A componente contínua de um sinal: Se você quer se manter atualizado, tem que conhecê-la! (Vídeo 1)

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A grande maioria dos sinais e formas de onda que trafegam nos circuitos eletrônicos não possuem a componente contínua (nível DC).
Nessa série de dois vídeos, você vai aprender como se produz a componente contínua de um sinal. Se você é um técnico que utiliza osciloscópio e deseja se manter atualizado, tem que conhecê-la!
A forma mais fácil de demonstrar como é produzido um sinal com componente contínua é montando um circuito oscilador com o CI 555.
Para isso é necessário polarizar os pinos 2 e 6 do CI 555 com uma constante de tempo RC.
FUNCIONAMENTO DO CIRCUITO:
Quando o circuito é energizado, o capacitor está vazio e se comporta como um curto -circuito.
Desta forma, o pino 2 do CI 555 (Disparo) fica em nível baixo e internamente a tensão de referência na entrada não inversora do comparador B é maior que a inversora.
Isso faz com que a saída do Comparador B interno vá a nível alto, resetando o Flip-Flop interno de modo que sua saída Q vá a nível baixo.
Com a saída em nível baixo, a porta NOT interna disponibiliza na saída pino 3 um nível de tensão que irá atuar na carga.
Simultaneamente, o nível baixo na saída Q do Flip-Flop mantém o transistor Q1 no estado de corte, permitindo que o capacitor inicie o seu processo de carga.
A medida que o capacitor se carrega, o pino 7 do CI 555 (Limiar) monitora sua carga e quando esta atingir um nível maior que a tensão de referência do comparador A (que é de 2/3 de Vcc), ele seta o Flip-Flop, reposicionando-o.
O reposicionamento do Flip-Flop faz com que sua saída Q saia da condição de zero volt para nível alto, fazendo com que a porta NOT desligue a saída pino 3.
Ao mesmo tempo, o transistor Q1 entra em condução, fazendo com que o capacitor entre no processo de descarga.
Esse processo de descarga é monitorado pelo pino 2 (Disparo) e quando essa tensão atingir 1/3 de Vcc, o comparador de tensão B torna a reposicionar o Flip Flop, resetando-o.
O reposicionamento do Flip-Flop faz com que sua saída Q vá a nível baixo, energizando a saída pino 3 e cortando o transistor Q1.
Isso permite que um novo ciclo se reinicie, fazendo com que o capacitor entre novamente no processo de carga até atingir o nível de limiar do pino 7.
Perceba que pelo fato do capacitor não conseguir se descarregar totalmente, a forma de onda gerada pela constante de tempo, que é uma dente de serra, terá uma componente contínua (um nível DC) de 1/3 do valor de tensão da fonte de alimentação.
Conclusão:
Espero que, ao final dessas duas aulas, você consiga entender como é produzido um sinal ou uma forma de onda com componente contínua ou nível DC.
Olá, eu sou o Prof. Valdenilton, Coordenador Técnico dos cursos de Eletrônica ministrados pela Technology Cursos.
Eu amo transformar a vida das pessoas através do ensino. Meu objetivo é ensinar pessoas como você a consertar os equipamentos eletrônicos que ama, ajudando de todas as formas possíveis.
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