É urgente popularizar a teoria da dependência no Brasil. Até dentro da academia as pessoas têm dificuldade de entendê-la. Constantemente vejo o argumento desenvolvimentista culpando o governo pela não industrialização do país (desconsiderando forças econômicas externas e a ausência de soberania política do país em relação ao exterior). Ou o uso da teoria das vantagens comparativas pelos liberais clássicos, que mostram capacidade de compreender a teoria da dependência, mas optam por uma justificativa ideológica fajuta da armadilha (ou ciclo vicioso) a qual todo país periférico do capitalismo está preso. Faz uma versão com linguagem mais simples e atrativa (avisa antes que é a versão com linguagem mais simples).
Mas o governo tem sua culpa sim. Sabemos q é um governo q atende os interesses da burguesia rentista parasitária e por isso nao quer industrializar. Portanto tem culpa também
@@Keyborges Olá tudo bem? Acho que o João se referia às inúmeras palestras que o Ciro fez em período pré eleitoral desde 2016, em universidades, institutos, centros de tecnologia, entre outros, onde ele corriqueiramente se referia a esse assunto, não tão especificamente, mas em linhas gerais ao explicar o processo de desindustrialização do Brasil dos anos 80 para cá, entre outros fatores. Abraços!
@@biroarq Eu não vi, mas não quero tornar isso um plot twist para defender o projeto paternalista do Ciro, e muito menos o peleguismo centro-esquerda do PDT, que flerta tanto ou mais com o neoliberalismo que o PT em seus anos de governo. Eu vejo o discurso do Ciro dentro do eixo "desenvolvimentista" que mencionei no início, por isso vou usar esse comentário para desconstruir essa imagem heróica dele. Quando realmente compreende-se a extensão da teoria da dependência, percebe-se que a industrialização e o desenvolvimento em nossa economia de mercado não é essas mil maravilhas que se promete, pois quase inevitavelmente o desenvolvimento que ocorre por essas bandas irá servir aos interesses do centro do capitalismo global. Existe um caminho ao meu ver para solucionar esse problema e este é romper com o fetiche do crescimento infinito e da priorização desenvolvimento da indústria nacional. É projetar, sem procrastinar esse sonho, uma meta para o país centrada na educação, na inovação, na emancipação do povo, na qualidade de vida (isso inclui pensar uma economia sustentável que possa alimentar e oferecer serviços que melhorem a qualidade de vida do povo), na ecologia e na igualdade social. Sem ceder ao etapismo e sem precisar confiar na burguesia local como pré-requisito para os fins. Minha bagagem é de anarquistas que tiveram essa leitura da teoria da dependência e me recomendaram o Marini. Mesmo tendo uma leitura de mundo diferente hoje, mesmo respeitando quem depositou a fé [n -essa praga d- o] "cirismo", essa leitura à extrema esquerda é essencial para não confundir teoria da dependência com o desenvolvimentismo e para limpar as consciências das pessoas dessa confiança cega em velhos políticos de centro, falsos (ou apenas antiquados) profetas da esquerda brasileira. Um abraço!
Boa ideia! Prof. Nildo Ouriques da UFSC seria um ótimo convidado pra falar da teoria da dependencia, nessa vertente tão bem trabalhada por Ruy Mauro Marini e outros economistas.
Sugiro, se possível, que vc faça uma série interpolando "teoria da dependência" e "revolução brasileira". Acredito que seria interessante para vc explorar os temas de forma aprofundada e mais prática. Ótimo vídeo!
Camarada! ótimo vídeo. Tens algum artigo para indicar, Além dos volumes do Capital que coloque a temática do Lei da Queda tendencial associada às economias dependentes?
Eu entendi o vídeo, porém a conclusão de que a solução é o sub-desenvolvido se manter improdutivo para impedir que o país desenvolvido se aproprie de um valor extra, supondo ai preços iguais para mercadorias iguais (o que não é realmente algo comum no cenário mundial para produtos industrializados considerando diferenças tecnológicas nos produtos oferecidos, marca, ignorando também conceito de produtos substitutos e de baixa qualidade, e também ignorando distorções causadas por barreiras monopolistas ou estatais que são maiores em países subdesenvolvidos com sua perspectiva protecionista) seria não desenvolver a produtividade? Qual o seu ponto aqui? Evitar o desenvolvimento de tecnologias, técnicas de gestão e de produção e manter o nível de exploração com produtos não competitivos penalizando tanto a demanda quanto o trabalhador e a tributação da nação? Ao meu ver a saída lógica para uma real competitividade seria o país subdesenvolvido AUMENTAR a produtividade para bater de frente com a produtividade dos países desenvolvidos (Coréia do Sul, Japão, China e antigamente EUA e Austrália que nasceram como nações fora do centro europeu).
Sempre compreendi a teoria da dependência como sendo "nós dependemos deles". Na verdade é eles que dependem da gente. Se isso não é dialética eu não sei o que é.
Humberto, é correto afirmar que a transferência de valor, em Marini, pode ser entendida pela formação de uma Taxa Média de Lucro, desenvolvida no Livro III do Capital? Ao ler Dialética da Dependência, o entendimento que tive é de, apesar de a América Latina ter menor composição orgânica do capital, que permite uma criação de mais-valor em maior magnitude que as economias do centro, e, por isso, uma maior Taxa de Lucro particular, ao inserir-se no comércio internacional, forma-se uma Taxa Média de Lucro, na qual a América Latina contribui transferindo uma parte do mais-valor, realizando, por isso, uma massa de valor menor do que a efetivamente produzida - o que explicaria a deterioração dos termos de troca, isto é, a queda histórica de preço dos produtos primários, apesar da baixa composição do capital, ao passo que os bens finais da indústria têm seu preço relativamente constante, ou aumentado. Neste sentido, e, novamente, no meu entendimento, vem daí a necessidade do subdesenvolvimento para o desenvolvimento do capitalismo no centro. Voltando a realização do capital para fora, sujeita à formação de uma Taxa Média de Lucro, a economia Latino-Americana, de baixa composição orgânica, menor produtividade, contribui para aumentar a Taxa Média de Lucro, ou, ainda, frear sua tendência de queda. Não obstante, faz isso justamente porque transfere uma parte de seu (mais)valor produzido. Daí vem a necessidade de uma economia exportadora de baixa composição, inserida de forma subordinada ao centro. Essa interpretação tem fundamento? Ajuda aí! haha
Ué, mas é isso aí. Na formação da taxa média, a maior produtividade do centro faz com que este se aproprie do mais valor extraordinário que é justamente essa diferença entre o valor que se apropria a periferia, com mais capital variável na composição do capital, e o valor que se apropria o centro, que é mais produtivo e por isso consegue se apropriar da baixa produtividade da periferia (e mais valor excedente).
Primeiro, ela é altamente produtiva - por essa ótica aqui, mesmo em produtos primários, produtividade, gera mais valor extraordinário. Se olhar os dados da produtividade da agricultura da Austrália e comparar com o Brasil verá a diferença. A mesma coisa em nível de mecanização. Por outro lado, não há desenvolvimento de setores de tanta complexidade assim que expliquem sozinhos os bons índices da Austrália. Mas seguinte, ela tem sim complexidade, não que justifique seu desenvolvimento, mas tem. Mais, ela tem uma capacidade em recursos naturais para esses setores compatível com a do Brasil só que com um quarto da nossa população. Há outro fator, o histórico. Não se estabeleceu lá uma colônia de exploração (embora esse conceito seja problemático, mas só pra balizar), quero dizer, os níveis de exploração colonial lá não tiveram as mesmas características do Brasil, o isolamento e a baixa população fizeram com que se desenvolvessem sinergias a fim de reproduzir localmente o que faltava em importações. Depois, quando a economia se especializou, as vantagens comparativas voltaram a Austrália para onde ela está hoje. Há um caso mais intrigante ainda que é outro ponto fora da curva (porém com explicações semelhantes, guardadas as proporções), que é a Nova Zelândia.
@@HumbertoMatos Nossa, nem tinha pensado nas variáveis histórica, geográfica e populacional! Por isso, as peculiaridades e especificidades do desenvolvimento de cada país!
Livro : Chutando a escada! Fala basicamente sobre isso. Os países desenvolvidos ditam e influenciam os subdesenvolvidos a seguirem um caminho equivocado.
Excelente o vídeo, gostaria de saber a tua opinião sobre o Krugman, que é um dos papas de economia internacional e se existe algum paralelo das obras dele com a teoria da dependência.
Gostaria de contribuir, mas por princípio NÃO forneço meus dados pessoais na internet. A única maneira pela qual posso contribuir é você disponibilizar vários Boletos Bancários, cada um com um valor, digamos, R$ 10, R$ 20, R$ 50, R$ 100, etc. Assim, as pessoas poderiam pagar o Boleto Bancário com o valor escolhido, que seria creditado na sua conta corrente, sem se identificar, ou seja, permanecendo anônimo. Considere esse hipótese e eu certamente passarei a fazer uma contribuição mensal.
Humberto, estou começando a estudar economia pra valer agora, tem algum guia de livros pra indicar? Um que abrange a maioria das vertentes de pensamento econômico?
Olá Humberto! Além de cumprimenta-lo pelo trabalho, o objetivo desse comentário é fazer uma observação construtiva a respeito do vídeo, que só assisti agora (set/2020). A observação se refere ao que você apresenta, a partir do vigésimo minuto, a respeito do PP - Preço de Produção, por meio da fórmula: PP = c + v + l’m. Penso que o correto seria: PP = c + v + lm; neste caso, lm como sendo o lucro médio (o próprio mais-valor médio), posto que l’m, como taxa de lucro, é uma relação, e, como tal, não poderia ser somada a: c + v, números absolutos. Interessante é que este problema que relato não aparece numericamente como erro, porque os exemplos que você utilizou são de capitais totais de 100, e porque o lucro médio, que é 50 coincide com o 50 dos 50% da taxa de lucro média. Acho importante, caso você concorde com o comentário, a correção do vídeo nesse aspecto, considerando a importância do tema e do próprio vídeo, muito bem feito e muito didático. Grande abraço, arthur.hp3@gmail.com
Olá Humberto, acompanho seu canal já a algum tempo mas não sou muito de comentar, entretanto tem um tema que anda rondando muitos fóruns de economia keynesiana e neoliberal e até os ancaps.. o tema é que estamos próximos de uma crise capitalista de grandes proporções, queria saber sua opinião sob a ótica marxista, há algum fórum que você acompanhe que estão falando sobre isso?
Desculpa, só uma dúvida, tipo como os países desenvolvidos fazem pra coletar esse excedente produzido pelos países subdesenvolvidos? Entendi, mas me perdi nessa parte
É um assunto difícil, mesmo! Depende de alguns conceitos anteriores que eu também ainda não domino. Você não é burro, aliás, diria que você é inteligente, pois a pessoa inteligente sabe os limites daquilo que sabe ou não, enquanto que uma pessoa "burra", muitas vezes sai, por ai, vomitando conceitos totalmente equivocados e se achando, entendeu? Você somente ainda não domina tais conceitos... assim como eu!! Ninguém nasce sabendo, por isso, aprendemos todos os dias!
O assunto é complexo mais bem pratico, os países subdesenvolvidos ou dependentes funcionam como colônia! Só que uma colônia “ feliz “, ou como diz Allison Mascaro, um país onde o rico e o pobre tiram fotos sorrindo no Facebook!
Acho que o modo em que ele explica, sem exemplos, complica um pouco. Mas pelo o que entendi, você pode usar como exemplo as empresas de calçados Nike como a empresa 1 e Olympikus como empresa 3. A Nike utiliza da mão de obra em países extremamente pobres, Vietnã, Indonésia. Já a Olympikus utiliza a mão de obra brasileira, que não é cara mas já é melhor kkkkkkk. Como a Nike utiliza uma mão de obra barata, ela pode produzir mais e abaixar o custo final do produto, vendendo abaixo do valor médio. Então se você abrir o comércio, livre de taxações com o mercado externo, isso será prejudicial a economia brasileira, já que elas acabariam com as empresas brasileiras, que são as que nos empregam, formando um novo relacionamento, parecido com metrópole e colônia. Foi basicamente isso que entendi, mas se tiver errado alguém me corrigi.
Eu estou acompanhando o canal faz um tempo e não é facil porque essa é uma explicação formal e acadêmica. Minha única crítica ao canal no momento é essa falta de exemplos no mundo real. Mas nesse cenário vamos imaginar por exemplo a questão de produtos de vestuário. Vamos considerar nesse cenário no mundo que as materias primas são na maioria comodities que tem preço definido no mercado internacional, tipo algodão. Pense uma roupa de marca que é fabricada num país pouco desenvolvido geralmente na Ásia como Bangladesh. O custo da materia é meio que fixo (apesar de já existir ai uma certa superexploração do trabalho em alguns países). Nesse cenário em valores reais uma roupa é fabricada e falando em dinheiros(que não é a mesma coisa que valor) vamos dizer que o custo de produção médio referente ao salário do empregado que produz seja de 15 centavos de dólar por peça. O que explica o preço de uma peça custar no mercado final digamos 20 dólares? Além da questão do fetichismo que tem a ver com a marca tem essa superexploração. A maior parte do lucro que podemos chamar aqui de mais valia pra simplificar(mas não é a mesma coisa) fica com qual país? Fica com o país de origem da marca, geralmente na centralidade do capitalismo, que controla a marca e a questão de publicidade que produz todo esse falso valor social que chamamos de fetichismo. OU seja, o país da centralidade do capitalismo explora a situação de miséria da periferia, por isso se chama de superexploração já que o capitalista periférica dono da fábrica tambem explorar o seu trabalhador em menor grau. O valor social real do trabalho que seria aqui no máximo:colher algodão, transportar, poduzir e comercializar acaba virando algo menor no custo de produção médio e no preço individual e a maior parte da mais valia vai pro país que controla a marca de roupa e não a produção. O mesmo acontece com outros produtos como chocolates industrializados suiços, blends de café feitos na Alemanha com café brasileiro, etc. Esse é um tipo de alienação também porque o trabalhador nesse cenário não seria capaz de consumir o próprio fruto do seu trabalho nem em um mês de trabalho devido a essa assimetria. Por isso a teoria liberal é tão falha. Sempre existirá um país mais pobre a ser explorado e a diferença de produtividade da centralidade é muito grande , seja, pela questão do capital constante na forma de maquinás ou automação, infra-estrutura, seja pela especialização maior do trabalho na centralidade. Existe também a questão da disponibilidade de capital já que este se acumula de maneira mais intensa nos países desenvolvidos da centralidade e na forma de juros explora de outra maneira tanto o Estado periférico quanto os capitalistas periféricos.
Exatamente, o Brasil por exemplo, só mostra crescimento, quando as conjunturas internacionais são favoráveis, ao contrário da China que desde a década de 70 vêm crescendo de uma forma muito mais independente, o Brasil dependente muito do FMI, e a maior parte da sua exportação é de matérias primas, e ou materiais industriais, mas que não são de origem nacional, são só montados aqui, estamos sempre dependendo de como tudo está lá fora, para crescer, claro que no mundo global isso é quase que uma lógica, mas se pegarmos os países dominantes eles crescem a partir de suas próprias ideias, suas inovações, diferentemente do Brasil, eles usam a globalização pra saber do que o mundo está precisando, ou o que o momento presente pede, ou o que está faltando, para lançar um novo produto, e não dependem somente de um única indústria, ou um único setor da economia, como o BR
Parabéns! É isso que inclusive grande parte dos partidos "marxistas" no Brasil precisam retomar. Defender desenvolvimento econômico dentro do capitalismo e dizer-se de esquerda??!
Eu te acompanho e irei continuar mas seus videos sempre me levantam a seguinte duvida : como poderiamos falsear(popperianamente falando) essa hipotese? Ou seja, supondo que a lei tendencial dos lucros seja falsa, que evidencias podem apontar isso? Qual conjunto de testes estatisticos? Quando você fala que os paises produtivos contrabalanceam a tendencia de queda, como mensurar? Existe uma reta suporte do grafico taxa de lucro x tempo que possa ser jogada contra os dados? Me pergunto pois popper falou que o marxismo e a evolução eram infalseaveis, tendo porém voltado atrás com relação a evolução mas não ao marxismo. Desde já agradeço a atenção :)
Acho que não, na verdade a palavra tendencial sugere que se trabalhe com a média e não com os casos particulares. Se a média não seguir o comportamento, pode-se demonstrar isso estatisticamente e isso falsearia a teoria. Possivelmente muitos marxistas não aceitariam, mas isso no caso é um problema dos marxistas não do marxismo.
@@Keyborges a Teoria Marxista não desconsidera os aspectos particulares. O que ela aponta são generalidades que a partir de então manisfestam suas particularidades. É um movimento dialético entre Geral e especifico.
@@luanFcasarin Eu não falei sobre a "Teoria Marxista", estava me referindo à palavra tendencial, e não era uma critica, mas um reconhecimento da teoria marxista e uma tentativa de desconfundir o OP. "Falsearia" está no futuro do pretérito, é uma hipótese, e ser falseável é uma qualidade científica. Ironicamente sua pressa em defender o marxismo ilustrou bem o que eu quis dizer na última frase. Um abraço, companheiro!
Luan, não foi e não é meu intuito atacar o marxismo, porém suponha que eu meça a taxa de mais valia, a porcentagem de capital humano e fixo no capital e etc. Faço uma regressão dos dados e vejo que o modelo não bate. Aceitaria esse dado como refutatorio(depois de validar a metodologia claro) ou diria que deve ter havido algo que interferiu?
Além disso o tempo não é o único determinante do valor das mercadorias, e nem é o mais importante, de acordo com a teoria do valor marginal. O valor é definido pelo mercado, não pelo capitalista
Eu andei vendo esse teoria em outros lugares. Sabe qual a dificuldade aqui? o Marx usava um conceito chamado Materialismo, ou seja, o valor esta no objeto e não no indivíduo. O valor não é abstrato mas uma média de trabalho que seja socialmente útil. Na teoria de Marx existe respostas para explicar logicamente o que altera o produto na visão individual mas isso é justamente o fetichismo por exemplo, ou obviamente a lei mais velha que é da oferta e da procura. Mas isso pra Marx não é valor e sim preço. Na teoria Marxista tudo que tem valor é por fruto do trabalho. E basta você pensar que não vai achar nada que tem valor SOCIAL que não envolva trabalho. Mesmo que as plantas cresçam sozinhas alguem precisa colher, transportar, comercializar, etc. Se fosse entender esse conceito materialista você percebe que começam a se encaixar logicamente na teoria. Marx também faz uma analise histórica dialética e não experimental onde uma sociedade é planificada, etc. Para ele a divisão de classes que começou quando surgiu o Estado que gera essa contradição dialética entre classe dominante e classe dominada. E isso existe historicamente em todos os modos de produção percursores do capitalismo atual. Aquelas famosas pirâmides sociais que você espero que tenha visto na aula de história (rei, clero, nobreza, etc). Marx simplificou apenas com a criação de 2 classes principais no período industrial. Historicamente uma classe acumulou mais capital, terras, meios de produção, conhecimento e se aliou a questão ideólogica dominante como por exemplo a Igreja no final do período medieval e moderno (isso garantia a questão divina do Rei ou Susserano). Por isso se alguém não compreende bem história, sociologia e a questão do materialismo não vai entender a Teoria Marxista nunca. O capitalismo para Marx é apenas um estágio que vai se renovando mais tende a a colapsar e ser vencido como uma nova revolução. Nesse caso ele acredita na revolução comunista onde a classe trabalhadora oprimida vai tomar consciência e tomar os meios de produção do capitalista criando uma sociedade sem classes, o que na prática nunca aconteceu e não da pra saber se vai acontecer. Para Marx o Estado deve sumir também mas seria ainda útil num estado intermédiario onde faz o papel de equilíbrio de classes, que chamamos de socialismo. o Estado de bem estar-social é um exemplo de proto-socialismo basta ver os índices de igualdade e oportunidade mais ainda operam basicamente no capitalismo. As teoria da Escola Austriaca podem ser logicamente válidas mas eles representam o interesse da classe dominante porque não questionam a exploração muitos menos a luta de classes, nem historicamente a formação de monopólios, oligopólios, etc. É mais uma teoria mecânica e focada no índividuo não no estudo histórico da sociedade e das classes sociais.
HUMBERTO , POR QUE NAO COLOCOU O TÍTULO COMO "TEORIA MARXISTA DA DEPENDENCIA"? É PRA ATRAIR CLICK DOS LIBERAIS QUE VEM AQUI ACHANDO Q O VIDEO SERIA SOBRE FHC? HHEHEHEHE
Entramos na quarta revolução industrial: Não haverá proletários, pois os empregos serao substituídos por automação, robôs, inteligência artificial, etc. Em um futuro próximo, milhões de postos de trabalho repetitivo e de baixa complexidade serao eliminados. "Estamos a bordo de uma revolução tecnológica que transformará fundamentalmente a forma como vivemos, trabalhamos e nos relacionamos. Em sua escala, alcance e complexidade, a transformação será diferente de qualquer coisa que o ser humano tenha experimentado antes", diz Klaus Schwab, autor do livro A Quarta Revolução Industrial, publicado este ano. Querem ajudará os trabalhadores de classes mais baixas? Não percam tempo com tentativas de implementação das teorias comunistas totalmente antiquadas. Incentive a instrução, a criatividade, o cooperativismos, isso ajudará o indivíduo a lidar com as vicissitudes desta nova era.
Isso é absurdo pq considera que o mercado mundial é um sistema de soma zero, ou seja, só é possível que os ricos sejam ricos se houver países pobres, o que é obviamente falso. Se isso fosse verdade o PIB mundial jamais poderia ter crescido ao longo da história. Ele cresceu, o que demonstra que riqueza pode ser CRIADA, não apenas transferida. Países pobres se enriqueceram e o mundo como um todo se enriqueceu. Apenas pra ilustrar, no ano de 2018 oficialmente a população de indivíduos considerados pobres caiu para menos de 50% da população mundial pela primeira vez na história. Ou seja, a pobreza está gradativamente sendo exterminada, o que por si só já demonstra que o mercado mundial NÃO é um sistema de soma zero
Colega, essa análise deve ser compreendida como "tendencial" e "dialética", ou seja, não é uma fatalidade inescapável. Sob certos termos alguns tipos específicos de "riqueza" até podem ser "criados", "descobertos" (ex. pré-sal) ou, ainda, pode haver a criação de valor agregado com o desenvolvimento da indústria e da tecnologia, mas a análise da situação do mundo pelo menos nos últimos três séculos corrobora a tese de maneira até um pouco assustadora, bastando analisar a concentração e o destino final do vulto de riquezas e capitais na atualidade. O interessante é que a teoria da dependência surge justamente da análise de dados empíricos, não flutuando no o vácuo. Aliás, o crescimento de determinados países não significa que suas condições de dependências foram superadas, como é a situação de vários países da América Latina e Europa. Outra variável que deve ser colocada no jogo são os investimentos estratégicos. Quem acha que Israel, Coréia do Sul, Singapura, entre outros, cresceram pelo esforço árduo de seu povo e suas políticas internas realmente está acossado por uma ingenuidade aterradora. O que não significa que é possível sair das amarras, que é justamente o objetivo da crítica da dependência. Por fim, seus dados sobre pobreza devem ser analisados de forma mais crítica para avaliar se são consistentes e quais foram as determinantes, a exemplo da implementação de políticas de combate à miséria implementadas em certas partes do mundo, como a realizada na última década pelo Brasil que diminuiu significativamente a pobreza extrema no país. Aliás, a queda da pobreza sequer uma trajetória como infelizmente demonstra o relatório que o CEPAL publicou ontem, indicando que a pobreza extrema aumentou na América Latina nos últimos 10 anos. Fora variáveis como o crescimento populacional, concentração de renda, etc...
Você entendeu errado. O efeito negativo da economia que a teoria da dependência mostra não é o empobrecimento constante, mas a permanente transferência de lucros proveniente do trabalho que ocorre nos países subdesenvolvidos (periferia do capitalismo) para os países desenvolvidos (centro do capitalismo). Isso não significa que a periferia do capitalismo vai ficar cada vez mais pobre, mas que os frutos do esforço que ocorre aqui são muito menores enquanto o esforço que ocorre nos países desenvolvidos são maiores (ambos crescem, mas enquanto o desenvolvido a anos atrás cresceu, por exemplo, 70% por fazer uma coisa o outro cresce 30% hoje por aplicar o mesmo roteiro, transferindo 20% para uma segunda coisa que o desenvolvido faz). Por isso a China e a Índia, ao seguir um modelo super industrializante, por mais forte que seja suas economias, nunca se equipara ao centro do capitalismo e este último leva os melhores frutos do trabalho desses países (enquanto aqui ninguém sonha em se tornar um trabalhador lá, pois as condições são deploráveis, e é bom para o centro do capitalismo que assim seja).
SMennde obrigado pelos comentários. Creio que não me fiz entender. Não existe sequer um país do mundo em que haja ZERO intervenção do Estado na economia. Por isso análise deve ser em relação ao GRAU DE LIBERDADE que se observa nos diferentes países que se quer estudar. E sob essa óptica não houve nos países que se enriqueceram um modelo de planificação da economia muito menos de distribuição da riqueza ou altos impostos sobre a produção ou direitos trabalhistas agressivos. Então as economias que se desenvolveram o fizeram APESAR do estado. A redução da pobreza no Brasil acompanhou a maior média de crescimento da história dos países emergentes, e portanto nao foi um fenômeno PROVOCADO pelo governo brasileiro da época, que teve sim o mérito de convocar economistas LIBERAIS para preparar o” terreno econômico” para que o cenário internacional (principalmente da desvalorização do dólar e boom de comodities) pudesse ter bons efeitos aqui. De todo modo, minha principal crítica eh em relação às premissas. A teoria apresentada usa a teoria do valor trabalho como basilar para o desenvolvimento das ideias, e essa tese já está ultrapassada desde a década de 20 do século XX na discussão econômica, tendo sido substituída pela teoria da utilidade marginal de Menger
Os países que se enriqueceram simplesmente ofereceram condições a seus cidadãos de empreenderem e num contexto de maior liberdade surgiram empresas que produziram mercadorias que outras pessoas mundo afora quiseram consumir a um preço compensatório. Incialmente parte de custo mais baixo teve relação com baixos salários e poucos “direitos” trabalhistas, já que os trabalhadores eram pouco produtivos, pelo baixo nível de capacitação. Com o tempo os salários foram subindo gradativamente e hoje todos eles têm produtividade e salários médios maiores que o Brasil. Então o desenvolvimento dos ricos não mantém os pobres como pobres, pelo contrário, apesar de produtividade dos ricos ser maior, frequentemente o custo de produção tb o é, o que torna investimentos em países pobres seja mais compensatório muitas vezes. Outro aspecto eh que as mercadorias não são iguais, como foi teorizado, seriam se o único determinante do seu valor fosse o trabalho, MAS NÃO É. O valor é subjetivo e não calculável, sendo determinado por quem quer comprar
Se vc observar direito a tal lei da dependência nao acontece somente no aspecto financeiro. Esta é uma mecanica universal. O planeta terra depende do sol da mesma maneira q o dono de um mercadinho de bairro depende de um suoer-atacado para ter o q vender. Quero ver alguém q saia dessa matrix.
Humberto, cara, que doidera isso aí. O Marx chegou a perceber essa dinâmica de transferência de valor centro/periferia determinada pela produtividade? Ou essa parada é devida ao Marini/outras referências que vc colocou?
Quando me refiro a "Exploração do Trabalho", entenda-se "força de trabalho".
Vim pela Rita do Tempero Drag
Vim pela Rita von hunty !!!
É urgente popularizar a teoria da dependência no Brasil. Até dentro da academia as pessoas têm dificuldade de entendê-la.
Constantemente vejo o argumento desenvolvimentista culpando o governo pela não industrialização do país (desconsiderando forças econômicas externas e a ausência de soberania política do país em relação ao exterior). Ou o uso da teoria das vantagens comparativas pelos liberais clássicos, que mostram capacidade de compreender a teoria da dependência, mas optam por uma justificativa ideológica fajuta da armadilha (ou ciclo vicioso) a qual todo país periférico do capitalismo está preso.
Faz uma versão com linguagem mais simples e atrativa (avisa antes que é a versão com linguagem mais simples).
Perfeito! O Ciro esquentou muito esse debate, sofro com ciristas todos os dias, mas são educados em geral! Kkk abraços
@@joaoabbud Eu não sei a relação do que eu disse com o Ciro, mas um abraço pra você também 🤔 !
Mas o governo tem sua culpa sim. Sabemos q é um governo q atende os interesses da burguesia rentista parasitária e por isso nao quer industrializar. Portanto tem culpa também
@@Keyborges Olá tudo bem?
Acho que o João se referia às inúmeras palestras que o Ciro fez em período pré eleitoral desde 2016, em universidades, institutos, centros de tecnologia, entre outros, onde ele corriqueiramente se referia a esse assunto, não tão especificamente, mas em linhas gerais ao explicar o processo de desindustrialização do Brasil dos anos 80 para cá, entre outros fatores.
Abraços!
@@biroarq Eu não vi, mas não quero tornar isso um plot twist para defender o projeto paternalista do Ciro, e muito menos o peleguismo centro-esquerda do PDT, que flerta tanto ou mais com o neoliberalismo que o PT em seus anos de governo. Eu vejo o discurso do Ciro dentro do eixo "desenvolvimentista" que mencionei no início, por isso vou usar esse comentário para desconstruir essa imagem heróica dele. Quando realmente compreende-se a extensão da teoria da dependência, percebe-se que a industrialização e o desenvolvimento em nossa economia de mercado não é essas mil maravilhas que se promete, pois quase inevitavelmente o desenvolvimento que ocorre por essas bandas irá servir aos interesses do centro do capitalismo global.
Existe um caminho ao meu ver para solucionar esse problema e este é romper com o fetiche do crescimento infinito e da priorização desenvolvimento da indústria nacional. É projetar, sem procrastinar esse sonho, uma meta para o país centrada na educação, na inovação, na emancipação do povo, na qualidade de vida (isso inclui pensar uma economia sustentável que possa alimentar e oferecer serviços que melhorem a qualidade de vida do povo), na ecologia e na igualdade social. Sem ceder ao etapismo e sem precisar confiar na burguesia local como pré-requisito para os fins.
Minha bagagem é de anarquistas que tiveram essa leitura da teoria da dependência e me recomendaram o Marini. Mesmo tendo uma leitura de mundo diferente hoje, mesmo respeitando quem depositou a fé [n -essa praga d- o] "cirismo", essa leitura à extrema esquerda é essencial para não confundir teoria da dependência com o desenvolvimentismo e para limpar as consciências das pessoas dessa confiança cega em velhos políticos de centro, falsos (ou apenas antiquados) profetas da esquerda brasileira.
Um abraço!
obrigado professor!
Seria bacana convidar o Nildo para conversar sobre esse tema e outros também!
Boa ideia! Prof. Nildo Ouriques da UFSC seria um ótimo convidado pra falar da teoria da dependencia, nessa vertente tão bem trabalhada por Ruy Mauro Marini e outros economistas.
Seria do caralho mesmo
Que aula!!! muito bom
sucesso
valeu
Sugiro, se possível, que vc faça uma série interpolando "teoria da dependência" e "revolução brasileira".
Acredito que seria interessante para vc explorar os temas de forma aprofundada e mais prática.
Ótimo vídeo!
Muito bom
foda essa aula!!!!
Muito bom esse vídeo
Muito bom!!
Excelente Aula de Esclarecimento Econômico;de forma geral........
gente, que incrível você! adorei essa aula, muito bem explicado! obrigada :)
Valeu ,obrigado por compartilhar!!
Que máximo esse vídeo!! Sou aluna do Mathias Luce. Grande professor!
Fala meu brother, estamos aguardando o próximo vídeo. O bicho tá pegando parceiro !!
Cheguei antes do Nando Vittar! First!
Cadê ele que ñ apareceu até agora?
@@alexkessn pois é! Ele tá em todas!
Acho ele ridículo e patético.
Muito bom! Estou ansioso para assistir os próximos videos sobre o tema.
Boa Humberto. 👏👏
Ótimo!
Quem joga Victoria 2 tem uma noção básica e informal deste conceito.
Humberto, amando seus vídeos, mas esse foi bem difícil de entender, tenta exemplificar um pouquinho mais por favor. Obrigada ❤️
Camarada! ótimo vídeo.
Tens algum artigo para indicar, Além dos volumes do Capital que coloque a temática do Lei da Queda tendencial associada às economias dependentes?
onde acha os textos da descrição?
Caramba.... parece que voltei no tempo, e estou na USP do novo vendo economia política, só que agora tô entendo. Kkkk
Eu entendi o vídeo, porém a conclusão de que a solução é o sub-desenvolvido se manter improdutivo para impedir que o país desenvolvido se aproprie de um valor extra, supondo ai preços iguais para mercadorias iguais (o que não é realmente algo comum no cenário mundial para produtos industrializados considerando diferenças tecnológicas nos produtos oferecidos, marca, ignorando também conceito de produtos substitutos e de baixa qualidade, e também ignorando distorções causadas por barreiras monopolistas ou estatais que são maiores em países subdesenvolvidos com sua perspectiva protecionista) seria não desenvolver a produtividade? Qual o seu ponto aqui? Evitar o desenvolvimento de tecnologias, técnicas de gestão e de produção e manter o nível de exploração com produtos não competitivos penalizando tanto a demanda quanto o trabalhador e a tributação da nação?
Ao meu ver a saída lógica para uma real competitividade seria o país subdesenvolvido AUMENTAR a produtividade para bater de frente com a produtividade dos países desenvolvidos (Coréia do Sul, Japão, China e antigamente EUA e Austrália que nasceram como nações fora do centro europeu).
Sempre compreendi a teoria da dependência como sendo "nós dependemos deles". Na verdade é eles que dependem da gente. Se isso não é dialética eu não sei o que é.
Humberto, é correto afirmar que a transferência de valor, em Marini, pode ser entendida pela formação de uma Taxa Média de Lucro, desenvolvida no Livro III do Capital? Ao ler Dialética da Dependência, o entendimento que tive é de, apesar de a América Latina ter menor composição orgânica do capital, que permite uma criação de mais-valor em maior magnitude que as economias do centro, e, por isso, uma maior Taxa de Lucro particular, ao inserir-se no comércio internacional, forma-se uma Taxa Média de Lucro, na qual a América Latina contribui transferindo uma parte do mais-valor, realizando, por isso, uma massa de valor menor do que a efetivamente produzida - o que explicaria a deterioração dos termos de troca, isto é, a queda histórica de preço dos produtos primários, apesar da baixa composição do capital, ao passo que os bens finais da indústria têm seu preço relativamente constante, ou aumentado.
Neste sentido, e, novamente, no meu entendimento, vem daí a necessidade do subdesenvolvimento para o desenvolvimento do capitalismo no centro. Voltando a realização do capital para fora, sujeita à formação de uma Taxa Média de Lucro, a economia Latino-Americana, de baixa composição orgânica, menor produtividade, contribui para aumentar a Taxa Média de Lucro, ou, ainda, frear sua tendência de queda. Não obstante, faz isso justamente porque transfere uma parte de seu (mais)valor produzido. Daí vem a necessidade de uma economia exportadora de baixa composição, inserida de forma subordinada ao centro.
Essa interpretação tem fundamento? Ajuda aí! haha
Ué, mas é isso aí. Na formação da taxa média, a maior produtividade do centro faz com que este se aproprie do mais valor extraordinário que é justamente essa diferença entre o valor que se apropria a periferia, com mais capital variável na composição do capital, e o valor que se apropria o centro, que é mais produtivo e por isso consegue se apropriar da baixa produtividade da periferia (e mais valor excedente).
@@HumbertoMatos É o meu mal costume de estudante de ter que confirmar a minha interpretação haha! Obrigado pela disposição em tirar a dúvida. Abraço!
Esse foi o episódio mais mendeliano de todos, haja regrinha 😂😂😂
Humberto, meu caro, eu gostaria de te perguntar o que você pensa da situação da Austrália, considerando esse paradigma.
Primeiro, ela é altamente produtiva - por essa ótica aqui, mesmo em produtos primários, produtividade, gera mais valor extraordinário. Se olhar os dados da produtividade da agricultura da Austrália e comparar com o Brasil verá a diferença. A mesma coisa em nível de mecanização. Por outro lado, não há desenvolvimento de setores de tanta complexidade assim que expliquem sozinhos os bons índices da Austrália. Mas seguinte, ela tem sim complexidade, não que justifique seu desenvolvimento, mas tem. Mais, ela tem uma capacidade em recursos naturais para esses setores compatível com a do Brasil só que com um quarto da nossa população. Há outro fator, o histórico. Não se estabeleceu lá uma colônia de exploração (embora esse conceito seja problemático, mas só pra balizar), quero dizer, os níveis de exploração colonial lá não tiveram as mesmas características do Brasil, o isolamento e a baixa população fizeram com que se desenvolvessem sinergias a fim de reproduzir localmente o que faltava em importações. Depois, quando a economia se especializou, as vantagens comparativas voltaram a Austrália para onde ela está hoje. Há um caso mais intrigante ainda que é outro ponto fora da curva (porém com explicações semelhantes, guardadas as proporções), que é a Nova Zelândia.
@@HumbertoMatos Entendi seu ponto.
Obrigado pela atenção!
@@HumbertoMatos Nossa, nem tinha pensado nas variáveis histórica, geográfica e populacional! Por isso, as peculiaridades e especificidades do desenvolvimento de cada país!
Aproveitando a deixa, poderia falar da Coréia do sul também.
Canal show! Agora, só uma dúvida: como fazer um avatar desse aí do logo? ✌
Tem o vídeo em português? kkk
Livro : Chutando a escada! Fala basicamente sobre isso. Os países desenvolvidos ditam e influenciam os subdesenvolvidos a seguirem um caminho equivocado.
Excelente o vídeo, gostaria de saber a tua opinião sobre o Krugman, que é um dos papas de economia internacional e se existe algum paralelo das obras dele com a teoria da dependência.
Gostaria de contribuir, mas por princípio NÃO forneço meus dados pessoais na internet. A única maneira pela qual posso contribuir é você disponibilizar vários Boletos Bancários, cada um com um valor, digamos, R$ 10, R$ 20, R$ 50, R$ 100, etc. Assim, as pessoas poderiam pagar o Boleto Bancário com o valor escolhido, que seria creditado na sua conta corrente, sem se identificar, ou seja, permanecendo anônimo. Considere esse hipótese e eu certamente passarei a fazer uma contribuição mensal.
Humberto, estou começando a estudar economia pra valer agora, tem algum guia de livros pra indicar? Um que abrange a maioria das vertentes de pensamento econômico?
O do Hunt
As 6 lições de Mises.
Humbertho, por que maoistas chamam a TMD de trokstistas e ojeriza ela?
É a primeira vez que passo a achar economia extremamente interessante e posso usar isso para entender o capitalismo na prática
Olá Humberto! Além de cumprimenta-lo pelo trabalho, o objetivo desse comentário é fazer uma observação construtiva a respeito do vídeo, que só assisti agora (set/2020). A observação se refere ao que você apresenta, a partir do vigésimo minuto, a respeito do PP - Preço de Produção, por meio da fórmula: PP = c + v + l’m.
Penso que o correto seria: PP = c + v + lm; neste caso, lm como sendo o lucro médio (o próprio mais-valor médio), posto que l’m, como taxa de lucro, é uma relação, e, como tal, não poderia ser somada a: c + v, números absolutos.
Interessante é que este problema que relato não aparece numericamente como erro, porque os exemplos que você utilizou são de capitais totais de 100, e porque o lucro médio, que é 50 coincide com o 50 dos 50% da taxa de lucro média.
Acho importante, caso você concorde com o comentário, a correção do vídeo nesse aspecto, considerando a importância do tema e do próprio vídeo, muito bem feito e muito didático.
Grande abraço, arthur.hp3@gmail.com
Infelizmente não consegui entender muito bem :/
Olá Humberto, acompanho seu canal já a algum tempo mas não sou muito de comentar, entretanto tem um tema que anda rondando muitos fóruns de economia keynesiana e neoliberal e até os ancaps.. o tema é que estamos próximos de uma crise capitalista de grandes proporções, queria saber sua opinião sob a ótica marxista, há algum fórum que você acompanhe que estão falando sobre isso?
Tendendo a um pirula de duração.
kkkkkkkkkkkk
Mas no mercado internacional desenvolvido tem o câmbio mais valorizado. Acho que o câmbio deve entrar nos próximos vídeos. Complica mais um pouco?
Desculpa, só uma dúvida, tipo como os países desenvolvidos fazem pra coletar esse excedente produzido pelos países subdesenvolvidos? Entendi, mas me perdi nessa parte
Ótima explicação sobre a Teoria da dependência por isso o Brasil nunca saiu da merda e temo que nunca sairá infelizmente
1:17 eu tive que voltar 3 vezes nessa parte pq não conseguia me concentrar ao ver ele falando e as orelhas se mechendo... me desculpem rsrs
caralho que video bom
Ou eu sou muito burro ou o assunto é bastante complexo, pois eu na entendi quase nada.
É um assunto difícil, mesmo! Depende de alguns conceitos anteriores que eu também ainda não domino. Você não é burro, aliás, diria que você é inteligente, pois a pessoa inteligente sabe os limites daquilo que sabe ou não, enquanto que uma pessoa "burra", muitas vezes sai, por ai, vomitando conceitos totalmente equivocados e se achando, entendeu? Você somente ainda não domina tais conceitos... assim como eu!! Ninguém nasce sabendo, por isso, aprendemos todos os dias!
@@gushomoto bjao Adelia
O assunto é complexo mais bem pratico, os países subdesenvolvidos ou dependentes funcionam como colônia! Só que uma colônia “ feliz “, ou como diz Allison Mascaro, um país onde o rico e o pobre tiram fotos sorrindo no Facebook!
Acho que o modo em que ele explica, sem exemplos, complica um pouco. Mas pelo o que entendi, você pode usar como exemplo as empresas de calçados Nike como a empresa 1 e Olympikus como empresa 3. A Nike utiliza da mão de obra em países extremamente pobres, Vietnã, Indonésia. Já a Olympikus utiliza a mão de obra brasileira, que não é cara mas já é melhor kkkkkkk. Como a Nike utiliza uma mão de obra barata, ela pode produzir mais e abaixar o custo final do produto, vendendo abaixo do valor médio. Então se você abrir o comércio, livre de taxações com o mercado externo, isso será prejudicial a economia brasileira, já que elas acabariam com as empresas brasileiras, que são as que nos empregam, formando um novo relacionamento, parecido com metrópole e colônia. Foi basicamente isso que entendi, mas se tiver errado alguém me corrigi.
Eu estou acompanhando o canal faz um tempo e não é facil porque essa é uma explicação formal e acadêmica. Minha única crítica ao canal no momento é essa falta de exemplos no mundo real. Mas nesse cenário vamos imaginar por exemplo a questão de produtos de vestuário. Vamos considerar nesse cenário no mundo que as materias primas são na maioria comodities que tem preço definido no mercado internacional, tipo algodão. Pense uma roupa de marca que é fabricada num país pouco desenvolvido geralmente na Ásia como Bangladesh. O custo da materia é meio que fixo (apesar de já existir ai uma certa superexploração do trabalho em alguns países). Nesse cenário em valores reais uma roupa é fabricada e falando em dinheiros(que não é a mesma coisa que valor) vamos dizer que o custo de produção médio referente ao salário do empregado que produz seja de 15 centavos de dólar por peça. O que explica o preço de uma peça custar no mercado final digamos 20 dólares? Além da questão do fetichismo que tem a ver com a marca tem essa superexploração. A maior parte do lucro que podemos chamar aqui de mais valia pra simplificar(mas não é a mesma coisa) fica com qual país? Fica com o país de origem da marca, geralmente na centralidade do capitalismo, que controla a marca e a questão de publicidade que produz todo esse falso valor social que chamamos de fetichismo. OU seja, o país da centralidade do capitalismo explora a situação de miséria da periferia, por isso se chama de superexploração já que o capitalista periférica dono da fábrica tambem explorar o seu trabalhador em menor grau. O valor social real do trabalho que seria aqui no máximo:colher algodão, transportar, poduzir e comercializar acaba virando algo menor no custo de produção médio e no preço individual e a maior parte da mais valia vai pro país que controla a marca de roupa e não a produção. O mesmo acontece com outros produtos como chocolates industrializados suiços, blends de café feitos na Alemanha com café brasileiro, etc. Esse é um tipo de alienação também porque o trabalhador nesse cenário não seria capaz de consumir o próprio fruto do seu trabalho nem em um mês de trabalho devido a essa assimetria. Por isso a teoria liberal é tão falha. Sempre existirá um país mais pobre a ser explorado e a diferença de produtividade da centralidade é muito grande , seja, pela questão do capital constante na forma de maquinás ou automação, infra-estrutura, seja pela especialização maior do trabalho na centralidade. Existe também a questão da disponibilidade de capital já que este se acumula de maneira mais intensa nos países desenvolvidos da centralidade e na forma de juros explora de outra maneira tanto o Estado periférico quanto os capitalistas periféricos.
Me parece o equivalente a nadar com pés de pato feitos de chumbo.
🌹
Exatamente, o Brasil por exemplo, só mostra crescimento, quando as conjunturas internacionais são favoráveis, ao contrário da China que desde a década de 70 vêm crescendo de uma forma muito mais independente, o Brasil dependente muito do FMI, e a maior parte da sua exportação é de matérias primas, e ou materiais industriais, mas que não são de origem nacional, são só montados aqui, estamos sempre dependendo de como tudo está lá fora, para crescer, claro que no mundo global isso é quase que uma lógica, mas se pegarmos os países dominantes eles crescem a partir de suas próprias ideias, suas inovações, diferentemente do Brasil, eles usam a globalização pra saber do que o mundo está precisando, ou o que o momento presente pede, ou o que está faltando, para lançar um novo produto, e não dependem somente de um única indústria, ou um único setor da economia, como o BR
Parabéns! É isso que inclusive grande parte dos partidos "marxistas" no Brasil precisam retomar. Defender desenvolvimento econômico dentro do capitalismo e dizer-se de esquerda??!
Eu acho bacana seus vídeos, porém você poderia usar exemplos mais práticos, tipo as empresas de calçados brasileiras e estrangeiras.
sim, eu queria exemplos de mercados que isso ocorre no caso do Brasil
#resistencia
Comentário oferenda ao Deus Al Goritimo 🎁
Eu te acompanho e irei continuar mas seus videos sempre me levantam a seguinte duvida : como poderiamos falsear(popperianamente falando) essa hipotese?
Ou seja, supondo que a lei tendencial dos lucros seja falsa, que evidencias podem apontar isso? Qual conjunto de testes estatisticos? Quando você fala que os paises produtivos contrabalanceam a tendencia de queda, como mensurar?
Existe uma reta suporte do grafico taxa de lucro x tempo que possa ser jogada contra os dados? Me pergunto pois popper falou que o marxismo e a evolução eram infalseaveis, tendo porém voltado atrás com relação a evolução mas não ao marxismo.
Desde já agradeço a atenção :)
Meu medo é : a palavra tendencial se tornar escudo contra falseabilidade
Acho que não, na verdade a palavra tendencial sugere que se trabalhe com a média e não com os casos particulares. Se a média não seguir o comportamento, pode-se demonstrar isso estatisticamente e isso falsearia a teoria. Possivelmente muitos marxistas não aceitariam, mas isso no caso é um problema dos marxistas não do marxismo.
@@Keyborges a Teoria Marxista não desconsidera os aspectos particulares. O que ela aponta são generalidades que a partir de então manisfestam suas particularidades. É um movimento dialético entre Geral e especifico.
@@luanFcasarin Eu não falei sobre a "Teoria Marxista", estava me referindo à palavra tendencial, e não era uma critica, mas um reconhecimento da teoria marxista e uma tentativa de desconfundir o OP. "Falsearia" está no futuro do pretérito, é uma hipótese, e ser falseável é uma qualidade científica. Ironicamente sua pressa em defender o marxismo ilustrou bem o que eu quis dizer na última frase. Um abraço, companheiro!
Luan, não foi e não é meu intuito atacar o marxismo, porém suponha que eu meça a taxa de mais valia, a porcentagem de capital humano e fixo no capital e etc. Faço uma regressão dos dados e vejo que o modelo não bate. Aceitaria esse dado como refutatorio(depois de validar a metodologia claro) ou diria que deve ter havido algo que interferiu?
Uai, cadê a chamadinha no começo?
Além disso o tempo não é o único determinante do valor das mercadorias, e nem é o mais importante, de acordo com a teoria do valor marginal. O valor é definido pelo mercado, não pelo capitalista
È porque sem Iphone X você não poderia viver!!! Óbvio que ele pode implantar uma demanda burro vai estudar!!!!
Eric Draven típica resposta de quem não tem a menor a ideia do que está sendo tratado
Eu andei vendo esse teoria em outros lugares. Sabe qual a dificuldade aqui? o Marx usava um conceito chamado Materialismo, ou seja, o valor esta no objeto e não no indivíduo. O valor não é abstrato mas uma média de trabalho que seja socialmente útil. Na teoria de Marx existe respostas para explicar logicamente o que altera o produto na visão individual mas isso é justamente o fetichismo por exemplo, ou obviamente a lei mais velha que é da oferta e da procura. Mas isso pra Marx não é valor e sim preço. Na teoria Marxista tudo que tem valor é por fruto do trabalho. E basta você pensar que não vai achar nada que tem valor SOCIAL que não envolva trabalho. Mesmo que as plantas cresçam sozinhas alguem precisa colher, transportar, comercializar, etc. Se fosse entender esse conceito materialista você percebe que começam a se encaixar logicamente na teoria. Marx também faz uma analise histórica dialética e não experimental onde uma sociedade é planificada, etc. Para ele a divisão de classes que começou quando surgiu o Estado que gera essa contradição dialética entre classe dominante e classe dominada. E isso existe historicamente em todos os modos de produção percursores do capitalismo atual. Aquelas famosas pirâmides sociais que você espero que tenha visto na aula de história (rei, clero, nobreza, etc). Marx simplificou apenas com a criação de 2 classes principais no período industrial. Historicamente uma classe acumulou mais capital, terras, meios de produção, conhecimento e se aliou a questão ideólogica dominante como por exemplo a Igreja no final do período medieval e moderno (isso garantia a questão divina do Rei ou Susserano). Por isso se alguém não compreende bem história, sociologia e a questão do materialismo não vai entender a Teoria Marxista nunca. O capitalismo para Marx é apenas um estágio que vai se renovando mais tende a a colapsar e ser vencido como uma nova revolução. Nesse caso ele acredita na revolução comunista onde a classe trabalhadora oprimida vai tomar consciência e tomar os meios de produção do capitalista criando uma sociedade sem classes, o que na prática nunca aconteceu e não da pra saber se vai acontecer. Para Marx o Estado deve sumir também mas seria ainda útil num estado intermédiario onde faz o papel de equilíbrio de classes, que chamamos de socialismo. o Estado de bem estar-social é um exemplo de proto-socialismo basta ver os índices de igualdade e oportunidade mais ainda operam basicamente no capitalismo. As teoria da Escola Austriaca podem ser logicamente válidas mas eles representam o interesse da classe dominante porque não questionam a exploração muitos menos a luta de classes, nem historicamente a formação de monopólios, oligopólios, etc. É mais uma teoria mecânica e focada no índividuo não no estudo histórico da sociedade e das classes sociais.
Eu so entendi oq vc disse pq eu já tinha assistido a aula de mais-valia do Rui Costa Pimenta senao eu teria boiado q nem bosta. 😂 Recomendo.
Leia outro Ruy, o Ruy Mauro Marini, autor da obra "Dialética da Dependência "
Complicado absorver a didática desse cara
HUMBERTO , POR QUE NAO COLOCOU O TÍTULO COMO "TEORIA MARXISTA DA DEPENDENCIA"? É PRA ATRAIR CLICK DOS LIBERAIS QUE VEM AQUI ACHANDO Q O VIDEO SERIA SOBRE FHC? HHEHEHEHE
Não entendi nada
Entramos na quarta revolução industrial: Não haverá proletários, pois os empregos serao substituídos por automação, robôs, inteligência artificial, etc. Em um futuro próximo, milhões de postos de trabalho repetitivo e de baixa complexidade serao eliminados. "Estamos a bordo de uma revolução tecnológica que transformará fundamentalmente a forma como vivemos, trabalhamos e nos relacionamos. Em sua escala, alcance e complexidade, a transformação será diferente de qualquer coisa que o ser humano tenha experimentado antes", diz Klaus Schwab, autor do livro A Quarta Revolução Industrial, publicado este ano. Querem ajudará os trabalhadores de classes mais baixas? Não percam tempo com tentativas de implementação das teorias comunistas totalmente antiquadas. Incentive a instrução, a criatividade, o cooperativismos, isso ajudará o indivíduo a lidar com as vicissitudes desta nova era.
De que hospício saiu essa mistura de parafrênico com ciclotímico? O cara é estranho mesmo.
Isso é absurdo pq considera que o mercado mundial é um sistema de soma zero, ou seja, só é possível que os ricos sejam ricos se houver países pobres, o que é obviamente falso. Se isso fosse verdade o PIB mundial jamais poderia ter crescido ao longo da história. Ele cresceu, o que demonstra que riqueza pode ser CRIADA, não apenas transferida. Países pobres se enriqueceram e o mundo como um todo se enriqueceu. Apenas pra ilustrar, no ano de 2018 oficialmente a população de indivíduos considerados pobres caiu para menos de 50% da população mundial pela primeira vez na história. Ou seja, a pobreza está gradativamente sendo exterminada, o que por si só já demonstra que o mercado mundial NÃO é um sistema de soma zero
Ou seja, a pobreza está gradativamente sendo exterminada HAHAHAHAHHAH
Colega, essa análise deve ser compreendida como "tendencial" e "dialética", ou seja, não é uma fatalidade inescapável. Sob certos termos alguns tipos específicos de "riqueza" até podem ser "criados", "descobertos" (ex. pré-sal) ou, ainda, pode haver a criação de valor agregado com o desenvolvimento da indústria e da tecnologia, mas a análise da situação do mundo pelo menos nos últimos três séculos corrobora a tese de maneira até um pouco assustadora, bastando analisar a concentração e o destino final do vulto de riquezas e capitais na atualidade. O interessante é que a teoria da dependência surge justamente da análise de dados empíricos, não flutuando no o vácuo. Aliás, o crescimento de determinados países não significa que suas condições de dependências foram superadas, como é a situação de vários países da América Latina e Europa. Outra variável que deve ser colocada no jogo são os investimentos estratégicos. Quem acha que Israel, Coréia do Sul, Singapura, entre outros, cresceram pelo esforço árduo de seu povo e suas políticas internas realmente está acossado por uma ingenuidade aterradora. O que não significa que é possível sair das amarras, que é justamente o objetivo da crítica da dependência. Por fim, seus dados sobre pobreza devem ser analisados de forma mais crítica para avaliar se são consistentes e quais foram as determinantes, a exemplo da implementação de políticas de combate à miséria implementadas em certas partes do mundo, como a realizada na última década pelo Brasil que diminuiu significativamente a pobreza extrema no país. Aliás, a queda da pobreza sequer uma trajetória como infelizmente demonstra o relatório que o CEPAL publicou ontem, indicando que a pobreza extrema aumentou na América Latina nos últimos 10 anos. Fora variáveis como o crescimento populacional, concentração de renda, etc...
Você entendeu errado. O efeito negativo da economia que a teoria da dependência mostra não é o empobrecimento constante, mas a permanente transferência de lucros proveniente do trabalho que ocorre nos países subdesenvolvidos (periferia do capitalismo) para os países desenvolvidos (centro do capitalismo). Isso não significa que a periferia do capitalismo vai ficar cada vez mais pobre, mas que os frutos do esforço que ocorre aqui são muito menores enquanto o esforço que ocorre nos países desenvolvidos são maiores (ambos crescem, mas enquanto o desenvolvido a anos atrás cresceu, por exemplo, 70% por fazer uma coisa o outro cresce 30% hoje por aplicar o mesmo roteiro, transferindo 20% para uma segunda coisa que o desenvolvido faz). Por isso a China e a Índia, ao seguir um modelo super industrializante, por mais forte que seja suas economias, nunca se equipara ao centro do capitalismo e este último leva os melhores frutos do trabalho desses países (enquanto aqui ninguém sonha em se tornar um trabalhador lá, pois as condições são deploráveis, e é bom para o centro do capitalismo que assim seja).
SMennde obrigado pelos comentários. Creio que não me fiz entender. Não existe sequer um país do mundo em que haja ZERO intervenção do Estado na economia. Por isso análise deve ser em relação ao GRAU DE LIBERDADE que se observa nos diferentes países que se quer estudar. E sob essa óptica não houve nos países que se enriqueceram um modelo de planificação da economia muito menos de distribuição da riqueza ou altos impostos sobre a produção ou direitos trabalhistas agressivos. Então as economias que se desenvolveram o fizeram APESAR do estado. A redução da pobreza no Brasil acompanhou a maior média de crescimento da história dos países emergentes, e portanto nao foi um fenômeno PROVOCADO pelo governo brasileiro da época, que teve sim o mérito de convocar economistas LIBERAIS para preparar o” terreno econômico” para que o cenário internacional (principalmente da desvalorização do dólar e boom de comodities) pudesse ter bons efeitos aqui. De todo modo, minha principal crítica eh em relação às premissas. A teoria apresentada usa a teoria do valor trabalho como basilar para o desenvolvimento das ideias, e essa tese já está ultrapassada desde a década de 20 do século XX na discussão econômica, tendo sido substituída pela teoria da utilidade marginal de Menger
Os países que se enriqueceram simplesmente ofereceram condições a seus cidadãos de empreenderem e num contexto de maior liberdade surgiram empresas que produziram mercadorias que outras pessoas mundo afora quiseram consumir a um preço compensatório. Incialmente parte de custo mais baixo teve relação com baixos salários e poucos “direitos” trabalhistas, já que os trabalhadores eram pouco produtivos, pelo baixo nível de capacitação. Com o tempo os salários foram subindo gradativamente e hoje todos eles têm produtividade e salários médios maiores que o Brasil. Então o desenvolvimento dos ricos não mantém os pobres como pobres, pelo contrário, apesar de produtividade dos ricos ser maior, frequentemente o custo de produção tb o é, o que torna investimentos em países pobres seja mais compensatório muitas vezes. Outro aspecto eh que as mercadorias não são iguais, como foi teorizado, seriam se o único determinante do seu valor fosse o trabalho, MAS NÃO É. O valor é subjetivo e não calculável, sendo determinado por quem quer comprar
N tanko
Humberto responde o Vina ! Abç
th-cam.com/video/-9XIo-VfrMM/w-d-xo.html
Tempo de Trabalho socialmente necessário não é a média, é o mínimo. As outras empresas que são incompetentes
Não concordo com a esperança exploração do trabalho, pq países como Japão e Usa se trabalha mais!
Se vc observar direito a tal lei da dependência nao acontece somente no aspecto financeiro. Esta é uma mecanica universal. O planeta terra depende do sol da mesma maneira q o dono de um mercadinho de bairro depende de um suoer-atacado para ter o q vender. Quero ver alguém q saia dessa matrix.
Entendi nada kkkkkk
Rindo de desespero
Os países ricos produzem mais riquezas em menor tempo pq tem tecnologias avançadas! Ok!
Humberto, cara, que doidera isso aí. O Marx chegou a perceber essa dinâmica de transferência de valor centro/periferia determinada pela produtividade? Ou essa parada é devida ao Marini/outras referências que vc colocou?
Ótimo!