🎭 Banda Devassa - Rio de Janeiro, BRASIL. 🎄 FELIZ NATAL (2024) 🙏 "O NASCER... O NATAL E A FILOSOFIA" !!!! O Natal, para a filosofia, pode apresentar-se com uma oportunidade ímpar para pensarmos sobre o nascer. Curiosamente, os filósofos sempre falaram sobre a morte !!!! A morte revela a nossa vulnerabilidade fundamental. Somos seres mortais. Mas, antes de morrer... "nascemos". Ora, o que é isso, o nascer? Pensar o nascer é pensar sobre as estruturas fundamentais de nosso existir no mundo. Existimos num certo tempo, num mundo histórico, com um corpo específico, num determinado lugar, com determinadas relações, numa situação social, cultural e histórica específicas. Somos seres encarnados. Nascer é sair do útero da pessoa que "me gerou"... (minha mãe). Por isso mesmo, nascer é reconhecer minha dependência radical e fundamental. Uma dependência que se prolonga no cuidado que recebo. Cuidado físico e emocional. Cuidado como sendo, na maioria dos casos, primeiramente recebido da própria mãe. Mas que depois é alargado além do útero materno, além do colo materno, para um processo contínuo de nascer. Processo que, psicologicamente, começa na infância, mas se estende por toda a vida, de maneiras diferentes, mas sempre tendo como início o ser gerado e cuidado no útero materno. Assim, nascer é um evento entranhado no corpo feminino. Esta dependência inicial foi muitas vezes subestimada pelos filósofos, "com exceção" de (Hannah Arendt). Sempre preocupados com a autonomia do agente racional, esquecendo que somos, "fundamentalmente", (animais racionais dependentes). Nascemos, também, nas nossas relações... Somos seres com os outros no mundo. Nossa identidade, nossa personalidade, nosso caráter, nossos desejos, nossas crenças, nossa linguagem, são sempre relacionais e as adquirimos, constantemente, a partir do nascer. Nascemos em inescapáveis situações e horizontes de interpretação. Situações históricas, sociais... étnicas e geográficas. Nascemos numa classe econômica, numa posição social e, especialmente, dentro de relações sociais de poder. Nascer... "é ser vulnerável de várias maneiras". Às vezes nascemos com incapacidades que marcam profundamente nossas vidas. Mas, para todos nós... "nascer é ser radicalmente contingente" !!!! Um olhar acurado nos ajuda a perceber que nascer, não é apenas estar fisicamente saindo do corpo feminino de nossa mãe, e entrando no mundo. Nascer é tornar-se carne, ser encarnado. Mas, também, o nascer é carregado de simbologia. Em nossa existência como seres de relações e herdeiros de uma imensa rede, tecida de significados, nascemos "hermeneutas", ou seja... (interpretando). Em cada nascimento de uma nova criança, novas possibilidades nascem, novas liberdades e novas criatividades, se constituem. As potencialidades geradas por cada nascimento... por cada criança, possuem a força de ajudar a fazer do mundo histórico, um mundo melhor. Todos nós nascemos de uma mulher, (nossa mãe), e nascemos vulneráveis. Temos uma história da qual somos herdeiros. Temos uma vulnerabilidade essencial que nos acompanhará por toda a vida. Nascer é receber uma herança tecida de significados e envolvida pelos outros. Tudo isso, na fragilidade fundamental de nossa carne. Nossa vulnerabilidade é nossa estrutura fundamental. Mas... é uma vulnerabilidade, (na maioria das vezes), cuidada pela nossa mãe. Todos temos uma origem maternal. "Este processo de cuidado sofre uma mudança ao longo do tempo" !!!! Começamos, desde o nascer, a viver um processo psicológico de diferenciação pós-natal. Do corpo de nossa mãe, "passamos para suas mãos"... (Este é o primeiro e essencial relacionamento que, como seres que somos, nos marca profundamente). Claro, existem hoje outras situações que questionam nossas compreensões simplificadas sobre o nascer: "casos como barriga de aluguel, adoção, abandono, pais homossexuais e outras realidades contemporâneas... dão o que pensar" !!!! Mas... (em todas as abordagens), surge a pergunta pela figura materna, que histórica e socialmente, possui um lugar fundamental em nosso nascer. Neste processo, do nascer, a "figura da mãe", é abordada numa rica pluralidade de funções: "a ovulação, a gestação, o parto, a amamentação, o cuidar". Ora... se essencialmente todos somos nascidos de uma mulher, todos nascemos sexuados. Ao nascer recebemos como herança um horizonte de significados e valores, de relações e determinações, de práticas e linguagens. Somos seres encarnados e com necessidades. Habitamos no mundo e estamos em constante relação com tudo e todos. Nossas relações são marcadas e definidas por situações sociais e políticas. Estruturas sociais, distribuição de poder, desigualdades sociais, pobreza, abusos, doenças, miséria, (também), tristemente, fazem parte de nossas vidas. Por isso mesmo, várias e instigantes questões éticas surgem desse nascer numa determinada situação. Especialmente, (no nosso caso), ou seja... "no caso dos humanos que são seres altriciais" !!!! "Seres altriciais", (segundo os etnologistas, são seres que possuem um padrão de crescimento e desenvolvimento incapazes de se moverem por si mesmo logo após o nascimento). Esta "vulnerabilidade essencial", (é fonte de cuidados, mas também, de perigos). Estes somos nós... "Somos indeterminados", (seres radicalmente abertos), num mundo já constituído, mas modificado constantemente pela cultura. Nascemos numa cultura e somos seres culturais. Somos criadores de culturas, por isso mesmo, criadores de significados que tornam para nós nossa segunda natureza. É, numa cultura concreta, que vivemos nossa busca ética e política de independência, autonomia e florescimento. "Busca encarnada e vivida", ao nascermos, em nossos corpos, nosso gênero, nossa raça, nossa classe social, nossa história, nosso lugar específico nas relações familiares e sociais. É na cultura que encarno e articulo as experiências vividas no passado a fim de orientar minha vida em direção... "a um futuro grávido de florescimento humano e social" !!!! Finalmente... nascer implica olhar a (temporalidade), de nossas experiências vividas e, (de modo especial), a experiência fundamental de nosso próprio nascimento do corpo de uma mulher. Neste sentido, nascer é receber um dom, (o maior de todos), "o dom de si mesmo". Recebemos este dom de nossa mãe e de nosso pai, "nossos genitores" !!!! Somos "seres de doação", porque doados a nós mesmos. Ser doado a mim mesmo, no tempo, é a estrutura fundamental que dá o contorno, o quadro de referências, para todas as experiências posteriores. Somos, "primeiramente e fundamentalmente", (um dom)... E este dom torna-se realidade... torna-se carne, "no nascer" !!!! Nascer, portanto... "é o mais fantástico e fundamental, evento da existência humana no mundo". (Elton Vitoriano Ribeiro). 🎄 "Pedi para que, Papai Noel, te entregasse o melhor dos presentes neste dia: muita saúde... amor e felicidade para todos, Um Feliz Natal" !!!! - (By Arizoli) 🍷 (By Arizoli Carvalho - Rio de Janeiro, 23/12/2024).
Banda Devassa - Rio de Janeiro - Brasil. ⏰ "DEIXEM-ME ENVELHECER" !!!! 🍷 "Roberto Romulo de Oliveira"... ⏱ "Deixem-me envelhecer"... sem compromissos e cobranças, Sem a obrigação de parecer jovem e ser bonita para alguém, Quero ao meu lado quem me entenda e me ame como eu sou, Um amor para dividirmos tropeços desta nossa última jornada, Quero envelhecer com dignidade, com sabedoria e esperança, Amar minha vida, agradecer pelos dias que ainda me restam, Eu não quero perder meu tempo precioso com aventuras, Paixões perniciosas que nada acrescentam e nada valem. ⏱ "Deixem-me envelhecer"... com sanidade e discernimento, Com a certeza que cumpri meus deveres e minha missão, Quero aproveitar essa paz merecida para descansar e refletir, Ter amigos para compartilharmos experiências, conhecimentos, Quero envelhecer sem temer as rugas e meus cabelos brancos, Sem frustrações, terminar a etapa final desta minha existência, Não quero me deixar levar por aparências e vaidades bobas, Nem me envolver com relações que vão me fazer infeliz. ⏱ "Deixem-me envelhecer"... aceitar a velhice com suas mazelas, Ter a certeza que minha luta não foi em vão: teve um sentido, Quero envelhecer sem temer a morte e ter medo da despedida, Acreditar que a velhice é o retorno de uma viagem, não é o fim, Não quero ser um exemplo, quero dar um sentido ao meu viver, Ter serenidade, um sono tranquilo e andar de cabeça erguida, Fazer somente o que eu gosto, com a sensação de liberdade, Quero saber envelhecer, ser uma velha consciente e feliz !!!! 💕 (Concita Weber). ⚓ (Arizoli Carvalho - Rio de Janeiro, 23/12/2024).
IMAGENS: By Arizoli. (Sítio São José - Rio de Janeiro - 04/08/2018). Banda Devassa - Rio de Janeiro. (Cultura, Esporte e Lazer). CAVALGADA... Vou cavalgar por toda a noite Por uma estrada colorida, Usar meus beijos como açoite E a minha mão mais atrevida. Vou me agarrar aos seus cabelos Pra não cair do seu galope. Vou atender aos meus apelos Antes que o dia nos sufoque. Vou me perder de madrugada Pra te encontrar no meu abraço. Depois de toda a cavalgada Vou me deitar no seu cansaço. Sem me importar se neste instante Sou dominado ou se domino. Vou me sentir como um gigante Ou nada mais do que um menino. Estrelas mudam de lugar; Chegam mais perto só pra ver E ainda brilham de manhã Depois do nosso adormecer. E na grandeza deste instante O amor cavalga sem saber; E na beleza desta hora O sol espera pra nascer. (Roberto Carlos).
Banda Devassa - Rio de Janeiro. (Cultura... Esporte e Lazer). PARTICIPAÇÃO DA MULHER NA VIDA POLÍTICA. (Em um país de cultura predominantemente machista e de raízes patriarcais, a mulher parece ganhar, embora a passos curtos, mais espaço na política nacional). O dia "08 de Março", dia internacional da mulher, convida-nos a uma reflexão sobre as mulheres e o mundo da política. Pensar no papel social desempenhado pelas mulheres na sociedade brasileira (mais especificamente sob a ótica da política) é sempre um exercício interessante, principalmente quando levamos em consideração uma sociedade como a nossa, construída sob a égide do machismo, do patriarcalismo, na qual o homem sempre ocupou o espaço público e a mulher, o privado. Mas e na política, ainda temos um espaço fechado entre os homens? Não... isso vem mudando, e a participação política das mulheres é prova disso, seja como eleitoras (desde a década de 1930), seja como candidatas a cargos públicos, mas tal mudança ocorre a "passos lentos". Porém, mesmo que ainda tímida, a presença cada vez maior de candidatas é algo fundamental para o fortalecimento da democracia, afinal, a representatividade feminina é extremamente necessária quando pensamos nas lutas pelos direitos das mulheres em um contexto no qual, como se sabe, ainda há muito preconceito, exclusão e violência contra elas. Ao apontarmos que dentre os eleitores no Brasil as mulheres são maioria (pouco mais de 51,7% do total, segundo o governo federal), certamente este é um aspecto explorado pelos candidatos (ou candidatas) na tentativa de arregimentar esse voto feminino. Mais do que isso, é um indício de que há a necessidade de atenção para essa parcela considerável da população, ainda mais em se tratando de uma sociedade que busca se fortalecer enquanto democracia. Esta, por usa vez, já há algum tempo vem se consolidando, e uma participação maior das mulheres vai ao encontro disso. Na década de 70 do século passado, as mulheres representavam 35% do eleitorado, ultrapassando a marca dos 50% no ano de 2006, quebrando a hegemonia do eleitorado masculino. Em relação à disputa eleitoral, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o número de candidaturas femininas alcançou 31,7% do total de registros nas últimas eleições de 2012, o que significa certo avanço. Mas uma pergunta vem à tona: esse aumento na participação do voto pelas mulheres é a confirmação de que elas estão conquistando seu espaço? Podemos dizer que sim, embora os desafios encontrados pelas mulheres tanto na política quanto na sociedade de modo geral (e um bom exemplo são as dificuldades no mercado de trabalho) ainda são consideráveis. No entanto, mesmo que possamos dizer que as mulheres estão conquistando seu espaço, é preciso considerar que, por conta das chamadas "cotas", fruto de políticas afirmativas para ampliar a participação feminina, os partidos são obrigados a reservarem uma participação de, (no mínimo, 30% para cada sexo). Dessa forma, a ampliação da participação das mulheres, em termos dos registros de candidaturas, não está ligada apenas a uma maior sensibilização quanto à importância da política entre elas ou à revolução da mulher (do feminismo) desencadeada na década de 1960 ou, ainda, à ampliação da politização da sociedade civil de modo geral, tal crescimento pode ser associado à obrigatoriedade do cumprimento de uma lei eleitoral. Obviamente, a própria instituição dessa lei foi resultado de uma luta pela maior participação feminina, o que pode ser considerado um avanço. Contudo, vale ressaltar que leis e as normas por si só possuem um poder relativo (embora sejam importantes instrumentos) na luta contra o "preconceito", seja ele de qualquer natureza. Nesse sentido, o maior número de candidaturas pode ser associado a uma maior emancipação feminina, o que não deixa de ser fato quando avaliamos as mudanças e transformações pelas quais o papel da mulher brasileira passou, mas não se resume a isso. Mesmo assim, segundo o site da Câmara dos Deputados federais, um estudo da União Interparlamentar, ligada à Organização das Nações Unidas (ONU), colocou o Brasil em 120º lugar em um ranking da proporção de mulheres nos parlamentos, (o que significa estar atrás de países islâmicos como Paquistão, Sudão e Emirados Árabes Unidos). O papel social da mulher e sua posição na sociedade brasileira ainda são permeados de contradições. Em termos quantitativos, basta analisarmos alguns dados apresentados pelo governo, observando-se que a participação das mulheres na Câmara dos Deputados é de 9% e, no Senado, de 10% do total. Além disso, o número de governadoras de estado também ainda é muito pequeno. Obviamente, a eleição da primeira presidenta do Brasil contribuiu de alguma maneira para mudar esse quadro de atrofia da participação feminina e talvez motivar outras candidaturas de mulheres. O significado desse evento do ponto de vista de uma afirmação da figura de Dilma em um cenário absolutamente masculinizado ao longo da história (já que o poder sempre esteve associado à figura do homem) ficou estampado em sua preferência em ser tratada por "PRESIDENTA" e não "presidente", (embora as normas da língua culta admitam as duas formas). Falar em diferenças comportamentais entre homens e mulheres no exercício de alguns cargos e funções trata-se de algo bastante relativo, pois aspectos como questões morais não necessariamente manifestam-se de forma diferente a depender do sexo. Assim, bom governante é aquele que tem compromisso com a democracia e com a coletividade, seja homem ou mulher. (Arizoli Carvalho - Rio de Janeiro, 23/12/2024).
🎭 Banda Devassa - Rio de Janeiro, BRASIL.
🎄 FELIZ NATAL (2024)
🙏 "O NASCER... O NATAL E A FILOSOFIA" !!!!
O Natal, para a filosofia, pode apresentar-se com
uma oportunidade ímpar para pensarmos sobre o nascer.
Curiosamente, os filósofos sempre falaram sobre a morte !!!!
A morte revela a nossa vulnerabilidade fundamental. Somos seres mortais. Mas, antes de morrer... "nascemos". Ora, o que é isso, o nascer?
Pensar o nascer é pensar sobre as estruturas fundamentais
de nosso existir no mundo.
Existimos num certo tempo, num mundo histórico, com um corpo específico, num determinado lugar, com determinadas relações, numa situação social, cultural e histórica específicas. Somos seres encarnados.
Nascer é sair do útero da pessoa que "me gerou"... (minha mãe). Por isso mesmo, nascer é reconhecer minha dependência radical e fundamental. Uma dependência que se prolonga no cuidado que recebo. Cuidado físico e emocional. Cuidado como sendo, na maioria dos casos, primeiramente recebido da própria mãe.
Mas que depois é alargado além do útero materno, além do colo materno, para um processo contínuo de nascer. Processo que, psicologicamente, começa na infância, mas se estende por toda a vida, de maneiras diferentes, mas sempre tendo como início o ser gerado e cuidado no útero materno.
Assim, nascer é um evento entranhado no corpo feminino. Esta dependência inicial foi muitas vezes subestimada pelos filósofos, "com exceção" de (Hannah Arendt).
Sempre preocupados com a autonomia do agente racional, esquecendo que somos, "fundamentalmente", (animais racionais dependentes).
Nascemos, também, nas nossas relações... Somos seres com os outros no mundo. Nossa identidade, nossa personalidade, nosso caráter, nossos desejos, nossas crenças, nossa linguagem, são sempre relacionais e as adquirimos, constantemente, a partir do nascer.
Nascemos em inescapáveis situações e horizontes de interpretação. Situações históricas, sociais... étnicas e geográficas. Nascemos numa classe econômica, numa posição social e, especialmente, dentro de relações sociais de poder.
Nascer... "é ser vulnerável de várias maneiras". Às vezes nascemos com incapacidades que marcam profundamente nossas vidas.
Mas, para todos nós... "nascer é ser radicalmente contingente" !!!!
Um olhar acurado nos ajuda a perceber que nascer, não é apenas estar fisicamente saindo do corpo feminino de nossa mãe, e entrando no mundo.
Nascer é tornar-se carne, ser encarnado. Mas, também, o nascer
é carregado de simbologia. Em nossa existência como seres de relações e herdeiros de uma imensa rede, tecida de significados, nascemos "hermeneutas", ou seja... (interpretando).
Em cada nascimento de uma nova criança, novas possibilidades nascem, novas liberdades e novas criatividades, se constituem.
As potencialidades geradas por cada nascimento... por cada criança, possuem a força de ajudar a fazer do mundo histórico,
um mundo melhor.
Todos nós nascemos de uma mulher, (nossa mãe), e nascemos vulneráveis. Temos uma história da qual somos herdeiros. Temos uma vulnerabilidade essencial que nos acompanhará por toda a vida.
Nascer é receber uma herança tecida de significados e envolvida pelos outros. Tudo isso, na fragilidade fundamental de nossa carne. Nossa vulnerabilidade é nossa estrutura fundamental.
Mas... é uma vulnerabilidade, (na maioria das vezes), cuidada pela nossa mãe. Todos temos uma origem maternal. "Este processo de cuidado sofre uma mudança ao longo do tempo" !!!!
Começamos, desde o nascer, a viver um processo psicológico de diferenciação pós-natal. Do corpo de nossa mãe, "passamos para suas mãos"... (Este é o primeiro e essencial relacionamento que, como seres que somos, nos marca profundamente).
Claro, existem hoje outras situações que questionam nossas compreensões simplificadas sobre o nascer: "casos como barriga de aluguel, adoção, abandono, pais homossexuais e outras realidades contemporâneas... dão o que pensar" !!!!
Mas... (em todas as abordagens), surge a pergunta pela figura materna, que histórica e socialmente, possui um lugar fundamental em nosso nascer.
Neste processo, do nascer, a "figura da mãe", é abordada numa
rica pluralidade de funções: "a ovulação, a gestação, o parto, a amamentação, o cuidar".
Ora... se essencialmente todos somos nascidos de uma mulher, todos nascemos sexuados.
Ao nascer recebemos como herança um horizonte de significados
e valores, de relações e determinações, de práticas e linguagens. Somos seres encarnados e com necessidades.
Habitamos no mundo e estamos em constante relação com tudo
e todos. Nossas relações são marcadas e definidas por situações sociais e políticas.
Estruturas sociais, distribuição de poder, desigualdades sociais, pobreza, abusos, doenças, miséria, (também), tristemente, fazem parte de nossas vidas.
Por isso mesmo, várias e instigantes questões éticas surgem desse nascer numa determinada situação. Especialmente, (no nosso caso), ou seja... "no caso dos humanos que são seres altriciais" !!!!
"Seres altriciais", (segundo os etnologistas, são seres que possuem um padrão de crescimento e desenvolvimento incapazes de se moverem por si mesmo logo após o nascimento).
Esta "vulnerabilidade essencial", (é fonte de cuidados, mas também, de perigos). Estes somos nós... "Somos indeterminados", (seres radicalmente abertos), num mundo já constituído, mas modificado constantemente pela cultura.
Nascemos numa cultura e somos seres culturais. Somos criadores de culturas, por isso mesmo, criadores de significados que tornam para nós nossa segunda natureza.
É, numa cultura concreta, que vivemos nossa busca ética e política de independência, autonomia e florescimento. "Busca encarnada e vivida", ao nascermos, em nossos corpos, nosso gênero, nossa raça, nossa classe social, nossa história, nosso lugar específico nas relações familiares e sociais.
É na cultura que encarno e articulo as experiências vividas no passado a fim de orientar minha vida em direção... "a um futuro grávido de florescimento humano e social" !!!!
Finalmente... nascer implica olhar a (temporalidade), de
nossas experiências vividas e, (de modo especial), a experiência fundamental de nosso próprio nascimento do corpo de uma mulher.
Neste sentido, nascer é receber um dom, (o maior de todos),
"o dom de si mesmo". Recebemos este dom de nossa mãe e
de nosso pai, "nossos genitores" !!!!
Somos "seres de doação", porque doados a nós mesmos. Ser doado a mim mesmo, no tempo, é a estrutura fundamental que
dá o contorno, o quadro de referências, para todas as experiências posteriores.
Somos, "primeiramente e fundamentalmente", (um dom)...
E este dom torna-se realidade... torna-se carne, "no nascer" !!!!
Nascer, portanto... "é o mais fantástico e fundamental, evento
da existência humana no mundo". (Elton Vitoriano Ribeiro).
🎄 "Pedi para que, Papai Noel, te entregasse o melhor dos presentes neste dia: muita saúde... amor e felicidade para todos, Um Feliz Natal" !!!! - (By Arizoli)
🍷 (By Arizoli Carvalho - Rio de Janeiro, 23/12/2024).
Banda Devassa - Rio de Janeiro - Brasil.
⏰ "DEIXEM-ME ENVELHECER" !!!!
🍷 "Roberto Romulo de Oliveira"...
⏱ "Deixem-me envelhecer"... sem compromissos e cobranças,
Sem a obrigação de parecer jovem e ser bonita para alguém,
Quero ao meu lado quem me entenda e me ame como eu sou,
Um amor para dividirmos tropeços desta nossa última jornada,
Quero envelhecer com dignidade, com sabedoria e esperança,
Amar minha vida, agradecer pelos dias que ainda me restam,
Eu não quero perder meu tempo precioso com aventuras,
Paixões perniciosas que nada acrescentam e nada valem.
⏱ "Deixem-me envelhecer"... com sanidade e discernimento,
Com a certeza que cumpri meus deveres e minha missão,
Quero aproveitar essa paz merecida para descansar e refletir,
Ter amigos para compartilharmos experiências, conhecimentos,
Quero envelhecer sem temer as rugas e meus cabelos brancos,
Sem frustrações, terminar a etapa final desta minha existência,
Não quero me deixar levar por aparências e vaidades bobas,
Nem me envolver com relações que vão me fazer infeliz.
⏱ "Deixem-me envelhecer"... aceitar a velhice com suas mazelas,
Ter a certeza que minha luta não foi em vão: teve um sentido,
Quero envelhecer sem temer a morte e ter medo da despedida,
Acreditar que a velhice é o retorno de uma viagem, não é o fim,
Não quero ser um exemplo, quero dar um sentido ao meu viver,
Ter serenidade, um sono tranquilo e andar de cabeça erguida,
Fazer somente o que eu gosto, com a sensação de liberdade,
Quero saber envelhecer, ser uma velha consciente e feliz !!!!
💕 (Concita Weber).
⚓ (Arizoli Carvalho - Rio de Janeiro, 23/12/2024).
IMAGENS: By Arizoli.
(Sítio São José - Rio de Janeiro - 04/08/2018).
Banda Devassa - Rio de Janeiro. (Cultura, Esporte e Lazer).
CAVALGADA...
Vou cavalgar por toda a noite
Por uma estrada colorida,
Usar meus beijos como açoite
E a minha mão mais atrevida.
Vou me agarrar aos seus cabelos
Pra não cair do seu galope.
Vou atender aos meus apelos
Antes que o dia nos sufoque.
Vou me perder de madrugada
Pra te encontrar no meu abraço.
Depois de toda a cavalgada
Vou me deitar no seu cansaço.
Sem me importar se neste instante
Sou dominado ou se domino.
Vou me sentir como um gigante
Ou nada mais do que um menino.
Estrelas mudam de lugar;
Chegam mais perto só pra ver
E ainda brilham de manhã
Depois do nosso adormecer.
E na grandeza deste instante
O amor cavalga sem saber;
E na beleza desta hora
O sol espera pra nascer.
(Roberto Carlos).
Banda Devassa - Rio de Janeiro. (Cultura... Esporte e Lazer).
PARTICIPAÇÃO DA MULHER NA VIDA POLÍTICA.
(Em um país de cultura predominantemente machista e de raízes patriarcais, a mulher parece ganhar, embora a passos curtos, mais espaço na política nacional).
O dia "08 de Março", dia internacional da mulher, convida-nos a uma reflexão sobre as mulheres e o mundo da política. Pensar no papel social desempenhado pelas mulheres na sociedade brasileira (mais especificamente sob a ótica da política) é sempre um exercício interessante, principalmente quando levamos em consideração uma sociedade como a nossa, construída sob a égide do machismo, do patriarcalismo, na qual o homem sempre ocupou o espaço público e a mulher, o privado.
Mas e na política, ainda temos um espaço fechado entre os homens? Não... isso vem mudando, e a participação política das mulheres é prova disso, seja como eleitoras (desde a década de 1930), seja como candidatas a cargos públicos, mas tal mudança ocorre a "passos lentos". Porém, mesmo que ainda tímida, a presença cada vez maior de candidatas é algo fundamental para o fortalecimento da democracia, afinal, a representatividade feminina é extremamente necessária quando pensamos nas lutas pelos direitos das mulheres em um contexto no qual, como se sabe, ainda há muito preconceito, exclusão e violência contra elas.
Ao apontarmos que dentre os eleitores no Brasil as mulheres são maioria (pouco mais de 51,7% do total, segundo o governo federal), certamente este é um aspecto explorado pelos candidatos (ou candidatas) na tentativa de arregimentar esse voto feminino. Mais do que isso, é um indício de que há a necessidade de atenção para essa parcela considerável da população, ainda mais em se tratando de uma sociedade que busca se fortalecer enquanto democracia. Esta, por usa vez, já há algum tempo vem se consolidando, e uma participação maior das mulheres vai ao encontro disso.
Na década de 70 do século passado, as mulheres representavam 35% do eleitorado, ultrapassando a marca dos 50% no ano de 2006, quebrando a hegemonia do eleitorado masculino. Em relação à disputa eleitoral, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o número de candidaturas femininas alcançou 31,7% do total de registros nas últimas eleições de 2012, o que significa certo avanço.
Mas uma pergunta vem à tona: esse aumento na participação do voto pelas mulheres é a confirmação de que elas estão conquistando seu espaço? Podemos dizer que sim, embora os desafios encontrados pelas mulheres tanto na política quanto na sociedade de modo geral (e um bom exemplo são as dificuldades no mercado de trabalho) ainda são consideráveis.
No entanto, mesmo que possamos dizer que as mulheres estão conquistando seu espaço, é preciso considerar que, por conta das chamadas "cotas", fruto de políticas afirmativas para ampliar a participação feminina, os partidos são obrigados a reservarem uma participação de, (no mínimo, 30% para cada sexo).
Dessa forma, a ampliação da participação das mulheres, em termos dos registros de candidaturas, não está ligada apenas a uma maior sensibilização quanto à importância da política entre elas ou à revolução da mulher (do feminismo) desencadeada na década de 1960 ou, ainda, à ampliação da politização da sociedade civil de modo geral, tal crescimento pode ser associado à obrigatoriedade do cumprimento de uma lei eleitoral.
Obviamente, a própria instituição dessa lei foi resultado de uma luta pela maior participação feminina, o que pode ser considerado um avanço. Contudo, vale ressaltar que leis e as normas por si só possuem um poder relativo (embora sejam importantes instrumentos) na luta contra o "preconceito", seja ele de qualquer natureza.
Nesse sentido, o maior número de candidaturas pode ser associado a uma maior emancipação feminina, o que não deixa de ser fato quando avaliamos as mudanças e transformações pelas quais o papel da mulher brasileira passou, mas não se resume a isso. Mesmo assim, segundo o site da Câmara dos Deputados federais, um estudo da União Interparlamentar, ligada à Organização das Nações Unidas (ONU), colocou o Brasil em 120º lugar em um ranking da proporção de mulheres nos parlamentos, (o que significa estar atrás de países islâmicos como Paquistão, Sudão e Emirados Árabes Unidos).
O papel social da mulher e sua posição na sociedade brasileira ainda são permeados de contradições. Em termos quantitativos, basta analisarmos alguns dados apresentados pelo governo, observando-se que a participação das mulheres na Câmara dos Deputados é de 9% e, no Senado, de 10% do total. Além disso, o número de governadoras de estado também ainda é muito pequeno.
Obviamente, a eleição da primeira presidenta do Brasil contribuiu de alguma maneira para mudar esse quadro de atrofia da participação feminina e talvez motivar outras candidaturas de mulheres. O significado desse evento do ponto de vista de uma afirmação da figura de Dilma em um cenário absolutamente masculinizado ao longo da história (já que o poder sempre esteve associado à figura do homem) ficou estampado em sua preferência em ser tratada por "PRESIDENTA" e não "presidente", (embora as normas da língua culta admitam as duas formas).
Falar em diferenças comportamentais entre homens e mulheres no exercício de alguns cargos e funções trata-se de algo bastante relativo, pois aspectos como questões morais não necessariamente manifestam-se de forma diferente a depender do sexo. Assim, bom governante é aquele que tem compromisso com a democracia e com a coletividade, seja homem ou mulher.
(Arizoli Carvalho - Rio de Janeiro, 23/12/2024).