Uns poucos civis que participaram do golpe eram autoridades, como governadores, deputados, senadores, haviam também, muitos civis eram a favor do golpe; mas a maioria dos brasileiros ficaram anônimos, não eram a favor mas ficaram quietos, eu tinha dez anos na época, morava na roça à época, tínhamos poucas informações a respeito, mas quando ficamos sabendo da situação, ficamos tristes, meu pai ficou revoltado, na avaliação dele, os militares não tinha condições de governar o pais, o que ia acontecer eram muitas perseguições política
Professor Carlos Fico! Parabéns! A despeito de opiniões retrógradas, seu conhecimento sobre o tema inspira a todos os historiadores, e público em geral! Parabéns!
Importante a fala do professor de se observar a participação da população civil a favor do Golpe, seja de forma consciente defendendo seus interesses ou de forma manipulada. Realmente o termo correto seria Golpe Militar e Civil. Outro aspecto importante é a necessidade da não romantização do triste episódio de nossa história, para que se possa se ter uma abordagem mais fiel, reflexiva e crítica.
Olá, Claudia! Obrigado pelo comentário. E você está super certa: abordagens historiográficas devem fazer de tudo para se afastar de leituras romantizadas do passado. Abraço!
Prezado Professor Fico, infelizmente, no caso da revisão da lei de anistia... ainda que ela passasse por alguma revisão, ela seria inutil, pois a Constituição/88 prevê em seu artigo 5, inciso XL que a lei penal não pode retroagir, salvo para beneficiar o réu (não há retroatividade em malam partem, como se diz no Direito).
Professor, estou trabalhando no Meu Trabalho de Conclusão de Curso (Técnico em Serviços Jurídicos), no qual decorro sobre a Lei da Anistia e a Comissão Nacional da Verdade. Gostaria refletisse sobre as consequências da Lei da Anistia (1979) nos dias atuais e qual seria o contexto jurídico-histórico nos anos que antecederam a promulgação da lei e os anos conseguintes. Obrigado!
Há atualmente o apoio de determinados setores da sociedade civil ao retorno da ditadura militar, ainda que eles sejam minoria por enquanto. O velho discurso pró-golpe (militar ou civil, não importa) para salvar a democracia do "comunismo" voltou à tona com força, má fé e deturpação. Isso me faz questionar o papel dos historiadores, especialmente daqueles que pesquisam sobre os anos de 1964 a 1985, na atual conjuntura brasileira. Parece-me que essas pesquisas e debates sobre o tema ficaram circunscritos à academia. A maioria da população continua extremamente desinformada sobre a história do país nesse período, a ponto de acreditar piamente que existe uma "ameaça comunista", "bolivariana" ou qualquer coisa do tipo em marcha no Brasil. É grave, muito grave que tanto conhecimento produzido não tenha alcançado um público mais amplo. Agora temos que aguentar politicamente o peso da ignorância da sociedade em relação à sua própria história.
Perfeito seu comentário, Flávia. Também penso os historiadores pecam ao utilizar uma linguagem que não ultrapassa os limites da academia. Muito por conta disso talvez o público leitor em geral acaba muitas vezes recorrendo a textos de jornalistas...
A causa do golpe civil-militar de 1964, que já vinha sendo planejado já bem antes da data em que ocorreu, é muito mais econômica que política. A participação e apoio dos EUA (inclusive através de um consórcio das ditaduras do cone sul sob sua coordenação - Operação Condor - e colaboração com armas, instrutores, um centro de comunicações no Panamá e dinheiro, além da participação direta no Brasil de Lincoln Gordon, embaixador dos EUA e não apenas a Operação Brother Sam) dos latifundiários e empresários (muitos deles hoje participantes e aliados do governo Dilma) se deve a algumas medidas anunciadas e implementadas por João Goulart, como o controle da taxa de remessa de lucros e a desapropriação de latifúndios às margens de BR's, que ameaçavam efetivamente os interesses vitais dos EUA e dos empresários e latifundiários brasileiros. O discurso de que os que apoiaram o golpe civil-militar de 1964 e os 21 anos de ditadura militar não previam a instalação de um regime, uma ditadura militar tão duradoura, é pura balela e esconde a verdadeira intenção de isentar responsabilidades sobre as torturas, assassinatos e ocultações de cadáveres durante esse período, sobretudo isentar a responsabilidade do Estado brasileiro por tais crimes e incriminar as organizações de esquerda que realizaram a luta armada, por não lhes restar outra forma de resistência e fomentar a rejeição do povo à luta armada e a violência revolucionária como uma exigência histórica inevitável para uma efetiva mudança estrutural do país por conta dos interesses antagônicos e irreconciliáveis das classes componentes da sociedade, o que as leva a uma luta constante, franca, dissimulada, direta ou indireta. O referido discurso predominante no meio acadêmico tem ainda por objetivo, consolidar na maioria da população a ideia da possibilidade da mudança estrutural da sociedade brasileira pela via institucional/eleitoral, jogar a opinião pública contra as verdadeiras organizações de esquerda no país e contra os comunistas. Assim as universidades públicas e privadas brasileiras, e seus professores, reitores, diretores de departamentos, orientadores de cursos de mestrado e doutorado, cumprem com fidelidade canina seu papel histórico de aparelhos ideológicos de Estado e difusores, reprodutores da ideologia dominante, no que consiste a sua verdadeira e única excelência. (Paulo Oisiovici, professor licenciado e bacharel em História, especialista em História da África e Cultura Africana, Afro-brasileira e Indígena, Correntina-BA)
Uns poucos civis que participaram do golpe eram autoridades, como governadores, deputados, senadores, haviam também, muitos civis eram a favor do golpe; mas a maioria dos brasileiros ficaram anônimos, não eram a favor mas ficaram quietos, eu tinha dez anos na época, morava na roça à época, tínhamos poucas informações a respeito, mas quando ficamos sabendo da situação, ficamos tristes, meu pai ficou revoltado, na avaliação dele, os militares não tinha condições de governar o pais, o que ia acontecer eram muitas perseguições política
Excelente
Obrigada professor
Professor Carlos Fico! Parabéns! A despeito de opiniões retrógradas, seu conhecimento sobre o tema inspira a todos os historiadores, e público em geral! Parabéns!
Importante a fala do professor de se observar a participação da população civil a favor do Golpe, seja de forma consciente defendendo seus interesses ou de forma manipulada. Realmente o termo correto seria Golpe Militar e Civil. Outro aspecto importante é a necessidade da não romantização do triste episódio de nossa história, para que se possa se ter uma abordagem mais fiel, reflexiva e crítica.
Olá, Claudia! Obrigado pelo comentário.
E você está super certa: abordagens historiográficas devem fazer de tudo para se afastar de leituras romantizadas do passado. Abraço!
Claudia ma silva ..... ditadura aqui não.. Cuba, Venezuela e outros lixos aqui não
Parada obrigatória para quem gosta de História! Parabéns!
Parabéns! Muito obrigada pela iniciativa!
Parabéns pelo evento, de extrema importância para o Historiador, aos estudantes de História e interessados nesse assunto tão importante!!!”
Telma Lemos traduza-se esquerda como terroristas e. Comunistas financiados pela URSS
Prezado Professor Fico, infelizmente, no caso da revisão da lei de anistia... ainda que ela passasse por alguma revisão, ela seria inutil, pois a Constituição/88 prevê em seu artigo 5, inciso XL que a lei penal não pode retroagir, salvo para beneficiar o réu (não há retroatividade em malam partem, como se diz no Direito).
Muito bom! Parabéns.
Professor, estou trabalhando no Meu Trabalho de Conclusão de Curso (Técnico em Serviços Jurídicos), no qual decorro sobre a Lei da Anistia e a Comissão Nacional da Verdade. Gostaria refletisse sobre as consequências da Lei da Anistia (1979) nos dias atuais e qual seria o contexto jurídico-histórico nos anos que antecederam a promulgação da lei e os anos conseguintes.
Obrigado!
Há atualmente o apoio de determinados setores da sociedade civil ao retorno da ditadura militar, ainda que eles sejam minoria por enquanto. O velho discurso pró-golpe (militar ou civil, não importa) para salvar a democracia do "comunismo" voltou à tona com força, má fé e deturpação. Isso me faz questionar o papel dos historiadores, especialmente daqueles que pesquisam sobre os anos de 1964 a 1985, na atual conjuntura brasileira. Parece-me que essas pesquisas e debates sobre o tema ficaram circunscritos à academia. A maioria da população continua extremamente desinformada sobre a história do país nesse período, a ponto de acreditar piamente que existe uma "ameaça comunista", "bolivariana" ou qualquer coisa do tipo em marcha no Brasil. É grave, muito grave que tanto conhecimento produzido não tenha alcançado um público mais amplo. Agora temos que aguentar politicamente o peso da ignorância da sociedade em relação à sua própria história.
Perfeito seu comentário, Flávia. Também penso os historiadores pecam ao utilizar uma linguagem que não ultrapassa os limites da academia. Muito por conta disso talvez o público leitor em geral acaba muitas vezes recorrendo a textos de jornalistas...
* ! *
#BrasilNuncaMais
#paraexpressaraliberdade
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A causa do golpe civil-militar de 1964, que já vinha sendo planejado já bem antes da data em que ocorreu, é muito mais econômica que política. A participação e apoio dos EUA (inclusive através de um consórcio das ditaduras do cone sul sob sua coordenação - Operação Condor - e colaboração com armas, instrutores, um centro de comunicações no Panamá e dinheiro, além da participação direta no Brasil de Lincoln Gordon, embaixador dos EUA e não apenas a Operação Brother Sam) dos latifundiários e empresários (muitos deles hoje participantes e aliados do governo Dilma) se deve a algumas medidas anunciadas e implementadas por João Goulart, como o controle da taxa de remessa de lucros e a desapropriação de latifúndios às margens de BR's, que ameaçavam efetivamente os interesses vitais dos EUA e dos empresários e latifundiários brasileiros. O discurso de que os que apoiaram o golpe civil-militar de 1964 e os 21 anos de ditadura militar não previam a instalação de um regime, uma ditadura militar tão duradoura, é pura balela e esconde a verdadeira intenção de isentar responsabilidades sobre as torturas, assassinatos e ocultações de cadáveres durante esse período, sobretudo isentar a responsabilidade do Estado brasileiro por tais crimes e incriminar as organizações de esquerda que realizaram a luta armada, por não lhes restar outra forma de resistência e fomentar a rejeição do povo à luta armada e a violência revolucionária como uma exigência histórica inevitável para uma efetiva mudança estrutural do país por conta dos interesses antagônicos e irreconciliáveis das classes componentes da sociedade, o que as leva a uma luta constante, franca, dissimulada, direta ou indireta. O referido discurso predominante no meio acadêmico tem ainda por objetivo, consolidar na maioria da população a ideia da possibilidade da mudança estrutural da sociedade brasileira pela via institucional/eleitoral, jogar a opinião pública contra as verdadeiras organizações de esquerda no país e contra os comunistas. Assim as universidades públicas e privadas brasileiras, e seus professores, reitores, diretores de departamentos, orientadores de cursos de mestrado e doutorado, cumprem com fidelidade canina seu papel histórico de aparelhos ideológicos de Estado e difusores, reprodutores da ideologia dominante, no que consiste a sua verdadeira e única excelência.
(Paulo Oisiovici, professor licenciado e bacharel em História, especialista em História da África e Cultura Africana, Afro-brasileira e Indígena, Correntina-BA)
Não é verdade. Leia Jorge Ferreira.