Primeiramente gostaria de parabenizar e agradecer a todos da equipe Café in vitro! Tem cerca de um mês que me inscrevi no canal e comecei a assistir os vídeos que são extremamente leves e esclarecedores. Ah! E quero agradecer em especial ao Dr. Fernando por me ajudar a me sentir menos culpada por não ter iniciado as minhas coletas de óvulos/ FIVs mais cedo. Após assistir esse episódio fiquei com vontade de compartilhar a minha história e já peço desculpas pelo textão. Vamos lá, vou começar de trás pra frente...rs... Hoje, 13/10/2024, tenho 36 anos e estou em meu 13º dia de indução da minha quarta coleta de óvulos. Mas como cheguei até a FIV? Bem, eu tive puberdade precoce, comecei a apresentar pelos pubianos com cerca de 7 anos de idade e menstruei aos 9. Minha mãe, na época, até me levou a uma médica para ver se eu precisaria usar algum medicamento para atrasar o processo da puberdade e a profissional disse que não precisaria. Aos 15 anos de idade já sofria mensalmente de fortes cólicas menstruais com fluxo intenso, quando foi descoberto um cisto no meu ovário com cerca de 9 cm. O resultado foi uma videolaparoscopia de urgência na qual foi removida minha trompa direita e 80% do meu ovário direito. Foi indicado uso de anticoncepcional oral desde então. Aos 20 anos, em acompanhamento ginecológico, foram descobertos outros dois cistos no ovário esquerdo, sugestivos de endometrioma. O resultado foi outra videolaparoscopia para remoção dos cistos e diagnóstico da endometriose, grau médio. Após o diagnóstico fiz tratamento com Zoladex por dois meses, dando sequência depois com o anticoncepcional, na tentativa de controlar a endometriose. Os anos foram passando, aos 24 anos eu me casei, meu marido e eu tínhamos uma ideia de não ter filhos, até porque nós dois estávamos estudando, aí vem a fala do Dr. Fernando de que naquele momento nós enquanto casal não tínhamos a menor condição de receber bem uma criança, sem privações. Quando fiz 29 anos concluí meu doutorado e passei em um concurso público. UFA! Foi aí que surgiu a indagação “será que eu realmente não quero ser mãe?” e nesse meio tempo, uma amiga muito próxima estava na luta com a FIV para tentar um bebê e começou a me incentivar a congelar meus óvulos, mas até então eu estava resistente. Cheguei a fazer orçamento, mas achei caro demais e deixei pra lá. Os anos continuaram passando e nisso eu me separei aos 33 anos. Foi quando veio a necessidade, quero tentar ser mãe, vou congelar meus óvulos! Porém, uma separação carrega junto um impacto financeiro significativo e naquele momento eu não poderia gastar 15 mil reais para o congelamento, só que essa decisão custou mais caro depois. Poucos meses depois conheci uma pessoa que depois de uns meses juntos decidimos tentar um bebê natural, mas sem sucesso. Recorremos aos especialistas e meu resultado foi: Antimulleriano de 0,53 e contagem de antrais de 3 folículos. Primeira indução: 1 oócito maduro que foi congelado. Segunda indução: 8 folículos maduros que foram juntados com aquele primeiro que foi congelado, 5 fertilizaram e geraram dois blastocistos: 1 AA e o outro AB que foram congelados. Nesse meio de campo, ao realizar uma ressonância para controle da endometriose, foi diagnosticada uma hematossalpinge, dois endometriomas e adenomiose. Foi recomendado remover a única trompa que eu ainda tinha, pois a hematossalpinge pode atrapalhar consideravelmente a implantação do embrião e, com isso, segui para minha terceira videolaparoscopia aos 36 anos. Foi removida a trompa e os dois endometriomas do ovário, sendo que a cirurgiã prometeu que removeu o mínimo possível de tecido ovariano. Enquanto esperava a recuperação para realizar a transferência descobri que estava em um relacionamento abusivo e separei do companheiro, o resultado disso é que os embriões vão ter que ser descartados. Isso me obrigou a recomeçar tudo do zero e lá fui eu para uma nova coleta que resultou em 5 oócitos, 4 M2 e 1 M1, que foram congelados, afinal eu não quero ser mãe solo. Nisso, reencontrei meu primeiro namorado de infância e decidimos tentar juntos. Descongelamos os óvulos, fertilizamos e no D3 tínhamos 2 embriões, um 7B e o outro 10 B. A equipe médica e nós decidimos transferir em D3, pois segundo eles não haveria lugar melhor para os embriões se desenvolverem. O resultado foi: 10 dias de ansiedade, angústia e um beta negativo. Até então tinha usado PERGOVERIS 300 UI por dia e duphaston. Agora vamos ver o que vai dar... estou usando Menopur 225 UI, desogestrel e clomifeno+anastrozol, com 5 folículos crescendo no ovário esquerdo e 1 muito pequeno nos 20% que tenho do meu ovário direito. Daqui uns dias eu volto para contar o resultado final. OBRIGADA CAFÉ IN VITRO!
Primeiramente gostaria de parabenizar e agradecer a todos da equipe Café in vitro! Tem cerca de um mês que me inscrevi no canal e comecei a assistir os vídeos que são extremamente leves e esclarecedores. Ah! E quero agradecer em especial ao Dr. Fernando por me ajudar a me sentir menos culpada por não ter iniciado as minhas coletas de óvulos/ FIVs mais cedo. Após assistir esse episódio fiquei com vontade de compartilhar a minha história e já peço desculpas pelo textão. Vamos lá, vou começar de trás pra frente...rs...
Hoje, 13/10/2024, tenho 36 anos e estou em meu 13º dia de indução da minha quarta coleta de óvulos. Mas como cheguei até a FIV? Bem, eu tive puberdade precoce, comecei a apresentar pelos pubianos com cerca de 7 anos de idade e menstruei aos 9. Minha mãe, na época, até me levou a uma médica para ver se eu precisaria usar algum medicamento para atrasar o processo da puberdade e a profissional disse que não precisaria. Aos 15 anos de idade já sofria mensalmente de fortes cólicas menstruais com fluxo intenso, quando foi descoberto um cisto no meu ovário com cerca de 9 cm. O resultado foi uma videolaparoscopia de urgência na qual foi removida minha trompa direita e 80% do meu ovário direito. Foi indicado uso de anticoncepcional oral desde então. Aos 20 anos, em acompanhamento ginecológico, foram descobertos outros dois cistos no ovário esquerdo, sugestivos de endometrioma. O resultado foi outra videolaparoscopia para remoção dos cistos e diagnóstico da endometriose, grau médio. Após o diagnóstico fiz tratamento com Zoladex por dois meses, dando sequência depois com o anticoncepcional, na tentativa de controlar a endometriose. Os anos foram passando, aos 24 anos eu me casei, meu marido e eu tínhamos uma ideia de não ter filhos, até porque nós dois estávamos estudando, aí vem a fala do Dr. Fernando de que naquele momento nós enquanto casal não tínhamos a menor condição de receber bem uma criança, sem privações. Quando fiz 29 anos concluí meu doutorado e passei em um concurso público. UFA! Foi aí que surgiu a indagação “será que eu realmente não quero ser mãe?” e nesse meio tempo, uma amiga muito próxima estava na luta com a FIV para tentar um bebê e começou a me incentivar a congelar meus óvulos, mas até então eu estava resistente. Cheguei a fazer orçamento, mas achei caro demais e deixei pra lá. Os anos continuaram passando e nisso eu me separei aos 33 anos. Foi quando veio a necessidade, quero tentar ser mãe, vou congelar meus óvulos! Porém, uma separação carrega junto um impacto financeiro significativo e naquele momento eu não poderia gastar 15 mil reais para o congelamento, só que essa decisão custou mais caro depois. Poucos meses depois conheci uma pessoa que depois de uns meses juntos decidimos tentar um bebê natural, mas sem sucesso. Recorremos aos especialistas e meu resultado foi: Antimulleriano de 0,53 e contagem de antrais de 3 folículos. Primeira indução: 1 oócito maduro que foi congelado. Segunda indução: 8 folículos maduros que foram juntados com aquele primeiro que foi congelado, 5 fertilizaram e geraram dois blastocistos: 1 AA e o outro AB que foram congelados. Nesse meio de campo, ao realizar uma ressonância para controle da endometriose, foi diagnosticada uma hematossalpinge, dois endometriomas e adenomiose. Foi recomendado remover a única trompa que eu ainda tinha, pois a hematossalpinge pode atrapalhar consideravelmente a implantação do embrião e, com isso, segui para minha terceira videolaparoscopia aos 36 anos. Foi removida a trompa e os dois endometriomas do ovário, sendo que a cirurgiã prometeu que removeu o mínimo possível de tecido ovariano. Enquanto esperava a recuperação para realizar a transferência descobri que estava em um relacionamento abusivo e separei do companheiro, o resultado disso é que os embriões vão ter que ser descartados. Isso me obrigou a recomeçar tudo do zero e lá fui eu para uma nova coleta que resultou em 5 oócitos, 4 M2 e 1 M1, que foram congelados, afinal eu não quero ser mãe solo. Nisso, reencontrei meu primeiro namorado de infância e decidimos tentar juntos. Descongelamos os óvulos, fertilizamos e no D3 tínhamos 2 embriões, um 7B e o outro 10 B. A equipe médica e nós decidimos transferir em D3, pois segundo eles não haveria lugar melhor para os embriões se desenvolverem. O resultado foi: 10 dias de ansiedade, angústia e um beta negativo. Até então tinha usado PERGOVERIS 300 UI por dia e duphaston. Agora vamos ver o que vai dar... estou usando Menopur 225 UI, desogestrel e clomifeno+anastrozol, com 5 folículos crescendo no ovário esquerdo e 1 muito pequeno nos 20% que tenho do meu ovário direito. Daqui uns dias eu volto para contar o resultado final. OBRIGADA CAFÉ IN VITRO!