Verso de Barro - Mauro Silva

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  • เผยแพร่เมื่อ 20 ก.ย. 2024
  • Música vencedora da 30ª Sapecada da Canção Nativa
    Também levou o prêmio de Melhor Melodia.
    Letra: Marcelo Mendes e Rafael Ferreira
    Música: Mauro Silva
    No palco: Daner Marinho, Aparício Maidana, Gabriel Jardim, Odair Teixeira, Lucas Gross e Mauro Silva
    Cantador o João de barro sobre o moirão da porteira,
    Depois da semana inteira de garoa e aguaceiro,
    Encharcou poncho, sombreiro, aperos e invernadas,
    Lavando o suor das manadas aos olhos deste campeiro.
    Busquei a rima no tempo, enquanto o sol matrereia,
    Que vem judiando as maneias, o laço e o tirador.
    Feito um bagual sentador, que não se amansa por nada,
    Cardando a crina embarrada num palanque costeador.
    Este meu verso de barro marcou de casco a poesia
    E na alvorada do dia travou roseta de espora,
    Respingando sem demora, quando apeei na porteira,
    Saiu junto as barrigueiras pra recorrer campo a fora.
    E quando enlotei a tropa nestas estrofes inquietas,
    Marcas da mescla completa de terra, água e trabalho.
    O tranco do meu cavalo todo sujo de querência,
    Faz história em reticências… soltando nacos de barro.
    E o barreiro segue firme, sempre atento no serviço,
    Cantando seu compromisso num rancho quincha pro céu.
    Enquanto n’algum tropel, no passador do banhado,
    Cruza um campeiro emponchado com barro até no chapéu.
    O verso que ainda canta, na hora da desencilha,
    Desapresilha as rodilhas depois de algum atropelo,
    Deixando um rastro sinuelo, embarrado no estribilho,
    Falando do meu tordilho, mudando a cor do seu pelo.
    Motivação:
    Na última primavera, durante um período de fortes chuvas no Rio Grande do Sul, onde os autores, que além de poetas e compositores atuam como médicos veterinários, tiveram seus dias de trabalho no campo marcados por esse cenário de intempérie. O barro então virou verso, no canto do João barreiro, na crina suja de um potro, na mangueira marcada a casco, nas porteiras embarradas, no tranquear de um cavalo no compromisso campeiro. O barro no poncho, chapéu, e até mesmo depois de desencilhar ainda manchava o pelo de um tordilho. O tempo pode andar feio, castigar aperos e travar esporas, mas mesmo assim, o poeta encontra motivos para escrever. E logo surge a melodia, tal qual o sol, para secar o verso de barro e perpetuá-lo em cantiga.

ความคิดเห็น • 2

  • @lizetegassen7790
    @lizetegassen7790 3 หลายเดือนก่อน +2

    Parabéns gaúchada amiga. Que lindeza de letra e interpretação. Sucesso sempre...👏👏

  • @martarigon8200
    @martarigon8200 2 หลายเดือนก่อน

    Tooooppppp