Caramba, isso demonstra, de forma espetacular, que Olavo de Carvalho não lê a respeito dos assuntos sobre os quais discorre! Se leu, então é ainda pior: sofre com seríssimos problemas de interpretação de textos!
Pura verdade, eu ganhei um livro que era do meu avô, chamado Os Sertões e tô tendo muita dificuldade pra entender, tem hora que parece que é outra lingua.
Eia ou Éia? (Se você tira os acentos diferenciais você pede confusão, porra!) O marujo atirou o arpão na baleia. A aranha se enrolou na própria teia. Esquerdista é um caduco sem a menor ideia. Como tem chulé nessa meia! O menino levado cutucou a colmeia. Como essa Dilma Rousseff é feia. Ele é o maior recordista em apneia. Como é bonita a azaleia! Ela causou polêmica por se dizer ateia. Essa semana foi uma odisseia. Não houve acordo com a Comissão Europeia. Nossa, essa mulher é uma semideia! É cananeiense quem nasce em Cananeia. A avó do menino acendeu a candeia. A professora de química perguntou se os alunos sabiam o que é ureia. Como é gostosa essa geleia! Ah, Dom Quixote e sua musa inspiradora, Dulcineia... O coletivo de lobos é alcateia. E assim por diante…
Enquanto as universidades focam em ensinar sobre preconceito linguístico, exaustivamente, esquecem de ensinar os alunos a escrever o português "básico". Inclusive, ensinam que a forma "culta" é coisa de "coxinha". Escutei a seguinte frase de uma professora das mais conceituadas em linguística do Brasil: "Se nem o presidente consegue falar na norma culta (Lula naquela época), quanto mais o povão, temos de aceitar que o português culto não é mais necessário." Trabalhei durante anos em uma editora, e nunca consegui contratar uma pessoa com canudinho de Letras nas mãos para revisor, geralmente as pessoas que se especializavam em estudar línguas acabavam sabendo mil vezes mais sobre português normativo do que vários graduados evangelizados em Freire, Bagno, Noam Chomsky... Mas quem vem aqui reclamar, é por que ainda não caiu a ficha de como estão sendo catequizados em linguagem esquerdista nas escolas/universidades.
Viviane Cristina Vicenti , o meio acadêmico é muito amplo. São muitos cursos de Letras tb. Sua análise é pertinente ao meu ver, porém muito superficial, uma vez que usa seu exemplo para estipular a regra. Tenho professores mais funcionais e outros mais normativos, e todos são coerentes no que falam. Nenhum deles pregam a extinção de alguma teoria. Pra ser Universidade é necessário ter essa oferta ampla de base teórica, do contrário não seria Universidade...
PERFEITO! É exatamento isso! A situação está tão desesperadora que nem a adequação mais é argumento para conter os justiceiros sociais travestidos de professores universitários. Já encontrei professor de Letras abrindo curso de Letras - EAD com uma carta em que substituía as desinências de gênero por "x". Veja só. O desvario linguístico, antes cingido a postagens de adolescentes na mídia social, agora inaugura cursos de Letras. Sinal dos tempos!
Ariano Suassuna destacou bem isso, a língua escrita é uma convenção, ninguém escreve exatamente como escreve e isso não se perde em compreensão ou qualidade literária por não acompanhar a língua falada. Como o próprio Ariano falou: "como nordestino eu não falo cruz, falo cruiz, eu não falo cadeira, falo cadera". E não é necessário escrever seguindo a fala, as pessoas tendem a colocar a língua falada e escrita como uma coisa só, e não é isso, são duas linguagens diferentes.
Antes do Bagno, vocês deveriam ler os precursores europeus, americanos, ou seja, os linguistas, sociolinguistas que, ao se fundarem na linguística descritiva, determinaram que todas as línguas têm variações! E as razões são óbvias: diferentes grupos sociais têm diferentes falares. Os linguistas apenas vão para o campo de pesquisa e fazem o registro desses falares ou gramáticas. A gramática normativa é prescritiva ( escolhe a norma culta e impõe seu uso). A linguística é ciência e não é prescritiva ou normativa, ou seja, não impõe nada! É importante, apenas,respeitar os diferentes falares , ainda que se ensine a norma culta na escola. Quanto a ensinar a pensar aqueles que deturpam as coisas e leem de acordo com as "lentes" escuras que colocam nos olhos, isso já é outra coisa... As pessoas deveriam se informar melhor pra poder falar com conhecimento de causa! Dica: pesquisem Labov, Dino Pretti, Ataliba Castilho ( tem vídeo dele aqui no TH-cam), pra citar só alguns, por favor. Esse Olavo de Carvalho não é linguista e apenas faz ataques pessoais e ideológicos a Bagno porque ele toca na ferida dos nossos preconceitos de todo tipo! Nenhum linguística, nenhum livro didático que aborda as variantes diz que não se ensine a norma culta, pelo contrário, insiste que se conheça a diversidade cultural da língua. Isso é delírio de quem tem interesse em manter a ignorância das pessoas! E antes que me mandem pra Cuba, aviso que esse é um sobrenome sírio que entrou no país no início do século XX! Aff!
A análise do Olavo sobre a construção e ensino da língua e as variações linguísticas fazem sentido.Porquê nas discussões sobre língua portuguesa não vejo ninguém falar de Alfabetização,isso me preocupa.Temo sinceramente pela Marcha da Desconstrução,que levará a total perda de identidade cultural,pode ser o fim da língua portuguesa como a conhecemos.
A escola existe para ensinar o que não se aprende fora dela! Ir à escola para ficar na mesma é perda de tempo e de energia! Mas chatear as criancinhas com "socilinguística" e meter medo com coisas como "meu filho, é o seguinte, se você disser nós vai, você corre o risco de sofrer o preconceito linguístico" é presunção! Até parece, que lhes dizem, que se se portarem mal vão p'ro inferno! A escola é ensino, não democracia! Tem de formar com rigor para que democracia e cultura sejam possíveis!
Embora exista uma certa coerência em termos de argumentação em sua defesa, é percebido arrogância e falta de compreensão na lógica do preconceito linguístico, pode arrebanhar algumas pessoas, mas ele se prendeu e está bloqueado e isto é evidente!
Achei um absurdo tirar os acentos diferenciais e o trema. O triste é que número reclamou disso, mas hoje reclamam de um pronome neutro idiota que quem enfiar à força na nossa língua.
Claro, claro. Claramente você não leu a obra de Marcos Bagno, ou se leu você não conseguiu compreender, ou seja, suas leituras dos clássicos não serviu em nada para desenvolver sua interpretação de texto. É engraçado perceber que as pessoas são contra os modernos sem apresentar argumentos.
e ele crítica uma coisa que o próprio autor disse o contrário kkkkk o autor disse: a língua escrita deve ser uniforme, embora haja variação fonética. o que Olavo entende: tem que mudar a escrita conforme a língua falada. e o próprio Marcos cita o monteiro Lobato que o Olavo cita.
O Olavo precisa reler o Bagno e alguns outros autores fundamentais do pensamento linguístico. É uma pena que um intelectual com o repertório do Professor não tenha dado conta de entender um arcabouço teórico relativamente simples.
De qualquer forma, meu ponto de vista é que, em quaisquer línguas que um indivíduo fala, um conhecimento abrangente, profundo, de tal língua ajuda-o na hora da comunicação.
Eu li o livro "Preconceito Linguístico. BAGNO, M.". Eu não vi em nenhum capítulo sobre "ensinar várias gramáticas". Eu vi que o Bagno fala que há variedades e que elas devem ser respeitas, entretanto, deve-se ensinar sim a gramática normativa. Olavo de Carvalho, você não leu o livro do Bagno e não sabe o que está falando.
Raphael Ribeiro Estou lendo agora o livro e o que o Olavo cita não condiz ( até onde li) com o que o Marcos escreveu. E acho muito desrespeitoso a forma como ele trata seus colegas de profissão.
Oi, +Priscila Ueno. Pois, é. Eu creio que devemos sim aprender a gramática normativa, mas acho que a Gramática Tradicional não nos faz aprender a "falar melhor" ou produzir textos melhores. As gramáticas normativas tradicionais, tais como as do Cunha, Luft, Sacconi, etc, são regras para o melhor entendimento na hora de se escrever, porém, essas regras não nos fazem melhores escritores. Escrever bem, não depende de gramática normativa. Escrever bem depende de prática, muita leitura e estímulo por parte dos professores. Enfim, devemos saber a "língua culta-padrão", mas não podemos fechar os olhos para as "variações linguísticas" de cada região do país. Abraços
Raphael Ribeiro Olavo já respondeu esse teu tipo de comentário: www.olavodecarvalho.org/apostilas/quem.htm www.olavodecarvalho.org/textos/gramatica.htm
Esse texto comprova mais uma vez que o Olavo não leu o livro do Bagno. Aliás, o estilo de escrever do Olavo é chato pra caralho! Perdi meu tempo lendo um artigo desse!
O livro desconstrói a ideia de falar "certo" ou "errado" e dá lugar ao "adequado" e "inadequado". Ele esclarece que GRAMÁTICA é diferente de LÍNGUA, e que muitos brasileiros não falam a norma culta por fatores sociais e regionais. Em nenhum momento notei no livro o que este cidadão fala no vídeo, o que deixa claro que Olavo nem sequer leu o livro. Em momento algum o livro diz que escrever "nós faz" tá certo, até porque Bagno afirma que a escrita é diferente da fala e que ela deve seguir a norma padrão.
Bem, a sua pergunta ficou um pouco vaga para mim no momento, pois não me lembro de comentários que eu tenha feito anteriormente, então eu precisaria de uma perguanta mais específica (em outras palavras, qual é o assunto em questão, perguntado por você, resumido em uma palavra?). Se o assunto for discriminação linguística, meu ponto de vista é simples: quanto maior conhecimento o indivíduo tiver de uma língua, mais respeito ele receberá da maioria de seus falantes, em quaisquer situações.
Transvalorar todos os valores, seria então, aproveitar o fato de que a idéia "deus" desde então passando a ser irrelevante e mesmo redundante, e abolir os princípios sociais e individuais ruins decorrentes da crença cristã. Ao mesmo tempo, a falta de sentido no mundo era, para ele, algo inevitável ainda quando se crê. As pessoas passariam a ser cultuar, a inventar novos ideais ascéticos, novas "muletas" para sua existência sofrível. Ele queria ensinar a entendermos a vida e não sofrermos.
Gente, se vocês discordam do cara, por favor, tentem uma refutação! Insultos não possuem valor argumentativo! Falar que ele é ''idiota'' e ''reaça'' não faz com que as premissas dele sejam falsas. Cacete, que povo tosco!
+Jaldomir da Silva Filho o Olavo nem precisa provar os argumentos, é realmente visível a sua afirmação. Isso que ele esta falando não é algo que esta em teste para ser colocado em prática, isso já esta presente. Esse pessoal que respondeu-lhe negativamente são uns filhos das putas, pois preferem proteger o ego do que enxergar a realidade. Por culpa desse pessoal temos a dificuldade de leitura e escrita, pois o Brasil esta uma bosta, e eles continuam a tampar os olhos e ouvidos. Esse pessoal estão se achando inteligentes, mas se souberem a tragédia que estão inseridos entrarão em depressão. Bando de babácas inúteis.
Caso haja escolha individual/coletiva do uso de "os livro" como plural aceitável na prática, ao falar, tais estudantes vão ser vítimas de preconceito linguístico por toda sua vida. Pois nenhum falante da língua portuguesa que seja bem educado aceitaria o plural apenas do artigo definido junto a um substantivo que estaria no singular. E isto é apenas uma regra aceitável na língua, o plural de "o livro" é, na nossa língua, "os livros"; é um fato indiscutível.
Essa norma é usada porque em Portugal se fala assim (mesmo oralmente, sempre falam "Sinto-me", nunca "Me sinto"). Proibindo que se escreva "Me sinto", o Brasil passa a escrever assim como Portugal. Escrita única. É para isso que serve a língua padrão. E também é para isso que serve o Acordo Ortográfico, que deveria se chamar Padronização da Escrita do Português.
"Na hora que você elimina os acentos diferenciais, você tá pedindo confusão, né?!" hahahaha... Será que ele já ouviu falar em contexto? Pq senão é bom que saiba, um texto não é um emaranhado de palavras, mas de ideias que se articulam coesa e coerentemente. As palavras não estão soltas, meu bem! Acho que basta!
[...] discrepância entre "os livro" e "os livros" em nosso país porque a educação é privilégio para poucos e se o pai fala "os livro", o filho vai ouvir e falar "os livro" e, assim, tornar esse ciclo vicioso, criando uma comunidade característica. Fato, não tem como discutir isso. Admitir essa mudança como "certa" e admitir que esse ciclo vicioso é certo é um pouco complicado em um país que ainda não descobriu que o tão esperado desenvolvimento provém da educação. [...]
O audio estah mudo. A principio pensei se tratar de algum problema no player da web, mas depois de salvar o video e ainda nao escutar nem um A, ai me convenci de que era um problema do video mesmo. Por favor, arrume isso para que possamos ouvir o Olavo de Carvalho . Sem mais, obrigado.
[...] O ensino da sociolinguística na escola é louvável no que tange o preconceito, ou seja, "meu filho, é o seguinte, se você disser nós vai, você corre o risco de sofrer o preconceito linguístico". Ponto. Agora...Admitir que isso é certo mesmo que seja só na língua falada?(lembrando que a sociolinguística defende isso na língua falada e NÃO na língua escrita!) Se você fala "nós vai" porque escreveria "nós vamos"? Acho difícil uma criança saber distinguir isso...
Obrigado pela atenção em "enadequado". É interessante a sua observação, que tem um grande valor em termos de linguagem e comunicação: imagina se eu começasse a tentar convecer você que "inadequado" deve ser escrito e falado "enadequado". Não haveria consenso, e tal falta de consenso seria terrível. No meu caso, especificamente, cometo erro na hora da escrita porque meu computador não corrige tais erros automaticamente. Porém, sou capaz de reconhecer tais erros.
É aí que bate o ponto. É aí que Nietzsche nos diz para abandonarmos tal caminho que nega a realidade e aspira a um outro mundo qualquer. Dizer que Platão usava sua razão é ser verdadeiramente irracional. Poderia até dizer o mesmo de Kant, mas não há como fazer uma análise completa do antagonismo entre os dois. Escrever um livro grande como "Crítica da razão pura" sobre coisas tão sem uso e que não servem para nada deixa qualquer um sem ter mais o que dizer para criticar. Juízos sintéticos... kk
Ou seja, da realidade. O que temos certeza é que estamos vivos (Isto é, se você chama Descartes de "grande" talvez duvide de que existimos...), que existimos; o mundo igualmente existe e buscamos por sentido e felicidade. O que os existencialistas propõem, então, é parar de buscar sentidos externos ao que conhecemos, mas questionar aquilo que faz parte de nosso âmbito, que nos afeta de uma forma ou de outra. Não, como O Banquete, questionar se o amor é o mais belo dos deuses...
Por isso ele via a impotência de conceitos puramente humanos que julgavam ser detentores da verdade e não levavam em consideração a própria natureza. Daí sua crítica ao Socialismo, ao Comunismo e as religiões de uma maneira geral. Quero dizer, a todo sistema de coerção. A moral fazia parte do consciente e os instintos, do inconsciente - por isso são mais fortes. Assim, o "eu" racional era apenas um empregado limitado por esses dois: a natureza e os preconceitos ensinados desde pequenos.
"Humano demasiado humano" faz parte de um positivismo cético no qual ele ingressou. Ele muda mais tarde. Mas a lógica de que tratamos é justamente aquela aristotélica. Aristóteles, apesar de tudo, foi o filósofo que mais li, mas seus silogismos aprisionam a verdade objetiva em prol de uma verdade subjetiva e vice-versa. Agora, há uma verdade? Nietzsche critica cara é o idealismo e toda a sua proposta de entender tudo e salvar o mundo. Por isso a sua fuga dos jogos lógicos de palavras.
Tirando alguns excessos do discurso, eu concordo com ele. Visto o que a profª falou na palestra do Atual Cenário de Letras sobre a evolução das línguas, que foram adaptando a fala, sem alterar a escrita.
Todo apoio a coerencia do Prof Olavo de Carvalho. Parabens! Precisamos fortalece a trincheira da resistencia, ante a tentativa alienada de descaracterizar nosso idioma.
Em resumo, o conhecimento de uma língua é muito importante em qualquer língua, pois há consenso em tal conhecimento. Nós não somos perfeitos, pois perfeito somente é Deus. Porém, ser capaz de reconhecer tal/tais erro/s é importante individualmente.
Nossa vida material anseia por felicidade; nosso conhecimento do mundo, por razão, entendimento, e o lado metafísico busca um sentido e uma finalidade para a existência. A resposta para esses dois últimos é Deus. Camus, mostrou brilhantemente o paradoxo dessa resposta aos racionalistas. A única maneira de dar razão ao mundo e responder questões primordiais para alguns é através de uma idéia jamais vivenciada e que foge à razão. Ou você acredita que podemos entender Deus?
Impressionante! Será que ele precisa mesmo deturpar os fatos para poder exprimir sua opinião? O que ele fala nesse vídeo é SOMENTE uma opinião pessoal, quase tudo é passível de contestação. De onde ele tirou que Marcos Bagno quer uma gramática para cada bairro? Será mesmo que 'todos os hispano americanos' Lêem os clássicos espanhóis? Meu Deus... O que me deixa preocupado é sua forma agressiva de falar contra quem não compartilha de sua opinião. Isso é muito triste.
Ademais, todas as contradições internas da filosofia de Nietzsche são fruto de más interpretações que não entendem a sua ironia diabólica. Já vi, por exemplo, usarem uma passagem de Além do bem e do mal para associá-lo ao antissemitismo, quando é claro ali que ele está satirizando o movimento... As críticas de Nietzsche são sempre baseadas numa questão de "assassinar ídolos". Isto é, todas aquelas idéias que se tornaram sacras, intocáveis. E o meio que usa é o da ironia.
Seria triste um caso, e há tais, quando o indivíduo não é capaz de reconhecê-los (tais erros). Como foi o caso de um vice-presidente dos Estados Unidos, que disse, e realmente afirmou mesmo sendo confrontado, que o plural da palavra "potato", em inglês, era "potatos", quando na verdade é "potatoes". Tal ignorância fê-lo perder seu cargo público como vice-presidente dos Estados Unidos.
É contraditório reclamar que os brasileiros não entendem a escrita de antigamente e ser contra a reforma ortográfica. Se aquilo fosse verdade, os brasileiros não entenderiam também o que os portugueses escrevem hoje, e passariam a entender depois da reforma ortográfica, quando a ortografia passa a ser única.
OK. Minha crítica anterior deve ter sido sobre um livro distribuído pelo MEC, no Brasil, para cerca de meio milhão de estudantes naquele país, justificando o uso de plural dos substantivos como adequado e enadequado, como no exemplo a seguir: "Plural de 'o livro' poderia ser 'os livro', e que é possível falar e ser compreendido. Seu ponto de vista (o do livro) é aceitável, porém não se sabe se aqueles estudantes vão ter interesse em usar na prática, ao falar, o plural "os livro".
Estamos perdendo a cultura, temos que ensinar que, ( nóis pega o peixe) esta correto. Então quer dizer que perdemos todo nosso tempo em estudos que não nos serve pra nada!
Já lhe afirmei que a razão aqui não é o problema, mas sim a dialética e o racionalismo. Nossa razão não pode se focar em aspectos tão ínfimos e medíocres como nos diálogos platônicos, porque aquilo ali é apenas caminhar em círculos. Igualmente não pode assumir uma posição de conhecimento transcendente, que pode tudo e que consegue reduzir tudo aos "limites da razão pura". A razão é uma consequencia evolutiva que tem de ser tanto senhora como submissa de nossos corpos e suas paixões.
Freud apenas sistematizou essas mesmas reflexões mas ambas são equivalentes. O seu erro consistiu em apregoar que os dois queriam que o homem abandonasse a razão para ser instintivo. Isso só demonstra a sua falta de conhecimento... Não era por esse lado que eles viam. Mas apenas que ela não tinha todo esse poder restaurador e transformador, capaz de chegar a razão última de todas as coisas e mudar o mundo... A razão é por vezes elogiada por Nietzsche, mas não o racionalismo, não Kant.
Bagno não fala dos "bairros", a idéia é não obrigar o Brasileiro a falar como Portugal, só quem já foi em Portugal e sofreu preconceito linguístico sabe do que estamos falando... Acho que a partir do momento que falarmos a língua Brasileira esse preconceito acaba. Se hoje é: "haha ele fala errado" amanhã vai ser: "que legal, nossas línguas são irmãs, eu te entendo"
Apesar de Nietzsche ser conhecido por ser ateu, ele não era um "pregador" do ateísmo. Ao se referir aos judeus, por exemplo, ele os louva por não terem de se envergonhar de sua fé perante as idéias ateístas e niilistas que começavam a surgir em seu tempo. Isso significa que a contradição existe porque opiniões diferentes existem. Ele está falando com a sociedade de uma forma geral, onde somos racionais e acreditamos num nascimento virginal e na ressurreição de um homem... Compreendeu o sentido?
Os diálogos platônicos são apenas páginas e mais páginas com jogos de palavras e discussões inúteis. Basta ver, por exemplo, o debate entre Sócrates e Protágoras acerca da "virtude": pode ser ensinada? é uma só ou mais? essas outras partes são independentes? a coragem e o conhecimento não são o mesmo?... e por aí vai. Platão acreditava na imortalidade da alma e da prevalência do mundo das idéias em detrimento do mundo sensível, quando o que sentimos é a única forma de conhecimento verdadeiro...
Dizermos que nada podemos compreender pela razão baseado apenas nesse meu dizer que entendeu errado, é apenas fazer jogos com palavras e estabelecer deduções ilógicas. A idéia e o conceito de "Deus" me fascina justamente porque nos torna humildes e nos mostra o quanto nossa razão é deficiente. No entanto, é óbvio que compreendemos tudo através da razão, mas apenas como uma representação consciente que é resultado de uma interiorização anterior. Agora, essa representação, por vezes é ilusória.
Nossa linguagem nos impede de discursarmos de modo a que nenhuma contradição surja. O fato que lhe passou desapercebido é que Nietzsche era pragmático. Quero dizer, a contradição para ele não era uma opção, mas a filosofia dele era baseada numa individualidade dissociada de qualquer apreciação coletiva de determinadas vivências e exigências. Hoje crer em Deus está em total contradição com a evolução. No entanto, há várias pessoas que negam a evolução e creem em Deus... Quem está errado?
A fala dele no final ficou meio incoerente. Se não houver reforma ortográfica na língua continuaremos escrevendo diferentemente dos Portugueses. E não é a critica que ele faz no inicio dizendo que não conseguimos ler os autores portugueses?
Os questionamentos tolos do gregos após Sócrates, com toda aquela lógica que não conduz a lugar nenhum, tudo aquilo que afasta qualquer pessoa com senso prático da filosofia são então mais importantes para você do que os pensadores que se dispuseram a abandonar à metafísica e suas questões insolúveis e infrutíferas e partiram para interpretar a realidade? Aristóteles prendeu o raciocínio, assim como todos depois de Sócrates em jogos de palavras e baboseiras. Acreditava em geração espontânea...
Marcos Bagno nao é burro, e ele nao disse em nenhum livro, que se deve escrever a língua falada na escrita.Li alguns livros dele e nao é esse o seu discurso. Agora, sobre a reforma ortográfica que 'toda hora' muda isso sim, é ridículo, um saco. Tá virando palhaçada mesmo. Um exemplo, é a palavra farmacia que antes era pharmacia e no francês ainda se escreve pharmacie. O francês foi a nossa influência, isso é lindo, mas estao acabando com a nossa língua linda, infezmente :-(
A religiosidade de fato diminuiu. Isso é inegável. As pessoas se julgam sempre "cristãs" mas não sabem mais nem o que esse termo significa e o tipo de comportamento que seria exigido. As consequencias óbvias da dúvida com relação a existência de Deus seriam a relatividade dos valores morais e o niilismo, o desapego à própria vida. É nesse sentido que Nietzsche louva ao sofrimento - não por algum tipo de psicopatia, mas como um caminho necessário à felicidade. Evitar sofrer é evitar ganhar.
Nenhuma lingua deveria ser um instrumento para "se ensinar". Lingua e' um instrumento de comunicacao entre falantes de uma comunidade linguistica, seja ela tao grande quanto aos 230 milhoes de falantes da lingua portuguesa, ou 1.2 bilhoes de falantes da lingua inglesa ou da lingua mandarina (chinesa).
Excelentes dicas!Os pseudo intelectuais esquerdopatas têm verdadeiro asco de Aristóteles, têm náuseas quando ouvem citações deSantoAgostinho e SantoTomás deAquino; isso é muito bom.Tenho acompanhado muita gente boa,jovens,que não comungam das ideias dos agentes da mentalidade revolucionária.Quando essa turma de imbecis baba ovos deAntonioGramci e PauloFreire despertarem de seus delírios, serão atropelados por intelectuais verdadeiros que os devolverão para limbo da onde nunca deveriam ter saido.
Não há como compreendermos Deus pela razão e digo isso categoricamente pelo simples fato de que estudo teologia e quase toda boa teologia inicia-se por esse premissa. Mas creio que houve um equívoco; eu não estou dizendo que não podemos chegar até um "deus" qualquer usando a razão, mas que não poderemos compreender sua natureza e seus atributos. Posso falar apenas do Deus cristão, o qual conheço profundamente, e lhe digo que entender algumas coisas de Deus são impossíveis e dão dor de cabeça.
O engraçado é ver um cara que fala sobre o Diabo, Deus, a Bíblia e uma tal Nova Ordem Mundial e blá, blá, blá, vir falar em "racionalismo" e "mitos"... Ele nega a evolução é possível que negue que a terra é redonda. Eu, por meu lado, pretendo questionar a vida e não a possibilidade tola de algo após isso aqui. As questões morais atualmente são extremamente importantes e é por isso que Nietzsche é tão relevante e Aristóteles ter sido esquecido e é lembrado apenas quando se mostra o atraso.
Sou muito crítico à filosofia de Nietzsche no tenho de ser crítico, porém não me esqueço de louvar tudo aquilo de bom, profundo e mesmo divertido que existe ali. Nietzsche fugiu à bobalhada acadêmica e também aos termos "técnicos". E passou assim a vislumbrar o homem em sua natureza cruel, a qual tentamos disfarçar mas não conseguimos, e escreveu uma filosofia criativa e singular. Ele percebeu que em breve diminuiria a religiosidade e passou a tentar "salvar" a humanidade dessas consequencias.
A sociolinguística sempre será uma eterna polêmica, não adianta. De um lado, os gramáticos ferrenhos querendo impôr a norma tal como ela é. Do outro, sociolinguistas aplaudindo a evolução da nossa língua para uma nacional. Muito bonita a filosofia da sociolinguística mas acho que ela deve ter muito cuidado em tratar a "democracia linguística" num país como o nosso. É fato e TODO O MUNDO sabe disso, só existe essa [...]
Jaldomir da Silva Filho em segundos de vídeo: a sociolinguística não nasce a partir da "noção" de que é antidemocrático usar uma gramática para todas as pessoas, embora seja hiper totalitarista. O Olavo, e você, podiam buscar um pouco no google sobre variação linguística, sobre sociolinguística, sobre funcionalismo linguístico... Juro que não vai doer.
Jaldomir da Silva Filho ah, e recomendo a leitura do livro do Bagno que o Olavo citou: Preconceito Linguístico. É bem didático, ainda que seja um tanto direto e assim rude...
O legal dos socioslinguistas é dizer que não existe nada de errado em falta de concordância verbal,pena que a ABL não aceita isso,faz uma prova sem concordância verbal e espere sua nota 10 nela.Pode confiar,Bagno é uma anta mesmo,vive metendo o pau em professores que ensinam gramática,e depois diz que todo escritor,poeta e tradutor deve ter o conhecimento profundo em gramática,o cara não consegue ter coerência com aquilo que ele mesmo prega.
Rapaz, se um paulista ou um carioca tiver preconceito de sotaque -- que geralmente esses tipos são iletrados -- com um nordestino que domina a língüa, vão se foder bonito.
Não é o conhecimento "de uma língua"! Éconhecimento e domínio DA NOSSA! Agora você trata de si próprio e a cultura de onde provém em moldes de abstracção niilista e pretensamente científica? Para se ter amor à própria língua é preciso aprendê-la! Você também aprende poesia e literatura, apesar de nem você, nem os seus pais, serem quer poetas, quer literatos! A escola tem que ensinar o que não se sabe! Mas no Brasil o auto-desprezo e o complexo colonial são cultura geral para a maioria! Pena!
Você é muito inteligente e não deve usar uma linguagem tão baixa ! Ele está conseguindo te envolver e sua raiva mostra claramente o poder sublime da intelectualidade e da verdadeira psicologia livre. Esse Olavo é genial ! O senhor não deve usar palavras tão feias mas quando não usa-las será mais forte, obrigado.
Você vai ter que enviar toda a referência científica dele para o lixo também... Antes do Bagno, vocês deveriam ler os precursores europeus, americanos, ou seja, os pesquisadores, linguistas, sociolinguistas que, ao se fundarem na linguística descritiva, determinaram que todas as línguas têm variações! E as razões são óbvias: diferentes grupos sociais têm diferentes falares. Os linguistas apenas vão para o campo de pesquisa e fazem o registro desses falares ou gramáticas. A gramática normativa é prescritiva ( escolhe a norma culta e impõe seu uso). A linguística é ciência e não é prescritiva ou normativa, ou seja, não impõe nada! É importante, apenas,respeitar os diferentes falares , ainda que se ensine a norma culta na escola. Quanto a ensinar a pensar aqueles que deturpam as coisas e leem de acordo com as "lentes" escuras que colocam nos olhos, isso já é outra coisa... As pessoas deveriam se informar melhor pra poder falar com conhecimento de causa! Dica: pesquisem Labov, Dino Pretti, Ataliba Castilho ( tem vídeo dele aqui no TH-cam), pra citar só alguns, por favor. Esse Olavo de Carvalho não é linguista e apenas faz ataques pessoais e ideológicos a Bagno porque ele toca na ferida dos nossos preconceitos de todo tipo! Nenhum linguística, nenhum livro didático que aborda as variantes diz que não se ensine a norma culta, pelo contrário, insiste que se conheça a diversidade cultural da língua. Isso é delírio de quem tem interesse em manter a ignorância das pessoas! E antes que me mandem pra Cuba, aviso que esse é um sobrenome sírio que entrou no país no início do século XX! Aff!
Não posso resumir tudo a um só termo! Se me lembro bem, você advogou num comentário anterior, que língua não é para "ser ensinada"! Eu acho absolutamente o contrário! Note bem, que não me preocupa o assunto da discriminação, que me parece ser mais ideológico-propagandística! Abordar a nossa língua apenas com abstracção pseudo-científica já de si é um erro grave! A nossa língua é singular, exigente, intrincada, tem de ser ensinada e aprendida! Não há professores suficientes? Invistam no ensino!
Eu nunca entendi nada tao "obvo" em toda a minha vida. Deus tenha piedade dos "nosso povo". Porque os "nosso povo" "obvamente" nao "aprende" a falar "certo". OBVAMENTE!!!
Jamais poderemos compreender a Deus pela razão!... Deus inicia onde nossa razão para. Se existe, Deus é incompreensível. Eu sei porque já tentei muito entender tudo e recorri aos melhores teólogos e nada! E se não existe, Ele é apenas uma desculpa para nossa incapacidade de darmos razão ao mundo. É dessa compreensão racional da realidade que venho a falar! Platão fazia era abandonar a realidade em prol de um "mundo das idéias"
As falácias lógicas são justamente o que Sócrates levou aos atenienses... Questionar o amor de modo tão pueril, assim como a virtude, não nos faz compreender a realidade de forma alguma! Nietzsche partia do ponto de que o conhecimento é restrito ao conhecido, ao vivido, e que a psicologia, portanto, marcava o início de qualquer boa discussão. Os únicos avanços são delimitados por nossas naturezas cara! Não adianta estarmos a criar sistemas perfeitos por nossa "razão" quando o homem é o que é!
Isso é o que me choca! Em vez de se elevar o ensino e a formação, baixa-se o nível por razões puramente ideológicas! Já ouvi um cara, até simpático, dizer, que a palavra "outrora" era demasiado para a sua cabeça! Dizer "os livro" em vez de "os livros" é gíria! Aquilo não é preciso de ser ensinado na escola! Se o aluno vem de classes baixas, mais ainda tem de aprender o que é correcto, para maior vantagem própria! Mas até o D. Bertrand diz "dois calhamaço", hehe P.S. inadequado, não enadequado!
@pretasil100 Interessante essa argumentação! Nos países de língua inglesa e francesa não existe essa discussão! Ou falam inglês e francês, ou não! Mas ninguém fala de "língua imposta pelos colonizadores"! Fala-se de língua-franca ou língua de estado! NINGUÉM se mete nessas discussões! Mas no Brasil sim, país, em que mais de 60% da população branca e parda é de ascendência portuguesa ou tem uma alta porcentagem de ascendência portuguesa! São descendentes e se acham colonizados? Interessante!
Prof. Olavo. Você me parece uma pessoa informada. Mas, por gentileza, tente entender melhor o que Marcos Bagno e os demais propõem. Houasis e Bango são inadequados pelo que percebi. Quem você indica em questão de língua e literatura?
Adoradores de Marcos Bagno surtando em 3, 2, 1...
Caramba, isso demonstra, de forma espetacular, que Olavo de Carvalho não lê a respeito dos assuntos sobre os quais discorre! Se leu, então é ainda pior: sofre com seríssimos problemas de interpretação de textos!
Até que entende sim! O cara quer é defender uma ideologia sem embasamento científico e filosófico algum
Isto*
Pura verdade, eu ganhei um livro que era do meu avô, chamado Os Sertões e tô tendo muita dificuldade pra entender, tem hora que parece que é outra lingua.
Euclides da cunha, ele cita esse autor nesse vídeo
Fala "tô" em vez de "tou".. claro que não vais entender.
Fala "tô", "tou" em vez de "estou"... Claro que não vais entender!
Pela primeira vez vejo um brasileiro inteligente, é claro que há outros, mas este é público
Corrigindo: "Sinto-me feliz..." - No início de orações deve-se utilizar ênclise.
Eia ou Éia? (Se você tira os acentos diferenciais você pede confusão, porra!)
O marujo atirou o arpão na baleia.
A aranha se enrolou na própria teia.
Esquerdista é um caduco sem a menor ideia.
Como tem chulé nessa meia!
O menino levado cutucou a colmeia.
Como essa Dilma Rousseff é feia.
Ele é o maior recordista em apneia.
Como é bonita a azaleia!
Ela causou polêmica por se dizer ateia.
Essa semana foi uma odisseia.
Não houve acordo com a Comissão Europeia.
Nossa, essa mulher é uma semideia!
É cananeiense quem nasce em Cananeia.
A avó do menino acendeu a candeia.
A professora de química perguntou se os alunos sabiam o que é ureia.
Como é gostosa essa geleia!
Ah, Dom Quixote e sua musa inspiradora, Dulcineia...
O coletivo de lobos é alcateia.
E assim por diante…
Enquanto as universidades focam em ensinar sobre preconceito linguístico, exaustivamente, esquecem de ensinar os alunos a escrever o português "básico". Inclusive, ensinam que a forma "culta" é coisa de "coxinha".
Escutei a seguinte frase de uma professora das mais conceituadas em linguística do Brasil: "Se nem o presidente consegue falar na norma culta (Lula naquela época), quanto mais o povão, temos de aceitar que o português culto não é mais necessário."
Trabalhei durante anos em uma editora, e nunca consegui contratar uma pessoa com canudinho de Letras nas mãos para revisor, geralmente as pessoas que se especializavam em estudar línguas acabavam sabendo mil vezes mais sobre português normativo do que vários graduados evangelizados em Freire, Bagno, Noam Chomsky...
Mas quem vem aqui reclamar, é por que ainda não caiu a ficha de como estão sendo catequizados em linguagem esquerdista nas escolas/universidades.
Viviane Cristina Vicenti , o meio acadêmico é muito amplo. São muitos cursos de Letras tb. Sua análise é pertinente ao meu ver, porém muito superficial, uma vez que usa seu exemplo para estipular a regra. Tenho professores mais funcionais e outros mais normativos, e todos são coerentes no que falam. Nenhum deles pregam a extinção de alguma teoria. Pra ser Universidade é necessário ter essa oferta ampla de base teórica, do contrário não seria Universidade...
PERFEITO! É exatamento isso!
A situação está tão desesperadora que nem a adequação mais é argumento para conter os justiceiros sociais travestidos de professores universitários. Já encontrei professor de Letras abrindo curso de Letras - EAD com uma carta em que substituía as desinências de gênero por "x".
Veja só. O desvario linguístico, antes cingido a postagens de adolescentes na mídia social, agora inaugura cursos de Letras. Sinal dos tempos!
Excelente!
Ariano Suassuna destacou bem isso, a língua escrita é uma convenção, ninguém escreve exatamente como escreve e isso não se perde em compreensão ou qualidade literária por não acompanhar a língua falada. Como o próprio Ariano falou: "como nordestino eu não falo cruz, falo cruiz, eu não falo cadeira, falo cadera". E não é necessário escrever seguindo a fala, as pessoas tendem a colocar a língua falada e escrita como uma coisa só, e não é isso, são duas linguagens diferentes.
Corrigindo: "... Ninguém escreve exatamente como fala..."
Olavo De Carvalho tem Razão!!
😂
Antes do Bagno, vocês deveriam ler os precursores europeus, americanos, ou seja, os linguistas, sociolinguistas que, ao se fundarem na linguística descritiva, determinaram que todas as línguas têm variações! E as razões são óbvias: diferentes grupos sociais têm diferentes falares. Os linguistas apenas vão para o campo de pesquisa e fazem o registro desses falares ou gramáticas. A gramática normativa é prescritiva ( escolhe a norma culta e impõe seu uso). A linguística é ciência e não é prescritiva ou normativa, ou seja, não impõe nada! É importante, apenas,respeitar os diferentes falares , ainda que se ensine a norma culta na escola. Quanto a ensinar a pensar aqueles que deturpam as coisas e leem de acordo com as "lentes" escuras que colocam nos olhos, isso já é outra coisa... As pessoas deveriam se informar melhor pra poder falar com conhecimento de causa! Dica: pesquisem Labov, Dino Pretti, Ataliba Castilho ( tem vídeo dele aqui no TH-cam), pra citar só alguns, por favor. Esse Olavo de Carvalho não é linguista e apenas faz ataques pessoais e ideológicos a Bagno porque ele toca na ferida dos nossos preconceitos de todo tipo! Nenhum linguística, nenhum livro didático que aborda as variantes diz que não se ensine a norma culta, pelo contrário, insiste que se conheça a diversidade cultural da língua. Isso é delírio de quem tem interesse em manter a ignorância das pessoas! E antes que me mandem pra Cuba, aviso que esse é um sobrenome sírio que entrou no país no início do século XX! Aff!
A análise do Olavo sobre a construção e ensino da língua e as variações linguísticas fazem sentido.Porquê nas discussões sobre língua portuguesa não vejo ninguém falar de Alfabetização,isso me preocupa.Temo sinceramente pela Marcha da Desconstrução,que levará a total perda de identidade cultural,pode ser o fim da língua portuguesa como a conhecemos.
O que diria, agora também da linguagem de gênero neutro...
Gramática da puta que pariu, kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk.
A escola existe para ensinar o que não se aprende fora dela! Ir à escola para ficar na mesma é perda de tempo e de energia! Mas chatear as criancinhas com "socilinguística" e meter medo com coisas como "meu filho, é o seguinte, se você disser nós vai, você corre o risco de sofrer o preconceito linguístico" é presunção! Até parece, que lhes dizem, que se se portarem mal vão p'ro inferno! A escola é ensino, não democracia! Tem de formar com rigor para que democracia e cultura sejam possíveis!
Embora exista uma certa coerência em termos de argumentação em sua defesa, é percebido arrogância e falta de compreensão na lógica do preconceito linguístico, pode arrebanhar algumas pessoas, mas ele se prendeu e está bloqueado e isto é evidente!
Achei um absurdo tirar os acentos diferenciais e o trema. O triste é que número reclamou disso, mas hoje reclamam de um pronome neutro idiota que quem enfiar à força na nossa língua.
Claro, claro. Claramente você não leu a obra de Marcos Bagno, ou se leu você não conseguiu compreender, ou seja, suas leituras dos clássicos não serviu em nada para desenvolver sua interpretação de texto.
É engraçado perceber que as pessoas são contra os modernos sem apresentar argumentos.
Olavo tá confundindo variação linguística com violação gramatical. um absurdo. e pior que ele não tá sendo ignorante, está sendo desonesto mesmo.
e ele crítica uma coisa que o próprio autor disse o contrário kkkkk o autor disse: a língua escrita deve ser uniforme, embora haja variação fonética. o que Olavo entende: tem que mudar a escrita conforme a língua falada.
e o próprio Marcos cita o monteiro Lobato que o Olavo cita.
Nós vai, a gente vamos. A gramática da puta que pariu. kkkkk Meu Deus, tenha piedade do Brasil.
Nós vai, a gente vamos, sim... e se vc n quiser, amor... n vá! É simples!
Os ensinamentos dele irão fazer falta
O Olavo precisa reler o Bagno e alguns outros autores fundamentais do pensamento linguístico. É uma pena que um intelectual com o repertório do Professor não tenha dado conta de entender um arcabouço teórico relativamente simples.
Jaldomir da Silva Filho prove com argumentos psicolinguisticos que ele sofre de analfabetismo funcional
Prova aí parceria.
O trabalho da nove língua na sociedade brasileira sendo implementada com sucesso
O bruxo da Virgínia está certo desta vez. Como escrever Como se fala ??? Tem uns cem dialetos no Brasil
O linguista não defende que se fale como se escreve. Em que obra ele fala isso?
Espectacular !...
👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏
De qualquer forma, meu ponto de vista é que, em quaisquer línguas que um indivíduo fala, um conhecimento abrangente, profundo, de tal língua ajuda-o na hora da comunicação.
Eu li o livro "Preconceito Linguístico. BAGNO, M.". Eu não vi em nenhum capítulo sobre "ensinar várias gramáticas". Eu vi que o Bagno fala que há variedades e que elas devem ser respeitas, entretanto, deve-se ensinar sim a gramática normativa. Olavo de Carvalho, você não leu o livro do Bagno e não sabe o que está falando.
Raphael Ribeiro Estou lendo agora o livro e o que o Olavo cita não condiz ( até onde li) com o que o Marcos escreveu. E acho muito desrespeitoso a forma como ele trata seus colegas de profissão.
Oi, +Priscila Ueno. Pois, é. Eu creio que devemos sim aprender a gramática normativa, mas acho que a Gramática Tradicional não nos faz aprender a "falar melhor" ou produzir textos melhores. As gramáticas normativas tradicionais, tais como as do Cunha, Luft, Sacconi, etc, são regras para o melhor entendimento na hora de se escrever, porém, essas regras não nos fazem melhores escritores. Escrever bem, não depende de gramática normativa. Escrever bem depende de prática, muita leitura e estímulo por parte dos professores. Enfim, devemos saber a "língua culta-padrão", mas não podemos fechar os olhos para as "variações linguísticas" de cada região do país. Abraços
Raphael Ribeiro Olavo já respondeu esse teu tipo de comentário: www.olavodecarvalho.org/apostilas/quem.htm www.olavodecarvalho.org/textos/gramatica.htm
Esse texto comprova mais uma vez que o Olavo não leu o livro do Bagno. Aliás, o estilo de escrever do Olavo é chato pra caralho! Perdi meu tempo lendo um artigo desse!
O livro desconstrói a ideia de falar "certo" ou "errado" e dá lugar ao "adequado" e "inadequado". Ele esclarece que GRAMÁTICA é diferente de LÍNGUA, e que muitos brasileiros não falam a norma culta por fatores sociais e regionais. Em nenhum momento notei no livro o que este cidadão fala no vídeo, o que deixa claro que Olavo nem sequer leu o livro. Em momento algum o livro diz que escrever "nós faz" tá certo, até porque Bagno afirma que a escrita é diferente da fala e que ela deve seguir a norma padrão.
Graças a Deus pelo Olavo!** Te amo professor!**
Bem, a sua pergunta ficou um pouco vaga para mim no momento, pois não me lembro de comentários que eu tenha feito anteriormente, então eu precisaria de uma perguanta mais específica (em outras palavras, qual é o assunto em questão, perguntado por você, resumido em uma palavra?). Se o assunto for discriminação linguística, meu ponto de vista é simples: quanto maior conhecimento o indivíduo tiver de uma língua, mais respeito ele receberá da maioria de seus falantes, em quaisquer situações.
E o pior é que a reforma era pra unificar a língua e só os brasileiros adotaram a nova regra.
Sério que era para unificar kkkkk quem foi o louco que pensou que daria certo kkkkkk otar, psoal, telfon etc.
Transvalorar todos os valores, seria então, aproveitar o fato de que a idéia "deus" desde então passando a ser irrelevante e mesmo redundante, e abolir os princípios sociais e individuais ruins decorrentes da crença cristã. Ao mesmo tempo, a falta de sentido no mundo era, para ele, algo inevitável ainda quando se crê. As pessoas passariam a ser cultuar, a inventar novos ideais ascéticos, novas "muletas" para sua existência sofrível. Ele queria ensinar a entendermos a vida e não sofrermos.
Gente, se vocês discordam do cara, por favor, tentem uma refutação! Insultos não possuem valor argumentativo! Falar que ele é ''idiota'' e ''reaça'' não faz com que as premissas dele sejam falsas. Cacete, que povo tosco!
Quem fala isso nunca leu a teoria dos quatros discursos do Olavo no livro Aristoteles em nova perspectiva.
+Mauricio Freire se você acha que Olavo esta errado, então me diga uma coisa, porque você usa de abreviações? "Vc".
+Jaldomir da Silva Filho o Olavo nem precisa provar os argumentos, é realmente visível a sua afirmação. Isso que ele esta falando não é algo que esta em teste para ser colocado em prática, isso já esta presente. Esse pessoal que respondeu-lhe negativamente são uns filhos das putas, pois preferem proteger o ego do que enxergar a realidade. Por culpa desse pessoal temos a dificuldade de leitura e escrita, pois o Brasil esta uma bosta, e eles continuam a tampar os olhos e ouvidos. Esse pessoal estão se achando inteligentes, mas se souberem a tragédia que estão inseridos entrarão em depressão. Bando de babácas inúteis.
Caso haja escolha individual/coletiva do uso de "os livro" como plural aceitável na prática, ao falar, tais estudantes vão ser vítimas de preconceito linguístico por toda sua vida. Pois nenhum falante da língua portuguesa que seja bem educado aceitaria o plural apenas do artigo definido junto a um substantivo que estaria no singular. E isto é apenas uma regra aceitável na língua, o plural de "o livro" é, na nossa língua, "os livros"; é um fato indiscutível.
Na verdade há certas distorções, mas as colocações dele são bastante pertinentes.
Essa norma é usada porque em Portugal se fala assim (mesmo oralmente, sempre falam "Sinto-me", nunca "Me sinto"). Proibindo que se escreva "Me sinto", o Brasil passa a escrever assim como Portugal. Escrita única. É para isso que serve a língua padrão. E também é para isso que serve o Acordo Ortográfico, que deveria se chamar Padronização da Escrita do Português.
"Na hora que você elimina os acentos diferenciais, você tá pedindo confusão, né?!" hahahaha... Será que ele já ouviu falar em contexto? Pq senão é bom que saiba, um texto não é um emaranhado de palavras, mas de ideias que se articulam coesa e coerentemente. As palavras não estão soltas, meu bem! Acho que basta!
Queria poder curtir 10 vezes esse vídeo.
[...] discrepância entre "os livro" e "os livros" em nosso país porque a educação é privilégio para poucos e se o pai fala "os livro", o filho vai ouvir e falar "os livro" e, assim, tornar esse ciclo vicioso, criando uma comunidade característica. Fato, não tem como discutir isso. Admitir essa mudança como "certa" e admitir que esse ciclo vicioso é certo é um pouco complicado em um país que ainda não descobriu que o tão esperado desenvolvimento provém da educação. [...]
O audio estah mudo. A principio pensei se tratar de algum problema no player da web, mas depois de salvar o video e ainda nao escutar nem um A, ai me convenci de que era um problema do video mesmo. Por favor, arrume isso para que possamos ouvir o Olavo de Carvalho . Sem mais, obrigado.
Esse Bagno presta um ótimo serviço aos anti-escolas.
Anti-escola ? Que escola ? A que no Brazil tem todo seu conteúdo pensado por imbecis ? Por gente que não consegue conceber nada além da BNCC ?
@@shenmarques3080 Engraçado que vc deve ter frequentado, ne!?
Muito bem colocados os argumentos. Parabéns.
Obrigado pela reacção! Como viria você o assunto?
[...] O ensino da sociolinguística na escola é louvável no que tange o preconceito, ou seja, "meu filho, é o seguinte, se você disser nós vai, você corre o risco de sofrer o preconceito linguístico". Ponto. Agora...Admitir que isso é certo mesmo que seja só na língua falada?(lembrando que a sociolinguística defende isso na língua falada e NÃO na língua escrita!) Se você fala "nós vai" porque escreveria "nós vamos"? Acho difícil uma criança saber distinguir isso...
Obrigado pela atenção em "enadequado". É interessante a sua observação, que tem um grande valor em termos de linguagem e comunicação: imagina se eu começasse a tentar convecer você que "inadequado" deve ser escrito e falado "enadequado". Não haveria consenso, e tal falta de consenso seria terrível. No meu caso, especificamente, cometo erro na hora da escrita porque meu computador não corrige tais erros automaticamente. Porém, sou capaz de reconhecer tais erros.
É aí que bate o ponto. É aí que Nietzsche nos diz para abandonarmos tal caminho que nega a realidade e aspira a um outro mundo qualquer. Dizer que Platão usava sua razão é ser verdadeiramente irracional.
Poderia até dizer o mesmo de Kant, mas não há como fazer uma análise completa do antagonismo entre os dois. Escrever um livro grande como "Crítica da razão pura" sobre coisas tão sem uso e que não servem para nada deixa qualquer um sem ter mais o que dizer para criticar. Juízos sintéticos... kk
Ou seja, da realidade.
O que temos certeza é que estamos vivos (Isto é, se você chama Descartes de "grande" talvez duvide de que existimos...), que existimos; o mundo igualmente existe e buscamos por sentido e felicidade. O que os existencialistas propõem, então, é parar de buscar sentidos externos ao que conhecemos, mas questionar aquilo que faz parte de nosso âmbito, que nos afeta de uma forma ou de outra. Não, como O Banquete, questionar se o amor é o mais belo dos deuses...
Corretíssimo. Ainda mais essa aí que é completamente política. Essas reformas são monstruosas e os colégios de classe alta não seguem. Ainda bem
Por isso ele via a impotência de conceitos puramente humanos que julgavam ser detentores da verdade e não levavam em consideração a própria natureza. Daí sua crítica ao Socialismo, ao Comunismo e as religiões de uma maneira geral. Quero dizer, a todo sistema de coerção. A moral fazia parte do consciente e os instintos, do inconsciente - por isso são mais fortes. Assim, o "eu" racional era apenas um empregado limitado por esses dois: a natureza e os preconceitos ensinados desde pequenos.
"Humano demasiado humano" faz parte de um positivismo cético no qual ele ingressou. Ele muda mais tarde.
Mas a lógica de que tratamos é justamente aquela aristotélica. Aristóteles, apesar de tudo, foi o filósofo que mais li, mas seus silogismos aprisionam a verdade objetiva em prol de uma verdade subjetiva e vice-versa. Agora, há uma verdade? Nietzsche critica cara é o idealismo e toda a sua proposta de entender tudo e salvar o mundo. Por isso a sua fuga dos jogos lógicos de palavras.
Uau, que argumento!
Tirando alguns excessos do discurso, eu concordo com ele. Visto o que a profª falou na palestra do Atual Cenário de Letras sobre a evolução das línguas, que foram adaptando a fala, sem alterar a escrita.
Isto se chama evolução, sem perda de raízes, mas é um passo mais adiante não são todos que conseguem capitar o global!
Alguém sabe o número deste ep do true outspeak?
Todo apoio a coerencia do Prof Olavo de Carvalho. Parabens! Precisamos fortalece a trincheira da resistencia, ante a tentativa alienada de descaracterizar nosso idioma.
Em resumo, o conhecimento de uma língua é muito importante em qualquer língua, pois há consenso em tal conhecimento. Nós não somos perfeitos, pois perfeito somente é Deus. Porém, ser capaz de reconhecer tal/tais erro/s é importante individualmente.
Nossa vida material anseia por felicidade; nosso conhecimento do mundo, por razão, entendimento, e o lado metafísico busca um sentido e uma finalidade para a existência. A resposta para esses dois últimos é Deus. Camus, mostrou brilhantemente o paradoxo dessa resposta aos racionalistas. A única maneira de dar razão ao mundo e responder questões primordiais para alguns é através de uma idéia jamais vivenciada e que foge à razão. Ou você acredita que podemos entender Deus?
Impressionante! Será que ele precisa mesmo deturpar os fatos para poder exprimir sua opinião? O que ele fala nesse vídeo é SOMENTE uma opinião pessoal, quase tudo é passível de contestação. De onde ele tirou que Marcos Bagno quer uma gramática para cada bairro? Será mesmo que 'todos os hispano americanos' Lêem os clássicos espanhóis? Meu Deus... O que me deixa preocupado é sua forma agressiva de falar contra quem não compartilha de sua opinião. Isso é muito triste.
Ademais, todas as contradições internas da filosofia de Nietzsche são fruto de más interpretações que não entendem a sua ironia diabólica. Já vi, por exemplo, usarem uma passagem de Além do bem e do mal para associá-lo ao antissemitismo, quando é claro ali que ele está satirizando o movimento...
As críticas de Nietzsche são sempre baseadas numa questão de "assassinar ídolos". Isto é, todas aquelas idéias que se tornaram sacras, intocáveis. E o meio que usa é o da ironia.
Seria triste um caso, e há tais, quando o indivíduo não é capaz de reconhecê-los (tais erros). Como foi o caso de um vice-presidente dos Estados Unidos, que disse, e realmente afirmou mesmo sendo confrontado, que o plural da palavra "potato", em inglês, era "potatos", quando na verdade é "potatoes". Tal ignorância fê-lo perder seu cargo público como vice-presidente dos Estados Unidos.
É contraditório reclamar que os brasileiros não entendem a escrita de antigamente e ser contra a reforma ortográfica. Se aquilo fosse verdade, os brasileiros não entenderiam também o que os portugueses escrevem hoje, e passariam a entender depois da reforma ortográfica, quando a ortografia passa a ser única.
ele fala palavrão mto elegantemente ahaha
Na verdade o preconceito linguistico é sobre sotaques e variantes linguisticas, e não gramática e ortografia normativas.
OK. Minha crítica anterior deve ter sido sobre um livro distribuído pelo MEC, no Brasil, para cerca de meio milhão de estudantes naquele país, justificando o uso de plural dos substantivos como adequado e enadequado, como no exemplo a seguir: "Plural de 'o livro' poderia ser 'os livro', e que é possível falar e ser compreendido. Seu ponto de vista (o do livro) é aceitável, porém não se sabe se aqueles estudantes vão ter interesse em usar na prática, ao falar, o plural "os livro".
Estamos perdendo a cultura, temos que ensinar que, ( nóis pega o peixe) esta correto.
Então quer dizer que perdemos todo nosso tempo em estudos que não nos serve pra nada!
Fala pra mim qual foi o livro de Marcos Bagno vc está se referindo?
Também fiquei em dúvida.
o livro preconceito linguístico
Já lhe afirmei que a razão aqui não é o problema, mas sim a dialética e o racionalismo. Nossa razão não pode se focar em aspectos tão ínfimos e medíocres como nos diálogos platônicos, porque aquilo ali é apenas caminhar em círculos. Igualmente não pode assumir uma posição de conhecimento transcendente, que pode tudo e que consegue reduzir tudo aos "limites da razão pura". A razão é uma consequencia evolutiva que tem de ser tanto senhora como submissa de nossos corpos e suas paixões.
Freud apenas sistematizou essas mesmas reflexões mas ambas são equivalentes. O seu erro consistiu em apregoar que os dois queriam que o homem abandonasse a razão para ser instintivo. Isso só demonstra a sua falta de conhecimento... Não era por esse lado que eles viam. Mas apenas que ela não tinha todo esse poder restaurador e transformador, capaz de chegar a razão última de todas as coisas e mudar o mundo... A razão é por vezes elogiada por Nietzsche, mas não o racionalismo, não Kant.
Bagno não fala dos "bairros", a idéia é não obrigar o Brasileiro a falar como Portugal, só quem já foi em Portugal e sofreu preconceito linguístico sabe do que estamos falando... Acho que a partir do momento que falarmos a língua Brasileira esse preconceito acaba. Se hoje é: "haha ele fala errado" amanhã vai ser: "que legal, nossas línguas são irmãs, eu te entendo"
Apesar de Nietzsche ser conhecido por ser ateu, ele não era um "pregador" do ateísmo. Ao se referir aos judeus, por exemplo, ele os louva por não terem de se envergonhar de sua fé perante as idéias ateístas e niilistas que começavam a surgir em seu tempo. Isso significa que a contradição existe porque opiniões diferentes existem. Ele está falando com a sociedade de uma forma geral, onde somos racionais e acreditamos num nascimento virginal e na ressurreição de um homem... Compreendeu o sentido?
Os diálogos platônicos são apenas páginas e mais páginas com jogos de palavras e discussões inúteis. Basta ver, por exemplo, o debate entre Sócrates e Protágoras acerca da "virtude": pode ser ensinada? é uma só ou mais? essas outras partes são independentes? a coragem e o conhecimento não são o mesmo?... e por aí vai. Platão acreditava na imortalidade da alma e da prevalência do mundo das idéias em detrimento do mundo sensível, quando o que sentimos é a única forma de conhecimento verdadeiro...
Dizermos que nada podemos compreender pela razão baseado apenas nesse meu dizer que entendeu errado, é apenas fazer jogos com palavras e estabelecer deduções ilógicas. A idéia e o conceito de "Deus" me fascina justamente porque nos torna humildes e nos mostra o quanto nossa razão é deficiente. No entanto, é óbvio que compreendemos tudo através da razão, mas apenas como uma representação consciente que é resultado de uma interiorização anterior. Agora, essa representação, por vezes é ilusória.
Nossa linguagem nos impede de discursarmos de modo a que nenhuma contradição surja. O fato que lhe passou desapercebido é que Nietzsche era pragmático. Quero dizer, a contradição para ele não era uma opção, mas a filosofia dele era baseada numa individualidade dissociada de qualquer apreciação coletiva de determinadas vivências e exigências. Hoje crer em Deus está em total contradição com a evolução. No entanto, há várias pessoas que negam a evolução e creem em Deus... Quem está errado?
Vocês estão reclamando das variações linguísticas com um português anacrônico. Não sabem o que defendem?
veja fala de Ariano Suassuna sobre preconceito linguístico, o que ele fala, e como é coerente.
A fala dele no final ficou meio incoerente. Se não houver reforma ortográfica na língua continuaremos escrevendo diferentemente dos Portugueses. E não é a critica que ele faz no inicio dizendo que não conseguimos ler os autores portugueses?
Este vídeo é perfeito. Bolsonaro, assiste isso!
Os questionamentos tolos do gregos após Sócrates, com toda aquela lógica que não conduz a lugar nenhum, tudo aquilo que afasta qualquer pessoa com senso prático da filosofia são então mais importantes para você do que os pensadores que se dispuseram a abandonar à metafísica e suas questões insolúveis e infrutíferas e partiram para interpretar a realidade? Aristóteles prendeu o raciocínio, assim como todos depois de Sócrates em jogos de palavras e baboseiras. Acreditava em geração espontânea...
Marcos Bagno nao é burro, e ele nao disse em nenhum livro, que se deve escrever a língua falada na escrita.Li alguns livros dele e nao é esse o seu discurso. Agora, sobre a reforma ortográfica que 'toda hora' muda isso sim, é ridículo, um saco. Tá virando palhaçada mesmo. Um exemplo, é a palavra farmacia que antes era pharmacia e no francês ainda se escreve pharmacie. O francês foi a nossa influência, isso é lindo, mas estao acabando com a nossa língua linda, infezmente :-(
A religiosidade de fato diminuiu. Isso é inegável. As pessoas se julgam sempre "cristãs" mas não sabem mais nem o que esse termo significa e o tipo de comportamento que seria exigido. As consequencias óbvias da dúvida com relação a existência de Deus seriam a relatividade dos valores morais e o niilismo, o desapego à própria vida. É nesse sentido que Nietzsche louva ao sofrimento - não por algum tipo de psicopatia, mas como um caminho necessário à felicidade. Evitar sofrer é evitar ganhar.
Não entendi seu ponto de vista no último comentário...
Nenhuma lingua deveria ser um instrumento para "se ensinar". Lingua e' um instrumento de comunicacao entre falantes de uma comunidade linguistica, seja ela tao grande quanto aos 230 milhoes de falantes da lingua portuguesa, ou 1.2 bilhoes de falantes da lingua inglesa ou da lingua mandarina (chinesa).
Cara, leia Labov, o criador da Sóciolinguística. (: PS: Ele é ESTADO UNIDENSE.
Qual livro você indicaria para iniciar?
Excelentes dicas!Os pseudo intelectuais esquerdopatas têm verdadeiro asco de Aristóteles, têm náuseas quando ouvem citações deSantoAgostinho e SantoTomás deAquino; isso é muito bom.Tenho acompanhado muita gente boa,jovens,que não comungam das ideias dos agentes da mentalidade revolucionária.Quando essa turma de imbecis baba ovos deAntonioGramci e PauloFreire despertarem de seus delírios, serão atropelados por intelectuais verdadeiros que os devolverão para limbo da onde nunca deveriam ter saido.
Não há como compreendermos Deus pela razão e digo isso categoricamente pelo simples fato de que estudo teologia e quase toda boa teologia inicia-se por esse premissa. Mas creio que houve um equívoco; eu não estou dizendo que não podemos chegar até um "deus" qualquer usando a razão, mas que não poderemos compreender sua natureza e seus atributos. Posso falar apenas do Deus cristão, o qual conheço profundamente, e lhe digo que entender algumas coisas de Deus são impossíveis e dão dor de cabeça.
Mas Euclides da Cunha era um saco de ler desde quando ele escrevia.
O engraçado é ver um cara que fala sobre o Diabo, Deus, a Bíblia e uma tal Nova Ordem Mundial e blá, blá, blá, vir falar em "racionalismo" e "mitos"... Ele nega a evolução é possível que negue que a terra é redonda.
Eu, por meu lado, pretendo questionar a vida e não a possibilidade tola de algo após isso aqui. As questões morais atualmente são extremamente importantes e é por isso que Nietzsche é tão relevante e Aristóteles ter sido esquecido e é lembrado apenas quando se mostra o atraso.
Sou muito crítico à filosofia de Nietzsche no tenho de ser crítico, porém não me esqueço de louvar tudo aquilo de bom, profundo e mesmo divertido que existe ali.
Nietzsche fugiu à bobalhada acadêmica e também aos termos "técnicos". E passou assim a vislumbrar o homem em sua natureza cruel, a qual tentamos disfarçar mas não conseguimos, e escreveu uma filosofia criativa e singular. Ele percebeu que em breve diminuiria a religiosidade e passou a tentar "salvar" a humanidade dessas consequencias.
A sociolinguística sempre será uma eterna polêmica, não adianta. De um lado, os gramáticos ferrenhos querendo impôr a norma tal como ela é. Do outro, sociolinguistas aplaudindo a evolução da nossa língua para uma nacional. Muito bonita a filosofia da sociolinguística mas acho que ela deve ter muito cuidado em tratar a "democracia linguística" num país como o nosso. É fato e TODO O MUNDO sabe disso, só existe essa [...]
20 segundos de vídeo e ele já falou mil desconhecimentos e leituras rasas.
Jaldomir da Silva Filho em segundos de vídeo: a sociolinguística não nasce a partir da "noção" de que é antidemocrático usar uma gramática para todas as pessoas, embora seja hiper totalitarista. O Olavo, e você, podiam buscar um pouco no google sobre variação linguística, sobre sociolinguística, sobre funcionalismo linguístico... Juro que não vai doer.
Jaldomir da Silva Filho ah, e recomendo a leitura do livro do Bagno que o Olavo citou: Preconceito Linguístico. É bem didático, ainda que seja um tanto direto e assim rude...
Jaldomir da Silva Filho hahaha então tá...
O legal dos socioslinguistas é dizer que não existe nada de errado em falta de concordância verbal,pena que a ABL não aceita isso,faz uma prova sem concordância verbal e espere sua nota 10 nela.Pode confiar,Bagno é uma anta mesmo,vive metendo o pau em professores que ensinam gramática,e depois diz que todo escritor,poeta e tradutor deve ter o conhecimento profundo em gramática,o cara não consegue ter coerência com aquilo que ele mesmo prega.
Eu concordo com ele.
Mas, eu tenho uma dúvida... E o preconceito de sotaque?
Rapaz, se um paulista ou um carioca tiver preconceito de sotaque -- que geralmente esses tipos são iletrados -- com um nordestino que domina a língüa, vão se foder bonito.
Não é o conhecimento "de uma língua"! Éconhecimento e domínio DA NOSSA! Agora você trata de si próprio e a cultura de onde provém em moldes de abstracção niilista e pretensamente científica? Para se ter amor à própria língua é preciso aprendê-la! Você também aprende poesia e literatura, apesar de nem você, nem os seus pais, serem quer poetas, quer literatos! A escola tem que ensinar o que não se sabe! Mas no Brasil o auto-desprezo e o complexo colonial são cultura geral para a maioria! Pena!
Você é muito inteligente e não deve usar uma linguagem tão baixa ! Ele está conseguindo te envolver e sua raiva mostra claramente o poder sublime da intelectualidade e da verdadeira psicologia livre. Esse Olavo é genial ! O senhor não deve usar palavras tão feias mas quando não usa-las será mais forte, obrigado.
Li esse livro sobre preconceito lingüistico. Talvez o maior lixo que já lí na minha vida.
Você vai ter que enviar toda a referência científica dele para o lixo também...
Antes do Bagno, vocês deveriam ler os precursores europeus, americanos, ou seja, os pesquisadores, linguistas, sociolinguistas que, ao se fundarem na linguística descritiva, determinaram que todas as línguas têm variações! E as razões são óbvias: diferentes grupos sociais têm diferentes falares. Os linguistas apenas vão para o campo de pesquisa e fazem o registro desses falares ou gramáticas. A gramática normativa é prescritiva ( escolhe a norma culta e impõe seu uso). A linguística é ciência e não é prescritiva ou normativa, ou seja, não impõe nada! É importante, apenas,respeitar os diferentes falares , ainda que se ensine a norma culta na escola. Quanto a ensinar a pensar aqueles que deturpam as coisas e leem de acordo com as "lentes" escuras que colocam nos olhos, isso já é outra coisa... As pessoas deveriam se informar melhor pra poder falar com conhecimento de causa! Dica: pesquisem Labov, Dino Pretti, Ataliba Castilho ( tem vídeo dele aqui no TH-cam), pra citar só alguns, por favor. Esse Olavo de Carvalho não é linguista e apenas faz ataques pessoais e ideológicos a Bagno porque ele toca na ferida dos nossos preconceitos de todo tipo! Nenhum linguística, nenhum livro didático que aborda as variantes diz que não se ensine a norma culta, pelo contrário, insiste que se conheça a diversidade cultural da língua. Isso é delírio de quem tem interesse em manter a ignorância das pessoas!
E antes que me mandem pra Cuba, aviso que esse é um sobrenome sírio que entrou no país no início do século XX! Aff!
Serve nem pra adubo.
Não posso resumir tudo a um só termo! Se me lembro bem, você advogou num comentário anterior, que língua não é para "ser ensinada"! Eu acho absolutamente o contrário! Note bem, que não me preocupa o assunto da discriminação, que me parece ser mais ideológico-propagandística! Abordar a nossa língua apenas com abstracção pseudo-científica já de si é um erro grave! A nossa língua é singular, exigente, intrincada, tem de ser ensinada e aprendida! Não há professores suficientes? Invistam no ensino!
Eu nunca entendi nada tao "obvo" em toda a minha vida. Deus tenha piedade dos "nosso povo". Porque os "nosso povo" "obvamente" nao "aprende" a falar "certo". OBVAMENTE!!!
Jamais poderemos compreender a Deus pela razão!...
Deus inicia onde nossa razão para. Se existe, Deus é incompreensível. Eu sei porque já tentei muito entender tudo e recorri aos melhores teólogos e nada! E se não existe, Ele é apenas uma desculpa para nossa incapacidade de darmos razão ao mundo. É dessa compreensão racional da realidade que venho a falar! Platão fazia era abandonar a realidade em prol de um "mundo das idéias"
"Cultura superior"
As falácias lógicas são justamente o que Sócrates levou aos atenienses... Questionar o amor de modo tão pueril, assim como a virtude, não nos faz compreender a realidade de forma alguma! Nietzsche partia do ponto de que o conhecimento é restrito ao conhecido, ao vivido, e que a psicologia, portanto, marcava o início de qualquer boa discussão. Os únicos avanços são delimitados por nossas naturezas cara! Não adianta estarmos a criar sistemas perfeitos por nossa "razão" quando o homem é o que é!
Isso é o que me choca! Em vez de se elevar o ensino e a formação, baixa-se o nível por razões puramente ideológicas! Já ouvi um cara, até simpático, dizer, que a palavra "outrora" era demasiado para a sua cabeça! Dizer "os livro" em vez de "os livros" é gíria! Aquilo não é preciso de ser ensinado na escola! Se o aluno vem de classes baixas, mais ainda tem de aprender o que é correcto, para maior vantagem própria! Mas até o D. Bertrand diz "dois calhamaço", hehe
P.S. inadequado, não enadequado!
@pretasil100 Interessante essa argumentação! Nos países de língua inglesa e francesa não existe essa discussão! Ou falam inglês e francês, ou não! Mas ninguém fala de "língua imposta pelos colonizadores"! Fala-se de língua-franca ou língua de estado! NINGUÉM se mete nessas discussões! Mas no Brasil sim, país, em que mais de 60% da população branca e parda é de ascendência portuguesa ou tem uma alta porcentagem de ascendência portuguesa! São descendentes e se acham colonizados? Interessante!
Prof. Olavo. Você me parece uma pessoa informada. Mas, por gentileza, tente entender melhor o que Marcos Bagno e os demais propõem. Houasis e Bango são inadequados pelo que percebi. Quem você indica em questão de língua e literatura?
A língua em Portugal tornou-se ilegível para os brasileiros? Quem manda dar nomes de línguas tribais a nomes que existem em português?