumprindo toda a tabelinha e a receita de bolo para chegar lá no boneco amarelo... Enquanto isso vamos lotar a sala de cinemas porque o Brasil precisa ver esse filme.
Supérflua??? Jamais! A atuação final da Fernanda Montenegro é simplesmente de uma genialidade que merece ser considerada uma das melhores do cinema. A capacidade artística dela de produzir algo tão intenso sem dizer uma única palavra é de arrepiar. Esse é um ponto muito chave para o filme: além da obviedade da homenagem conjugada a mãe e filha, vemos uma senhora no ápice de sua debilidade física gritando com seus olhos contidos que ela ainda estava lá, que ele também ainda estava lá. Desculpe, mas discordo veementemente da sua opinião não apenas por uma razão estética, mas ontológica e semântica, pois essa parte não é só um enfeite elegante, mas é uma metalinguagem extremamente sofisticada que amarra todos os sentimentos do filme no silêncio da maior atriz brasileira.
A falta de interpretação rsrs ela se refere à SEQUÊNCIA final do filme em comparação ao início dele e não a atuação da Fernanda, que inclusive foi super elogiada no vídeo!!
Mas foi uma cena supérflua mesmo. Em termos de narrativa, a história se amarrou no momento em que Eunice consegue a certidão de óbito do marido. Só que você não entendeu o ponto principal da Isabela. Não tem problema do filme usar dessa cena supérflua, porque esse filme não deveria ser para agradar os maiores críticos da dramaturgia; esse filme foi para nós brasileiros. A cena foi supérflua e, mesmo assim, muito bem-vinda.
Também achei perfeita essa colocação: é um filme pra nós, retrata fatos da nossa história. Não há Oscar que dê conta da importância desse resgate histórico. ❤
"esse é um filme pra nós" também no sentido de "pra nós valorizarmos" e não ficar esperando reconhecimento ou valorização de uma premiação estadunidense.
O final do filme faz referência a uma parte do final do livro onde a Eunice, já avançada de Alzheimer e em um dos poucos momentos de lucidez, tem uma lembrança ao ouvir as notícias sobre o Rubens. No livro, ainda nesse momento, o autor disse que ela repetia “olha, olha, olha..” e depois “tadinho, tadinho, tadinho..”
Pois é, acho q tb tem q ler o livro, q já começa com o Marcelo, uma irmã e a Eunice no Tribunal para interdita-la por causa do Alzheimer e ela ciente e de acordo. No livro tem a Eunice desde o início, o tempo todo.
Comentário fundamental porque ela e mais outro crítico não entenderam que esse final não é pra narrativa mas sim um recado do diretor pra nós: não se esqueçam. O filme é sobre memória, o tempo todo. E cheio de registros, ou seja, esse tal de climax presente mas narrativas todos fica em segundo plano. Vida real, meus amigos.
Eu vou discordar com você sobre a sequencia final! Se faz presente no filme inteiro elementos que captam a memória da familia, as fotos, os filmes feitos em película. A própria foto do poster é uma das fotos que eles se perguntam no final do filme "que dia foi isso"e quando a gente olha a historia no EXATO MOMENTO que aquele frame foi tirado a gente percebe que ela olha pra um tanque militar na rua. Em resumo, o filme fala de memória e como o Brasil tentou apagar a memória dessas pessoas na época. No final a gente tem entao uma Eunice com Elzeimer, mas com a memória dela guardada pela familia. Quando ela ve o marido o subconsciente lembra dele, com força, lembrando que essas pessoas nao vãi ser esquecidas mesmo que a memória delas tenha sumido!
Ela não negou a importância. Mas ela pontua que é genérico do ponto de vista CINEMATOGRÁFICO. Pode até fazer sentido, mas é genérico. Tem problema? Aí vai do seu ponto de vista.
@@joaopaulomelo8521 você quer dizer sob o ponto de vista do ESPECTADOR que assistiu o filme sobre o prisma raso do momento que o filme ta vivendo. Eu assisti o filme no dia da estreia e o que eu percebi é que o público mediano (e eu me incluo nessa porque eu demorei dois dias pra entender as escolhas do Walter) realmente vê de forma genérica pq ele não lê as duas horas que ele assistiu sob o ponto de vista da construção do filme, e sim como entretenimento. Eu to defendendo a intenção do diretor, então uma análise sobre o que tá sendo avaliado é importante. Meu comentário não é opinião ou ponto de vista, é um estudo do que tá sendo tratado.
As Fernandas merecem todas as homenagens, e Walter Salles seguiu o seu coração. Estou nos meu 65 anos. Tinha a idade de 11anos em 1970 quando já entendia que algo estava acontecendo no Brasil,e enquanto eu descobria a Copa do Mundo de Futebol. Eu torcia pela Seleção Brasileira de Pelé e companhia! E as vezes lamentava pelos meus professores que sumiram da escola sem despedida. Hoje 2024 estou aqui, torcendo pelo Brasil. Bora torcer por um Oscar para o filme Ainda estou Aqui!
Exatamente. Professores que sumiam , filho de amigos dos meus pais, preso, torturado e encontrado no presídio de Ilha Grande. Lembro da angústia da mãe pois não informavam onde o filho estava. Eu morava em Copacabana ,estudava e ia à praia em Ipanema. Tenho a idade do Marcelo . O filme bateu forte, parece que eu estava por ali. Levei meu neto de 13 anos pra assistir e depois conversamos muito sobre aquela época. Vou ver " Pra frente Brasil" com ele, está muito interessado.
É isso. Os pais nem sempre compartilham tudo com os filhos, especialmente em situações de risco. No caso de Rubens, ele foi morto simplesmente por ser destinatário de cartas enviadas por militantes exilados no Chile, sem ele mesmo estar envolvido em qualquer movimento da luta armada. Ou seja, o mero ato de se comunicar ou de tomar conhecimento de determinados assuntos já podia ser fatal. No regime militar, a simples suspeita de que alguém detivesse informação "subversiva" era motivo suficiente para justificar tortura e morte. Eunice não se abre com os filhos como uma forma de protegê-los. Esse silêncio era, de certa forma, um reflexo do contexto geral no Brasil: a maioria da população estava no escuro sobre o que realmente acontecia no país. Os que tinham conciência da realidade e não foram mortos nem exilados, ficaram sozinhos e isolados entre si. O entendimento sobre aquele momento só foi possível mais tarde - e, em muitos casos, ainda está por vir (até hoje, há quem mantenha uma memória idealizada do período, sentindo até nostalgia pela ditadura). Esse resgate da memória é o tema central da narrativa. Quando Eunice perde a memória, perde também a agência sobre sua própria história, tornando-se prisioneira de um presente sem passado. Enquanto ela lembra, ela resiste. Agora, projete esse alzheimer sobre um país inteiro, “um país sem memória", e isso esclarece bastante sobre porque ainda estamos aqui...
Concordo em gênero, número e grau com o que vc disse no final. Desde que saíram as notícias de que o filme foi aclamado no Festival de Veneza, só vi comentários falando de Oscar. Pra mim fica claro que o que o público brasileiro só se importa com a chance que o filme tem que concorrer ao Oscar, e não com o filme em si. É uma obsessão tão ridícula que a galera tem e que a mídia alimenta, considerando que o Oscar nem sequer é sobre qualidade, mas muito mais sobre popularidade e campanha de autopromoção. Seria legal ver o filme ganhando um prêmio estadunidense tão grande? Sim. Mas seria muito melhor ver nossa gente valorizando e consumindo o filme pelo que ele é, e não pela chance que ele tem de satisfazer a obsessão das pessoas pelo Oscar.
Nossa, Isabela, arrepiei quando você falou sobre como seus pais interrompiam conversas quando vc chegava porque até esse momento, eu tava pensando mais no sentido de proteger as crianças das atrocidades da ditadura, mas, realmente, havia essa outra camada de que crianças tendem a repetir sem saber e isso é muito perigoso numa ditadura.
Precisamos tanto falar sobre a ditadura e os crimes terríveis que ela cometeu. Surreal que ainda se negue - e se defenda! - tantos absurdos e tanta violência. Que bom ver essa homenagem às suas vítimas.
@@marianaprates9379 seria bom que não esquecessem também das cerca de 140 vítimas da luta armada, pessoas sem relação com a opressão do regime, mortas por carros-bomba etc.
@@carlosmauricioardissone4736onde tem isso? Acho que essa é uma descrição muito enviesada. Algumas pessoas podem acreditar em ideais e crenças políticas que tiveram lideranças ditatoriais, mas isso não significa que sejam hipocritas. O capitalismo faz absurdos todos os dias, e isso não significa que quem concorda com ele automaticamente defende esses atos.
@@carlosmauricioardissone4736além disso, a questão é muito mais sobre a identidade brasileira do que sobre outros países. Um erro muito grande que cometemos quando falamos de política, é criar análises descontextualizadas. O que aconteceu na URSS influenciou e muito o que ocorreu em outros lugares. Mas o que ocorreu no Brasil é particular ao povo daqui. Consequências contextuais existem, e quando caímos nessa ideia de “ah, mas vcs falam mal da ditadura militar e não fala mal de Cuba”, o erro é achar que isso tira o peso do que a ditadura causou em nós, brasileiros.
Do filme inteiro, o choro só desaguou justamente qdo a Fernanda Montenegro apareceu! A meu ver condensou bem todo o sentimento vivido e sofrido por tds aqueles anos, e ela ali como resistência e memória viva de tudo que se passou.
"esse é um filme que existe, antes de tudo, pra nós" A Isa não só ressaltou uma outra fala certeira da Fernanda Torres na coletiva do filme, mas o que é de mais importante pra nós sempre lembrarmos. Ficamos tão eufóricos com o mundo apreciando a nossa arte que isso acaba ofuscando a real VITÓRIA de termos filmes e artistas brasileiros que resistem em elevar a qualidade do cinema nacional, mesmo sabendo dos desafios que o próprio Brasil apresenta, e principalmente, o que essa arte reflete na nossa história, cultura e sociedade. Esse tem sido um ano incrível pro nosso cinema, não só por Ainda Estou Aqui, e eu torço pra que cada vez mais nós, como nação, possamos completamente entender e valorizar o nosso potencial e excelência artística para além dos momentos em que ultrapassamos fronteiras.
A última frase me impactou profundamente: 'Existe, antes de tudo, para nós.' Como chegamos ao ponto em que é necessário relembrar, vez após vez, os horrores da ditadura para sensibilizar minimamente as pessoas? É triste perceber que, quase trinta anos atrás, o próprio diretor tentava unificar o país por meio da empatia e da ética, e hoje parecemos cada vez mais distantes desse ideal. Realmente, tempos sombrios.
Esse filme é, antes de tudo, um lembrete: apesar dos desafios, de Bruno e Dom, Mariele Franco, Dragão do mar, a revolta dos malês, ditadura militar e tantos outros personagens e momentos decisivos, nós ainda estamos aqui.
Passando aqui só pra avisar que caiu uma questão de Português em uma prova minha em que tinha um texto da Isabela Boscov. A pergunta era relacionada ao gênero do texto. Só de ler o nome eu já soube responder que era resenha kkkk. Muito bom.
Para mim, pessoalmente, a última sequência me conduziu à reflexão sobre a memória ou a perda dela. Para além de conhecer e sentir aquele momento histórico e pelo q passaram mtas famílias, quando vc descobre q a Dona Eunice estava com Alzheimer, toda a potência da Fernandona à deriva, em silêncio, despertando para uma singela reparação e talvez justiça à memória do seu desaparecido marido, me levou imediatamente a pensar o quanto a memória individual é preciosa, é a nossa alma, nesses tempos de falta de memória coletiva. Uma parte do Brasil está com uma doença pior q o Alzheimer, mtos brasileiros perderam a alma.
Eu fiz 60 anos agora. Meu pai, perdeu o emprego já em março de 1964 e passou pela primeira caça às bruxas - respondeu a um famigerado IPM. Eu me lembro com clareza desses "silêncios" ou mesmo de uma formal proibição de repetir algum assunto ou frase quando acabávamos surpreendendo a "conversa dos adultos"... 😢 Vi o trailler - profundamente nostálgico na reconstituição daquela época!❤
Meu sogro tbm foi desligado. Ja minha mãe estudava com vários "arapongas" no final dos anos 70. Fazia Direito e era proibido falar em "Constituição" numa universidade federal, vejam só. E era xingamento mandar alguém pra "China comunista".
Na década de 70 podia voltar da faculdade a noite sem se preocupar com roubos assaltos uma segurança que não existe hoje pessoas de esquerda foram perseguidas e mortas hoje tem censura e é irônico ver esquerda venerando a china Coreia do Norte ira onde se mata gays espancam jovens por escutarem kpop se castra mulheres
Não tem uma pessoa no Brasil que consiga fazer uma crítica tão bela quando a Isabela. Eu não vi nada do filme, mas só dela falando me deu vontade de chorar. Me deu ainda mais vontade de ver o filme.
Eu senti que é um filme de olhares. Você percebe tudo acontecendo, as emoções, a tensão, tudo, observando os olhares. Fernanda Torres fez um trabalho maravilhoso e a Fernandona, que mulher, que atriz, sem uma única fala exala a emoção que fecha o filme. É um filme pra nós.
Walter Salles é meu diretor brasileiro preferido, seus filmes, mesmo os mais simples, sempre contam histórias maravilhosas sem serem apelativos, prezando por roteiros coerentes. Estou ansiosa para ver Ainda Estou Aqui.
Estou torcendo para esse filme ser indicado ao Oscar, não só em melhor filme internacional mas também em melhor direção, atriz, ator coadjuvante, roteiro e melhor filme.
Acabei de chegar do cinema e amei o filme! Senti toda angustia e apreensao pelos que viveram neste periodo! Vi a força de uma mulher através da perfeita interpretaçao da Fernanda Torres e chorei com a Fernandona! Mesmo calada, o olhar era tão forte, tao cheio de dor e ao mesmo tempo tao cheio de ternura!
Como dispensar a ponte final entre as décadas? Iríamos nos perguntar como Eunice findou os dias, e não seria justo apenas frases nos créditos finais. Que momento emocionante a "transfiguração" das Eunices, a interpretação assombrosa da Fernanda, apenas um esgar como sorriso, vindo do limbo que a doença impõe, na fotografia final de toda a família reunida. É exatamente ali que nosso afeto é entregue, de joelhos, aos Paiva. Adorei sua leitura emocionada, Isabela. Mas, por favor, repense a cena final. Sem falar que se houvesse Oscar na categoria 10 minutos de atuação, Fernanda levaria. E nunca mais ninguém. Abraço afetuoso.
Eu assisti no Recife, domingo (03/11), numa sessão muito especial que teve a presença de parte do elenco e a presença do Walter Salles (Muito bacana a conversa com ele, aliás, após a exibição!). Gostei bastante do filme e, principalmente, de como ficou na minha memória. Infelizmente, uma série de obras artísticas que reconhecemos como boas não nos marcam no pós, mas, ainda bem, não foi esse o caso de Ainda Estou Aqui: continuo lembrando de algumas passagens e de elementos audiovisuais envolvendo a apresentação da família Paiva, por exemplo, em comparação com o que ocorre depois (A agitação versus silêncio, em suma), lembrando do jeito como a câmera faz da gente testemunha e permite a observação - inclusive das características de personagens por meio do figurino (Eunice comparada à filha Vera, por exemplo) -, ou de situações que são como sinais e presságios (Eunice no mar e um som de helicóptero, logo na abertura do filme). Elenco na fase dos anos 70 super afinado... Deve ter sido o mais integrado ao projeto, eu acho, mas não que o posterior esteja ruim (Longe disso!). A parte mais jovem do grupo inicial e também os mais velhos transmitindo muito sentimento e empatia. Fernanda Torres, quando esta passa a ser centro na narrativa: precisa e excelente; Selton Mello corretíssimo numa atuação em memória de alguém citado e lembrado como bom pai e amigo. Torcendo pra que o filme conquiste o público, sobretudo o brasileiro. 🤞🏼
O som do helicóptero me gelou. Lembrei de que era uma maneira que os militares tinham de se desfazer de militantes. Os jogavam amarrados em sacos no mar aberto. Para mim está foi a referência.
Aprendendo mais uma vez que devemos fazer/ trabalhar com aquilo que faz sentido em nossas vidas, sem esperar recompensa ou reconhecimento. Se estes acontecerem, ótimo. Se não, haverá os sentimentos de ter feito tudo com amor e entrega. 💚
Eu me perguntei se a Fernanda Montenegro realmente sofria com a doença, tamanha a interpretação. A fotografia do filme, a percepção das câmeras me fez pensar que casa que serviu de cenário já não existia, é óbvio que ainda existe, o filme foi gravado. É tudo muito sensível. Amigos do marido da personagem principal, de forma sútil, se colocaram à disposição para ajudar (aquela disposição masculina). Por fim, é impossível não chorar! Não é impecável, é humano... Repleto de humanidade
Pra quem pensa no Oscar, o filme ja ta quase garantido em filme internacional, espero de verdade que consiga chegar em roteiro adaptado, pq vencer melhor roteiro em veneza é um ótimo currículo pra academia. Melhor atriz ta MUITO competitivo como sempre, não é de certeza que a Torres chegue lá, mas ainda acho que consegue chegar no Globo de Ouro, Critcs e Bafta. Vencer sabemos que ela não vai, mas seria lindo ver ela indicada.
O fato do Globo de Ouro ter duas premiações pra atrizes, sendo drama e musical/comédia, abre a possibilidade dela ser indicada e do filme ter mais visibilidade. Concordo com o seu pensamento.
Excelente crítica, só discordei sobre o final. É um filme sobre memória em tantos aspectos: do Brasil, de cada um de nós, do Rubens, da Eunice... que essa bizarra ironia da sua perda de memória merecia esse espaço, menos pela lembrança que lhe acomete e nos mostra que ela está ali, mais pela reflexão sobre a natureza frágil da memória humana e de como importa um filme como esse para a memória coletiva.
Eu fico tão feliz e emocionada em ver essa "onda de amor" em relação a esse filme e em relação ao cinema nacional! Eu amo tanto os filmes brasileiros, assisto desde novinha aos títulos, então me causa uma alegria genuína!
Triste saber desse período que tantos morreram e foram torturados, para na história atual ter pessoas orando por pneus e chorando na porta do exército,pedindo pela volta da didatura. É uma vergonha.
Ainda vivemos em uma ditadura. Só q agora os agentes do estado focaram seus crimes somente contra os pobres. Por isso tem gente q acha q isso é democracia, pq ignoram os crimes q são cometidos diariamente contra quem é pobre. Mas o Brasil segue sendo uma ditadura
Os que fazem isso são ignorantes, porém é inegável o aumento drástico da violência no Brasil, são muitos crimes, roubo, latrocínio, mortes… por mais que essa não seja solução (nem de longe) as pessoas estão desesperadas por outro extremo
O filme é fantástico, a atuação da Fernanda Torres é digna de Oscar e da reverência de todo o público brasileiro e, a breve atuação de Fernanda Montenegro mostra que uma grande artista não precisa nem falar para ser genial!
Como assim tiram um pai maravilhoso de cinco filhos, e um esposo maravilhoso, um amigo... Monstros!!!! Tantos órfãos, tantos viúvos, mães sem seu filhos... O filme dói, dói muito!!!!
O filme emociona do começo ao fim. Impossivel não entrar nos sentimentos de Eunice, esplendidamente interpretada por Fernanda Torres. Acho que para os mais velhos (+ de 60) o filme mexe com memórias e sentimentos ainda não esquecidos. Concordo que a cena final com Fernanda Montenegro foi desnecessária. Bravo Fernanda, bravo Walter.
O filme foi baseado no livro do Marcelo Rubens Paiva, e essa cena é narrada no livro. Achei de extrema importância para mostrar que, apesar de acometida pelo Alzheimer, Eunice não esqueceu do marido. Portanto, não devemos esquecer desse período monstruoso da nossa história enquanto brasileiros, mesmo passados quase 40 anos do fim da ditadura.
Eu vi o filme hoje e gostei muito. Como li o livro antes, me emocionava antes das cenas pq já sabia o q viria pela frente. Achei a parte final, com a Fernanda Montenegro, muito coerente com o livro e justificando o titulo do livro. Mas para uma experiência completa recomendo a leitura do livro. Esse é mais completo e tb muito emocionante. Amei tudo ❤
Eu realmente acho uma pena muitos brasileiros darem atenção pra um filme daqui só quando se trata de Oscar. Espero de verdade que depois disso o público venha torcer pelo cinema nacional que esta em uma ótima fase, ja vi comentários terríveis do público da Isabela sobre filme brasileiro. Com Oscar ou não, devíamos apoiar sempre principalmente a divulgação que chegar em mais pessoas.
@@ArthurJailbreak Vc deve ter visto uns 5 e cria isso na sua cabeça, não deve conhecer o períodos do cinema novo, marginal, retomada. Diretores como Carlos Reichenbach, Walter Hugo Khouri, Rogerio Sganrzela, Juliana Rojas, Kleber Mendonça Filho, Leo Hirszman, Domingos Oliveira, Arnaldo Jabor, Glauber Rocha, Carolina Markowicz, Julio Bressane, Jose Mojica Marins.
Que filme visualmente belo. E que história de deixar um nó na garganta... Sai da sessão do cinema agora a pouco depois de emocionantes aplausos do público. Foi como se coletivamente rebobinassemos a história do nosso país, daqueles que se foram, dos que sofreram e sobreviveram. Ninguém levantou até as luzes se acenderem e a tela ficar preta. Foi uma experiência belíssima e emocionante. Parabéns aos envolvidos! Esse é o nosso filme, nossa história.
Sua melhor resenha, lindo o quanto te comoveu, nos comoveu… realmente um filme para nós, para que nunca esqueçamos o passado, e assim ele nunca volte a se repetir ❤ viva o cinema nacional
Exatamente! Oq eu amo no nosso cinema é isso: é cinema feito no Brasil, por brasileiros e para brasileiros. Conquistar uma indicação é só uma consequência, n devemos absolutamente NADA ao cinema norteamericano
7:38 Adorei a crítica mas discordo desse ponto. A cena não é supérflua, está lá para mostrar a importância de ter memória histórica desses eventos, sem deixar que eles sejam esquecidos pelo tempo. Como, por exemplo, pontuando o aniversário de mais de 20 anos do golpe!
Nossa, pela primeira vez eu vou discordar da Isabela. Eu achei a última cena um primor. Quando veio a Fernanda Montenegro com apenas um olhar, rompeu-me as lágrimas que eu vinha arduamente contendo o filme todo. Não só as minhas, mas o cinema todo foi as lágrimas. Foi lindo demais!
Filmaço, filmaço. Não sei se vai ter algo de Oscar mas o importante é ter este tipo de história na telona. Merece toda a fama. Detalhe: assisti numa segunda a noite em um shopping com a sala lotada! Ai passaram vários trailers de outros filmes nacionais. Tudo para dizer: que bom que está sendo visto e lembrada esta parte da nossa história
a review mais esperada e com toda razão! só compartilhar a minha sensação sobre o final com a silenciosa fernanda montenegro: eu adorei porque não achei que era sobre reafirmar que eles ainda estavam ali, e sim sobre mostrar a ausência como personagem, incrustada, sentida até o final. a ausência se faz ali no silêncio e na espera, mas também no sorrir, no brincar, viver… uma ausência que já não se pode roubar, que me lembrou muito os versos de drummond: Por muito tempo achei que a ausência é falta. E lastimava, ignorante, a falta. Hoje não a lastimo. Não há falta na ausência. A ausência é um estar em mim. E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços, que rio e danço e invento exclamações alegres, porque a ausência, essa ausência assimilada, ninguém a rouba mais de mim.
Adoro a Boscov, adorei a crítica,só não concordo com o que ela fala sobre a Fernanda Montenegro no filme.A cena,a participação dela,ainda que pequena é emocionante e maravilhosa,além de lindamente louvável e uma verdadeira grande homenagem.
Eu assisti o filme conhecendo a história do Rubens. Eu já tava chorando no começo, mas quando vieram buscar ele, ele entrou no carro e eu sabia que ele nunca ia voltar, nossa aí que o barraco desabou de vez, não consegui parar de chorar até o fim
O filme é primoroso, com um elenco incrível mas o desempenho da Fernanda Torres é arrebatador! O Oscar seria absolutamente secundário, embora muito bem-vindo, sempre, é claro, mas nao há como discordar da Isabella: esse filme é para nós, brasileiros! É um.poderoso lembrete de que nao poderemos esquecer jamais!
Não vejo a hora de ver esse filme no cinema, essa é uma das críticas mais esperadas do canal! Estou torcendo mt pelo Oscar da Fernanda como se fosse uma copa do mundo kkkkkkkkkk nada é impossível.
Uma análise muito precisa e em sintonia com o que acontece lá fora no dia de hoje. O que mais deveria importar somos nós que ainda estamos aqui e a perspectiva de futuro sem o revisionismo histórico que faz tantos estarem saudosos de um passado sombrio.
Meu Deus, que resenha! Reconfortante tal como um abraço. É a história, a relevância dela, a profundidade emocional e social dos fatos, bem como das interpretações que valem. Que bom termos a arte, nesse nível, para relembrarmos o que não deve, sequer por um instante, ser esquecido ou amenizado. Não sei ainda se o filme torna mais palatáveis ou indigestos os acontecimentos, mas torna, com certeza, mais presentes, diante dos olhos e ouvidos. No mais, assim como "Argentina, 1985" esteve no Oscar e não venceu em 2023, teremos a nossa passagem ou não, sem tirar o verdadeiro brilho: a densidade da arte brasileira. Assim como a Argentina continua tendo Dario, teremos Fernanda, Nanda, Selton e Walter sempre 🤍
@@leticiaaraujo338 Queria também um vídeo sobre, sinceramente não sei pq a Isabela não fala de tantos filmes brasileiros, medo de boa parte do público ignorante dela não pode ser plmds kkkkk
@@joaopantoja8161ainda lembro quando a Isa fez a resenha de Campo, cidade e foi aquela chuva de grosserias pelo pessoal que queria a crítica do filme do Yougurte grego.
Nossa, foi exatamente a última sequência, com FERNANDA MONTENEGRO (EM CAPS) que me arrombou chorando e o cinema inteiro fungando junto comigo. E SEM NENHUMA FALA A MONTENEGRO ENTREGA ABSOLUTAMENTE TUDO. Estou louca para ver o novo filme dela
Pra quem tem horror à ditadura militar - mesmo não tendo vivido ela - e percebe seus reflexos ainda hoje, Ainda Estou Aqui causa uma angústia imensa, mas necessária. Aliás, entendo a Isabela quando diz que a última sequência não faria falta pois a mensagem já estava clara, mas foi ela que me despedaçou - e também os retratos do Rubens Paiva. Adoro ver as críticas da Isabela logo depois do filme, sempre enriquece a interpretação.
A ironia se instala quando um filme ambientado em período de ditaduras militar, regime esse validado pelos EUA, encontra entusiastas pela vitória do mesmo em uma academia dos EUA, em uma espécie de novelinha em que a vingadora Fernanda Torres toma o peladão lá que sua mãe não ganhou.
Já vi o video inteiro, li uns 50 comentários e ainda estou aqui. O filme é para nós, não vamos ficar obcecados com Oscar, esse é o tipo de filme que vamos assistir com nossos pais, avós, irmãos, filhos. É um filme que faz parte da nossa identidade como nação. Ainda estou aqui se tornará uma marca, ou melhor, um marco na cultura brasileira, não ironicamente, é um filme que eu espero que SEMPRE esteja por aqui.
O Filme é muito bom realmente. Me surpreendeu positivamente. É tenso e frio, triste e Melancólico. É uma obra-prima. Merece toda essa ampla repercussão positiva que está recebendo.
Por uma falha imensa da minha apuração, falei neste vídeo em 30.000 pessoas desaparecidas pela ditadura no Brasil. É um erro: em sua investigação, a Comissão da Verdade estabeleceu o número de 434 desaparecidos e de cerca de 1.800 torturados. Inadvertidamente, somei às vítimas brasileiras as vítimas de outras ditaduras sul-americanas. Nada desculpa a falha na apuração, mas eu gostaria de frisar que, se houvesse um desaparecido apenas, já seria um desaparecido a mais do que é possível aceitar.
Isabela: "A morte de qualquer homem me diminui, porque sou parte do gênero humano. E por isso não perguntes por quem os sinos dobram, eles dobram por ti". John Donne.
Esse número é defasado pois apenas na Vala de Perus, encontrada em 1990 em São Paulo na gestão da Prefeita Luiza Erundina, haviam 1047 ossadas.
Na hora eu lembrei dos 30 mil que o demônio disse que deveriam ter sido assassinados. No fim, ele conseguiu 700 mil.
@@IsabelaBoscov eu acho que 30.000 é o número de desaparecidos na América do Sul inteira, no Chile e Argentina o número de desaparecidos foi muito maior
👏👏👏
Sou surda, e imagino como os surdos se sentem ao desejar assistir filmes nacionais e perderem essa oportunidade. Muitos filmes nacionais não têm legendas, e estamos lutando para mudar isso. Queremos quebrar essa barreira e garantir acessibilidade com legendas nos filmes!
Extremamente importante o lançamento de algumas sessões de filmes nacionais com legendas acessibilidade não pode ser apenas uma palavra bonita utopia de dicionário precisa ser efetiva na prática em ação na vida real ❤❤
Eu apoio, não sou surda mas gostaria de ajudar a causa.
Com certeza, Lívia! Lutaremos juntos!
Olha, essa guerra é dificil mesmo, porque muitos filmes internacionais mesmo só são lançados na maioria dos cinemas nacionais dublados, principalmente se forem animações é um parto pra achar pegendado, imagina entao os filmes nacionais. Infelizmente nada acontece nesse pais se n tiver medo de multa, enquanto n tiver uma legislação que obrigue todos os filmea em cartaz terem uma opção legendada, os donos de cinema não terão a boa vontade de fazer por si próprios 😢
Exatamente! Minha namorada é surda.. como eu queria que ela fosse comigo ao cinema assistir "Ainda Estou Aqui" (ou qualquer outro filme nacional).. triste, mas é uma luta constante mesmo.. só depois que eu a conheci comecei a perceber detalhes da (falta de) acessibilidade que antes não reparava, infelizmente a questão pcd ainda é muito invisibilizada.
Sobre o Oscar: "acho que esse é um filme que existe, antes de tudo, para nós". 👏👏👏
BOSCOV nos dá uma aula em olhar com poesia o que tem poesia. Esse filme precisou ganhar vida além do livro, para que a história seja transmitida em diversas possibilidades e nunca desapareça ou seja reduzida. Ansiosa demais para assistir com esse mesmo olhar. Com uma equipe desse porte, a gente já sabe que todo mundo se dedicou em tudo para entregar o seu melhor.
Perfeito
Isabela sempre perfeita e clara nas colocações
Perfeita colocação
Gustavo você é muito bonito
Fernanda está pontuando bastante isso em campanha. Da a impressão que o filme será em vão se não tiver a indicação. Oscar não pode ser régua para tudo. É importante pensarmos que com um filme desse nível de qualidade se nós não formos indicados ou ganhadores, quem perde são eles. Nós já ganhamos por termos Fernanda Torres, Fernanda Montenegro, Selton Mello e Walter Salles representando o nosso país e a nossa história. Estamos acompanhando a campanha e eles estão cumprindo toda a tabelinha e a receita de bolo para chegar lá no boneco amarelo... Enquanto isso vamos lotar a sala de cinemas porque o Brasil precisa ver esse filme.
Jonas, perfeito as suas palavras.
Pessoalmente acho que ficarem nessa fixação pelo Oscar é de uma cafonice imensa. Vamos honrar o filme feito pra nós e sobre nós.
@@yarasilva7378 verdade! Tem tantos filmes extraordinários que sequer foram imdicados
Ótimo comentário, é por aí mesmo.
Esse filme 🎥 será indicado ao Oscar de Melhor Filme Internacional e eu acho que vai ganhar!
A CRÍTICA MAIS ESPERADA DO ANO CHEGOU
Tô ansioso tbm para ver ela descendo a lenha na Angelina Jolie por "Maria"
Muito bom
Os filmes/críticas que mais esperei neste ano:
- Duna - Parte Dois
- Ainda Estou Aqui
- Nosferatu
@@luizeduandrade7 socorro 🗣🗣🗣🤣🤣🤣 angelina vai sofrer demais msm kkkk
@@luizeduandrade7 Não sei porque. Jolie está muito bem nesse filme.
Supérflua??? Jamais!
A atuação final da Fernanda Montenegro é simplesmente de uma genialidade que merece ser considerada uma das melhores do cinema. A capacidade artística dela de produzir algo tão intenso sem dizer uma única palavra é de arrepiar. Esse é um ponto muito chave para o filme: além da obviedade da homenagem conjugada a mãe e filha, vemos uma senhora no ápice de sua debilidade física gritando com seus olhos contidos que ela ainda estava lá, que ele também ainda estava lá. Desculpe, mas discordo veementemente da sua opinião não apenas por uma razão estética, mas ontológica e semântica, pois essa parte não é só um enfeite elegante, mas é uma metalinguagem extremamente sofisticada que amarra todos os sentimentos do filme no silêncio da maior atriz brasileira.
Concordo plenamente.
Você colocou muito bem em palavras a mesma coisa que senti com essa opinião sobre o final do filme, obrigada!
Concordo inteiramente! Escrevi algo parecido acima!
A falta de interpretação rsrs ela se refere à SEQUÊNCIA final do filme em comparação ao início dele e não a atuação da Fernanda, que inclusive foi super elogiada no vídeo!!
Mas foi uma cena supérflua mesmo. Em termos de narrativa, a história se amarrou no momento em que Eunice consegue a certidão de óbito do marido. Só que você não entendeu o ponto principal da Isabela. Não tem problema do filme usar dessa cena supérflua, porque esse filme não deveria ser para agradar os maiores críticos da dramaturgia; esse filme foi para nós brasileiros. A cena foi supérflua e, mesmo assim, muito bem-vinda.
perfeito fechamento. esse é um filme pra nós; pra lembrar do que se aconteceu para que não se repita. muito bem colocado.
Também achei perfeita essa colocação: é um filme pra nós, retrata fatos da nossa história. Não há Oscar que dê conta da importância desse resgate histórico. ❤
amei foi basicamente um "pau no cy do Oscar", indicado, vencedor ou não, nada disso tira o mérito e importância do filme
Mas um Óscar não faria mal
"esse é um filme pra nós" também no sentido de "pra nós valorizarmos" e não ficar esperando reconhecimento ou valorização de uma premiação estadunidense.
@@nelson0606 não mesmo 🤣
O final do filme faz referência a uma parte do final do livro onde a Eunice, já avançada de Alzheimer e em um dos poucos momentos de lucidez, tem uma lembrança ao ouvir as notícias sobre o Rubens. No livro, ainda nesse momento, o autor disse que ela repetia “olha, olha, olha..” e depois “tadinho, tadinho, tadinho..”
Pois é, acho q tb tem q ler o livro, q já começa com o Marcelo, uma irmã e a Eunice no Tribunal para interdita-la por causa do Alzheimer e ela ciente e de acordo. No livro tem a Eunice desde o início, o tempo todo.
Essa cena é perfeita!!
Chorei muito
Comentário fundamental porque ela e mais outro crítico não entenderam que esse final não é pra narrativa mas sim um recado do diretor pra nós: não se esqueçam. O filme é sobre memória, o tempo todo. E cheio de registros, ou seja, esse tal de climax presente mas narrativas todos fica em segundo plano. Vida real, meus amigos.
@@visitantedeim7265 isso!!!!!!!!!!!!!!
Eu amo que colocam a foto da Fernanda interpretando a Fátima
o editor nao é inocente kkkkkk
Queen, porém a Vani foi mais icônica. 😂
simmm 😂
sim kkkkkkkk
Kkkkkkkkkkkk
"Antes de tudo, pra nós." ❤
Chorei aqui
“dar um rosto para o que aconteceu” SIM! muitas dessas pessoas não tiveram um velório, um enterro. e é a história de muitas famílias brasileiras.
Sim! E muita gente trata como se fosse apenas uma história da política, mas é uma história de pessoas
@@brendadias2266 e algumas pessoas abjetas dizem q são apenas ossos
Eu vou discordar com você sobre a sequencia final! Se faz presente no filme inteiro elementos que captam a memória da familia, as fotos, os filmes feitos em película. A própria foto do poster é uma das fotos que eles se perguntam no final do filme "que dia foi isso"e quando a gente olha a historia no EXATO MOMENTO que aquele frame foi tirado a gente percebe que ela olha pra um tanque militar na rua. Em resumo, o filme fala de memória e como o Brasil tentou apagar a memória dessas pessoas na época. No final a gente tem entao uma Eunice com Elzeimer, mas com a memória dela guardada pela familia. Quando ela ve o marido o subconsciente lembra dele, com força, lembrando que essas pessoas nao vãi ser esquecidas mesmo que a memória delas tenha sumido!
Excelente tua leitura!
Sim!
Ela não negou a importância. Mas ela pontua que é genérico do ponto de vista CINEMATOGRÁFICO. Pode até fazer sentido, mas é genérico. Tem problema? Aí vai do seu ponto de vista.
@@joaopaulomelo8521 você quer dizer sob o ponto de vista do ESPECTADOR que assistiu o filme sobre o prisma raso do momento que o filme ta vivendo. Eu assisti o filme no dia da estreia e o que eu percebi é que o público mediano (e eu me incluo nessa porque eu demorei dois dias pra entender as escolhas do Walter) realmente vê de forma genérica pq ele não lê as duas horas que ele assistiu sob o ponto de vista da construção do filme, e sim como entretenimento. Eu to defendendo a intenção do diretor, então uma análise sobre o que tá sendo avaliado é importante. Meu comentário não é opinião ou ponto de vista, é um estudo do que tá sendo tratado.
As Fernandas merecem todas as homenagens, e Walter Salles seguiu o seu coração.
Estou nos meu 65 anos. Tinha a idade de 11anos em 1970 quando já entendia que algo estava acontecendo no Brasil,e enquanto eu descobria a Copa do Mundo de Futebol. Eu torcia pela Seleção Brasileira de Pelé e companhia! E as vezes lamentava pelos meus professores que sumiram da escola sem despedida.
Hoje 2024 estou aqui, torcendo pelo Brasil.
Bora torcer por um Oscar para o filme Ainda estou Aqui!
po bizarra essa fala que seus professores simplesmente desapareciam, assustador até
@EzioAuditore1500 Aconteceu.
😢😢😢Meus sentimentos! Por eles, pelo que passaram!@@nelimamprin5198
Exatamente. Professores que sumiam , filho de amigos dos meus pais, preso, torturado e encontrado no presídio de Ilha Grande. Lembro da angústia da mãe pois não informavam onde o filho estava. Eu morava em Copacabana ,estudava e ia à praia em Ipanema. Tenho a idade do Marcelo . O filme bateu forte, parece que eu estava por ali. Levei meu neto de 13 anos pra assistir e depois conversamos muito sobre aquela época. Vou ver " Pra frente Brasil" com ele, está muito interessado.
@bianogueira7055 Isso aconteceu. Não podemos esquecer, e as gerações seguintes precisam saber.
É isso. Os pais nem sempre compartilham tudo com os filhos, especialmente em situações de risco. No caso de Rubens, ele foi morto simplesmente por ser destinatário de cartas enviadas por militantes exilados no Chile, sem ele mesmo estar envolvido em qualquer movimento da luta armada. Ou seja, o mero ato de se comunicar ou de tomar conhecimento de determinados assuntos já podia ser fatal. No regime militar, a simples suspeita de que alguém detivesse informação "subversiva" era motivo suficiente para justificar tortura e morte.
Eunice não se abre com os filhos como uma forma de protegê-los. Esse silêncio era, de certa forma, um reflexo do contexto geral no Brasil: a maioria da população estava no escuro sobre o que realmente acontecia no país. Os que tinham conciência da realidade e não foram mortos nem exilados, ficaram sozinhos e isolados entre si. O entendimento sobre aquele momento só foi possível mais tarde - e, em muitos casos, ainda está por vir (até hoje, há quem mantenha uma memória idealizada do período, sentindo até nostalgia pela ditadura). Esse resgate da memória é o tema central da narrativa. Quando Eunice perde a memória, perde também a agência sobre sua própria história, tornando-se prisioneira de um presente sem passado. Enquanto ela lembra, ela resiste. Agora, projete esse alzheimer sobre um país inteiro, “um país sem memória", e isso esclarece bastante sobre porque ainda estamos aqui...
Perfeita esta sua análise!
Perfeitamente colocado! E que nunca se repita!
Seu comentário é absolutamente perfeito. Em todos os sentidos. Parabéns
Concordo em gênero, número e grau com o que vc disse no final. Desde que saíram as notícias de que o filme foi aclamado no Festival de Veneza, só vi comentários falando de Oscar. Pra mim fica claro que o que o público brasileiro só se importa com a chance que o filme tem que concorrer ao Oscar, e não com o filme em si. É uma obsessão tão ridícula que a galera tem e que a mídia alimenta, considerando que o Oscar nem sequer é sobre qualidade, mas muito mais sobre popularidade e campanha de autopromoção. Seria legal ver o filme ganhando um prêmio estadunidense tão grande? Sim. Mas seria muito melhor ver nossa gente valorizando e consumindo o filme pelo que ele é, e não pela chance que ele tem de satisfazer a obsessão das pessoas pelo Oscar.
Você disse tudo. Essa obsessão pelo Oscar é ridícula.
Só li verdades 👏🏻👏🏻👏🏻
Verdade ! Mas ao mesmo tempo (infelizmente ou felizmente) essas notícias dão ainda mais visibilidade ao filme
Nossa, Isabela, arrepiei quando você falou sobre como seus pais interrompiam conversas quando vc chegava porque até esse momento, eu tava pensando mais no sentido de proteger as crianças das atrocidades da ditadura, mas, realmente, havia essa outra camada de que crianças tendem a repetir sem saber e isso é muito perigoso numa ditadura.
Eu sempre achei que era por proteção.
A Venezuela está vivendo uma agora mesmo
"Acho que esse filme existe antes de tudo, pra nós..." e você está coberta de razão, Isa! Lembrar é resistir!
Precisamos tanto falar sobre a ditadura e os crimes terríveis que ela cometeu. Surreal que ainda se negue - e se defenda! - tantos absurdos e tanta violência. Que bom ver essa homenagem às suas vítimas.
@@marianaprates9379 seria bom que não esquecessem também das cerca de 140 vítimas da luta armada, pessoas sem relação com a opressão do regime, mortas por carros-bomba etc.
Eu quase chorei no filme pensando em como ainda tem gente defendendo e querendo isso de volta…
@dagonluke o problema é que aqui tem um monte de gente que condena a ditadura militar mas pajeia ou passa o pano para outras ditaduras.
@@carlosmauricioardissone4736onde tem isso? Acho que essa é uma descrição muito enviesada. Algumas pessoas podem acreditar em ideais e crenças políticas que tiveram lideranças ditatoriais, mas isso não significa que sejam hipocritas. O capitalismo faz absurdos todos os dias, e isso não significa que quem concorda com ele automaticamente defende esses atos.
@@carlosmauricioardissone4736além disso, a questão é muito mais sobre a identidade brasileira do que sobre outros países. Um erro muito grande que cometemos quando falamos de política, é criar análises descontextualizadas. O que aconteceu na URSS influenciou e muito o que ocorreu em outros lugares. Mas o que ocorreu no Brasil é particular ao povo daqui. Consequências contextuais existem, e quando caímos nessa ideia de “ah, mas vcs falam mal da ditadura militar e não fala mal de Cuba”, o erro é achar que isso tira o peso do que a ditadura causou em nós, brasileiros.
Isabela visivelmente emocionada e quase chorando....então o filme é ótimo mesmo....imperdível....
Eu me emocionei muito so com livro. Estou ansiosa pela estreia amanhã.
@@sop-d8w o livro tem o mesmo título?
@ sim
Vi ontem e hj fiquei de cama com febre, filme impactante.
Pra mim, a atuação da Fernanda Montenegro faz o final ter nada de genérico. É algo de outro mundo! 😭❤️
Concordo totalmente com você!
Fernanda Montenegro é indispensável ❤
E faz todo o sentido sempre
Rachei chorando 😢
Do filme inteiro, o choro só desaguou justamente qdo a Fernanda Montenegro apareceu! A meu ver condensou bem todo o sentimento vivido e sofrido por tds aqueles anos, e ela ali como resistência e memória viva de tudo que se passou.
"esse é um filme que existe, antes de tudo, pra nós" A Isa não só ressaltou uma outra fala certeira da Fernanda Torres na coletiva do filme, mas o que é de mais importante pra nós sempre lembrarmos. Ficamos tão eufóricos com o mundo apreciando a nossa arte que isso acaba ofuscando a real VITÓRIA de termos filmes e artistas brasileiros que resistem em elevar a qualidade do cinema nacional, mesmo sabendo dos desafios que o próprio Brasil apresenta, e principalmente, o que essa arte reflete na nossa história, cultura e sociedade. Esse tem sido um ano incrível pro nosso cinema, não só por Ainda Estou Aqui, e eu torço pra que cada vez mais nós, como nação, possamos completamente entender e valorizar o nosso potencial e excelência artística para além dos momentos em que ultrapassamos fronteiras.
Chorei ouvindo você descrevendo a casa vazia. Isabela colocou seu coração na boca, emoção pura. Elenco de primeira, direção, fotografia, filmaço.
A última frase me impactou profundamente: 'Existe, antes de tudo, para nós.' Como chegamos ao ponto em que é necessário relembrar, vez após vez, os horrores da ditadura para sensibilizar minimamente as pessoas? É triste perceber que, quase trinta anos atrás, o próprio diretor tentava unificar o país por meio da empatia e da ética, e hoje parecemos cada vez mais distantes desse ideal. Realmente, tempos sombrios.
O mundo mudou para pior 😢😢
Esse filme é, antes de tudo, um lembrete: apesar dos desafios, de Bruno e Dom, Mariele Franco, Dragão do mar, a revolta dos malês, ditadura militar e tantos outros personagens e momentos decisivos, nós ainda estamos aqui.
Passando aqui só pra avisar que caiu uma questão de Português em uma prova minha em que tinha um texto da Isabela Boscov. A pergunta era relacionada ao gênero do texto. Só de ler o nome eu já soube responder que era resenha kkkk. Muito bom.
Professor atualizada kkk
Para mim, pessoalmente, a última sequência me conduziu à reflexão sobre a memória ou a perda dela. Para além de conhecer e sentir aquele momento histórico e pelo q passaram mtas famílias, quando vc descobre q a Dona Eunice estava com Alzheimer, toda a potência da Fernandona à deriva, em silêncio, despertando para uma singela reparação e talvez justiça à memória do seu desaparecido marido, me levou imediatamente a pensar o quanto a memória individual é preciosa, é a nossa alma, nesses tempos de falta de memória coletiva. Uma parte do Brasil está com uma doença pior q o Alzheimer, mtos brasileiros perderam a alma.
Eu fiz 60 anos agora. Meu pai, perdeu o emprego já em março de 1964 e passou pela primeira caça às bruxas - respondeu a um famigerado IPM. Eu me lembro com clareza desses "silêncios" ou mesmo de uma formal proibição de repetir algum assunto ou frase quando acabávamos surpreendendo a "conversa dos adultos"... 😢
Vi o trailler - profundamente nostálgico na reconstituição daquela época!❤
Meu sogro tbm foi desligado. Ja minha mãe estudava com vários "arapongas" no final dos anos 70. Fazia Direito e era proibido falar em "Constituição" numa universidade federal, vejam só.
E era xingamento mandar alguém pra "China comunista".
"Essa era uma época que qualquer murmúrio pode ser fatal. Realmente fatal"
Como hoje!
@@milzaangelininão viaja
@@milzaangelinidelírio da sua parte. Não tem nada a ver.
Na década de 70 podia voltar da faculdade a noite sem se preocupar com roubos assaltos uma segurança que não existe hoje pessoas de esquerda foram perseguidas e mortas hoje tem censura e é irônico ver esquerda venerando a china Coreia do Norte ira onde se mata gays espancam jovens por escutarem kpop se castra mulheres
@@familiabessasabinotudo a ver censurando livros cancelamento terror psicológico é horrível
Nunca cliquei tão rápido em uma notificação em toda minha vida
Eu, idem!
KKKKK JURO
Não tem uma pessoa no Brasil que consiga fazer uma crítica tão bela quando a Isabela. Eu não vi nada do filme, mas só dela falando me deu vontade de chorar. Me deu ainda mais vontade de ver o filme.
Que mancha na nossa história... Ainda bem que o filme recorda esse crime histórico
MEU DEUS FINALMENTE ELA LANÇOU TUDO O QUE EU PRECISAVA HOJE
Eu senti que é um filme de olhares. Você percebe tudo acontecendo, as emoções, a tensão, tudo, observando os olhares. Fernanda Torres fez um trabalho maravilhoso e a Fernandona, que mulher, que atriz, sem uma única fala exala a emoção que fecha o filme. É um filme pra nós.
Walter Salles é meu diretor brasileiro preferido, seus filmes, mesmo os mais simples, sempre contam histórias maravilhosas sem serem apelativos, prezando por roteiros coerentes. Estou ansiosa para ver Ainda Estou Aqui.
Espero que o filme seja exibido aqui em Portugal, porque sou fã do director Salles e dessa grande atriz Fernanda Montenegro.
A galera tem que cobrar a Sony Classics para fazer uma distribuição internacional decente, já que é ela que vai distribuir o filme fora do Brasil.
A atriz na verdade é a Fernanda Torres, filha da Fernanda Montenegro
@luizgilsouza obrigado pela correcção.
Isabela, se eu já te amava, te amo mais agora. Quanta sensibilidade! Não vejo a hora de me emocionar tambem com esse filme.
Estou torcendo para esse filme ser indicado ao Oscar, não só em melhor filme internacional mas também em melhor direção, atriz, ator coadjuvante, roteiro e melhor filme.
Acho que vai pra roteiro adaptado, atriz e filme internacional, se a academia se convencer, pode ir pra direção e aí tem que ir pra filme tbm.
Ator coadjuvante eu é uma categoria disputada pra caramba e quase nunca indicam um ator gringo
Pois pode acordar, essa premiação xenofóbica arcaica não valoriza o que não vem deles.
"O filme existe para nós." Essa foi a coisa mais linda que eu ouvi e vou levar comigo para sempre. 🥹❤️
Acabei de chegar do cinema e amei o filme! Senti toda angustia e apreensao pelos que viveram neste periodo! Vi a força de uma mulher através da perfeita interpretaçao da Fernanda Torres e chorei com a Fernandona! Mesmo calada, o olhar era tão forte, tao cheio de dor e ao mesmo tempo tao cheio de ternura!
Como dispensar a ponte final entre as décadas? Iríamos nos perguntar como Eunice findou os dias, e não seria justo apenas frases nos créditos finais.
Que momento emocionante a "transfiguração" das Eunices, a interpretação assombrosa da Fernanda, apenas um esgar como sorriso, vindo do limbo que a doença impõe, na fotografia final de toda a família reunida.
É exatamente ali que nosso afeto é entregue, de joelhos, aos Paiva.
Adorei sua leitura emocionada, Isabela. Mas, por favor, repense a cena final.
Sem falar que se houvesse Oscar na categoria 10 minutos de atuação, Fernanda levaria. E nunca mais ninguém.
Abraço afetuoso.
Eu assisti no Recife, domingo (03/11), numa sessão muito especial que teve a presença de parte do elenco e a presença do Walter Salles (Muito bacana a conversa com ele, aliás, após a exibição!).
Gostei bastante do filme e, principalmente, de como ficou na minha memória. Infelizmente, uma série de obras artísticas que reconhecemos como boas não nos marcam no pós, mas, ainda bem, não foi esse o caso de Ainda Estou Aqui: continuo lembrando de algumas passagens e de elementos audiovisuais envolvendo a apresentação da família Paiva, por exemplo, em comparação com o que ocorre depois (A agitação versus silêncio, em suma), lembrando do jeito como a câmera faz da gente testemunha e permite a observação - inclusive das características de personagens por meio do figurino (Eunice comparada à filha Vera, por exemplo) -, ou de situações que são como sinais e presságios (Eunice no mar e um som de helicóptero, logo na abertura do filme).
Elenco na fase dos anos 70 super afinado... Deve ter sido o mais integrado ao projeto, eu acho, mas não que o posterior esteja ruim (Longe disso!). A parte mais jovem do grupo inicial e também os mais velhos transmitindo muito sentimento e empatia. Fernanda Torres, quando esta passa a ser centro na narrativa: precisa e excelente; Selton Mello corretíssimo numa atuação em memória de alguém citado e lembrado como bom pai e amigo.
Torcendo pra que o filme conquiste o público, sobretudo o brasileiro. 🤞🏼
Voltando aqui pra comentar que fiquei feliz com os números, principalmente de público que foi assistir. ♥️
O som do helicóptero me gelou. Lembrei de que era uma maneira que os militares tinham de se desfazer de militantes. Os jogavam amarrados em sacos no mar aberto. Para mim está foi a referência.
Aprendendo mais uma vez que devemos fazer/ trabalhar com aquilo que faz sentido em nossas vidas, sem esperar recompensa ou reconhecimento. Se estes acontecerem, ótimo. Se não, haverá os sentimentos de ter feito tudo com amor e entrega. 💚
SEMPRE Estarei aqui, Isabela! Desde 2007 até o último vídeo! 💖
Eu me perguntei se a Fernanda Montenegro realmente sofria com a doença, tamanha a interpretação. A fotografia do filme, a percepção das câmeras me fez pensar que casa que serviu de cenário já não existia, é óbvio que ainda existe, o filme foi gravado. É tudo muito sensível. Amigos do marido da personagem principal, de forma sútil, se colocaram à disposição para ajudar (aquela disposição masculina). Por fim, é impossível não chorar! Não é impecável, é humano... Repleto de humanidade
Pra quem pensa no Oscar, o filme ja ta quase garantido em filme internacional, espero de verdade que consiga chegar em roteiro adaptado, pq vencer melhor roteiro em veneza é um ótimo currículo pra academia. Melhor atriz ta MUITO competitivo como sempre, não é de certeza que a Torres chegue lá, mas ainda acho que consegue chegar no Globo de Ouro, Critcs e Bafta. Vencer sabemos que ela não vai, mas seria lindo ver ela indicada.
O fato do Globo de Ouro ter duas premiações pra atrizes, sendo drama e musical/comédia, abre a possibilidade dela ser indicada e do filme ter mais visibilidade. Concordo com o seu pensamento.
Também acho que roteiro tem muita chance de indicação e até premiação.
E Isabela... como sempre... PERFEITA!
Excelente crítica, só discordei sobre o final. É um filme sobre memória em tantos aspectos: do Brasil, de cada um de nós, do Rubens, da Eunice... que essa bizarra ironia da sua perda de memória merecia esse espaço, menos pela lembrança que lhe acomete e nos mostra que ela está ali, mais pela reflexão sobre a natureza frágil da memória humana e de como importa um filme como esse para a memória coletiva.
Eu fico tão feliz e emocionada em ver essa "onda de amor" em relação a esse filme e em relação ao cinema nacional! Eu amo tanto os filmes brasileiros, assisto desde novinha aos títulos, então me causa uma alegria genuína!
Triste saber desse período que tantos morreram e foram torturados, para na história atual ter pessoas orando por pneus e chorando na porta do exército,pedindo pela volta da didatura. É uma vergonha.
Eu sinto nojo dessas pessoas.
Ainda vivemos em uma ditadura. Só q agora os agentes do estado focaram seus crimes somente contra os pobres. Por isso tem gente q acha q isso é democracia, pq ignoram os crimes q são cometidos diariamente contra quem é pobre. Mas o Brasil segue sendo uma ditadura
Os que fazem isso são ignorantes, porém é inegável o aumento drástico da violência no Brasil, são muitos crimes, roubo, latrocínio, mortes… por mais que essa não seja solução (nem de longe) as pessoas estão desesperadas por outro extremo
Disse tudo
Simplesmente inacreditável....
O filme é fantástico, a atuação da Fernanda Torres é digna de Oscar e da reverência de todo o público brasileiro e, a breve atuação de Fernanda Montenegro mostra que uma grande artista não precisa nem falar para ser genial!
Filme necessário mais do q nunca nesse momento político q estamos passando.
Maravilhoso.
Como assim tiram um pai maravilhoso de cinco filhos, e um esposo maravilhoso, um amigo... Monstros!!!! Tantos órfãos, tantos viúvos, mães sem seu filhos... O filme dói, dói muito!!!!
"Eu acho que esse filme existe antes de tudo pra nós" 👏
"Eu acho que antes de tudo, esse filme existe pra nós".
AMÉM, ISABELA! 🙌
Ainda estaremos aqui, pra sempre ouvir suas sábias palavras. 🤗
O filme emociona do começo ao fim. Impossivel não entrar nos sentimentos de Eunice, esplendidamente interpretada por Fernanda Torres. Acho que para os mais velhos (+ de 60) o filme mexe com memórias e sentimentos ainda não esquecidos. Concordo que a cena final com Fernanda Montenegro foi desnecessária. Bravo Fernanda, bravo Walter.
Pra mim está cena bateu forte. Minha mãe teve Alzheimer e tinha a mesma idade da Eunice. Aquele vazio nos olhos me foi familiar.😊
O filme foi baseado no livro do Marcelo Rubens Paiva, e essa cena é narrada no livro. Achei de extrema importância para mostrar que, apesar de acometida pelo Alzheimer, Eunice não esqueceu do marido. Portanto, não devemos esquecer desse período monstruoso da nossa história enquanto brasileiros, mesmo passados quase 40 anos do fim da ditadura.
Eu vi o filme hoje e gostei muito. Como li o livro antes, me emocionava antes das cenas pq já sabia o q viria pela frente. Achei a parte final, com a Fernanda Montenegro, muito coerente com o livro e justificando o titulo do livro. Mas para uma experiência completa recomendo a leitura do livro. Esse é mais completo e tb muito emocionante. Amei tudo ❤
Selton e Fernanda merecem o Oscar, filme maravilhoso, Walter Salles muito sucesso, parabéns....Viva o cinema brasileiro.
Eu realmente acho uma pena muitos brasileiros darem atenção pra um filme daqui só quando se trata de Oscar. Espero de verdade que depois disso o público venha torcer pelo cinema nacional que esta em uma ótima fase, ja vi comentários terríveis do público da Isabela sobre filme brasileiro. Com Oscar ou não, devíamos apoiar sempre principalmente a divulgação que chegar em mais pessoas.
@@ArthurJailbreak Vc deve ter visto uns 5 e cria isso na sua cabeça, não deve conhecer o períodos do cinema novo, marginal, retomada. Diretores como Carlos Reichenbach, Walter Hugo Khouri, Rogerio Sganrzela, Juliana Rojas, Kleber Mendonça Filho, Leo Hirszman, Domingos Oliveira, Arnaldo Jabor, Glauber Rocha, Carolina Markowicz, Julio Bressane, Jose Mojica Marins.
@@ArthurJailbreak Viu 2 filmes
amei que pegaram uma foto dela caracterizada de Fátima kkkkk 5:42
Sim, haha
Formidavelmente é foda kkkkkkkk
Sim! Kkkkkkk
Que filme visualmente belo. E que história de deixar um nó na garganta... Sai da sessão do cinema agora a pouco depois de emocionantes aplausos do público. Foi como se coletivamente rebobinassemos a história do nosso país, daqueles que se foram, dos que sofreram e sobreviveram. Ninguém levantou até as luzes se acenderem e a tela ficar preta. Foi uma experiência belíssima e emocionante. Parabéns aos envolvidos!
Esse é o nosso filme, nossa história.
Que emocionante! Chorei aqui. Que presente maravilhoso para a nossa memória brasileira. Obrigada pela crítica mais linda que já ouvi Isabela.
O filme é lindo. Fernanda Torres está magnífica.
Primeira vez que choro vendo uma critica de filme!
Sua melhor resenha, lindo o quanto te comoveu, nos comoveu… realmente um filme para nós, para que nunca esqueçamos o passado, e assim ele nunca volte a se repetir ❤ viva o cinema nacional
Exatamente! Oq eu amo no nosso cinema é isso: é cinema feito no Brasil, por brasileiros e para brasileiros. Conquistar uma indicação é só uma consequência, n devemos absolutamente NADA ao cinema norteamericano
7:38 Adorei a crítica mas discordo desse ponto. A cena não é supérflua, está lá para mostrar a importância de ter memória histórica desses eventos, sem deixar que eles sejam esquecidos pelo tempo. Como, por exemplo, pontuando o aniversário de mais de 20 anos do golpe!
Belíssima é a rua review, Isa! Dá para sentir a forma que você foi tocada, quando abriu parte da sua intimidade.
Nossa, pela primeira vez eu vou discordar da Isabela. Eu achei a última cena um primor. Quando veio a Fernanda Montenegro com apenas um olhar, rompeu-me as lágrimas que eu vinha arduamente contendo o filme todo. Não só as minhas, mas o cinema todo foi as lágrimas. Foi lindo demais!
"... Esse é um filme que existe, antes de tudo, para nós". Me arrepiei aqui
Parabéns, brilhante crítica. Curioso que soltamos o choro justamente com o olhar da Fernandona na nossa cara.
Filmaço, filmaço. Não sei se vai ter algo de Oscar mas o importante é ter este tipo de história na telona. Merece toda a fama. Detalhe: assisti numa segunda a noite em um shopping com a sala lotada! Ai passaram vários trailers de outros filmes nacionais. Tudo para dizer: que bom que está sendo visto e lembrada esta parte da nossa história
Comentário cirurgicamente dissertado. Amo seus olhares delicados e muitíssimo bem expostos. Amo sua sensibilidade.
Já tô com meu ingresso, ansioso por amanhã!!!!!!!
Eu irei na sexta!
a review mais esperada e com toda razão! só compartilhar a minha sensação sobre o final com a silenciosa fernanda montenegro: eu adorei porque não achei que era sobre reafirmar que eles ainda estavam ali, e sim sobre mostrar a ausência como personagem, incrustada, sentida até o final. a ausência se faz ali no silêncio e na espera, mas também no sorrir, no brincar, viver… uma ausência que já não se pode roubar, que me lembrou muito os versos de drummond:
Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.
Maravilhosa! Li o livro recentemente e estou ansioso para ver o filme, ainda mais agora, depois dessa crítica!
Adoro a Boscov, adorei a crítica,só não concordo com o que ela fala sobre a Fernanda Montenegro no filme.A cena,a participação dela,ainda que pequena é emocionante e maravilhosa,além de lindamente louvável e uma verdadeira grande homenagem.
As Fernandas são atrizes espetaculares!!! Grande Fernanda Torres, Grande Fernanda Montenegro.
Eu assisti o filme conhecendo a história do Rubens. Eu já tava chorando no começo, mas quando vieram buscar ele, ele entrou no carro e eu sabia que ele nunca ia voltar, nossa aí que o barraco desabou de vez, não consegui parar de chorar até o fim
Dá p/ver no olhar como o filme tocou a Isabela! Ansioso p/ver tb!
O filme é primoroso, com um elenco incrível mas o desempenho da Fernanda Torres é arrebatador! O Oscar seria absolutamente secundário, embora muito bem-vindo, sempre, é claro, mas nao há como discordar da Isabella: esse filme é para nós, brasileiros! É um.poderoso lembrete de que nao poderemos esquecer jamais!
Não vejo a hora de ver esse filme no cinema, essa é uma das críticas mais esperadas do canal! Estou torcendo mt pelo Oscar da Fernanda como se fosse uma copa do mundo kkkkkkkkkk nada é impossível.
Impactante😢 o maior filme nacional que já assisti. Vc disse superlativo .Sem dúvida alguma impecável 👏👏👏
Uma análise muito precisa e em sintonia com o que acontece lá fora no dia de hoje. O que mais deveria importar somos nós que ainda estamos aqui e a perspectiva de futuro sem o revisionismo histórico que faz tantos estarem saudosos de um passado sombrio.
Meu Deus, que resenha! Reconfortante tal como um abraço. É a história, a relevância dela, a profundidade emocional e social dos fatos, bem como das interpretações que valem. Que bom termos a arte, nesse nível, para relembrarmos o que não deve, sequer por um instante, ser esquecido ou amenizado. Não sei ainda se o filme torna mais palatáveis ou indigestos os acontecimentos, mas torna, com certeza, mais presentes, diante dos olhos e ouvidos. No mais, assim como "Argentina, 1985" esteve no Oscar e não venceu em 2023, teremos a nossa passagem ou não, sem tirar o verdadeiro brilho: a densidade da arte brasileira. Assim como a Argentina continua tendo Dario, teremos Fernanda, Nanda, Selton e Walter sempre 🤍
No decorrer da sua análise fui me emocionando , cheguei as lágrimas. Parabéns !
Uma das críticas mais fascinantes do canal até hoje 🙌🏻 Isabela, você é formidável!
estava ansioso pra critica desse
A cena da Fernandona é hiperemociante e de uma beleza indescritível 👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻
Fale de Malu também! Não está na corrida do Oscar mas é fascinante e tem uma das cenas mais fortes que já vi em filme brasileiro.
@@leticiaaraujo338 Queria também um vídeo sobre, sinceramente não sei pq a Isabela não fala de tantos filmes brasileiros, medo de boa parte do público ignorante dela não pode ser plmds kkkkk
@@joaopantoja8161ainda lembro quando a Isa fez a resenha de Campo, cidade e foi aquela chuva de grosserias pelo pessoal que queria a crítica do filme do Yougurte grego.
Seus comentários são sempre admiráveis. Esse, foi feito com um cuidado muito especial, cheio de emoção contida. Grata! Parabéns pelo seu trabalho!
Eu li o livro Feliz Ano Velho e irei correndo ver o filme. Eu li esse livro com 18 anos e me lembro de trechos❤❤
Leia Ainda Estou Aqui, é igualmente incrível, mas tem um sabor mais amargo que Feliz Ano Velho
@arturhv é um absurdo eu sei mas eu não sabia que esse livro existia. Vou comprar urgente. Grata
Feliz ano velho é maravilhoso
@@alexlima2181 esta entre os melhores que li
Nossa, foi exatamente a última sequência, com FERNANDA MONTENEGRO (EM CAPS) que me arrombou chorando e o cinema inteiro fungando junto comigo. E SEM NENHUMA FALA A MONTENEGRO ENTREGA ABSOLUTAMENTE TUDO. Estou louca para ver o novo filme dela
Aff, Isabela, tá de chorar essa crítica... 😢
Pra quem tem horror à ditadura militar - mesmo não tendo vivido ela - e percebe seus reflexos ainda hoje, Ainda Estou Aqui causa uma angústia imensa, mas necessária. Aliás, entendo a Isabela quando diz que a última sequência não faria falta pois a mensagem já estava clara, mas foi ela que me despedaçou - e também os retratos do Rubens Paiva. Adoro ver as críticas da Isabela logo depois do filme, sempre enriquece a interpretação.
A ironia se instala quando um filme ambientado em período de ditaduras militar, regime esse validado pelos EUA, encontra entusiastas pela vitória do mesmo em uma academia dos EUA, em uma espécie de novelinha em que a vingadora Fernanda Torres toma o peladão lá que sua mãe não ganhou.
Meu pai compartilhou suas memórias sobre a ditadura. Não tinha ideia o quão era pesado.
Que crítica perfeita! Isabela Boscov é a melhor!
Já vi o video inteiro, li uns 50 comentários e ainda estou aqui. O filme é para nós, não vamos ficar obcecados com Oscar, esse é o tipo de filme que vamos assistir com nossos pais, avós, irmãos, filhos. É um filme que faz parte da nossa identidade como nação. Ainda estou aqui se tornará uma marca, ou melhor, um marco na cultura brasileira, não ironicamente, é um filme que eu espero que SEMPRE esteja por aqui.
Que crítica emocionante, Isabela ❤
O Filme é muito bom realmente.
Me surpreendeu positivamente.
É tenso e frio, triste e Melancólico.
É uma obra-prima.
Merece toda essa ampla repercussão positiva que está recebendo.