PASSEANDO PELA CIDADE DE MARTINÓPOLIS
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- เผยแพร่เมื่อ 17 ธ.ค. 2024
- Em meados do século XIX, sertanistas mineiros, capitaneados por José Teodoro de Souza e Francisco de Paula Moraes, chegaram às terras de São Paulo que medeiam entre as águas do "Peixe" e do "Paranapanema". Por seus picadeiros e agrimensores, palmilharam esse chão e se tornaram senhores de dois latifúndios distintos que se estendiam desde Campos Novos do Paranapanema até as barrancas do Rio Paraná.
Afrontando a Floresta inóspita e os Índios Coroados, seus primitivos habitantes, foram criando e aumentando áreas cultivadas. De Campos Novos e de Conceição do Monte Alegre cresciam lavouras de vegetação vigorosa, capazes de fazer os homens sonhar com futuro promissor.
A descoberta de terras férteis, logo, chegou ao conhecimento do Governo que passou a se interessar pelas riquezas que a região encerrava em seus mistérios. Entre outras providências, deu início a construção da estrada boiadeira rumo ao Mato Grosso, passando a montante da Cachoeira do Rio Laranja Doce (onde, mais tarde, a CAIUÁ construiu a Usina Hidroelétrica). Foi porém o prolongamento dos trilhos da Estrada de Ferro Sorocabana, iniciado em 1919, a partir de Botucatu, que realmente impulsionou o progresso.
Passageiros e mercadorias encheram o Trem de Ferro. A marcha para o Oeste começou a transformar a fisionomia do Sertão. A migração volumosa a forçar o fracionamento dos latifúndios. Contendas judiciais a se mesclar com lutas sangrentas, até que homens, organizados surgiram para capitanear a colonização, dentre esses homens, avulta a figura do Coronel João Gomes Martins, um fidalgo da Ilha da Madeira, que retalhou as terras de muitos dos municípios da região, especialmente, daquele a quem mais tarde, emprestaria o seu próprio nome.
O germem de Martinópolis foi um vagão de trem, desmontado da linha, que serviu de rancho à Turma da Conserva de José Giorgi e a gorita do Guarda Chaves da Estrada de Ferro. Nas cercanias do Vagão foram surgindo as primeiras casas de colonos. Em 1924, o Coronel João Gomes Martins, lançou o loteamento urbano de José Teodoro, paralelo aos trilhos. Logo surgiu a Estação de Trem, a Pensão Boiadeira de Raimundo Barbosa, o Comércio de Frederico Platizek e de Ângelo Bergamini. A fé dos colonos ergueu a pequena Igreja de madeira.
Abençoado por Deus, o lugarejo, sede da Colonização Martins, foi se transformando em verdadeiro formigueiro humano, com levas que chegavam de trem para o Novo Eldorado. Vida intensa, tangível, vibrante de rumores, surgida e movida como as ondas do Oceano.
Em 20 de Dezembro de 1929, o povoado foi elevado a categoria de Distrito de Paz com o nome de Distrito de José Teodoro. Em 1937, quando o Trabalho e as paixões mais agitavam a vida e o progresso do povoado, seu fundador, no auge de esplandente vitalidade, faleceu na Capital. João Gomes Martins Filho não permitiu que a bandeira da colonização caísse por terra, Tomou-a das mãos do pai e a levou avante, como em corrida de revezamento.
Em 12 de Janeiro de 1939, o Distrito de José Teodoro foi elevado a categoria de Município com o nome de Martinópolis e em 13 de Junho de 1945, com as maiores comemorações já verificadas em sua história, a terra dos Martins instalou solenemente a Comarca de Martinópolis.